Uma Rainha Para Robb Stark escrita por Cloto
Feito está.
Ela se casou com o rei do Norte, Robb Stark, Primeiro De Seu Nome. O casamento foi consumado devidamente (Robb a possuiu várias vezes durante a noite, fato que a fazia corar só de lembrar) e agora ela era uma mulher casada.
Uma esposa.
Uma rainha.
Ela tremia só de pensar no que a esperava no futuro.
Eles estavam em guerra.
Se Robb morresse, se Robb perdesse, ela seria a primeira a receber a ira de seus inimigos por poder estar carregando o herdeiro incontestável e legítimo da família Stark.
Ela precisava garantir a vitória de Robb, não importa o meio.
Por egoísmo? Talvez? Por sobrevivência? Principalmente.
Ela era uma Frey, e não negava que em seu sangue havia gotas de Walder Frey que insistiam em correr.
Mas essa parte sua seria útil.
Robb era um líder amado, justo e sua boa fama seria um chamariz para as pessoas na causa dos lobos.
Ele era honrado, mas honra não ganha a batalha, a morte de Eddard Stark estava bem gravada na memória como lembrete.
Eles lutavam contra a família Lannister.
Seus inimigos eram sujos, trapaceiros, covardes e traiçoeiros como ratos. E quando você entra em jogo de ratos, rato você deve ser para garantir sua fatia de queijo.
Ela era o contraponto necessário. Aquela que vai sujar as mãos de sangue para evitar que esse mesmo sangue respingue na doce reputação de Robb.
Ela era Maryssa Frey, a rainha.
(...)
—Eu entendo que os Frey serão uma ajuda, mas uma Frey como rainha? Será que vai dar certo? -ela ouviu um dos homens sussurrar ao longe.
—Meus senhores. -todos ficaram quietos ao ver ela se aproximando. -Eu entendo que estou muito longe do ideal de uma rainha. Mas eu peço uma chance. Me julguem depois, se eu não prestar como esposa de Robb darei a cada um permissão para deixar isso claro. No que eu faltar, vocês me corrijam. Mas se eu for o que vocês precisam, vocês terão que deixar isso claro também. Combinado entre nós.
Os nortenhos assentiram.
Maryssa sabia que como sulista não deveria esperar amor e aprovação imediatos de quem sofreu por causa da política do Sul. Mas pouco a pouco ela iria construir sua reputação como rainha deles.
—Robb e eu conversamos e decidimos que assim que ele vencer a guerra nós dois nos casaremos de novo em frente a um represeiro.
Os senhores do Norte ficaram surpresos com Maryssa.
—Por que isso?
—Robb é do Norte e dos deuses antigos. Vocês são do Norte e dos deuses antigos. O meu casamento foi apressado e vocês não puderam participar. Então teremos um novo casamento, como deve ser, para que possam prestigiar Robb em paz, e em seu lar desta vez.
Maryssa sabia que tinha falado a coisa certa a eles, pois pareciam aprovar a ideia.
Feito isto, foi até Robb, que conversava com um dos seus senhores.
O sujeito tinha um olhar frio e gelado que lhe dava nos nervos.
—Minha rainha. -ele cumprimentou.
Maryssa não gostou da voz dele. Algo no tom dele o lembrava seu detestado avô.
—Quem era esse senhor?
—Roose Bolton. Ele me pediu para fazer uma aliança com os Frey para reforçar os laços entre o Norte e sua família. Ele não tem filho legítimo, precisa de uma nova esposa e tem o argumento de que a irmã, prima ou tia de uma rainha seria uma ótima Lady Bolton.
—Entendo. -disse Maryssa, neutra.
Mas por dentro com um pouco de medo.
"Caramba, e se ele escolher a minha irmã? O que eu faço?"
Aquela coisa asquerosa disfarçada de ser humano não iria tocar um dedo em Hildegard! Ela não permitiria de jeito nenhum.
—Meu marido, eu queria aprender mais sobre o Norte, quero saber o máximo possível para entender seus aliados, você tem alguns livros com você?
—Claro, tome alguns.
—Obrigada.
Maryssa procurou a história da família Bolton e ficou horrorizada.
Traição, luta contra os Starks, homens esfolados com crueldade e suas peles sendo feitas de casacos?
Aliás, que merda de símbolo de uma casa nobre é um homem esfolado gritando de dor?
"Ah de se questionar a sanidade mental dessa família!"
Maryssa definitivamente teria um olho bem posto em Roose Bolton.
Depois foi até as curandeiras que seguiam o acampamento.
Uma tal de Talisa Maegyr percebeu seu interesse em curar os feridos da guerra e lhe emprestou um livro de Essos sobre poções de cura.
Maryssa leu com interesse redobrado.
Lá havia informações muito úteis sobre a cura para um certo veneno que age rápido, dando um ataque cardíaco.
Discretamente, ela procurou informações em outros livros sobre esse veneno e percebeu que se ervas que o faziam eram comuns e de fácil acesso em Westeros.
Não copiou a receita, eram apenas quatro ervas de nomes fáceis de gravar e ter o registro disso por escrito poderia ser perigoso para ela.
Maryssa se sentia mais preparada.
Aquilo era guerra, e iria lutar da sua forma.
Sim, era sorrateiro e traiçoeiro.
Mas quem liga?
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