Would You Dare? escrita por Drunk Senpai


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Este vai ser um capítulo mais introdutório mesmo!
Espero que gostem, eu tenho me divertido muito escrevendo-a e matando a saudade do universo de DB!
Enfim, boa leitura!!



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O calor abafado e impiedoso do verão fazia com que as gotas de suor escorressem por seu corpo. Em seu rosto, insistiam em cair em seus olhos, dificultando seu desempenho. De certa forma, isso até podia ser algo positivo, afinal, precisaria mesmo monitorar seus próprios movimentos e habilidades para não correr o risco de que percebessem que ele não era como os outros.

Limpou com uma das mãos, o a gota que vinha em direção a sua visão, enquanto com a outra, segurava a bola de futebol americano e se preparava para arremessa-la. O verdadeiro esforço ali, era lança-la com o mínimo de força possível, e que ainda fosse o suficiente para que seu colega de time conseguisse realizar o touchdown – sem que se machucasse com o impacto, isso também era importante.

Talvez para outras pessoas, toda ação fosse rápida demais, mas o rapaz de cabelos negros podia ver na movimentação dos outros jogadores, que estavam prestes a atingi-lo. Precisava pensar rápido. Se desvencilhar e terminar a jogada seria fácil, mas algo que pareceria surreal para todos ao redor. Mesmo assim, não queria perder.

Decidiu. Lançou a bola e então se permitiu atingir pelos outros dois adversários, se deixando cair ao chão com eles. Sabia que de qualquer forma, o ponto estava garantido. Sua mira havia sido perfeita, então só esperou na grama enquanto o relógio zerava e seu time era anunciado vitorioso.

A arquibancada vibrava e as garotas da torcida comemoravam com pulinhos e cambalhotas. Mais uma vitória. Não era nenhuma novidade, mas definitivamente, adorava aquela sensação. Um de seus colegas de time veio em sua direção, lhe oferecendo a mão para que levantasse. Aceitou, mesmo que não fosse necessário, enquanto se juntava aos outros para comemorar.

—Mandou bem, Goten! – Um deles exclamou, enquanto os outros concordavam.

—Qual é, foi o Yakii quem fez o touchdown! – Corrigiu, rindo.

—Mas só por que você lançou a bola perfeita, cara! – Yakii, um rapaz alto de cabelos e olhos castanhos, retrucou.

As comemorações e enaltecimentos continuavam, enquanto seus olhos iam na direção das líderes de torcida. Não demorou muito para que a garota de grandes olhos azuis e cabelos igualmente celestes olhasse em sua direção também, e trocassem entre si caras bobas, aos risos, antes de se voltarem outra vez aos seus colegas.

Havia sido um bom dia. Adorava mesmo toda aquela energia positiva e festiva após uma grande vitória como aquela, e fazer parte disso, tornava ainda melhor, mesmo que para tal, estivesse sempre se esforçando para se passar por apenas um humano “normal”. A água forte do chuveiro era fresca e muito bem-vinda. Aquele verão realmente estava mais escaldante do que o normal.

Fazia seu caminho para deixar os vestiários, quando notou o rapaz que parecia o estar esperando. Yakii veio em sua direção, assim que o viu.

—E ai, cara, o que houve? – Perguntou, enquanto caminhavam.

—Ah, nada... – O outro parecia incerto por um instante. Resolveu esperar para que lhe dissesse de uma vez, o que estava se passando. – Na verdade... É que... – O rapaz parecia sem jeito.

—Qual é, pode falar. – Encorajou, enquanto alcançavam o pátio. – O que tá pegando?

—É que... – Parecia finalmente estar pronto para falar. - Eu queria saber se tem alguma coisa rolando entre você e a Bra. – Goten se surpreendeu. Não esperava por uma pergunta como aquelas.

—Claro que não. – Respondeu, prontamente. Aquilo parecia aleatório demais, na verdade. – De onde tirou isso? – Riu um pouco. Haviam parado, agora perto dos portões. O outro rapaz parecia confuso por um instante e em seguida, um pouco aliviado.

—É que, vocês são bem próximos, não são? Todo mundo meio que imaginava que...

—Não é bem assim. – Goten interveio. – É que a gente cresceu junto, ela é irmã do Trunks. – Completou. O outro apenas o encarou mais um pouco, como se não fosse algo tão fácil de entender.

—Tem certeza? – Perguntou olhando de volta na direção do pátio, onde podiam vê-la, acompanhada por suas amigas, saindo do prédio do colégio. – Quer dizer, olha pra ela! – Yakii parecia fascinado. – Ela é muito gata... – Era estranho ver alguém observá-la com aquela intensidade e falar daquela forma, mas Goten continuou apenas ouvindo-o enquanto também olhava naquela direção, agora. – Os cabelos... Os olhos, o rosto... – Continuou. – Aquele corpo... Vai dizer que nunca quis... – Aquilo estava indo um pouco longe demais, Goten limpou a garganta, como que para lembra-lo de que estava prestes a passar dos limites.

—Sei lá... – Comentou, um momento depois. – Acho que só nunca olhei pra ela dessa forma. – Admitiu. O outro rapaz parecia um pouco satisfeito com aquela resposta, apesar de ter lhe mostrado uma expressão duvidosa, ao ouvi-lo dizer aquilo.

—Bom, nesse caso... – Yakii voltou a falar. – Acho que vou convidá-la pra sair. Acha que ela aceitaria? – Goten olhou mais uma vez na direção da princesa Saiyajin. Como ele poderia saber? Apenas deu de ombros em resposta.

Já fazia seu caminho para casa, sem que conseguisse deixar de pensar naquela conversa estranha que tivera. Sacudiu para longe aqueles pensamentos, afinal por que aquilo seria de sua conta? Apressou-se para casa, afinal era sexta-feira e ainda voltaria para a cidade mais uma vez mais tarde, para começar a aproveitar seu muito merecido final de semana.

***

O ar fluía mais puro agora. Aquele triunfo havia sido revigorante, mesmo que já esperado. Não podia negar que sentiu seu coração disparar no momento em que a bola cruzou o campo, com força e precisão. Um lance perfeito, e então a vitória. A felicidade compartilhada com as outras garotas da equipe, de certa forma parecia ainda mais intensa e genuína, assim como quando seus olhos encontraram os do rapaz de cabelos negros, com um sorriso bobo em seu rosto.

Lhe mostrou a língua e riu quando o viu fazer o mesmo em resposta, como sempre faziam. Era uma sensação reconfortante, aquela também. Uma familiaridade que aquecia seu peito.

Voltou-se outra vez para as outras torcedoras. A sensação de fazer parte de algo, fazia tudo valer muito mais à pena. Supunha que talvez, fosse esse o motivo dele também, em estar num time. Afinal, nenhum daqueles esportes se apresentavam como um desafio para nenhum deles, e isso incluía suas amigas, as quais ela havia convencido no início do último semestre a se inscrevem junto com ela para a equipe de torcida, bem como seu irmão no time de basquete e Goten com o futebol americano. Eram boas distrações, e lhes dava uma sensação de pertencimento, diferente de serem filhos dos “heróis do universo”. Era um pertencimento mais normal, como se pudessem ser como seus colegas, ao menos um pouco.

—Meninas, tenho um anúncio para vocês. – Ouviu a capitã da equipe, Suno, uma garota de longos cabelos avermelhados e olhos castanhos, declarar, uma vez que estavam de volta aos vestiários. Sentiu o ar lhe faltar, poderia aquilo ser... – Como vocês já devem saber, este será meu último semestre aqui, e assim, meu último como capitã da torcida. – Mal conseguiu segurar o pequeno sorriso que queria surgir em seus lábios, enquanto entreolhava Pan e Marron, que estavam ao seu lado. Era a notícia pela qual estivera esperando, todo aquele tempo. – É óbvio que uma de vocês me substituirá. – Ela continuou. – Mas não pensem que isso será fácil. – Seu tom era sério enquanto seu olhar percorria o rosto de todas. – Para ser capitã, não basta apenas ter aptidão física. – Seus olhos pareciam ter se demorado uma eternidade sobre ela. – Uma líder precisa ser eloquente, carismática, responsável e ser capaz de manter a equipe em ordem. – Seus passos eram quase militares, enquanto prosseguia. A chefe suspirou, parecendo cansada. – A decisão final virá dentro dos próximos meses, mas no quadro de avisos, vocês já poderão ver os nomes das que estarão sendo consideradas, de acordo com suas habilidades atuais. – Estava ansiosa. Ainda mais que antes. Gostaria de simplesmente correr na direção da lista e checar a própria colocação. Mas sabia que já estavam sendo avaliadas. Aguentou mais um pouco. – Façam seu melhor, boa sorte. – Sorriu, por fim, ao concluir seu discurso e se retirar. Era como se o oxigênio tivesse voltado aos seus pulmões, finalmente.

Não se demorou em ir checar a lista, entre os empurrões com as outras garotas. Havia se esforçado tanto. Era uma ótima atleta, naturalmente, mas aquilo não era algo que queria conseguir através de sua biologia diferenciada – ou baseado no poder e fama de sua família -. Queria ser boa, por si só. Simplesmente por ser ela mesma. Competir de igual para igual com as garotas normais. Na verdade, um dos motivos pelos quais havia escolhido a equipe de torcida, era o fato de que a capitã jamais a tratara de forma especial, baseado no fato de ser parte de uma das famílias mais ricas em todo o mundo, ou qualquer que fosse o motivo para lhe tratarem diferente.

No início, se focava muito mais na diversão disso e de poder compartilhar com suas melhores amigas, fazendo parte de um mesmo time. Mas, agora, realmente queria aquilo. Seu coração palpitava com mais força enquanto tentava ver a ordem... Só mais um pouquinho, e estaria ainda mais perto do que desejava. Empurrou para longe, uma das garotas que ousaram tentar passar em sua frente.

Finalmente, podia ver:

“Lista de possíveis candidatas:

Marron

Bra

Lana

Jenny

Pares

Ps: Não pensem que vai ser fácil, só por estarem nesta lista!”

Havia, agora um amargor no fundo de sua garganta. Era óbvio que estaria na lista. A pouca importância que Pan parecia dar para aquilo, tornava também muito esperado que não estivesse entre as candidatas, mesmo que fosse uma atleta incrível. Mas, como era possível... Como poderia ela estar em... Segundo lugar? Aquilo parecia cair sobre ela como um banho de gelo. Não queria acreditar no que estava acontecendo, mas já não podia mais encarar aquela maldita lista.

Afastou-se sem dizer uma palavra sequer. Estava brava e decepcionada e perdida. Segundo lugar. Ainda ecoava em sua mente. Não sabia quanto tempo já havia se passado, mas quase todas as outras já haviam partido, quando viu a morena e a loira se aproximarem dela.

—Quanto tempo ainda vai ficar aí? - Pan a chamou de volta para a realidade. – Ainda vamos nos encontrar mais tarde? – Perguntou, pegando a bolsa com seu uniforme, no armário.

—Mas é claro! – Trouxe imediatamente sua empolgação de volta. Não podia permitir que a vissem daquela forma, ou mesmo que imaginassem o motivo. Arrumou também suas coisas, para partir. – Quando vocês vão chegar lá? – Perguntou, virando-se outra vez para as amigas.

—Bom, eu acho que mais tarde. – Marron respondeu de forma incerta. – Eu tenho algumas coisas pra fazer antes... – Concluiu, checando algo em seu celular.

—Tudo bem! – Precisava demonstrar que tudo estava bem e normal. – Vou estar esperando com muitas besteirinhas pra a gente! – Riu, enquanto se despediam, já no pátio. Forçou aquele sorriso por mais um instante, até que as outras saíram de seu campo de visão.

Segundo lugar. Era como se martelasse em sua mente. Odiava aquilo. Estava tão empenhada, e sabia que era muito talentosa, então por que...? O que a Marron tinha que ela não? Já estava quase em sua casa, quando se lembrou daquilo que Suno havia dito: Não bastava apenas ser uma boa atleta. Precisava ser carismática, eloquente e coisas do tipo... Basicamente, precisava ser popular.

Suspirou, com aquele pensamento. Mesmo sendo quem era, ainda assim, não era o suficiente para ter aquilo que queria. Se tornar a capitã, havia se tornado um objetivo que passou a levar mais a sério, conforme foi se encantando com o que significava fazer parte de um time.

Não desistiria tão fácil. Aquela vaga seria sua, com toda certeza. Tudo o que precisava era descobrir como se tornar a número 1.


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Notas finais do capítulo

É isso, em breve postarei mais!
Até lá,
Beijinhos!!



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