O caminho de nós dois escrita por Isa G, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 1
...say you won’t let it go


Notas iniciais do capítulo

Alôuuu!
Em pleno dia 25 de dezembro venho publicar essa oneshot Dramione (que medo! nunca tinha escrito na vida!!), como presente para a Marianna Junger, que é a pessoa por trás do plot e da música recomendada (que é ótimaaa, aliás).

Ana, obrigada pela betagem!



Ouça:"...say you won’t let it go" by James Arthur.



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Maio de 1997

 

— Madame Pomfrey, por favor!

 

A mulher de meia idade continuou balançando a cabeça, impaciente. O robe rosa-bebê arrastava no chão da ala hospitalar.

 

— Já disse, srta. Granger. Não posso permitir que saia distribuindo poções calmantes para os estudantes só porque acha que precisam. Se alguém realmente estiver indisposto, use seu distintivo para fazer a coisa certa e traga-o aqui.

 

Fazendo menção de adentrar seus aposentos, adjacentes à enfermaria, Madame Pomfrey completou em um resmungo:

 

— Agora, para cama. Antes que eu mesma chame Filch para escoltá-la de volta ao dormitório.

 

Hermione soltou um suspiro resignado, observando-a bater a porta.

 

A lua cheia iluminava a ala hospitalar através das grandes janelas. Hermione conseguia ver algumas camas ocupadas, com cortinas entreabertas. Outras cerradas, como aquela à sua direita, de onde ouvia uma respiração forte.

 

Hermione esperava que as meninas de seu dormitório conseguissem dormir sem a ajuda dos remédios. O episódio do colar amaldiçoado ainda estava fresco na memória.

 

Virando-se, ela notou a cama à esquerda, as cortinas escancaradas.

 

Draco Malfoy era o ocupante. Parecia dopado, mas acordado, encarando o teto. Ela se aproximou para ver melhor.

 

Os cortes do sectumsempra eram piores do que Harry havia lhe dito. Mesmo com as compressas, ela ainda via o sangue. Na barriga, no peito.

 

Um calafrio de compaixão correu pela sua espinha.

 

Lentamente, os revoltosos olhos acinzentados pousaram em Hermione. 

 

Encararam-se por mais tempo do que se lembraria.

 

Ninguém merecia isso, pensou mais tarde, atravessando os corredores — nem mesmo ele.

 

Novembro de 1998

 

— Não tem como pular. Está fortemente protegido com feitiços.

 

Avisou, sem se conter.

 

— Quê? — Ele virou surpreso, esquecendo-se de soar ríspido.

 

Hermione deu de ombros, ajustando o casaco pesado ao se aproximar. Olhava para a paisagem com uma mistura de emoções.

 

— Foi difícil convencer a Professora McGonagall a deixar essas ruínas intactas. Mas é melhor assim.

 

Draco cerrou os olhos.

 

— Por que eu não suspeitei que seria uma das suas ideias absurdas, Granger? — Disse-lhe, azedo.

 

Ela lançou um sorriso sem humor.

 

— É importante para que todos lembrem que nada foi em vão.

 

Bagunçando os cabelos com um movimento brusco, Draco deu alguns passos para trás com cuidado, saindo da beira do desfiladeiro, desviando de alguns metais retorcidos enferrujados e troncos de árvores apodrecidos pelo caminho.

 

Aquele era o limite dos terrenos de Hogwarts e o único local em que havia algum vestígio de que uma guerra realmente acontecera ali.

 

— Isso é estúpido.

 

— Tanto quanto você estar aqui há pelo menos meia hora?

 

Março de 1999

 

Lucius Malfoy estava foragido após o primeiro julgamento não ter saído como planejado. O assunto virou pauta na mesa de café da manhã, quando O Profeta chegou.

 

Hermione tentava ler a manchete de três páginas escrita por seu talentoso amigo, e agora redator, Lino Jordan. No entanto, o incessante falatório a impedia.

 

— Estão dizendo que ele se escondeu na Hungria, com conhecidos do Karkaroff!

 

— Bem mais provável ter ido para França, uma parte da família era de lá, não era? Papai quem me contou.

 

— Malfoy deve estar é no porão daquela Mansão caída aos pedaços que eles ainda chamam de casa...

 

— Isso é um pouco maldoso, Dino.

 

— Luna, você mais do que ninguém não deveria...

 

Hermione vasculhou por meio segundo a mesa verde e prata, não encontrando o herdeiro Malfoy.

 

Resolveu levantar, sem apetite. No momento que passava pela porta do Salão Principal, Neville Longbottom, portando o mesmo distintivo reluzente de monitor-chefe, a interceptou com um olhar preocupado.

 

— Estamos sendo chamados na sala da diretora, Mione.

 

Ao sentarem-se em frente à imponente Minerva McGonagall, ela teve um mal pressentimento.

 

— Imagino que as notícias já estejam circulando na mesa do café. — A professora disse, sem se importar em encará-los, ocupada em anotar alguma coisa no pergaminho.

 

— Sobre os procurados, diretora?

 

Ela balançou a cabeça.

 

— Mais precisamente sobre a fuga de Lucius do país. Horácio deu a notícia ainda na madrugada para o sr. Draco Malfoy. No entanto, ele não reagiu como esperado. — Finalmente ela olhou através dos óculos grossos para os dois estudantes. — Ele quer se voluntariar no lugar do pai em Azkaban.

 

— Isso é... loucura. Ele não pode fazer isso, pode?

 

— Não sabemos, sabemos? Mas é uma atitude nobre, devo confessar. Não seremos nós a tirar isso do rapaz. Um de vocês deverá acompanhá-lo, ele não tem ninguém e não poderia deslocar algum professor, chamaria ainda mais atenção.

 

Neville fez uma careta. Hermione, trêmula, levantou a mão em uma perfeita imitação de si mesma em seu primeiro ano.

 

— Eu irei, professora.

 

Julho de 2000

 

Naquele verão, Hermione foi escolhida para auxiliar o sr. Edgar Kennebeq durante seu estágio probatório no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas.

 

Era normal esse tipo de empreitada, estivera em Bruxelas semana passada supervisionando a realocação de uma comunidade de sereianos.

 

E na anterior, em Liverpool, acompanhou a investigação de um suposto tráfico de pelúcios.

 

Mas agora, estava na balsa bamba rumo à Azkaban para uma reunião com o diretor-geral da prisão.

 

A pressão para o Ministério liberar novamente o uso de dementadores era grande.

 

Não soube explicar, mas, em um momento apertava a mão do homem mais detestável que conhecera nos últimos tempos, ouvindo-o falar de seus prisioneiros como animais, e no outro, ela pedia um passe para uma visita extraoficial.

 

— A sua varinha ficará aqui e terá um feitiço escudo separando vocês. Estarei monitorando desta sala cada movimento e, qualquer problema, basta levantar a mão. — Instruiu o guarda. — Você tem cinco minutos.

 

Hermione assentiu, mordendo o lábio.

 

Ao encontrar os olhos de Draco Malfoy, ela sentiu vontade de rir, tamanho o espanto do rapaz em vê-la.

 

Ele olhou para os lados tolamente.

 

— Você não é a minha visita, é, Granger?

 

Ela pigarreou.

 

— Sou, sim. — Entre eles, havia um espaço de dois metros. — Como está levando as coisas por aqui?

 

Soou estranha até mesmo para seus ouvidos. Hermione imaginou que ele não responderia, simplesmente ignoraria sua intromissão. 

 

Ela quase se levantou da cadeira.

 

— É uma estadia interessante. — ele disse, por fim.

 

Hermione assentiu.

 

— Eles te tratam bem?

 

Soltou um muxoxo antes de responder.

 

— Não sei o que ouve por aí, mas um Malfoy ainda tem certas regalias.

 

— Claro — desdenhou ela, não acreditando.

 

Ele revirou os olhos.

 

— Estou falando a verdade.

 

— Mesma verdade que contou ao juiz no tribunal? 

 

Ela sabia que não deveria dizer isso. Ele olhava a porta esperando o tempo acabar, batendo o pé impaciente. 

 

— Eles não acreditam que você fez metade daquelas coisas. Acho que esperam que seu pai venha até eles. — Sussurrou.

 

Se ele tivesse uma varinha em mãos, teria lhe lançado uma maldição. Disso ela tinha certeza.

 

— Eu sei.

 

Mas era uma vitória ele estar falando com ela civilizadamente. E uma vitória ainda maior ele parecer lúcido, diferente e ao mesmo tempo o mesmo garoto que conhecera aos 11 anos.

 

Hermione estava comprometida em fazê-lo continuar a falar. Quem sabe desabafar.

 

— Soube que a biblioteca fica disponível para vocês.

 

— É realmente com a metida a sabichona com quem estou trocando lorotas. Mas sim, temos. E consigo até me corresponder com a minha mãe duas vezes ao mês.

 

Draco deu de ombros como se não fosse nada demais, mas seus olhos não mentiam. Isso apenas denunciou que essa seria a coisa mais preciosa que tinha ultimamente em mãos.

 

— Tempo esgotado! — Anunciou o guarda cedo demais, já entrando.

 

Ela não se moveu um centímetro, sua mente em turbilhão.

 

— Então isso quer dizer que se eu escrever, poderá estar entediado a ponto de responder?

 

Não esperou para saber o que ele diria, levantando-se, seguindo o carrasco. Mas ainda pôde ouvi-lo antes que a porta fechasse, quase com certa urgência.

 

Sim.

 

Dezembro de 2000

 

— Devo avisar o Sr. Weasley que a senhorita está aqui? Ele parece insistir — indagou Amybeth, a secretária atarracada, mudando o peso dos pés, a observando de cima com agitação.

 

Hermione Granger de joelhos, revirava os arquivos empoeirados do depósito de sua seção, com a roupa e cabelos amassados. Passava longe da importante e recente figura do Ministério.

 

Balançou a cabeça.

 

— Estou ocupada. Volte lá para cima, não podemos nós duas ficar aqui.

 

Pedindo licença, não sem antes lhe lançar um olhar, a mulher saiu.

 

Buscando ar, Hermione parou de mexer na pilha, levando as mãos às têmporas.

 

Não saberia dizer quanto tempo ficou admirando a parede em sua frente, metade mofada. Poderia fazer um simples feitiço, era prejudicial deixar documentos oficiais em um ambiente hostil como esse, mas ela não estava com vontade.

 

E isso dizia muita coisa.

 

No que lhe pareceu horas, saiu do seu esconderijo, desejando chegar ilesa à sua sala.

 

— Não são notícias animadoras. Vai querer ouvir mesmo assim?

 

Percy a encontrara dobrando o terceiro corredor, e Hermione teve que reunir toda a sua força para não sair correndo.

 

— Eles já têm uma sentença?

 

Era tudo e ao menos tempo nada do que ela queria ouvir.

 

Ele balançou a cabeça.

 

— Não. Mas foi pedido uma pausa estratégica. É uma questão de tempo, Mione. Sabe que ele não tem se comportado bem nas últimas semanas desde o falecimento da mãe.

 

Ela sabia bem.

 

Os dois se encararam por longos segundos até um grupo de bruxos aparecer no corredor.

 

Hermione dirigiu-se à sala da Corte, afinal. Tudo o que ela tanto queria evitar. Seus olhos vagaram no rapaz pálido e muito magro na cadeira do centro e ela se sentiu impotente.

 

Mas quando seu melhor amigo Harry Potter escancarou a porta, interrompendo o julgamento, Hermione finalmente pode respirar fundo, agradecendo mentalmente pela sua coruja ter chegado à ele em tempo para testemunhar de última hora.

 

Janeiro de 2001

 

— Seu protegido finalmente está livre.

 

Não era uma pergunta, e Hermione notou o tom ferido de Ron.

 

Estavam n’A Toca, onde tiveram uma agradável noite comemorando a expansão das Gemialidades Weasley. Molly e Arthur já haviam ido se deitar e a grande maioria dos convidados tinham ido embora pela lareira meia hora antes.

 

Harry estava no andar de cima, lendo uma história para Teddy dormir.

 

— Não sei do que está falando — respondeu com a voz baixa.

 

Ele bufou.

 

— Para quem sempre defendeu os fracos e oprimidos, esse seu novo estilo destoa bastante, Hermione.

 

— Pare, Ron. Apenas pare — disse-lhe, cansada. — Tudo o que fiz foi o que achei que era o certo.

 

— Se é isso que você diz a si mesma antes de dormir... — resmungou, deixando a cozinha em passos largos.

 

Hermione afundou na cadeira, com Gina ao lado mexendo a colher do café, fingindo não ter ouvido nada.

 

Fevereiro de 2001

 

Era estranho entrar no bar do velho Tom e não ir prontamente em direção a parede de tijolos.

 

Sentia-se ridícula, mas fora convencida por Fleur a usar o vestido safira que ela lhe presenteou no seu aniversário. Parecia demais para a ocasião.

 

Era apenas um encontro despretensioso entre velhos amigos, afinal.

 

Que apenas se correspondiam por cartas e nunca tinham tido uma interação como essa antes.

 

Demorou alguns bons segundos para encontrá-lo.

 

Draco Malfoy se escondia na parte mais escura do Caldeirão Furado, um copo de uísque nas mãos, a cabeça abaixada, os cabelos loiros caindo nos olhos. Ela teve a certeza que ele a vira entrar, mas optara por não acompanhar seu movimento quando ela se dirigiu até ele.

 

Seria realmente possível ela saber disso? Acreditar que o conhece tão bem a ponto de o ler nas pequenas coisas?

 

— Oi.

 

Ele parou de mexer o copo, finalmente a encarando.

 

— Está atrasada.

 

Hermione puxou a cadeira para sentar-se, mas parou em choque, verificando o pulso.

 

— São nove horas — disse, franzindo a testa.

 

Ele balançou a cabeça.

 

— Não sei porquê, mas achei que no momento que eu saísse, nos encontraríamos.

 

Ele sorriu sombriamente e algo dentro de Hermione acendeu.

 

Hermione piscou e resolveu retirar da frente a garrafa, que estava entre eles, como se essa fosse a razão da falha de comunicação ali. 

 

— Foi você quem disse que precisava de um tempo para colocar a cabeça no lugar... Nem sabia se ia querer de fato me ver. 

 

— Aguentei seus pergaminhos de mais de quarenta centímetros, acredito que posso lidar com todo o pacote.

 

As bochechas de Hermione estavam vermelhas quando, de braços cruzados e devidamente sentada, replicou:

 

— Não me recordo de nenhuma reclamação.

 

Para a surpresa dela, era fácil conversar com Draco, assim como era no papel. No momento que entendeu que os comentários ácidos e o uso de desdém eram uma espécie de mecanismo de defesa, o assunto fluiu.

 

Porém, na metade da noite um colega de Departamento de Hermione adentrou o bar e começou a lançar olhares pouco simpáticos à mesa dos dois.

 

— Você está hospedado aqui?

 

Ele assentiu.

 

— Por dois dias. — Apontou para o hidromel que ela pedira minutos antes. — Ainda está na metade. O quarto em que estou tem uma mesinha. — Deu de ombros casualmente.

 

— Eu acho...

 

— Podemos apenas...

 

Hermione buscou ar para seus pulmões, mesmo que seu coração acelerado fosse o responsável pela falta de oxigênio.

 

— ...Tudo bem. Vamos.

 

Draco levantou as sobrancelhas.

 

Tudo bem? 

 

— Claro. Por que não?

 

Setembro de 2001

 

— Você vai embora de novo, não vai? — Ela sussurrou perto do seu ouvido, aninhada em seu peito. A mão dele segurava com firmeza sua coxa, como se estivesse com medo que ela fosse fugir, o que Hermione achava irônico.

 

Estava escuro, Hermione mal conseguia ver o rosto de Draco.

 

— Sabe que sim. É uma oportunidade.

 

Ela sentou na cama, na defensiva.

 

— As chances de conseguir ser um aprendiz de curandeiro em Madri são as mesmas que as de Londres. — Ela pausou, então finalmente disse o que queria. — E por Merlin, eu estou bem aqui.

 

Ele levantou uma sobrancelha. Hermione sabia que estava dando o primeiro passo.

 

Naturalmente, ela sabia que uma parte dele iria preferir deixar para trás tudo o que remetia à sua vida na Inglaterra. Começar do zero, como uma página em branco pronta para receber a tinta fresca.

 

— Bastava dizer, Granger.

 

Tateando, sem desviar os olhares na penumbra, Draco encontrou sua bochecha direita, acariciando-a de um jeito novo e inocente, muito distante da dinâmica dos dois. Ainda vacilante, Hermione sorriu com timidez, satisfeita. 

 

Dezembro de 2002

 

Assim que emergiu da penseria, Draco Malfoy cambaleou para a cadeira mais próxima do seu escritório. Não revisitava o seu passado com frequência, mas às vezes era necessário, principalmente para lembrá-lo de tudo que o trouxera até ali. Isso o fazia se sentir mais... humano.

 

Não sabia quanto tempo tinha se passado quando assistiu a silhueta da sua esposa entrar em foco no batente da porta.

 

— Querido? — Ela chamou. — Estamos atrasados para a ceia, acho que teremos de pegar o terceiro horário da chave de portal. — Lamentou, e, desviando os olhos de seu rosto, varreu o cômodo. — Novamente debruçado nessa coisa velha? Isso não te faz bem algum.

 

— Só quis me certificar...

 

— Se certificar de quê? — Ela interrompeu, pensando em avançar para dentro, já preocupada.

 

Draco lhe lançou um fraco sorriso.

 

— De que você fica linda tanto de azul quanto de vermelho — disse-lhe, indicando o belo vestido carmim que ela usava essa noite, que dava ainda mais ênfase à barriga proeminente. Esse vestido era o perfeito contraste com aquele que vestira quando o encontrara no Caldeirão Furado há dois anos.

 

Levantando, ele beijou-a. E Hermione fingiu acreditar, correspondendo.


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Notas finais do capítulo

Marianna, espero que goste ♥ feliz natal e um ótimo 2021!

Aos amantes de dramione, espero que eu tenha feito um bom trabalho, devo confessar que foi MUITO legal escrever. ♥



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