Mirror Myself In You escrita por LadyDelta


Capítulo 18
Everything Has Changed.


Notas iniciais do capítulo

E o ultimo dia da semana boiolinha chega ao seu fim. O que achou?

Ops... Oi!!!!!!!!!!!!!!!!! Boa noite, madrugada, manhã, Dia. Como vai?

Agora sim. Ultimo dia da semana boiolinha para fechar com chave de ouro.

Diz aí! Tu tens algum pete? Cachorro, gato, periquito, calopsita, tartaruga, peixe? Se sim! Quantos? Quais os nomes?

Eu tenho uma gatinha, o nome dela é Babi e ela é adolescente.

Uma pessoa cadelinha também, Alex: Tem 21 anos, não binário e gosta de tudo que é florido e de música.

Fora ela eu tenho 6 periquitos: Kaki, Anita, Peste, Cruel, Lala e o baby Fuinha.

2 rolinhas: Passiva e a Relativa.

Uma canarinho: Metida.

Um calafate: Pinguim de terno.

Além deles tenho 6 calopsitas: Guilb, chorão, Tic, Tac, Alb e Dudu, tudo macho. (antes eram 12, mas as fêmeas tiveram um fim trágico)

Eu sei, minha casa parece um zoológico, mas né. Dois viveiros e uma gata que acha que faz parte da família dos pássaros.

Gente, playlist da fic no YouTube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLqzyWlKccLfamc0Zj0ZnRquCAmLaa_Den

Logo terá a do Spotify também.

É isso que eu tinha a dizer.


Musica para o capítulo:Taylor Swift - Everything Has Changed ft. Ed Sheeran

~Boa leitura.



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Galateia Pov. 

Bebi meu suco lentamente e olhei para Liane, que parecia entretida no telefone enquanto usava seus fones de ouvidos, movendo a cabeça levemente para os lados como se estivesse apreciando uma boa música.

— Está ouvindo o quê? – Perguntei curiosa e ela tirou o fone do ouvido esquerdo com um sorriso.

— Uma amiga minha me mandou sua performasse no violino, escuta e me diz se isso te lembra algo. – Tirou o outro fone e se inclinou encaixando ambos em meu ouvido. Arregalei os olhos brevemente por seu movimento rápido, mas rapidamente o som me fez franzir o cenho.

— Isso é November Rain do Guns N’Rose? – Perguntei surpresa e ela assentiu com um enorme sorriso.

— Ela adora as antigas e arrasa. – Elogiou. – Ela nunca erra nenhuma nota, é incrível. – Continuou o elogio e virou o celular para mim, onde a garota se apresentava no palco com pouca iluminação, sem nenhuma ajuda de terceiros para tocar, era apenas ela, usando um vestido preto.

— Isso é lindo. – Falei admirada.

— Nota a borboleta no arco? – Perguntou e olhei para o objeto que ela usava para produzir o som, onde havia uma borboleta que certamente era de mentira, que batia as asas a cada mover da sua mão. – Ela não consegue tocar se ela não estiver aí, porque perde o foco e erra todas as notas. – Contou e assenti, percebendo que os olhos da garota se mantinham fixos em cada bater das asas. – Foi o noivo dela que fez. Quando era pra tocar violão ela a colava no anel da sua mão esquerda, pra focar a atenção nela. – Continuou e sorri para o quanto a garota tocava bem e olhei para meu celular que começou a vibrar sobre a mesa, alertando uma ligação.

— Espera aí. – Pedi dando pausa no vídeo e tirei os fones pegando meu celular, vendo que quem ligava era o Vicent. – O que foi, já chegaram? – Atendi e o ouvi murmurar algo.

— Então... Tem como você pegar a Vick na biblioteca?  - Pediu e arregalei os olhos.

— Como assim? Você ainda não foi? – Perguntei olhando as horas no meu relógio.

— Eu acabei dormindo demais e acordei com a ligação dela, só que meu pai saiu com o carro.— Explicou e neguei com a cabeça incrédula.

— Claro que você dormiu demais, porque você é um bosta. – Reclamei e ele riu do outro lado. – Por que você tá rindo? Pelo amor de Deus, deixou a menina esperando.

— Porque eu meio que para não ficar em maus lençóis, falei que você quem ia pegar ela lá, e que tinha dormido muito, mas que já estava a caminho.— Falou e me levantei no mesmo instante.

— Você. Não. Fez. Isso. – Rosnei e o ouvi rir ainda mais. – Eu não acredito que ele disse para Vick que eu estou atrasada, logo eu.

— Eu fiz sim, me processa. Agora vai buscar ela, tá nas suas costas.— Encerrou a chamada e apertei meu celular pronta para joga-lo no chão, mas fechei os olhos respirando fundo e me acalmando. Pelo amor de Deus. Se fosse combinado pra eu buscá-la, já estaria na biblioteca antes dela chegar, não me encontrando com a Liane. Agora ela vai pensar que sou uma idiota que esquece horários.

— O que a ameba fez? – Liane perguntou se referindo a Vicent e suspirei procurando o número do meu motorista, logo lembrando que hoje é dia da sua consulta no médico pela parte da manhã e que por isso vim de moto com a Liane.

— Inferno! Esse idiota do Vicent, marcou de buscar a Vick pra fazermos o trabalho e dormiu demais aí falou pra ela que eu tinha dito que ia buscar e que EU tinha dormido muito. – Rosnei e Liane mordeu o lábio inferior para segurar um riso, mais por saber que eu nunca passo das sete e meia na cama. – Agora o Robert está no médico e meu celular descarregou. – Reclamei olhando para o aparelho desligado e ela mexeu no próprio celular.

— Bom, o Frank tá disponível. – Alertou e fiz uma careta desgostosa.

— Eu odeio o seu motorista. Ele usa uma intimidade que não lhe dei e tem o péssimo habito de falar que é meu segurança. – Reclamei por ele sempre fazer isso quando substituía o Robert e ela riu.

— Bom, ele recebe pra fazer nada, já que agora sempre saio na Laila.

— Não. Eu chamo um taxi. – Olhei para meu celular e bufei por ver que estava desligado e ela passou o braço por meu ombro.

— Não acha melhor ir buscar ela o mais rápido possível?

— Droga, eu nem posso ligar para avisar. – Murmurei.

— Quer usar o meu? – Perguntou e suspirei.

— Eu ainda não decorei o número dela. – Lamentei.

— Então vai com o Frank mesmo. Ele mora por aqui, então vai ser rápido. – Alertou e suspirei.

— Tudo bem, chama o Frank, mas se ele fizer alguma gracinha eu juro que darei um soco nele. – Reclamei e ela assentiu levando o próprio celular ao ouvido.

XxX

Fechei os olhos irritada pela demora do sinal e olhei para biblioteca logo a frente, onde Vick estava sentada impaciente. Pelo amor de Deus, eu ainda mato essa desgraça do Vicent. Eu jamais a deixaria esperando desse jeito, quem faz uma coisa dessas é muito sem noção.

— Tá, pode parar aqui. – Pedi.

— Certeza? Tem um estacionamento logo ali na frente e e-.

— Para a merda do carro. – Mandei e Frank estacionou do lado da calçada. Tirei o cinto apressada e abri a porta indo até Vick, que olhava para o chão entediada.

— Fala sério. Que saco. – Resmungou para si mesma e abri a boca para lhe chamar. – Ótimo! Agora chove e eu viro um pintinho molhado. – Reclamou e notei que eu havia tapado a luz do sol com meu corpo, e não pude deixar de sorrir por ela achar que era alguma nuvem.

— Bom... Eu não me considero uma nuvem de chuva. – Falei divertida e ela olhou para cima

— Galateia. – Falou animada e voltei a sorrir.

— Exato. – Respondi feliz por estar lhe vendo tão cedo e ela se levantou me olhando de cima abaixo.

— Atrasada. – Fez bico e ergui a sobrancelha. É o quê?

— Desculpa se me atrasei, mas não era eu que ia vir te buscar. – Alertei e ela franziu o cenho. – Vicent que ia fazer isso, mas ele dormiu demais. Eu estava em outro compromisso do outro lado da cidade e tive de sair no meio dele porque o meu primo é um merda que deu a entender que eu também sou. – Reclamei irritada por ter pegado trânsito e por meu celular descarregar a ponto de eu não poder ligar avisando. – Essa cidade tá um inferno de trânsito e meu celular descarregou. – Continuei e fechei os olhos ao perceber o que estava fazendo. – Desculpa. – Pedi me encolhendo ao notar o que eu estava falando.  – O Vicent me irrita. Eu jamais chegaria atrasa. – Me defendi e ela riu negando com a cabeça.

— Você está bonita. – Falou divertida e foi minha vez de franzir o cenho. Quê? ESPERA, O QUÊ? – Esse vestido caí bem em você. – Continuou e desviei a atenção para as sacolas de coisas que ela havia deixado no chão, tentando esconder meu rosto que com certeza está vermelho, porque está quente. O que diabos deu nela?

— Obrigada... Nossa! A gente disse que não precisava trazer nada. – Tentei começar outro assunto, me abaixando para pegar a sacola. - Vicent comprou horrores de coisas para trabalho. Acho que servirá até o fim do ano letivo. – Murmurei.

— Eu não pude evitar, na minha casa tem muito dessas coisas largadas por causa da Vane. – Falou divertida e sorri lhe olhando, fazendo contato direto com seus olhos.

— Entendo. Então... Vamos? – Chamei apontando em direção ao carro e ela assentiu me seguindo até o veículo e arregalei os olhos por Frank sair do carro arrumando o terno e sorrindo para nós duas antes de abrir a porta. Vick me olhou confusa e sustentei seu olhar praticamente implorando pra ela entrar logo, o que ela fez sem dizer nenhuma palavra. Por um momento quis enfiar minha cabeça embaixo da terra. Eu odeio tudo que esse cara faz.

— Que desagradável. – Resmunguei depois que ela entrou e fiz o mesmo, puxando a porta com força, antes que Frank a fechasse por mim.

— O que houve? – Perguntou curiosa e neguei com a cabeça para evitar o assunto. Foquei minha atenção nela quando a mesma se ocupou em arrumar as sacolas e sorri carinhosa. Eu ainda não consigo acreditar que ela ficou quatro semanas em coma e demorou cinco meses para lembrar de coisas básicas. Será que ela tem alguma cicatriz na cabeça? Um relevo, qualquer coisa.

— Senhorita Galateia está muito mal humorada hoje. Quem é a garota? Sua amiga? – Frank perguntou ao sentar no banco do motorista e quis esconder o rosto entre minhas mãos por Vick me olhar curiosa.

— Frank, é sério... Se começar com essa merda de senhorita de novo, eu vou te dar um chute – Rosnei afundando no banco do carro e Vick franziu o cenho.

— Desculpe. Pensei que com convidados eu deveria me comportar como um perfeito motorista e segurança. – Falou bem humorado e fechei os olhos.

— Cala essa boca, Frank. – Reclamei e olhei para Vick suspirando cansativa. - Agora ela vai pensar que você é mesmo a porra de um segurança. Fala sério! Como se eu já não fosse estranha o suficiente. – Resmunguei me encolhendo no lugar.

— Quê? Você não é nem um pouco estranha e se ele fosse mesmo um segurança, nada mais justo. Olha como você tá bonita. – Falou empolgada e lhe olhei surpresa. Espera... O quê? Ela não se lembra! Então... Por que está me elogiando assim? É a segunda vez no dia.

— Estou feliz por termos uma nova convidada. Sete anos de trabalho e sempre as mesmas pessoas. Qual seu nome? – Frank perguntou começando a dirigir e olhou para Vick pelo retrovisor. Eu respeito muito o trabalho das pessoas e as pessoas, mas esse cara em particular me tira do sério em um nível absurdo. Primeiro por ter dado em cima de mim na primeira vez que precisei dos seus serviços e segundo, ele é irritantemente intruso com todos, se metendo em assuntos onde não deveria. Tudo o que ele tinha de fazer era sentar e dirigir, mas nunca só faz o seu trabalho, é irritante, mas não me surpreende agir dessa forma sendo que quem o contratou foi o David.

— Victória. Sou componente do grupo da Galateia na escola. – Explicou e lhe olhei confusa. Qual é a dessa linguagem formal agora? Componente de grupo?

— Oh! Uma novata? Que prazer conhecer você. – Estendeu a mão para trás e ela a olhou alguns segundos antes de apertar com receio. - E o que vão fazer hoje? – Perguntou e estreitei os olhos. Eu definitivamente odeio esse cara.

— Uma coisa muito legal chamada: não é da sua conta. – Falei irritada e me encolhi por Vick me olhar confusa. - Quer dizer... Não a necessidade de você saber. Não mudaria sua vida ou algo do tipo. – Murmurei tentando concertar minha frase que não tinha concerto. Eu estou parecendo uma troglodita.

— UAU! Você refez uma frase? Essa é boa. Não adianta, princesa. Pelo que eu conheço da Victória... A sua fama de sádica, resmungona e mau humorada já foi percebida por ela, não faz diferença tentar esconder isso embaixo de uma frase refeita e uma gentileza que você não tem. – Falou com descaso e apertei a mão esquerda em punho pelo ódio que me consumiu no momento. Ele ousou demais.

— Oi? Pelo que você conhece? Eu mal troquei duas palavras com você. – Vick falou séria e lhe olhei de canto de olho, vendo que seu olhar se mantinha firme no retrovisor. – E pelo que você acabou de falar, não me admira que ela não seja gentil com você. – Continuou e olhei para meus pés com um sorriso discreto. – Galateia é adorável comigo. – Cruzou os braços e mordi o lábio inferior pela onda de euforia que me atingiu.

— Mas é claro que ela é. Você é uma garota, meu bem. – Rebateu e trinquei os dentes em ódio.

— Cala a sua boca. – Mandei e ele riu divertido. Eu o odeio, odeio e odeio.

— Por quê? – Perguntou fazendo uma curva e estiquei o dedo apertando o botão que fazia o vidro que dividia o espaço do motorista e passageiro subir. - Qual é! Assim você me magoa. – Falou enquanto o vidro subia.

— Um dildo no seu ânus. – Bradei e ele riu alto.

— Sua mãe vai ficar sabendo desse seu linguajar.

— Foda-se. — Resmunguei quando o vidro se fechou por completo e olhei para Vick ao ouvir seu risinho baixo. – Desculpe por isso. Ele não é meu motorista e eu odeio ter de precisar dele, mas tinha que te buscar e o Vicent me avisou em cima da hora. – Expliquei e ela negou com a cabeça rindo um pouco mais alto. – O que foi? – Perguntei por ver que ela tentava conter o riso, mas que estava mais forte que ela.

— Não... É que... Hahahaha é que eu nunca tinha ouvido essa expressão desse jeito antes. – Se curvou com a com os braços na barriga sem parar de rir e franzi as sobrancelhas confusa. – Isso saiu extremamente formal e eu não consegui levar como algo maldoso por perder a magia. – Continuou rindo e mantive minhas sobrancelhas curvadas sem entender nada. O que tem de errado com a forma que eu falei?

— Magia? – Perguntei e ela secou uma lágrima se endireitando no banco e parando de rir aos poucos.

— Um dildo no seu ânus. – Ergueu a mão esquerda com as pontas dos dedos juntas e ergueu a direita logo em seguida. – Um pau no seu cu. – Falou e abriu os dedos imitando o som de uma explosão com a boca e deixei um leve sorriso ocupar meus lábios. – Sentiu a magia? – Perguntou e neguei com a cabeça.

— Tem o mesmo significado. – Reclamei.

— Eu sei, mas veja só como um pau no seu cu parece melhor. – Falou e em seguida arregalou os olhos. – Meu Deus! Não o pau no seu cu, mas a frase. – Falou em agonia e soltei uma risada divertida por ela se colocar nessa situação. Eu nem sequer teria notado isso se ela não tivesse falado. – Pelo amor de Deus, me desculpa. – Pediu e foi minha vez de continuar rindo.

— Tudo bem, não tem que se desculpar. – Falei entre meu riso e ela cobriu o rosto com ambas as mãos, se encolhendo no banco.

— Eu estou com tanta vergonha. – Lamentou e parei de rir guiando a mão para seu ombro, fazendo um suave carinho.

— Relaxa. Eu achei bastante engraçado. – Falei divertida e ela ergueu a cabeça me olhando e, por um momento foquei a atenção em seus olhos, estranhando o verde na tonalidade escura. - Seus olhos são verdes claros. Por que está verde escuro? – Perguntei confusa com a cor e ela pareceu se surpreender.

— Meus olhos? – Perguntou e guiei a mão para afastar sua franja que caiu quase sobre eles. Pelo amor de Deus, ela é muito linda.

— Sim, estão mais escuros. – Alertei afastando minha mão ao notar que estava lhe tocando sem permissão e foquei nas irises de novo.

— Ah... – Começou e lhe olhei curiosa. - É por causa da iluminação do carro que está pouca? – Perguntou e continuei focada na cor por alguns instantes. Se ela não se lembra de mim, será que algum dia vai?

—Provavelmente. – Murmurei pegando minha bolsa no banco e procurando uma das barrinhas de chocolate ali, a abrindo e sorrindo para Vick logo em seguida. - Aceita chocolate? – Perguntei e ela sorriu.

— Sabe... Eu meio que estou evitando os doces. – Começou e ergui uma sobrancelha.

— Hum... Que triste, pensei que queria realizar o seu desejo. – Comentei e seus olhos se estreitaram.

— Me dá logo essa coisa que eu como.

— Assim que se fala. – Quebrei um pedaço para mim e lhe entreguei o resto da embalagem, não deixando de notar sua expressão surpresa.

— O que foi?

— Você disse que não era para quebrar. – Lembrou e sorri mordendo o pedaço que havia quebrado.

— Acontece que eu não fiz o ritual, então posso quebrar o quanto quiser.

— Isso é intrigante. Então significa que você não acredita nesse ritual? – Perguntou curiosa e sorri. Eu sou bem cética em relação tudo, mas acreditaria nesse ritual com o minha vida.

— Claro que acredito nele. A diferença é que o meu desejo já se realizou, então eu quero que o seu se realize também e... Come isso logo. – Resmunguei por ela estar me olhando como se eu estivesse falando alguma idiotice.

— Tudo bem! Mas saiba que eu não estou confiando muito nesse ritual. – Reclamou e franzi o cenho. O quê? Por que ela não confiaria? - Acho que isso é uma desculpa sua para me entupir de chocolate. – Continuou e arregalei os olhos. Quê? Por que diabos eu faria uma coisa dessas com ela? Isso não faz o menor sentido.

— Hum... Então não come. Eu não estou te obrigando de qualquer forma. – Murmurei olhando para janela, tentando reconhecer o caminho para saber se estávamos chegando. Droga, eu acho que não sei mais como me comunicar com os outros e ela está me achando chata e inconveniente.

— Eu estou brincando, Galateia. – Alertou e continuei olhando o caminho. Ela não se lembrar, então eu terei de fazer amizade na certeza de que ela não sabe nada sobre mim. Eu não sei fazer amizades! O único motivo de ser amiga da Sam e da Sara, é porque elas eram amigas do Vicent.

— Uhum, tudo bem. – Murmurei aborrecida por não saber como me expressar.

— Parece que... Sei lá, parece que não gostou. – Falou cabisbaixa e lhe olhei preocupada. Desde que me viu hoje cedo ela parece estar tentando se dar bem comigo e eu estou dificultando isso por ser idiota. Droga, eu não sei como me comportar.

— Desculpa. Eu não sei muito como identificar brincadeiras ou derivados. – Confessei e ela me olhou em descrença. – Não converso muito com as pessoas para isso. – Revelei me encolhendo. – Então tendo a pensar que está me achando... Chata. – Sussurrei.

— Oh... Entendi. Da próxima vez eu tento deixar mais explicito que estou brincando. Normalmente estou sempre brincando. – Alertou com um sorriso e sorri de igual forma. Eu costumava sempre saber disso antes, mas agora ela está tão diferente que na maioria das vezes acho que a Vick que eu conheci foi só um delírio da minha cabeça.

— Eu vou ser menos chata e formal também. – Prometi e ela riu.

— Eu adoro o seu jeito formal, não se preocupe com ele e... Você não é nem um pouquinho chata. – Garantiu e um sorriso surgiu em meu rosto. Eu não sou chata? Isso é sério?

— Se você está dizendo. – Olhei para janela de novo e sorri. – Finalmente, estamos chegando. Moro ali. – Apontei e ela se inclinou do meu lado para ver onde eu mostrava. - Está vendo? – Perguntei lhe dando um pouco de espaço para ver melhor.

— E qual casa seria? – Perguntou curiosa.

— A bege. – Apontei e ela encolheu os ombros como se estivesse intimidada com alguma coisa. Olhei para ela sem entender o porquê de sua reação. Ela não gostou da casa do Vicent? O carro parou do lado da calçada e fui rápida em abrir a porta para que Frank não inventasse de descer para abri-la para nós. - Vamos, Vick. – Falei ao descer para calçada e arregalei os olhos logo em seguida. - Tória. Victória. – Corrigi rápido e ela me olhou com uma sobrancelha erguida. Porra! Por que diabos eu a chamei de Vick? – Vicent já deve estar nos esperando. – Alertei e ela pegou suas coisas no banco do carro e fechou a porta me seguindo até o portão da casa.

— Uau! Isso aqui é tipo... Enorme. – Falou assim que abri o portão e lhe olhei em confusão. Espera, ela achou isso aqui enorme? Então por isso se encolheu?

— Eu não acho tão uau assim. – Falei pulando as pedras que estavam espalhadas pelo jardim em um caminho para entrada principal. Eu sei que a família dela é rica, mas também sei que todos são humildes por causa do que tia Cass fala da Vanessa e por eu conhecer a parte materna da família da Vick, então essa casa realmente deve se parecer com um palácio para ela.

— Hã... É algum ritual também? Eu preciso pular as pedras que nem uma criancinha? – Perguntou e parei de pular as pedras me virando para trás, sorrindo por ver o seu sorriso em minha direção, alertando que estava brincando.

— Não! Você pode vir como quiser. – Alertei andando sobre as pedras e ela me acompanhou pelo caminho e assim que estávamos nos aproximando da porta, Vicent surgiu ali com um sorriso.

— Gatinha! Que bom tê-la em minha casa. – A abraçou assim que chegamos frente à porta e sorri por ela recuar uns passos no susto. Acho hilário o fato dela não gostar que Vicent se aproxime muito.

— Não precisa me abraçar, Vicent. – Reclamou e ri baixinho.

— Nhá! Que isso, gatinha. Eu gosto de abraçar minhas amigas, mas eu entendo o seu medo de se apaixonar. Já disse que não vai rolar, eu sou fiel a minha namorada. – Neguei com a cabeça e ele a puxou em direção a varanda, o que fiz questão de lhes seguir, me retraindo um pouco ao ver que tinham arrumado tudo ao lado da piscina.

— Por que vamos estudar aqui? – Perguntei receosa e Vicent me olhou divertido.

— O que foi, Ninfa? Ainda com medinho da água?

— Pau no seu cu. – Usei a recente frase que Vick me ensinou e ela me olhou com um sorriso, como se estivesse orgulhosa, Vicent por outro lado, me olhou surpreso. - Por que vamos estudar aqui e não lá dentro? Tem uma sala muito confortável lá dentro.

— Sam estava querendo ar fresco. – Falou ainda absorvendo minha frase e apontou para rede, onde Sam estava deitada. - SAM, meu Bebê! Quero que conheça a Victória. – Gritou indo até ela e Vick me olhou confusa.

— Ele é sempre assim? – Perguntou e ri divertida.

— Piora! E como piora. – Coloquei a mão em seu ombro e fiz uma leve pressão a indicando que queria que caminhasse até Sam.

— Se prepare para conhecer a minha deusa, Vick. – Vicent falou sorridente olhei para meu celular ao receber uma mensagem de Liane.

— É um prazer te conhecer, Victória. Me chamo Samantha, mas por tudo que existe de mais sagrado nesse mundo, use só Sam. Se você me chamar de Samantha eu vou chorar achando que está brigando comigo.

— O prazer é meu Sam. – A cumprimentou rindo baixinho e foi levada até o sofá por Vicent. Olhei a cena e abri a mensagem de Liane.

Liane:

Eai? Já chegaram na casa do Vicent? Se quiser que eu apareça por aí é só me dá um toque que saio correndo.

Li o conteúdo e sorri levemente. Até parece que eu vou chamar ela para vir até aqui, sendo que Sam tá com a gente e a primeira pessoa para qual iria contar que a viu aqui, seria para Sara.

Então agora vamos começar a parte chata da vida de qualquer adolescente, estudar. – Vicent resmungou se sentando com Sam e fui me sentar ao lado de Vick, deixando um espaço generoso entre nós. Eu não quero que ela pense que eu sou grudenta demais.

XxX

Arrumei os sanduiches dentro da travessa e me virei para pegar o suco de maracujá que havia acabado de fazer, enchendo os copos e colocando a jarra no espaço livre da bandeja. Enchi a tigela vazia de batata chips, coloquei o potinho de queijo e molho ao lado e olhei para porta ao ouvir a risada alta de Victória preencher o ambiente. Arrumei meu vestido no corpo e equilibrei a bandeja nas mãos, indo em direção a varanda, notando que falavam animados sobre alguma coisa que eu não fazia ideia do que era.

— Eu quero assistir. – Sam falou e ergui uma sobrancelha. Estão falando de televisão?

— Assistir o quê? – Perguntei curiosa e Vick se virou para mim com um sorriso.

— Jammy Dodger. – Sam alertou e me aproximei de Vick com a bandeja, franzindo o cenho para o nome que me deram.

— Nunca ouvi falar.

— É porque esse não é o nome. – Vick murmurou cansada e me sentei ao seu lado lhe oferecendo suco. Ela ficou um tempão esperando em frente a biblioteca e até agora não comeu nada, deve estar com fome. – Está com fome? – Perguntei preocupada.

— Não exatamente, mas obrigada, vou aceitar. – Pegou o copo de suco e sorri.

— Vamos assistir Vicent! Eu quero. – Sam chamou pelo meu primo e ele se levantou em um pulo.

— O que você quiser, bebê. Querem ver também? Já que o nosso trabalho foi terminado, a gente tem tempo. – Falou animado e olhei rapidamente para Vick na esperança dela aceitar, franzindo o cenho por seu suspiro.

— Na verdade eu tenho que ir agora. – O quê? Mas já?

— Já? – Sam perguntou por mim e olhou no relógio de pulso do Vicent, se encolhendo por Vick assentir. - Ah... Que chato! Você é tão engraçada. – Concordo plenamente. – Ela lembrava a frase do filme, Galateia. – Contou e sorri olhando para Vick.

— É mesmo?

— Ela disse que estava passando na lanchonete e me deu uma pista, foi fácil descobrir do que se tratava. – Explicou. – Mas por mais que me ache maravilhosa, tenho horário para chegar em casa. – Explicou e fiquei lhe olhando em silêncio, notando que seu olhar veio em direção ao meu rapidamente antes de focar em Sam de novo.

— Poxa, Vick! Que sem graça você. Sua bobona! Corta aqui. – Vicent juntou os dedos e os esticou para que ela cortasse a amizade.

— Não seja bobo, Vicent!

— Bobo? Você que vai embora agora! Aff. Eu vou levar a Sam pra sala. É bom você estar lá em cinco minutos ou eu nunca mais falo com você. – Resmungou indo até a rede e pegando Samantha no colo, indo com ela para dentro.

— Quê? – Vick perguntou sem entender o que tinha acontecido e apontei para cadeira de rodas da Sam no outro extremo da varanda.

— Sam não anda desde os dois anos de idade. – Contei e ela arregalou os olhos como se tivesse levado um susto.

— Nossa! Isso é... Bem... Eu estou surpresa. – Confessou e peguei um dos copos de suco, bebericando um pouco. – Na escola você disse que ela está com leucemia. – Comentou e assenti.

— E está. O tratamento dela termina em três meses. Foi diagnosticada no ano retrasado e finalmente está superando isso. – Contei tento sua atenção. – Ela passou muito tempo no hospital esse ano. – Revelei.

— Eu odeio hospitais. – Murmurou se encolhendo e lhe olhei em curiosidade.

— Por quê?

— Eu só... Odeio. – Sussurrou e assenti. Já faço ideia do porque ela odeia hospitais, já que ontem a sua mãe me revelou que ela demorou cinco meses para se recuperar. Todo esse tempo deve ter rendido muitas visitas ao hospital.

— Vicent é doido pela Sam desde que a viu tocar piano aos 12 anos na escola dele. – Contei tentando mudar o rumo do assunto e ela sorriu. – Desde então eles têm tido uma relação de amizade meio romântica, até começarem a namorar sem nem notarem. Vicent era um covarde para pedir ela em namoro. Mas não diz que eu contei. – Pedi e dei uma piscadinha para pedir segredo pelo que revelei e foquei a atenção em meu copo de suco por ela corar. Por que ela acabou de corar?

— Acho que o Vicent é um cara legal. – Comentou e sorri.

— É! Ele às vezes irrita, mas quando está com a Sam as suas palhaçadas se tornam algo bobo. Meu primo é um cavalheiro e adorável quando quer, mas... Não o diga que eu disse isso, serei atormentada por anos. – Fiz sinal de silêncio e ela riu.

— Seu segredo está seguro comigo. – Olhou para hora em seu celular e me encolhi no lugar. Quando criança, Vick sempre passava mais tempo comigo se eu a pedisse. Será que isso ainda vale? - Bom... Eu preciso ir. – Avisou se abaixando para pegar suas coisas e apertei meus dedos ao redor do copo.

— Você podia ficar mais um pouco. – Pedi receosa e ela parou de guardar as coisas para me olhar em curiosidade.

— O quê? – Perguntou e beberiquei o suco por ficar nervosa.

— Você podia ficar mais um pouco. – Repeti devolvendo o copo para bandeja e escondendo as mãos atrás das costas. Ela já disse que não pode ficar, mas que inferno! Não é como se eu pedir fosse mudar algo. Não somos mais crianças e ela nem lembra de mim. Eu tenho que parar de viver no passado e focar no agora.

— Ficar? – Perguntou e olhei para os lados por meu corpo todo estar meio trêmulo com a situação. Eu estou parecendo uma idiota.

— É! Vamos assistir o Jammy Dodger. Seria legal se você assistisse também. – Falei receosa e franzi o cenho por ela começar a rir. O que eu disse de errado? Ou ela também está me achando uma idiota por perguntar se podia ficar mais? - Do que está rindo? – Perguntei insegura com a situação. Eu não sou boa em me relacionar com as pessoas, mas com ela estou me esforçando bastante, de verdade, mas parece que cada passo que dou na direção dela, ando mais três para trás. Estou parecendo uma tremenda idiota.

— O filme... Não se chama Jammy Dodger. – Falou divertida e toda a tensão do meu corpo se esvaiu como um passe de mágica. Então ela não está rindo de mim? - Por Água Abaixo, é um filme de ratos quer moram em um esgoto, daí tem uma rata que é dona de um barco e o barco dela se chama Jammy Dodger e ele nem é o foco do filme. – Contou e abri um sorriso. Caralho, ela não estava rindo de mim.

— Ah! Bom... Como eu ia saber que não era Jammy Dodger? Sam disse Jammy Dodger então eu supus que Jammy Dodger fosse o nome do filme e... – Me calei subitamente e suspirei. Porra quando fico ansiosa começo a falar e a repetir palavras feito uma retardada. - Por que eu estou falando Jammy Dodger o tempo todo como se Jammy... Caralho. – Rosnei irritada e ela riu divertida.

— Jammy Dodger. – Falou usando de um tom fino na voz e sorri por ficar óbvio que ela não estava rindo de mim e sim comigo.

— Olha... Esse nome é estranho quando falado mais de uma vez.

— Qual? Jammy Dodger? – Perguntou brincalhona e ri de novo. Ela é extremamente fofa.

— É! Não fala de novo. – Pedi.

— Jammy Dodger? Por que não? Jammy Dodger é um nome tão bonitinho. – Pelo amor de Deus.

— Sério! Não é não, vai por mim. – Tentei para que ela parasse, já que o nome realmente está grudando na minha cabeça e me deixando ansiosa por há momentos ter me deixado ansiosa.

— Claro que é. Escuta só! Jammy Do-. – Estiquei a mão em um movimento súbito e cobri sua boca de surpresa.

— Não repita Jammy Dodger. Entendidas? – Perguntei fazendo sinal de silêncio e ela assentiu algumas vezes. – Eu o falei muitas vezes porque fiquei um pouco ansiosa sem motivo aparente. – Confessei para não parecer um completa sem noção por cobrir sua boca e seus olhos pareceram carinhosos em minha direção. – Desculpe por isso. – Pedi tirando a mão de sua boca e ela negou com a cabeça sorrindo.

— Está tudo bem, eu estava sendo um pouco irritante mesmo. – Falou divertida e guiei a mão para sua cabeça, me permitindo fazer um delicado carinho ali. Eu queria tanto que ela se lembrasse de mim, seria mais fácil me portar diante dela, se bem que a Galateia que ela conheceu não sou mais eu, nada é igual a antes e aquela criança animada e divertida que eu era já não existe mais.

Eu passei por tantas mudanças desde o dia que me mudei que o motivo de querer tanto que ela se lembre de mim é porque quando eu tinha a sua amizade era a época mais feliz da minha vida. Se eu puder ter pelo menos um terço do que tinha, será o suficiente, mesmo que ela nunca se lembre, o que não espero que aconteça. Eu só gostaria que por um momento, eu fosse importe para alguém que não fosse a minha irmã.

— Você vai ficar? – Perguntei tirando a mão de sua cabeça ao perceber que ela não havia me dado uma resposta e ela assentiu. – Perfeito! – Falei eufórica e peguei seu braço. - Então vamos assistir ao filme. – Lhe puxei para levá-la em direção a sala, animada pela sensação boa que me dominou por ela aceitar ao meu pedido.

— Eeeeh! A Vick fica. – Sam fez uma musiquinha começando a bater palmas assim que nos viu e Vicent a acompanhou, cobrindo a boca para fazer uns sons estranhos. - Que bom que você fica, Vick! Qual o nome do filme? Vicent não achou Jammy Dodger. Só apareceu resultado de biscoitinhos deliciosos. – Fiz uma careta ao ouvir o nome de novo e Vick riu baixinho ao meu lado.

— Por Água Abaixo. – Avisou e Vicent bateu palmas.

— E o Óscar vai para Victória! Por conhecer o filme que a Sam viu na lanchonete. – Brincou e ela começou a rir, fazendo uma pequena reverencia.

— Obrigada, obrigada. – Falou encenando e peguei o controle da televisão sobre o sofá, me aproximando dela com um sorriso e lhe entregando para fingir ser seu Óscar. - Eu realmente me sinto lisonjeada. – O pegou fingindo secar uma lágrima e ri alto junto de Sam e Vicent. Eu adoro essa garota. - Vocês não fazem ideia do quão difícil foi para eu chegar até aqui. – Continuou e meu sorriso ficou congelado no rosto por estar me sentindo tão feliz só de ter a presença dela.

— Acredite! Nós sabemos. – Vicent entrou na brincadeira e olhei para os lados sendo rápida ao pegar o controle do aparelho de som, me aproximando dela de novo e fingindo que era meu microfone.

— Nos conte, Victória. Como sabia o nome do filme? – Perguntei e pude ouvir a risada de Sam.

— Sinceramente? Eu convivo com uma baixinha de um 1,41 que vive assistindo filmes. – Começou e sorri.

— Ó! E seria sua irmã? – Perguntei fingindo curiosidade, mesmo sabendo que sim.

— Sim! Minha irmã. Posso mandar um beijo? – Pediu e assenti animada, sorrindo por Sam secar uma lágrima de tanto que estava rindo.

— Claro, pode mandar seu beijo. – Apontei para Vicent que usava o travesseiro fingindo ser o câmera man.

— Obrigada! Então... Jhu... Pra você que está aí me assistindo... Um beijo, minha gatinha. Eu te amo muito. – Falou e ri.

— Jhu? E qual seria o nome dela completo? – Perguntei ainda fingindo entrevistar e ela sorriu me olhando.

— Jhulhy Frieck Martins Klow.

— Eita porra. – Vicent falou começando a rir e a olhei divertida.  

— E o seu também é esse texto? – Perguntei divertida. Eu já sei todo o sobrenome dela, mas ela não sabe disso, então me dizer agora é meu álibi.

— Victória Frieck D’Ewder Klow. – Contou e sorri carinhosa por estar o ouvindo de novo.

— Fala sério! – Vicent gargalhou junto de Sam e juntei os lábios para não rir junto deles. O nome dela parece o título de algo.

— Desculpa Victória, mas o seu nome serve para ser título de um filme de Hollywood. – Comentei rindo baixinho e ela riu junto.

— Olha quem fala. Galateia, cara... Você se chama Galateia. – Brincou e meu riso baixo se tornou mais alto. Quando crianças ela me deu o apelido “Téia” porque achava meu nome difícil de falar.

— Ok! Eu não posso julgar.

— Hahaha! Só eu posso, queridos. – Sam brincou parando de rir lentamente e lhe olhei com uma sobrancelha erguida. Ela acha mesmo que vai escapar dessa?

— Ó! Verdade? – Andei em sua direção e estendi o controle em sua direção tentando ignorar sua expressão surpresa por eu fazer isso. Normalmente não faço brincadeiras, então isso a deve estar surpreendendo. - Nos diga. Como é se chamar Samantha Passione? – Perguntei e Vick se sentou no sofá rindo.

— Vamos assistir ao Jammy Dodger e comer pipoca. – Desconversou e larguei o controle me jogando ao lado de Vick no sofá. Deus, eu estou muito feliz nesse momento. Ela vai ficar mais porque eu pedi.

— Certo! Coloca logo o filme porque Victória não podia ficar. – Passei o braço por seu ombro e a puxei um pouco em minha direção em um abraço de leve. - Ela está fazendo caridade pra sua amiga aqui. – Falei animada e acariciei sua cabeça no possesso. Eu estou tão feliz que poderia morrer em paz nesse momento.

 

 


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Notas finais do capítulo

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