A Little Mine And a Little Yours escrita por Dreams of a Blindspot fan
Depois uma noite mais agitada que o normal, Tasha preparava um pouco de café quando foi surpreendida por Théo lhe abraçando as pernas.
— Meu super herói favorito! — Ela falou pegando o garoto do colo e lhe beijando. — Bom dia, dormiu bem?
— Dormi sim, não vi você chegar ontem mamãe.
— Senti sua falta! — Disse ela beijando os cabelos assanhados dele.
— Eu também senti sua falta super heroína, estava com saudades.
— Me desculpe pelas últimas noites, não vou deixar acontecer novamente, prometo! Você está com fome?
— Muita fome! Ainda vamos comemorar o meu aniversário no final de semana não é?
— Claro que sim meu amor. A tia Scarlett vai fazer aquele bolo maravilhoso e a mamãe vai arrumar tudo aqui em casa. — Tasha falava empolgada. — Já escolheu seu presente de aniversário? — Ele lhe olhava pensativo. — Théo? Já escolheu?
— Eu queria conhecer o meu pai, esse seria o meu melhor presente.
— Filho eu não vou prometer isso agora, mas vou tentar fazer acontecer por você. — Ela falava com pesar. — Pode me dá só mais algum tempo?
— Posso mamãe.
— Agora termina de comer o seu cereal, preciso te deixar na escola e não posso me atrasar.
O garoto fez o que a mãe pediu enquanto Tasha foi se trocar, o dia de hoje seria bem agitado. Enquanto tentava escolher o que vestir o celular de Tasha não parava de tocar na sala.
— Filho pega o celular da mamãe por favor!
— É o tio Keaton. — Ele falou lhe entregando o celular.
• Tasha falando. — Disse ela ao atender.
• Você está pronta? — Perguntou ele se mostrando apressado. — Por favor diga que sim!
• Estou quase, o que aconteceu?
• Eu estou passando aí para te buscar em menos de dez minutos, deixamos o Théo no colégio e seguimos rápido pelo escritório.
• Tá, mas que aconteceu?
• Te explico quando chegar. — Ele encerrou a ligação, parecia preocupado.
Rapidamente Tasha terminou de se arrumar, conferiu se estava tudo certo com a mochila do filho e desceu para esperar Keaton.
— Mãe você fica muito bonita nesse vestido. Parece uma atriz de novela. — Era um vestido cinza justo, na altura dos joelhos e que deixava o corpo bem marcado, caia muito bem nela.
— Oh meu amor muito obrigada, são seus olhos. Vamos descer, o Keaton já chegou.
— Ei, vamos! — Buzinou Keaton assim que chegou. — E aí campeão? Pronto para mais um dia de aula? — Ele brincou com Théo assim que entraram no carro.
— Mais ou menos.
— Soube que a sua mãe ficou um pouquinho irritada com o meu presente. — Keaton enfatizou a palavra pouquinho fazendo Théo gargalhar.
— Ela ficou bastante. — Tasha encarou os dois.
— Keaton eu moro num apartamento e você decide dar uma bola de futebol para o Théo, ótimo presente. Você me deve algumas planas que ele destruiu. — Disse Tasha. — O que fez vir para Atlanta?
— Quando deixarmos o Théo eu converso com você.
O carro parou em frente a escola e a morena acompanhou o garoto até a entrada principal.
— Boa aula e se comporte. — Ela lhe deu um beijo.
— Podemos pedir pizza para jantar super heroína?
— Claro que podemos meu super herói. Eu levo a pizza quando sair do escritório. Te amo meu amor. — Se despediu ela.
— Eu amo você também mãe.
Logo a morena retornou ao carro e seguiu junto com Keaton até o escritório da Cia.
— O que aconteceu de tão importante?
— Vamos entrar numa força tarefa, a Nas me ligou passando algumas informações valiosas. Falei com a sede em Washington, parece que eles querem as bombas e nós queremos os terroristas. Vamos ajudá-los!
— Washington vai mandar a comitiva? — Tasha perguntou surpresa.
— Está na hora de sair do anonimato Tasha, são cinco anos, uma hora ou outra isso iria acontecer.
— Não sei se estou pronta para isso Keaton.
— Uma coisa de cada vez, primeiro você conquista Washington depois o mundo.
Em NY Patterson foi a primeira a receber a mensagem da central, e logo convocou os demais. Ainda era bem cedo, quando Reade chegou e logo mais Kurt e Jane.
— Patterson o que aconteceu? — Questionou Reade.
— Você nos chamou tão cedo aqui, algo grave?
— Gente, Washington nos convocou para uma força tarefa, o assunto é bem crítico. Era para ser o escritório deles, mas estavam com um outro assunto e nos mandaram o caso.
— Força tarefa como quem Patterson?
— Com a Cia Reade. — Ela percebeu que ele não ficou muito bem com isso. — Eles tem informações valiosas sobre Dabbour Zan e um possível novo ataque em solo americano.
— E do que eles precisam? — Perguntou Jane.
— Eles querem a nossa experiência com o grupo, nós ficaremos com as bombas e eles com os informantes. — Explicou a loira. — O escritório da Geórgia já tem bastante informação. Então iríamos só juntar com o que temos, e concluir o caso, coisa de três dias no máximo.
— Certo, não temos muitas opções. Trabalhar com a Cia é o que nos resta. — Disse Reade não muito contente.
— Vamos pessoal, é a nossa melhor chance. — Reforçou Jane.
— Então vamos logo, Rich vai ficar comandando o laboratório e nos dará suporte.
Os quatro saíram em direção ao aeroporto privativo do governo, teriam mais de quatro horas de voo até Atlanta. Patterson aproveitou esses momentos para se atualizar sobre o andamento do caso.
Enquanto Jane e Kurt conversavam, Reade estava pensativo, ele andava muito inquieto esses dias, muito preocupado e principalmente pensando muito em Tasha, chegou a sonhar com ela muitas vezes essa semana.
Ele se afastou um pouco, foi até a cozinha do jatinho para pegar um pouco de chá quando foi abordado por Kurt.
— Você está bem? Estou te achando um pouco cansado.
— São só pensamentos, mas estou bem. — Ele tentou convencer o amigo.
— É a Becca? Vocês conversaram?
— Já fazem uns oito meses que acabamos, foi cada um para o seu lado e não nos falamos mais. Ela voltou para África, foi melhor assim, não tínhamos um futuro. — Desabafou ele. — Mas não é por ela que estou assim.
— Você ainda vai encontrar alguém que te faça feliz, você é uma boa pessoa.
— As vezes fico imaginando se a Tasha estivesse viva, se a nossa vida estaria diferente.
— Porque a Tasha? Vocês tinham algo? — Kurt não sabia do que tinha acontecido entre eles.
— Antes dela ir embora, depois de tudo o que aconteceu no escritório passamos uma noite juntos. — Reade fechou os olhos se recordando de cada instante naquele dia. — No dia seguinte ela tinha sumido e aconteceu tudo o que você já sabe.
— Sinto muito, eu não sabia o quão intenso tinha sido a amizade de vocês. Foi por isso que nos últimos anos você se afastou de todos?
— Talvez tem sido um pouco disso também.
Eles continuaram a conversar sobre algumas coisas quando foram interrompidos por Patterson.
— Ei pessoal olhem só isso, uma carga enorme de explosivos foi roubada ontem a noite.
— Pode ter sido os terroristas, a carga ainda não foi localizada, mas com certeza onde ela parar será o possível local de ataque.
— Precisamos impedi-los urgentemente. — Disse Reade.
— Reade tem razão, cada segundo que perdemos pode ser muito valioso. — Complementou Kurt.
O time desembarcou em Atlanta, e até a sede seria mais alguns minutos de carro. Patterson tinha várias ideias para um bom a plano, mas precisaria também ver as informações que a Cia tinha.
Assim que chegou ao escritório Tasha seguiu para o laboratório com Keaton, ela queria ver tudo o que o seu pessoal tinha descoberto, estava preocupada com o resultado final, um passo em falso e haveriam muitas perdas irreparáveis, pessoas inocentes morreriam, ela não queria isso nas suas mãos.
Scarlett tratou de atualizar Tasha sobre tudo, as duas juntas dividiram as equipes e traçavam alguns planos baseados nas informações que tinham.
— Está tudo bem? Você parece bem nervosa chefe?
— Você sabe Scarlett, as coisas que aconteceram no passado, as minhas inseguranças, eu sinto que algo ruim está prestes para acontecer. — Disse ela. — Tem certeza absoluta que é o FBI de Washington que está vindo não é?
— Sim, eles confirmaram ontem à noite. É sobre aquela história que você me contou? Sobre o pai do Théo? — Tasha apenas acenou com a cabeça. — Uma hora você vai precisar enfrentar tudo, você não está do outro lado do mundo, são só algumas horas que separa você do seu passado.
— Eu sei Scarlett, eu sei. Mas é muito complicado, o Théo é tudo de mais importante que eu tenho, eu não me vejo nem um segundo longe do meu filho. — Confessou ela.
— Isso não precisa acontecer, tenho certeza que ele vai entender você.
— Ou simplesmente vai me odiar por ter mentido todo esse tempo. — Suspirou Tasha.
— Calma, estamos juntas nessa, somos uma família, protegemos uma a outra. — A chefe do laboratório tentou acalma-lá.
— Obrigada! Vamos focar no nosso trabalho, eu não quero pensar nisso agora.
— Estou aqui para o que precisar, lembrando que estamos devendo aquelas cervejas.
— Eu vou pagar, aposta é aposta! — Disse Tasha batendo no ombro dela. — Estou na minha sala, me chame assim que o pessoal de Washington chegar.
Scarlett continuou com as buscas sobre o paradeiro dos explosivos, Tasha foi até o seu escritório, precisava fazer algumas ligações e conversar com Keaton sobre um plano de ataque caso o plano inicial não funcionasse.
A morena estava mergulhada em papéis, porém o seu coração estava acelerado de mais, ela realmente não entendia o motivo daquilo tudo. Um dos estagiários apareceu lhe chamando.
— Com licença, diretora Zapata?
— Sim?
— Os agentes chegaram, estão na sala de conferências lhe esperando.
— E a Scarlett?
— Já está lá na sala de conferências. — Respondeu ele.
A equipe do FBI chegou até a sede e foram todos bem recepcionados pela Scarlett.
— Agente Scarlett, chefe do laboratório. — Se apresentou ela. — Sejam bem-vindos a Atlanta.
— Edgar Reade, diretor assistente do FBI. — Se apresentou ele. — Essa é Patterson, nossa chefe de laboratório, agente Weller e consultora Jane Doe.
— É um prazer conhecer vocês, vou levá-los até a sala de conferências. Nossa diretora já está chegando, ela se juntará conosco para discutirmos as nossas estratégias.
— Claro, nos mostre o caminho agente Scarlett. — Pediu Reade, dando passagem para que ela os guiasse até lá.
Tasha organizou toda a sua papelada, e seguiu com seu tablet até a sala de conferências, seu coração parou, o seu corpo todo congelou quando ela abriu a porta e deu de cara com o seu passado.
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