Casa Comigo? escrita por UnwantedColors


Capítulo 5
O torneio de Bliztball




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O torneio de Bliztball

Um sorriso largo enchia as feições da jovem princesa al bhed, enquanto observava uma multidão de jovens torcedores, segurando hastes com desenhos dos times ao quais torciam. Era uma junção de cores e emoções totalmente novas para Rikku e foi impossível não deixar de exclamar ao ver alguns membros de um dos times abrirem seu caminho pela densa multidão.

“Você está bem animada em?” Falou Paine monótona. Afinal estava ali somente para fazer seu trabalho e nada mais. E com certeza seria facilitado ao extremo se Gippal parasse pelo menos por um segundo, de tentar traze-los pra mais perto da massa de pessoas.

Rikku virou-se para Paine, mostrando-lhe o sorriso. “Mu-i-to!” Depois correu para onde Yuna, Baralai e Gippal se encontravam. “Yunie! Cadê o Tidus?” Perguntou, porem recebeu da prima apenas um chacoalhar de cabeça.

“Não sei.”

“Quem sabe o garoto sensação não foi atacado por um grupo de fãns?” Brincou Gippal, dando aquele sorriso característico seu. “Como ele não chega, não seria melhor irmos logo arranjar nossos lugares de honra, se é que me entendem?”

Baralai notou que sua “noiva” pareceu não entender, e tentando ser um bom anfitrião, tratou logo de lhe explicar. “Ele quer dizer que temos uma área especial para assistir ao jogo.” Falou calmamente.

“Tipo assentos VIP?” Perguntou a jovem empolgada, aproximando-se do Preator.

Intimidado pela empolgação de Rikku, Baralai se afastou um pouco, utilizando as mãos como barreira. “Mais ou menos isso mesmo...”

“Yunie! Você ouviu só?” Rikku chamou a atenção de Yuna. “Temos assentos VIP!!!” Yuna riu ao ver o brilho nos olhos verdes da jovem prima.

Baralai voltou seu atenção para seus arredores. Muitos habitantes paravam para observar o Preator da Nova Yevon em pessoa, algumas crianças até apontavam para ele antes que suas mãe os reprimissem. Fazia um bom tempo que não saia, pensou, talvez até tempo demais. Realmente essa idéia de vir ver o torneio de bliztball não fora um má idéia, ele precisava tirar a cabeça dos recentes problemas. Enquanto pensava, um grupo de pessoas se aproximava deles em alta velocidade.

“Yuna!!!” Gritou um dos integrantes do grupo. “Yuna!!!” Repetiu até conseguir chamar a atenção da mulher de cabelos castanhos.

Yuna sorriu ao constatar que quem lhe chamava era seu noivo, Tidus, seguido por seus companheiros de time, correndo a toda velocidade. Quando chegaram, todos os membros precisaram de um tempo para recuperar o fôlego.

“Desculpa o atraso Yuna, mas alem de sermos barrados por um grupo de mulheres enlouquecidas, ainda Wakka se atrasou por causa do bebê...” Respondeu o homem loiro, ao mesmo tempo em que tentava recuperar o ar.

Sorrindo, Yuna abraçou o amado com força. “Tudo bem, Tidus. Estou feliz de que conseguiram chegar sã e salvos até aqui. Estou também ansiosa para reencontrar sua esposa e filha Wakka.” Wakka acenou com a mão para informar que compreendera o mensagem.

Rikku tentou esconder o riso ao ver a entrada dos integrantes do time de Tidus, mas não consegui segurar quando Wakka voltou sua atenção para Baralai, olhando-o fixamente. O jovem Preator ficou assustado com a intensidade que era observado, recuando ainda mais ao ver que agora não somente o homem de cabelos alaranjados, porém todos os integrantes avançavam lentamente em sua direção. Fora uma surpresa quando Wakka curvou-se para Baralai.

“Sei que é petulância minha, mas gostaríamos que o senhor Preator nos desse a sua benção para vencermos o torneio!” Gritou Wakka a plenos pulmões.

Gippal juntou-se a princesa na risada. Ver Baralai sem saber o que fazer era algo raro e extremamente cômico, que o jovem al bhed sabia aproveitar ao máximo. Depois de recuperar o autocontrole, Baralai abençoou os. Em seguida voltou sua atenção para sua “adorável noiva” e “melhor amigo”, pensando se não deveria deixar Paine ter sua vingança por Gippal lhe fazer pagar vergonha. Realmente a idéia lhe era extremamente tentadora no momento.

Foi Tidus resolveu a situação. “Ei pessoal! Acho que o torneiro está para começar!” Falou, dando um beijo em Yuna. “Nos já vamos, encontro vocês mais tarde para sairmos juntos.” Com isso, ele e seus amigos se afastaram do grupo.

“Acho que essa é a nossa deixa também.” Gippal se adiantou, passando pela multidão seguido por Rikku e Yuna, que conversavam e ria juntas, Baralai ainda irritado com amigo, e Paine entediada.


Nunca antes havia Rikku visto um estádio de bliztball. Era surpreendentemente grande e tinha uma quantidade incrível de maquinas aqui e ali. Até que eles têm um conhecimento sobre maquinas afinal, pensou ela assim que chegaram ao seu local devido. Uma ala solitária, em cima de uma das arquibancadas com um grupo de cadeira almofadas era o local VIP onde Rikku assistiria à partida. Sua empolgação aumento assim que o gigantesco globo de vidro foi preenchido com grande quantidade de água em poucos minutos.

 

Baralai suspirou quando sentou no primeiro par de cadeiras à frente, pensando que havia algo muito estranho no aspecto que Gippal olhava de tempo em tempo para Yuna e depois para o globo agora coberto de água. Adorava o amigo e o conhecia bem, e por essa razão ficou ainda mais inquieto em seu lugar.

Não muito depois de sua felicidade inicial, Rikku decidiu sentar-se. Olhando por uma cadeira vaga, ela acabou descobrindo que não havia qualquer outra que não ao lado do Preator. Gippal sorriu maldosamente para ela, quando notou a recém descoberta da falta de opções. Vendo não haver outra maneira, ela sentou sem mostrar qualquer delicadeza, cruzando as pernas uma sobre a outra.

Rikku não poderia dizer que está chateada por sentar-se perto de Baralai, muito pelo contrario; ele a tratavam de igual a igual, e como estavam sobre as mesmas circunstâncias do casamento arranjado, era como se fossem amigos lutando contra a maré do destino. Mas o que a irritava era não poder optar nem sequer no local onde sentaria, essa falta de escolha fora que o a trouxera a situação presente em primeiro lugar.

A voz vinda dos alto-falantes chamou a atenção da jovem. “Sejam bem vindos meus queridos fãns de bliztball!” Falou com entusiasma o interlocutor, movendo-se disco flutuante pelo estádio. “Espero que estejam ansiosos para ver um jogo de sobrevivência onde somente os melhores saíram vitoriosos e os perdedores voltaram para casa de mão vazias!” O publicou urrou. “Uau! Que animação! É disso que eu gosto! Mas antes de começar os jogos, tenho a honra de falar que nosso querido Preator veio se juntar a nós hoje, também buscando entretenimento!”

Baralai já estava a acostumado aos holofotes, mas jurou entre dentes trincados que Gippal sofreria alguma conseqüência quando chegassem ao hotel, ah faria questão de vê-lo sofrer.

“Nossos informantes também pediram para anunciar que não somente ele, mas também sua noiva está presente. Gostaria de apresentar a todos, a futura esposa do Preator, a princesa al bhed Rikku!”

O sangue da loira princesa gelou quando viu seu rosto aparecendo nas projeções do globo. Esquadrinhando assustada a fonte da imagem, pode ver um pouco acima deles um câmera-man sorrindo ao reparar que agora tinha total atenção da jovem. Pior ainda, ele estava agora tentando enquadrar Baralai junto. Ambos ficaram vermelhos assim que a platéia decidiu mostrar seu afeto, alguns assobiavam, outros batiam palmas, e lentamente como uma brisa leve antes da tempestade, os pedidos para se beijarem.

O deleite de Gippal, sobre o que seu amigo e a princesa iriam fazer sobre pressão, era consideravelmente grande. E foi uma surpresa não somente para ele, quanto para qualquer outra pessoa presente no estádio, quando um braço do jovem Preator envolveu a cintura de Rikku trazendo-a próxima dele. Aquele sorriso amável de Baralai era somente fachada, e o jovem al bhed sentiu a frieza por detrás do sorriso, uma frieza que prometia sofrimento.

“Como minha noiva nunca assistiu ao um jogo de bliztball antes, decidi trazer-lar para assim podermos passar um dia agradável juntos.” O rosto de Rikku ficou vermelho com a proximidade do jovem. “Mesmo que seja contra minha vontade negar o pedido daqueles que querem ver um beijo, a princesa é tímida e prefere que façamos isso em privacidade.” A platéia se comoveu com suas palavras.

Yuna ficou apreensiva que caso o jogo não começasse logo, alguma catástrofe aconteceria por parte dos dois, e foi um alivio quando alguém assobiou, atraindo a atenção de todos. Acima de uma viga estava a estrala de bliztball, Tidus, em toda sua gloria, segurando um bola com a mão direita enquanto acenava para Yuna. Sabendo que tinha a atenção de todos, ele sorriu com gosto, e com movimento rápido e preciso ele lançou a bola para o ar. Jogando-se em seguida, ele mergulhou em direção ao campo e chutou a bola assim que a tinha na posição exata, fazendo um gol onde estaria o time adversário.

A multidão urrou ao vislumbrar o gol, aplaudindo agora a entrado dos outros jogadores que se alinharam. Aquele era um momento glorioso para todos os bravos guerreiros que treinaram arduamente por um ano em busca da sonhada taça do torneio.

Baralai já soltara Rikku, e ela fez questão de mover-se o mais distante possível, entretanto sua atenção ainda se concentrava no jogo. Já o jovem Preator, virou-se para e jogar olhares mortais a seu amigo e uma reprovação a Yuna, afinal Gippal não estaria sozinho naquele golpe.

A primeira partida foi eletrizante já como o time a jogar era o Besaid Aurochs, com Tidus como atacante, driblando todos em seu caminho e finalizando com gols magníficos, enquanto os torcedores vibravam.

Não conseguindo tirar os olhos da partida, Rikku tornara-se um turbilhão de expressões. Suspirava aliviada quando a bola era pega pele goleiro, ria das palhaçadas que os integrantes faziam, fechava a cara aos gols inimigos e acima de tudo, gritava a plenos pulmões quando um belo gol era marcado.

Era impossível não se contagiar pela jovem princesa, percebeu Baralai enquanto o jogo acontecia. Era bom ver-la tendo um bom dia fora dos muros do templo de Bevelle, longe das regras restritas impostas pelas damas de companhia e pelos monges. Tinha vezes que achava que tudo aquilo poderia sufocar-la. Mas a jovem tinha uma vontade de ferro pelo que parecia.

Quando o sol já estava se pondo é que o torneio encerou-se com os Besaid Aurochs como os campeões. Tidus erguia orgulho a taça, enquanto seus colegas o levantavam, cada um sorrindo de uma orelha a outra por mais uma vitória. Rikku também estava maravilhada com a vitória.

Assim que terminou o enceramento, Baralai falou umas palavras finais, agradecendo a todos os jogadores pelo incrível torneio, e é claro parabenizando o time vencedor.

Levantando-se de suas cadeiras o grupo se dirigiu para saída, assim como a correnteza de pessoas, todas se dirigindo para pedir autógrafos dos jogadores. A fila estava quilométrica e lenta para chegar à estrela da noite, que tentava a todo custo fazer-la andar mais rapidamente. Yuna esgueirou-se por entre as pessoas até chegar a seu amado noivo.

“Parabéns Tidus!” Falou, lançando-se nos braços forte de Tidus.

Este riu e a apertou com força, mas a soltou assim que a passagem foi dada ao grupo. Com educação Tidus fez reverencia ao Preator, assim como todos em volta.

“Foi um jogo magnífico, Tidus.” Baralai apertou a mão do jovem.

“Fico mais que honrado em escutar isso do senhor.” Tidus sorriu, de um certo jeito envergonhado por receber tamanha honra. “O senhor vai ficar um pouco mais por aqui?”

“Não, preciso retornar aos meus...” Baralai estava falando quando Yuna interrompeu. “Sim vamos ficar mais uma semana.”

Ambos olharam para a moça de curtos cabelos castanhos, Tidus confuso e Baralai surpreso. Mas ela não deu chance de nenhum dos dois responder.

“Não podemos partir sem antes arrumar as coisas para o casamento. Afinal os melhores costureiros estão aqui em Luka.”

Rikku que até o momento não entrara na conversa, não pode acreditar no que sua prima dizia. A jovem pensara que finalmente teria um tempo longe daquela loucura de casamento arranjado, mas tudo estava contra isso.

“Yuna, eu tenho que voltar. A uma papelada imensa pra ser preenchida e não posso perder tempo com costureiros!” Baralai estava perdendo a paciência com sua conselheira. “Se for o caso, mande eles irem para Bevelle!”

“E você acha que não tentamos isso?” Falou Gippal com a sobrancelha arqueada e os braços cruzados sobre o peito. “Isso nos pouparia muito problema, mas eles se recusaram a mover-se até Bevelle somente para o seu casamento, diziam ter muitas coisas para fazer também.”

Baralai não podia acreditar nisso. Ele era o Preator da Nova Yevon. Isso deveria ser motivo o suficiente para que eles fossem ate Bevelle caso fossem chamados. Respirando fundo, ele não queria fazer um escândalo no meio de uma multidão.

“Muito bem então, mas como fica o meu trabalho?”

“Dividimos tudo entre os monges, tenho certeza de que darão conta do recado.” Yuna sorriu com a aprovação silenciosa de Baralai. Vendo que não haveria qualquer outra reclamação, o grupo, guiado por Paine, voltou ao hotel. Na entrada, Tidus falou que iria adorar acompanha-los para o almoço e que com certeza seus amigos do time também, e com um beijo em Yuna se despediu de todos.

O resto seguiu seu exemplo e cada um foi para seu quarto. Assim que Rikku adentrou o cômodo, ficou surpresa com a grandiosidade e glamour, não que em Bevelle não tive isso, mas lá as coisas eram bem mais pacatas, sem aquele brilho. Já ali, tudo parecia brilhar com suas próprias cores, vasos, lustres, espelhos, e as janelas, grandes janelas com sacadas. Sem pensar duas vezes ela as abriu, saindo para sentir o ar noturno.

“Uau! Como a vista daqui é bonita!” Disse ao vislumbrar o entardecer, o sol sendo engolido pelo mar, e tudo se tornando um breu.

“Realmente, tenho que concordar com você.” Essas palavras pegaram Rikku de surpresa, que ao se assustar caiu de bunda no chão frio.

Ao seu lado, na varanda vizinha estava Baralai. Ele já havia trocado de roupa, tirando as longas mantas e vestindo uma camiseta larga e simples assim como um par de largas calças. O jovem também ficou surpreso com o susto que a princesa teve, inclinado-se o máximo possível para constatar se estava machucada, porém esta disse que nada tinha ocorrido e se levantou.

“O que você está fazendo aqui?” Perguntou a jovem.

“Creio que esse arranjo de quartos foi uma obra de alguém que está pedindo para sofrer.” Disse Baralai trincando os dentes ao simples pensar na diversão que seu amigo deveria estar tendo no momento. “De qualquer jeito... sinto que foi uma boa coisa ter vindo para Luka ver o torneio.” Desabafou.

“Ah é... você não costuma sair muito né?”

“Não sem uma escolta e um motivo serio... Por isso acho que preciso agradecê-la” Sorrindo para a jovem, ele se espreguiçou, fazendo com que a camiseta levanta-se um pouco mostrando o abdômen aos olhos verdes da princesa. Esta sentiu as bochechas queimarem de vergonha, e tentou em vão mudar o foco da visão, mas por algum motivo aquele pedaço de pele bronzeada capturava sua atenção.

“Bem acho que vou dormir.” Disse assim que terminou de se espreguiçar. “Tenho certeza que amanha vai ser um longo dia. Então, boa noite, princesa.” Acenando com a cabeça, ele adentrou o quarto, e Rikku pode escutar a porta se fechando.

Ela continuou um tempo, ali parada deixando que o vento brincasse com seu cabelo, enquanto tentava desesperadamente compreender o que se passava com sua cabeça. ELA achara o Baralai ATRAENTE. Realmente, ela precisa acabar com o casamento o mais rápido possível, aquilo estava ficando estranho de mais.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem até o momento este é o ultimo cap terminado... o sexto da dificil de sair, mas uma hora, com mto esforço e tempo (algo que não tenho ultimamente). Assim que terminar eu coloco aqui.



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