Um Natal Memorável escrita por Deh


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, o Natal está aí batendo em nossa porta *-*
Em um ano como o que passamos, acho essencial se comemorar essa data, mas com os devidos cuidados, okay?
Sendo para mim uma das Natas mais bonitas e com um lindo significado, me vejo na obrigação de trazer um especial de Natal para vcs, então encarem isso como o meu presente a todos vcs que me acompanharam ao longo do ano, à quem comentou minhas fics, aos meus leitores fantasmas, aos velhos e novos, enfim todo mundo! A tia Deh deseja a vcs um feliz Natal, cheio de alegrias, paz, harmonia, comidinhas gostosas e muitos presentes *-*
Sem mais delongas, espero que gostem da fic de hj!



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Melinda acorda as cinco e vinte como de costume e prepara-se para o Tai Chi.

Às seis e quarenta, já vestida para o dia ela, ela adentra a cozinha e encontra o marido tomando uma xícara de café, enquanto faz panquecas e ferve a água para seu chá.

—Bom dia Mel! –Phil diz sorridente como de costume e Melinda quase pode se enganar ao pensar que talvez ele seja uma pessoa da manhã, mas ela já o conhece a tempo suficiente para saber que não.

—Bom dia. –Ela responde, como sempre uma mulher de poucas palavras.

Ela termina de fazer seu chá e assim ambos tomam o café da manhã em silêncio, entretanto, não é um silêncio desconfortável, já que há muito tempo Phil descobriu que ele seria o encarregado por manter a conversa fluindo, pois como ele aprendeu muito rápido, Melinda May não é uma mulher de palavras e sim de atitudes.

Assim eles tomaram o café da manhã e logo saíram para trabalhar, ele em Lola e ela em sua motocicleta.

Chegando no J. Edgar Hoover Building, Melinda se encontra com Maria ainda no estacionamento.

—Véspera de Natal e Melinda May indo trabalhar, quando eu crescer quero ser igual a você. –Maria diz enquanto se aproxima de Melinda.

—Olha só quem está falando. –Melinda diz enquanto rola os olhos.

Maria dá uma risadinha, enquanto ambas caminham em direção ao elevador.

—Então como está Phil? –Maria pergunta à amiga de longa data.

—Querendo me arrastar para um jantar de Natal. –Melinda diz sem muito entusiasmo.

—Certo Sr. Scrooge, então por que não ceder? –Maria pergunta.

Melinda dá de ombros.

—Okay... Juro que não entendo vocês. –Maria diz já sabendo que Melinda não está afim de falar sobre isso e então muda de assunto –Então... você já contou para ele sobre o nosso trabalho fora em janeiro?

Melinda então se vê engolindo em seco antes de responder:

—Acho que vou ter que ser realocada.

E antes que Maria possa dizer qualquer outra coisa, a porta do elevador se abre no andar de operações contraterrorismo e Melinda sai rapidamente.

Melinda se senta em sua mesa e liga seu computador para fazer alguns relatórios, não demora muito e Maria se senta à sua frente e liga o seu próprio computador.

Apesar de May dar o assunto por encerrado, ela sente um olhar inquisitivo de Maria Hill sobre ela, entretanto, ela mantém seu olhar fixo na tela do computador enquanto digita velozmente.

Dizer que Maria estava intrigada era um eufemismo, afinal de contas ela conhece Melinda a tempo suficiente para saber que a mulher ama estar em campo e odeia o trabalho burocrático. Dessa forma, ela estava prestes a investigar o motivo pelo qual a agente especial May estava declinando um trabalho de campo.

Maria Hill odeia trabalho burocrático, afinal de contas sempre foi uma mulher de ação, desde muito jovem mudou de uma base da marinha para outra com seu pai e logo que fez dezoito anos alistou-se para servir, devido a isso, ela sempre esteve acostumada a ação e o trabalho de escritório sempre foi muito entediante para ela e talvez por esse motivo, ao invés de estar fazendo seu relatório, ela pegou-se pensando nos motivos pelos quais a parceira não estará em campo no próximo mês.

No entanto, os pensamentos de Maria foram interrompidos por Melinda se levantando e indo em direção ao banheiro, entediada e sabendo que não iria trabalhar mesmo, Maria decide por ir atrás da amiga.

Ao adentrar o banheiro, Maria instantaneamente ouve o barulho distinto de alguém vomitando, ela franze o cenho, afinal de contas não havia praticamente ninguém em seu andar no dia de hoje devido ao feriado e também não é como se Melinda ficasse doente, parando para pensar, ela tem certeza de nunca ter visto Melinda sequer ter um resfriado.

Sendo assim, ela aguarda pacientemente encostada na parede, até que Melinda simplesmente saia e lhe encare com um olhar nem um pouco amistoso.

—Você está doente? –Maria a questiona.

—Não. –Melinda responde monossilábica.

—O que você tem então? –Maria pergunta preocupada.

—Nada. –Melinda diz, já que desde que descobriu o que de fato estava causando suas náuseas ela não falou em voz alta.

—Você está doente então. O meu Deus, Melinda você já viu um médico? Você sabe, que é muito perigoso ficar protelando para ir ao médico. –Maria começou a divagar, já que conhecia a asiática bem o suficiente para saber que ela evitava hospitais a todo custo.

Melinda bufou, ela sabia que assim que Maria soubesse, a amiga e parceria iria começar a ficar preocupada, entretanto, ela não contava que Maria começaria a surtar antes mesmo de saber. Assim, ela pondera suas opções, primeiro ela pode não contar e Maria com toda a certeza não dará a ela nenhum pouco de sossego, por outro lado se ela contar ela teme que a amiga pode não se conter.

Dessa forma, suspirando em derrota, Melinda se vê obrigada a dizer:

—Eu estou grávida.

Assim que ouve Melinda dizer essas três palavras, Maria congela instantaneamente.

Melinda aguarda a reação da outra mulher em expectativa, de repente Maria olhava para ela como se ela tivesse ficado louca.

E do nada Maria Hill começa a rir como uma louca no banheiro do 5º andar do prédio do FBI.

Melinda cruza os braços e encara a amiga e parceira sem nenhuma emoção, enquanto isso Maria diz:

—Se você não quisesse me contar, era só falar que não é da minha conta May.

Melinda suspira, pensando no por que às vezes Maria tinha que ser tão estranha?

—Espera um minuto, é mesmo verdade? É real e oficial? –Maria pergunta com um grande sorriso e Melinda não deixa de se perguntar como alguém pode sorrir tão amplamente assim.

Melinda limita-se a assentir e instantaneamente ela se vê envolvida em um abraço de Maria.

—Ahhh finalmente um bebê Philinda, eu tenho que contar ao Clint, droga aquele idiota ganhou a aposta. –Maria diz rapidamente enquanto ainda envolve Melinda em um abraço.

—Mas isso não importa, oh Phil deve estar nas nuvens. –Maria comenta e isso é o suficiente para que Melinda lhe dê aquele olhar.

—Você ainda não contou? –Maria pergunta e Melinda faz que não com a cabeça.

—Certo.... Então quando você planeja contar? –A morena de olhos azuis lhe pergunta e Melinda dá de ombros.

—Ai meu Deus, nós precisamos dar um jeito nisso. –Maria diz antes de arrastar Melinda para fora do banheiro.

—Pegue seu casaco e vamos. –Maria diz quando ambas se aproximam de suas mesas.

—Romanoff, quando terminar o seu relatório pode fazer o meu. –Maria diz quando passa em frente a mesa da ruiva.

—Sim senhora, agente Hill. –A jovem ruiva responde.

—Você tem que parar de fazer a novata fazer seus relatórios. –Melinda repreende a amiga.

—Bobagem. –Maria diz antes que as duas adentrem o elevador.

Não demora muito para que Maria Hill esteja dirigindo em direção ao Starbucks mais próximo, que neste caso fica no shopping central.

Quando ambas estão sentadas em uma mesa, já com seus chocolates quentes em mãos, Maria finalmente começa o interrogatório:

—Então desde quando você sabe? E por que não contou para sua melhor amiga?

Melinda rolou os olhos antes que pudesse responder:

—Desconfiei há poucos dias, o exame de sangue confirmou ontem.

—Você sabe de quantas semanas está? –Maria questionou.

Melinda fez que não, e logo acrescentou:

—Terei uma consulta dia vinte e oito.

Maria assentiu e assim ambas terminaram de tomar o chocolate quente.

Após tomarem suas respectivas bebidas, ambas as agentes do FBI estavam caminhando tranquilamente, quando de repente Melinda parou em frente uma loja de bebês.

Maria olhou da vitrine da loja para a amiga, e quando estava prestes a dizer algo, Melinda simplesmente entrou. Dessa forma, ela não teve escolha a não ser seguir a amiga.

E enquanto Maria conversava com uma atendente fazendo um pedido inusitado, Melinda tinha seu olhar preso em um par de sapatinhos vermelho. Não sabendo ao certo o que deu em si mesma, Melinda comprou os tais sapatinhos e pediu que fossem embrulhados em uma caixa de presentes, sem ainda acreditar que ela estava prestes a fazer algo tão piegas.

Maria por outro lado não escondia o grande sorriso, e também não hesitou em dizer:

—Eu acho que você deveria ir embora mais cedo e sei lá preparar alguma surpresa.

Em resposta a mulher de olhos azuis recebeu um fuzilar de olhos da asiática, assim percebendo que já havia abusado e muito da pouca paciência de Melinda, Maria a levou de volta para o J. Edgar Hoover Building, onde trabalharam o restante do dia e claro, que Melinda fez a amiga jurar sigilo, sob pena de ser dedurada pelo abuso de trabalho com a novata.

Melinda sinceramente mal viu o dia passar, e quando deu quatro horas, ela simplesmente desligou seu computador e saiu dando tchau para Maria, Natasha Romanoff e até Barton que tinha dado o ar da graça em plena véspera de feriado e parecia estar muito entretido em uma conversa com Romanoff.

Enquanto dirigia pelas ruas de Washington em sua motocicleta, Melinda não deixou de pensar que talvez seu veículo ficaria aposentado por um certo tempo, ela então suspirou, temendo o que o futuro lhe reservaria.

Não foi até por volta das cinco horas, que Phil Coulson finalmente chegou em casa e se deparou com a esposa sentada no sofá de seu apartamento e bebendo uma xícara de chá.

—Ei Mel, você já decidiu se vamos no jantar do Fury? –Phil perguntou esperançosamente enquanto se aproximava da esposa.

Melinda rolou os olhos e Phil temeu sua resposta, afinal de contas não era bem um segredo que Melinda May evitava interações sociais festivas, já que as achava uma perda de tempo.

—Claro, o bajulador nº 1 do Procurador Geral não pode faltar a sua festa de Natal. –Melinda disse fazendo o possível para não segurar o riso ao ver a expressão ofendida do marido.

—Mel... –Phil começa a protestar, enquanto se senta ao lado da esposa, que sabiamente o cala com um breve beijo.

—Isso é para me convencer a ficar? –Ele pergunta quando se afastam.

—Encare mais como um incentivo. –Ela diz e lhe dirige um pequeno sorriso.

Horas mais tarde, por volta das dez da noite, quando finalmente chegam em casa e Melinda mal espera passar pela porta para retirar suas sandálias de salto alto.

—Viu? Não foi tão ruim. –Phil diz satisfeito.

Melinda o encara seriamente, cogitando apenas por alguns segundos dar lhe uma lição, afinal de contas Phil passou grande parte da noite conversando com os mandachuvas da capital.

—O que? –Phil pergunta confuso, mas Melinda limita-se a desviar o olhar e dar de ombros.

Quando seu olhar recai sobre a pequena árvore de Natal que Phil havia montado, sua mente é levada de volta para a manhã de hoje, no momento em que pegou aquela caixa de presentes com os sapatinhos e a colocou em sua bolsa, ela então respira fundo pensando em como daria tal presente.

Seus pensamentos são interrompidos por Phil lhe chamando da cozinha perguntando se ela deseja algo, já que mal comeu durante a noite, ela então aproveita a oportunidade e usa suas habilidades de agente para correr até o local onde guardou a bolsa e pegar o embrulho.

Rapidamente ela está de volta a sala, onde encontra Phil que acabou de sair da cozinha.

—Feliz Natal. –Ela diz entregando a ele a caixa.

Ele a olha confuso e logo diz:

—Você disse que sem presentes.

Ela rola os olhos e resmunga:

—Abre logo Phil.

Ele então abre a caixa azul e retira de lá um par de sapatinhos de tricô vermelho.

—São fofos Melinda, mas não acho que sirvam em mim. –Phil diz franzindo o cenho, enquanto pega os patinhos.  

Melinda bufa impaciente, afinal de contas por que às vezes Phil tinha que ser tão lerdo?

—O que? –Ele pergunta confuso e então ela lança um olhar impaciente para ele, e é então que finalmente ele entende.

—Meu Deus! Você está falando sério? –Phil pergunta com um enorme sorriso no rosto.

Ela assente.

E isso é o suficiente para que ele a puxe para os seus braços e lhe dê um grande beijo em agradecimento.

Quando eles finalmente se separam, ele mantém o sorriso no rosto, afinal de contas eles estavam casados há pouco mais de um ano e ele ainda estava criando coragem para abordar o assunto.

—Melinda esse é o melhor Natal de todos. –Phil Coulson diz enquanto pega a esposa e a rodopia no meio da sala.

—Se você não parar, teremos um Natal memorável com seus sapatos sendo cobertos por vômito. –Melinda diz em seu tom de voz habitual.

Isso é o suficiente para que ele a coloque no chão novamente.

—Eu te amo Melinda May. -Coulson diz com seus olhos brilhando e nesse momento Melinda pode ver todo o amor que o marido sente por ela, sendo, por ora, o suficiente para lhe dar coragem para os dias de incerteza, que com certeza virão.

—Eu te amo mais Phillip Coulson. –Melinda declara.

E assim, enquanto os dois se declaram a neve cai lá fora, pintando de branco Washington, enquanto um novo capítulo na vida de Melinda e Phil é escrito.

 

 


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Notas finais do capítulo

Aprovada?
A tradição pode continuar?

Estou cogitando a hipótese de fazer um especial de ano novo dando continuidade a essa história, entretanto, vai depender da boa vontade da minha criatividade que aparentemente resolveu passar o Natal fora *-*



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