A Little Mine And a Little Yours escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Vamos mergulhar em um lindo universo cheio de incertezas e de amor.



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Após ter ido ao apartamento de Reade naquela quarta-feira Tasha sumiu sem deixar rastros, ele tinha ficado aflito sem notícias dela por alguns meses, lhe procurou em todos os locais onde ela costumava frequentar mas nada, nenhum sinal de Tasha parecia ter evaporado do mundo como fumaça.

Até que, em um dia de trabalho comum Reade estava na sua sala, precisava assinar vários códigos para treinamento dos recrutas quando foi abordado por Patterson.

— Reade, bom dia! Você está muito ocupado? — Perguntou a loira abrindo a porta após algumas batidas.

— Oi Patterson, pode entrar! Algum problema? Você parece tensa.

— Reade, eu sei que você me pediu para não procurar mais a Zapata, mas...

— Patterson é melhor deixar as coisas como estão. — Interrompeu ele. — Não sei se acredito no conto que ela se foi porque tenha sido obrigada a fazer algo pela Cia, eu prefiro acreditar na história que ela nunca nos pertenceu. — Reade falava cada palavra demonstrando o quão forte era o seu ressentimento por tudo o que aconteceu.

— Eu sinto muito, eu acredito que se tivéssemos a encontrado ela teria alguma explicação, afinal era a nossa Tasha.

— O que você quer me contar? — Reade ficou intrigado com a forma que ela estava falando. — Descobriu algo novo?

— Eu descobri a última localização da Tasha... — A loira suspirou fundo. — Eu acredito que foi o último lugar onde ela esteve.

— Patterson aconteceu algo com a Tasha? Ela está bem? — Patterson estava pensando como daria aquela notícia para Reade, ao ouvir o nome de Tasha a fisionomia dele mudou totalmente, era como se ele bem no fundo ainda acreditasse na inocência dela. — Patterson o que foi? Porque você está querendo chorar? — Reade agora esboçava um ar preocupado.

— A Tasha estava trabalhando com a Blake Crawford, o último lugar em que ela esteve foi Paris, um jatinho particular da HCI Global saiu com destino a Londres, mas caiu no mar. O manifesto do voo saiu hoje pela manhã. — A loira respirou fundo tentando controlar as lágrimas. — A Tasha era uma dos oito passageiros, sinto muito Reade. — Disse ela com dificuldades.

— Não pode ser. — Reade encostou bruscamente na cadeira. — Isso é um erro, fizeram as buscas pelos sobreviventes?

— Só pelos destroços Reade, não houve sobreviventes.

— Qualquer nova informação me avise por favor. — Patterson concordou saindo da sala e deixando Reade sozinho.

O diretor assistente do FBI decidiu passar aquele dia mergulhado em papéis e mais papéis, aquela notícia tinha mexido tanto com ele, era a sua Tasha, a mesma Tasha que meses atrás invadiu sua casa e bagunçou não só a sua cama como também a sua mente. Ele acreditava que depois daquela noite tudo seria diferente, mas não, no dia seguinte Tasha tinha ido embora, abriu mão de tudo por algo incerto. Mais cedo naquele dia ela e Keaton tiveram uma grande discursão na frente deles, tudo não teria passado de uma encenação, será que aquela noite na casa dele também? O que teria levado ela a tomar aquelas atitudes? Ela alguma vez já se importou com os sentimentos dele?

Aquelas perguntas rodeavam a mente de Reade desde de que ela se foi, mas nessa tarde ele só conseguia no porquê de tudo isso ter acontecido. Será que se ele tivesse insistido um pouco mais ela teria ficado? Será que ele não demonstrou o que sentia devidamente?

     Ao sair do escritório naquela tarde, Reade bebeu quase a metade do seu Wisky envelhecido, largado no sofá ele maltratava a sua mente com pensamentos sobre ela, lembrava-se das missões juntos, das noites em que os dois saíram juntos para beber, das noites em que assistiam ao futebol bem ali na sala onde ele ocupava no momento, e principalmente da última noite juntos.

Reade estava de olhos fechados e conseguiu lembrar-se de cada segundo daquela quarta-feira, do cheiro dela, da voz rouca dela chamando pelo nome dele, da respiração ofegante de ambos após terem se consumindo novamente naquela noite. Naquele momento Reade teve a certeza de que tinha perdido Tasha definitivamente, nunca mais ele ouviria sua voz, sua gargalhada ou sorriria dos momentos de mal humor dela, dormir foi a única coisa que ele não fez naquela noite.Tasha tinha morrido e ele não saberia como iria enfrentar aquilo amanhã e nem nos próximos dias.

      Longe de toda a agitação de NYC, Natasha Zapata se encontrava em Madri, após a notícia da sua falsa morte agora ela trabalhava para Madeline Burck em buscas de informações que favorecesse a mulher para seu plano diabólico de dominar a Casa Branca.

Tasha estava infiltrada secretamente para tentar impedir os planos de Madeline, Keaton era o seu mentor lhe passava diariamente as coordenadas sobre a missão. Ela estava aparentemente bem, ou se esforçava para demonstrar isso, mas no fundo a culpa por ter mentido lhe maltratava a cada segundo em que estava sozinha, por muitas vezes ela amanheceu em claro imaginando como os seus amigos tinham reagido a notícia da sua morte, mas a sua maior dor se resumia em como Reade reagiu a essa notícia. Ela sabia que o que tinham um pelo outro era sincero e puro. Mas será que a ele a perdoaria por isso?

     O relógio marcava 03:30 da manhã de uma sexta feira, justamente uma semana depois do manifesto de voo ter ido a público, será que Reade sentiu algo pelo que aconteceu? Ou será que ele estava com tanta raiva dela ao ponto de nem se importar com a notícia?

O que Tasha não sabia era que há uma semana Reade não conseguia dormir bem, bebia frequentemente e tinha se isolado dos amigos, até de Patterson que tinha se tornado sua confidente desde de que ela tinha partido.

Ela tentou fechar os olhos por algumas horas, mas em pouco tempo o seu celular despertou, ela teria um dia agitado hoje, precisaria deixar tudo em ordem pois a noite viajaria para encontrar com um aliado da sua nova chefe na Inglaterra. A cada nova tarefa o jogo ficava ainda mais pesado e perigoso, em oito semanas trabalhando nisso ela viu algumas pessoas que ficaram no caminho da mulher serem mortas friamente, essa foi a missão mais insana que ela já participou.

Tasha se levantou com um pequeno mal estar, ela não estava se alimentando direito, não dormia direito e nem estava vivendo bem. Tudo isso contribuía para que em muitos dias ela estivesse indisposta, recorria a algumas vitaminas para suprir o que o seu corpo perdia.

Durante a viagem ela se sentiu mal algumas vezes, não tocou no jantar que pediu assim que se registrou no hotel, no fim ela pediu um sanduíche e um copo de suco, foi a única coisa que o seu estômago não expulsou. Ela teria um almoço com Dilian Happer, um grande cientista que seria parte fundamental para o início do seu plano.

Bem diferente do que Tasha imaginava, Happer era um homem muito bonito entre quarenta e quarenta e cinco anos, barba e cabelos bem alinhados, era um típico inglês. Ao entrar no restaurante ela logo o avistou, muito simpático lhe cumprimentou perguntando se tinha sido fácil achar o local, os dois fizeram o pedido porém Tasha mal conseguia olhar para o prato, continuou apenas com a sua salada.

— Então Natasha, podemos dizer que Madeline Burk mandou o seu cavalo de Tróia? —  Disse ele enquanto degustava um pouco do vinho.

— Como assim? — Perguntou ela sem entender.

— Ela poderia ter vindo pegar esse driver de informações pessoalmente, mas ao invés disso decidiu mandar uma mulher lindíssima, pois saberia que era impossível dizer um não a uma mulher como você. — Tasha sorriu com o comentário.

— Não sei se essa foi a intensão dela, eu estou apenas fazendo o meu trabalho.

— Vamos só fingir que isso é verdade. O que ela me daria em troca das informações? Ou você me daria, já que veio fazer o trabalho da sua chefe? — Tasha entendeu a insinuação dele.

— A Madeline te deixar vivo já é um grande pagamento não acha? — Perguntou ela arqueando a sobrancelha. — Mas vamos fingir que eu aceitasse sua possível proposta. Qual seria?

— Eu estou hospedado no Resort Palace, vamos até lá, tomamos um vinho e aí eu deixo você escolher o desfecho da noite. — Tasha o encarou por alguns segundos e logo sorriu.

— Eu quero o driver primeiro. Não confio em você!

— Como você quiser. — Disse ele pedindo a conta.

Os dois saíram do restaurante direto para o estacionamento quando foram surpreendidos por três homens que dispararam vários tiros contra Happer, logo um dos homens se certificou de onde o driver estava entregando-o para Tasha, a morena não esperava que Madeline iria cuidar de tudo daquela forma. Após aquela noite Tasha voltou para casa, Madeline precisava daquelas informações o quanto antes.

     As semanas estavam se passando com pressa, e Tasha se via mudando muito rápido, seu humor, seu metabolismo e principalmente o seu corpo. Ela estava almoçando no seu apartamento quando de repente seu estômago embrulhou completamente lhe obrigando a colocar tudo para fora, a morena não entendeu de cara o que estava acontecendo com ela, mas foi só parar para calcular que ela constatou o óbvio.

Isso não era o suficiente para ela, após um banho Tasha foi até uma farmácia, comprou um teste de gravidez e voltou rápido para casa, ela queria tirar essa suspeita logo da sua mente. Após alguns minutos de espera o teste confirmou algo que Tasha já desconfiava, ela estava grávida de Reade! Mas o que fazer agora? Ela deveria ligar ou não para ele?

Após uma semana Tasha procurou uma clínica particular para fazer alguns exames, após uma ultrassom a médica lhe informou que ela estava finalizando o primeiro trimestre da gravidez, isso lhe deixou bastante apreensiva, como ela não percebeu o seu corpo mudar em três meses?

— Pela sua expressão você não planejou essa gravidez não foi? — Ela negou com a cabeça. — Olha, existem clínicas que podem ajudar você caso tome a decisão de interromper a gestação. Aqui está um panfleto, você dá uma olhada e pensa com calma no que vai fazer. — Explicou o médica que lhe atendeu.

— Obrigada pelas informações, eu vou pensar sim. — Disse Tasha guardando o folder dado pela médica.


Ela seguiu o caminho de volta para o trabalho pensativa, tudo parecia lhe assustar. Ser mãe não estava nos seus planos, voltar para NY também não, ela preferiu não comentar nada sobre isso, passou a tarde inteira olhando para a tela do computador mas não conseguia se concentrar em nada, seu único pensamento era o que iria acontecer com ela e aquela criança futuramente.

— O que você tem Zapata? — Questionou Madeline vendo como ela estava.

— Nada! Eu estou bem, é só uma enxaqueca. — Ela mentiu, temia o que poderia acontecer.

— Se precisar de algo não hesite em me falar. — Tasha apenas concordou.

Após uma tarde nada produtiva a morena chegou em casa e se permitiu chorar bastante, colocar para fora tudo o que estava sentindo, a saudade de casa e de Reade, a notícia sobre a gravidez, ela estava completamente sozinha e sem noção do que fazer. 
Ela releu por várias vezes o informativo que a médica lhe deu mais cedo, mas Tasha não tinha coragem de interromper a gravidez, ela também não sabia o que poderia fazer agora.  Suas mãos rapidamente discou um número bastante conhecido por ela.

— Alô? Quem é? — Perguntou Reade do outro lado, Tasha não teve coragem para falar nada. — Quem está falando? — Ele insistiu mais uma vez.


Ao ouvir um suspiro profundo do outro lado da linha Reade pensou está imaginando coisas, sua mente estava brincando com ele, era impossível isso está acontecendo. Ele largou o celular no sofá se servindo de mais uma dose do seu consolo  diário.

Tasha não teve coragem de falar simplesmente “oi”, ouvir a voz dele lhe despertou lembranças e a fez se castigar por ser tão covarde a ponto de ter sumido dessa forma. Como ela poderia ligar para ele e contar o que estava acontecendo? Ela não deveria fazer isso, nem sabia se ele realmente queria um filho com ela, principalmente depois de Tasha ter fingindo a própria morte.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem desse primeiro capítulo. ❤️



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