O Sexta Feira escrita por Miss Krux


Capítulo 26
Capitulo 26 - Você é o meu fim e o meu começo.




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Marguerite não chorava, apesar de serem feridas que nunca seria capaz de cicatriz, mantinha-se forte e concentrada nos olhos de John, nos seus movimentos, pode vê-lo fechar os punhos, sentir a sua agitação, seus tremores, a raiva estampada em suas feições, sabia que ele sentiria suas dores, compartilhava de seus sentimentos como ninguém mais fez em toda sua vida.

M - As semanas seguintes Isaac esteve em meu quarto quase todas as noites e obviamente que aos finais de semana Ethan o acompanhava.

... Em alguns momentos pensei em me jogar daquela maldita janela do quarto, mas não era alta o suficiente e eu ainda tinha tanto para viver, queria saber quem eu era de verdade, como se uma voz me falasse que se fizesse isso, de nada valeria os meus esforços. Foi então que eu tive uma ideia, não era uma das melhores, mas poderia dar certo.

... Então após o jantar em uma noite, guardei comigo um dos talhares, era uma faca serra, não muito grande, mais fácil de esconder e útil também, com o pouco de conhecimento que eu tinha de anatomia, só precisava acertar em um bom lugar, de preferência na jugular dele. E como esperado Isaac veio ao meu quarto, trancou a porta assim que entrou e logo me fazia sua.

... Permiti que me tocasse, que sentisse o meu corpo que tanto desejava, estava tão farta daquilo, que usei o meu corpo como uma escapatória, quando percebi que ele estava cego pelo prazer, sussurrando palavras desconexas, eu reuni toda a minha coragem e o meu nojo por aquele homem me tomar daquela maneira e usei a faca que estava guardada embaixo do meu travesseiro, a enfiei no pescoço dele, seguida de outras mais. Não demorou muito e o corpo dele caia ao meu lado, inerte, morto.

... Eu não tive tempo para me arrepender, e mesmo que tivesse duvido que faria, me limpei da melhor forma possível e vesti várias roupas, uma por cima da outra, isso poderia me ajudar com a queda, peguei todo o dinheiro da carteira dele, anel, relógio, o que tinha de valor consigo e gritei, gritei até que todos os empregados estivessem na porta do quarto, desesperados para entrar, quando tive certeza disso, saltei da janela, os arbustos e todas aquelas roupas como imaginei amorteceram a queda. Não corri para saída dos portões como sempre fiz, seria óbvio demais, mas sim para o seleiro, acertei o empregado com um dos baldes cheio de ração para os animais, foi tão rápido que ele sequer teve tempo de ver o que acontecia e nem eu acreditava no que havia feito, peguei um dos cavalos, que poderia vender depois, ou trocar e fugi sem direção, afinal eu nunca tinha saído da propriedade, só restava ter fé de que era ainda terras inglesas.

... Há simplesmente tantas coisas que o tempo não pode apagar, e essa noite é uma delas, eu ria e chorava, eram tantas emoções que eu reprimi, que não me permiti sentir e naquele momento eu estava finalmente livre, para viver e me encontrar, sabia que logo estariam me procurando, em partes tinha medo, mas eu seria mais rápida, sumiria e além disto, ninguém sabia quem eu era, não me encontrariam.

... Horas depois eu estava em Avebury, antes que pergunte, sim, eu fugi para a cidade natal da sua família, sabia que era uma cidade pequena, situada no interior da Inglaterra, distante de Londres, se é que eu morava mesmo em Londres, lá eu estaria mais segura do que em uma cidade grande, que poderia ser reconhecida facilmente, e outra, por conta do estilo de vida que as pessoas levavam, venderia o animal o mais rápido possível, não tinha intenção de ficar mais do que uma semana. E assim eu fiz.

... Na semana seguinte estava no sudeste da Inglaterra, em Dover, sabia que lá havia um porto de navios de cargas e alguns de passeios também, alguns com destino a França, embarquei em um deles como clandestina, antes desses navios partirem os tripulantes costumavam encher a cara em um bar próximo, passei o dia observando a movimentação, e a noite quando um rapaz magrelo embriagado passou por mim, o desmaiei e roubei suas roupas, daí o nome Smith. Tinha comigo que a vida na França seria mais fácil, em especial em Paris que era mais animada e diferente da tradicional Inglaterra teria mais oportunidades, mas quando tivesse uma boa quantia em dinheiro voltaria para casa, e foi exatamente o que fiz.

... Mas acontecimentos como este requer mudanças, eu não só matei aquele homem, como matei a mim mesma, a faca que o cortou foi como uma lâmina dupla, eu deixei para trás toda a minha juventude, inocência, toda aquela ilusão de amor verdadeiro, eu nunca fui amada, como poderia saber o que era amor, eu aprendi a ver o mundo com outros olhos, eu dava às pessoas o que elas desejavam, em troca de benefícios que eu poderia obter, as mulheres oferecia minha amizade fingida, mas alguém que pudessem confiar e em troca aprendia os seus modos, etiquetas e como se portar e aos homens, eu tornei a sedução como uma arma, os iludia e quando estavam nas minhas mãos, lhes tirava até o último centavo. Era apenas eu quem importava e a minha sobrevivência.

... Assim que desembarquei, tratei de procurar emprego, mudanças e sonhos nunca encheram barriga, me candidatei para algumas vagas que chamaram a minha atenção e em poucos dias trabalhava na recepção do “Le Maurice”, o hotel tinha permanecido fechado durante dois anos, por conta de uma reforma inovadora, mas em 1907 reabriram as portas, haviam expandido os seus serviços e criaram o restaurante Ducasse e Salon Pompadour, e precisavam de funcionários com urgência, com alguns sorrisos, beijos e um rosto jovem e atraente, não foi difícil conseguir a vaga.

... Foi onde conheci o seu irmão e a Adriene, trabalhávamos no mesmo horário, inclusive o pensionato que estava hospedada era o mesmo que o dela e apesar de tudo, quando menos esperava havíamos nos tornado melhores amigas.

... Adriene Montclair, era 5 anos mais velha que eu, se formou em Geologia em Oxford, mas fugiu das casa dos pais, deixou toda a riqueza da família para traz, ela não queria se submeter a um casamento arranjado, não queria a vida que os pais levavam, o pai era um inglês magnata, rico, empresário do ramo do garimpo, mas nada carinhoso ou atencioso com a família, vivia rodeado de amantes, a mãe era dama francesa, igualmente rica, amargurada, após o nascimento de Adriene tornou-se estéreo e a culpava pelo ocorrido, depois disso só se preocupava com o luxo, quanto mais dinheiro e status, mais queria, e a qualquer custo, já a minha amiga queria conhecer o mundo, viajar para a América do Sul, coletar algumas pedras, desfrutar de bons momentos e boas companhias, ser ela mesma, livre, não se importava com o que a sociedade lhe obrigava a fazer e eu me identifiquei com os sonhos dela, que tornaram-se meus também.

... Ela quem me apresentou toda a França, os bons e os maus caminhos, quando comprei os meus primeiros documentos falsos, fez questão de que fossem com o seu sobrenome, falaríamos que erámos primas distantes, me ensinou tudo sobre geologia e fez com que eu retomasse os estudos em uma universidade próxima ao clube, optei por arqueologia, foi nessa época que descobri que era capaz de compreender outras línguas, ou seja, usei a meu favor, falsificamos alguns diplomas e logo eu trabalhava no clube e prestava alguns serviços na instituição que estudava, ajudava com as traduções de vestígios histórico, o que também acelerou com a minha formação, fui dispensada de algumas disciplinas.

... Juntamos mais dinheiro do que eu poderia imaginar, formada, obtive um cargo mais elevado no hotel e cantava em algumas noites, as que eu escolhia, mas Adriene tornou-se mais ambiciosa também, e me convenceu a seguir o seu caminho, dizia que não era errado tirar um pouco daqueles que tinham muito e que exploravam outros iguais. Ou seja, passamos a estudar melhor as pessoas que frequentavam o clube, iriamos roubar dos nobres que faziam sua fortuna através de outros que deram suas vidas ou sua dignidade.

... Ela se envolveu com uma família de mercenários, nunca me deu detalhes concretos, só comentou um ou outa vez que estava em perigo, que eu deveria pegar as joias e fugir para longe, que temia por minha vida e que havia outros lugares para eu conhecer, certa noite, ela deixou ordens explicitas que caso não voltasse eu deveria partir, eu a aguardei por semanas, quando vi que algo tinha acontecido, segui em frente, mais uma vez sozinha e me sentindo quebrada, de novo.

 

A perda da Adriene, relembrar esse fantasma, como aquela caverna a obrigou fazer, de uma maneira tão viva, foi o suficiente para deixar Marguerite trêmula, a mulher tinha sido o seu porto seguro durante anos, era o mais próximo de uma família, compartilhavam sentimentos uma pela outra, como irmãs, protegiam uma à outra, e muito do que a herdeira sabia hoje, tinha sido graças a ela, talvez essa saudade e perda nunca superaria.

John a envolveu em seus braços, ele por um momento duvidou se estava fazendo o certo, mas tinha a necessidade de mantê-la segura, simplesmente segura de seus sentimentos, lembranças ou porque queria que ela soubesse o quanto a amava e que estaria ao seu lado, independentemente de qualquer passado incomum, nada disso para ele importava, apenas quem ela tinha se tornado e o porquê.

J - Marguerite tem certeza que quer fazer isso?

... No seu estado não deveria passar por esse tipo de emoção, além disto esta tarde, eu não quero que se sinta obrigada.

M - Está tudo bem John, apesar de qualquer emoção, eu e o bebê estamos bem, é você quem está conosco. Sobre o horário, não tenho mais nada de interessante para fazer hoje e amanhã muito menos.

... Só preciso me recuperar por alguns instantes.

Ambos ficaram alguns minutos em silêncio, como um deles assimilassem o que tinha até então escutado e o outro o que tinha contado, Marguerite nunca revelou seus segredos a ninguém, nem aos seus fiéis empregados, não dessa forma, abertamente.

M - A perda da Adriene, foi como perder um porto seguro.

... Eu segui em frente e mais uma vez passei por mudanças, com as minhas formações, novas identificações, fingi ser intérprete de uma companhia, mas até a companhia era falsa, foi um meio que encontrei de ganhar um certo “renome”, parti para Viena, e como já sabe eu tive alguns maridos, isso em um curto período de tempo, todos que me casei, eu quem escolhi a dedo cada um deles, mas todos por motivos semelhantes, envolvidos no tráfico e contrabando de crianças, no submundo de casas noturnas ou garimpeiros de pedras preciosas, eu enxerguei além da oportunidade de conseguir algo sobre a minha certidão ou família, uma maneira de fazê-los pagar por suas atitudes e obviamente aumentar a minha fortuna, afinal uma garota precisa sobreviver.

... Quando algumas coisas se tornaram evidentes, voltei a viajar por vários lugares, fiz até uma breve visita a Nova York, mas odiei aquele lugar, depois achei que seria adequado participar de algumas expedições cientificas e descobertas arqueológicas, eu tinha que desaparecer um pouco dos tabloides. Em meio dessas aventuras tive o azar de me apaixonar quando estive no Cairo, por um explorador Randolf AppleKeit ou como você o conheceu Bourt, depois de todas as minhas experiências, eu fui iludida mais uma vez, o seguia de um canto para o outro, entusiasmada com o seu conhecimento e também com quem aparentava ser, mas ele só estava me usando, eu era mais um troféu nas suas mãos, talvez um dos mais valiosos, já que minha cabeça a essa altura estava a prêmio por toda a França e mais alguns lugares.

... Bem, num curto período de tempo, cometi o erro de aceitar o seu pedido de casamento e tudo mudou, não permitia mais que eu o acompanhasse em suas viagens e, logo todas as suas explorações e aventuras tornaram-se fracassadas, o que chamou a minha atenção, e eu comecei a investigar a vida do meu amado marido, foi quando dei conta de que ele era um golpista, ladrão de sítios arqueológicos, agiota e cafetão, além de mim, mais duas esposas, lindas e ricas, todas sustentando suas noites de farras e prazeres, enquanto as nossas fortunas escorriam, os bolsos dele enchiam, ele encontrou rastros correspondentes ao garimpo das pedras mais preciosas que pode imaginar por todo o Kongo, e como senão bastasse todas essas mesmas mulheres que fingia amar, quando o dinheiro acabava as usava como suas prostitutas, já que era isso ou sarjeta, você sabe muito bem o que a nossa sociedade conservadora falaria sobre elas, o escândalo armado, todas espalhadas pelo país, definitivamente aquele não era o destino que havia escolhido, e o que mais me impressionou é que ele não escondia muitas das suas informações, um perfeito idiota, o marido mais idiota que tive.

... Ele agendou uma viagem, alegava ser uma nova descoberta, que deveria demorar aproximadamente 4 meses para retornar ou mais, foi o tempo que eu precisava, vendi absolutamente tudo, segui suas pistas e quando encontrei a suposta expedição vi do que fato se tratava, garimpo sujo e ilegal, era inverno, e o local que escolheram era propicio, uma pequena explosão, um grande deslizamento e tudo pelos ares, era essa a manchete do dia seguinte, enquanto eu retornava para a velha e animada Londres.

J - Espera um instante, aquele explorador que queria sequestrar Verônica e trazer para o nosso mundo como uma atração “selvagem” foi seu marido? Ele e Applekeit são às mesmas pessoas?

M - Sim John, assim como eu e a Sra. Smith, digamos que vaso ruim, não quebra.

... E você está me interrompendo novamente Roxton.

J - Está bem, desculpe.

M - Ótimo.

... Como eu dizia, voltei para Inglaterra, para a minha surpresa grávida, eu não sabia e descobri da pior forma possível, desmaiei enquanto caminhava pela Harrod Street, acordei hospitalizada, Anne era a enfermeira de plantão, ela quem cuidou do meu bem estar e me alertou sobre a gravidez, uma criança naquela época seria a minha ruína, eu implorei e ela me ajudou a abortar, não me orgulho disso, mas eu precisava fazer, afinal. Assim que me recuperei, consegui comprar a minha casa, a que você conheceu, Anne passou a ser minha governanta e James que trabalhava aqui e ali, tornou-se meu motorista, eles praticamente me adotaram como uma filha.

... Logo retomei os meus negócios, que por sinal iam de vento em poupa, nunca prosperam tanto, eu estava envolvida no meio de toda a elite inglesa, no entanto, os boatos de uma revolução na Rússia fizeram com que eu adotasse medidas drásticas, me voluntariei junto ao exército britânico, mais precisamente junto ao serviço de inteligência, não sei se fiz certo ou não, mas usei o sobrenome de um dos melhores agentes deles, Archie Krux, um arqueólogo renomado, que diziam ter sido morto pela máfia oriental prestando serviços a coroa, um tanto quanto inspirador, assim como apresentei um currículo impecável, tinha vasta experiência com idiomas, geologia e tudo mais, logo eu me tornei uma agente, criei o codinome Parcival, seguidos por M16, a serviços do exército casei com Barão Von Helsing e em um ano ele estava morto, envenenamento, tudo para tentar manter os negócios e porque em partes eu queria acreditar que de um jeito ou de outro eu saberia quem eu era de verdade, que encontraria alguma pista sobre o meu passado, besteira, como vê, até hoje isso não aconteceu e aqui estamos nós.

... Durante a grande guerra, após 1917, eu fui capturada em algumas missões, fui estuprada por mais de dois homens, posso garantir, mas isso já não me assustava mais, perto das torturas que fui submetida, ter um homem me invadindo, não era nada a ser comparado.

... Ainda lembro das vezes que me jogaram em um tanque com água fria e sanguessugas, para em seguida ser amarrada em uma cadeira elétrica, ou a submissão de temperaturas diferentes, sem alimentos, das ameaças e xingamentos.

... Você me salvou antes de me conhecer Lord Roxton, enquanto assumia às responsabilidades do roubo do Irídio, eu estava em uma cela alemã, duvido que teria sobrevivido, completava 3 meses de prisão, os piores da minha vida, só quando foi preso, que o meu plano foi colocado em prática, que a coroa interviu e me resgatou.

... Talvez eu merecesse todas aquelas torturas, eu fui responsável pela morte de muitos homens, inimigos ou aliados, enviei tantas vidas inocentes para o fronte de batalha, deixei muitas crianças sem que ao menos conhecessem os seus pais, além disto, eu literalmente matei vários outros homens na minha vida, cada uma dessas mortes eu morri junto, cada carta de um soldado morto, eu pedia para que fosse a última.

... Eu só estava analisando números e figuras, desfazendo os enigmas, questões da ciência e progresso, criando respostas calculadas e imitações de sentimentos, só agora, depois de todos esses anos, vejo que nada disso falam tão alto quanto meu coração, pelo menos não hoje.

... Pode ser que eu tenha deixado passar despercebido uma coisa aqui, outra ali, mas agora você conhece a história da garota sem bolo de aniversário, o resto você já sabe também, Xan, a reencarnação de uma sacerdotisa Druida, algum comentário ou pergunta?! Aproveite que hoje é seu dia de sorte.

J - Eu acho que tenho sim.

M - É claro que sim, sempre tem alguma pergunta, vá em frente.

 

John olhou através da varanda, toda aquela conversa os fez perder a noção do tempo, reparou mais uma vez os documentos entre eles, espalhados, cada um relacionado a uma parte da história da herdeira, como se tivesse todo o tempo do mundo, lentamente levou suas mãos ao rosto de Marguerite, acariciando a pele macia, um pouco dos cabelos negros, soltos, avivando a sua beleza, enxugou uma ou outra lágrima que ela permitiu escapar, encostou sua têmpora a dela, permitindo-se ouvir sua respiração, um tanto pesada podia notar, encontrando aqueles lindos olhos que ansiavam e exigiam uma resposta. Assim tão de perto de si, como sempre desejou, mas que jamais imaginou possível, com todas aquelas barreiras que ela ergueu, tinha quase certeza que em meios as suas confissões ela expressou pequenos sentimentos de medo, receio e agora alivio, ela tinha tirado um peso, ainda que entristecida, seu semblante carregava leveza, como nunca esteve antes ali.

J - Sabe Marguerite eu estou tonto, como se não soubesse o que me atingiu, minha cabeça está girando.

M - A sua... Será que já imaginou a minha como está ...?

J - Já, eu já imaginei como está a sua.

... Eu não estou tonto como se não soubesse o que me atingiu por tudo o que acabou de me contar, por toda a confiança que está depositando em mim.

M - Não? Então porque é?

John a abraçou, como se a sua vida dependesse dela, como se somente com ela fosse capaz de encontrar o seu próprio caminho.

J - Porque tudo em mim ama tudo em você, todas as suas imperfeições perfeitas, acredite ou não, mas eu darei tudo de mim para você.

... Você é o meu fim e o meu começo Marguerite.

 


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