Nothing Else Matters escrita por Lady Anna


Capítulo 1
Verdade ou desafio?


Notas iniciais do capítulo

Oieee
Bem, cá estou eu escrevendo sobre um shipper que eu nem sei realmente se shippo haha
Quem me conhece no mundo fanfiqueiro sabe que sou Scorose stan de coração, mas trair o movimento uma vez por ano não faz mal, certo? Kkk
Espero que vocês gostem e boa leitura!



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Verdade ou desafio, Rose? Perguntou Albus, um sorriso malicioso se abrindo enquanto levava o copo de cerveja amanteigada até a boca. 

Semicerrei meus olhos, lançando-lhe o meu melhor olhar cortante. Por Merlin, aquela garrafa enfeitiçada tinha que apontar justamente para mim e para ele? Qualquer um dos outros Weasley's, os quais estavam sentados em uma roda no chão do porão da Toca, não colocariam medo em mim com aquela simples pergunta. Verdade ou consequência? Porra, Albus! Ele me conhecia melhor do que qualquer um ali, cortesia dos nossos longos anos de amizade. Sendo assim, se eu escolhesse verdade ele me faria revelar algo extremamente constrangedor e se eu escolhesse desafio, ah!, eu não queria nem pensar! 

—Não temos a noite toda, Rosie. –Provocou Albus. 

Apertei os lábios, pensando no quanto ele queria me torturar naquele momento, afinal eu já o ferrara mais cedo. Tudo bem que eu só desafiei Albus a enviar uma mensagem para Scorpius o pedindo em namoro porque era óbvio que aqueles dois se pegavam há meses e realmente gostavam um do outro! E, além disso, o loiro já respondera a mensagem aceitando o pedido. Ou seja, por nada, Albus! 

Olhando para a garrafa que ficaria vermelha se eu mentisse, decidi que seria melhor escolher o desafio, pois poderia alegar pelo resto da nossa existência que aquilo só ocorrera devido ao jogo idiota de verdade e desafio. 

—Desafio. –Respondi, os dentes trincados. Enquanto Albus colocava a mão no queixo teatralmente, fingindo pensar; virei o resto de whisky de fogo do meu copo, o líquido queimando minha boca. –Rápido, idiota. 

—Muito bem. –Ele concluiu, os olhos brilhantes pela possibilidade de me ferrar. –Eu te desafio a beijar o James Sirius. Na boca. Com língua. Durante um minuto. 

—Não mesmo! –Chiei, mais por reflexo do que qualquer coisa. O babaca do Albus sabia do meu crush em James e estava usando isso contra mim! –Pode escolher outro desafio. 

—De jeito nenhum! –Retrucou Roxanne, com um grande sorriso nos lábios pintados de vermelho. –Quando Lily me desafiou a passar quatro rodadas no colo do Lorcan, eu não pude escolher outra coisa. Então pode beijar o nosso primo gato, Rosie. 

Eu queria fuzilar Roxanne, mas era impossível discordar do que ela disse. Os jogos de verdade ou desafio dos Weasley's era levado muito a sério e não aceitar cumprir um desafio era quase blasfêmia. 

—Você me paga, Albus.  

—‘Tá com medo, Ross? –Disse James, utilizando o apelido que usava comigo desde quando usávamos fraldas. Pela primeira vez desde aquele desafio idiota, eu olhei na direção dele e me arrependi amargamente disso. James mordia o lábio inferior, prendendo um sorriso malicioso; os olhos estavam pesados e ele bagunçava os cabelos com a mão direita, o que o deixava ainda mais bonito. Droga! –Prometo que se você beijar mal eu não conto pra ninguém. 

Duvidar da minha coragem tinha sido um erro, mas ao dizer que eu beijava mal, James me insultara mais do que poderia imaginar. Eu gostava de ser boa em tudo que fazia e nesse setor não seria diferente. Certamente, eu beijava muitíssimo bem e iria mostrar aquilo para aquele idiota! 

—Ok, tudo bem. –Eu me aproximei mais de James, já que ele estava sentado ao meu lado. Antes de me mover mais, eu olhei para todos os meus primos, os quais me olhavam, ansiosos. –Eu odeio todos vocês. –Fitei Albus, raivosa. –E eu odeio você, Albus. –Por fim, me virei para James, o qual mantinha o maldito sorriso malicioso nos lábios. –E eu te odeio mais do que qualquer um. 

—Não odeia não. Você ‘tá louquinha pra me beijar.  olhou diretamente para os meus lábios e um estranho calor subiu por todo meu corpo. –Assim como eu ‘tô doido pra te beijar, Ross. 

Ouvi o arquejo surpresa de uma das minhas primas, mas não me importei com aquilo no momento. James queria me beijar! A adolescente emocionada que existia dentro de mim pulava freneticamente naquele momento. 

—Para de falar besteira e me beija logo. –Retruquei, as borboletas estranhamente agitadas em meu estômago. 

—Ah, não. –Como se fosse possível, o sorriso dele ficou ainda maior e mais malicioso. –Pelo que eu ouvi, Albus disse que você deveria me beijar e não o contrário.  

Eu abri a boca, incapaz de dizer alguma coisa. James riu e se aproximou mais, a coxa grossa encostando na minha. 

—Estou esperando, Ross. –James cruzou os braços e me pareceu insuportavelmente mais atraente. 

Com a boca seca, eu me aproximei até sentir o hálito quente dele em meu rosto. Encaixei minha mão na curva da sua nuca, arranhando de leve a região, o que o fez engolir em seco. Sorrindo, eu me aproximei até nossos lábios roçarem e disse, baixo o bastante para que só ele escutasse: 

 –Se você quiser esse beijo vai ter que me beijar, Jamie. 

—Que se foda! –Com um grunhido, ele descruzou os braços e segurou meu pescoço com uma das mãos enquanto dirigia a outra para minha cintura. 

Instantaneamente, seus lábios se chocaram com os meus e eu me rendi por completo aquele beijo desesperado, quente e sensual. James não me beijava como se eu fosse de porcelana como muito garotos já haviam feito-provavelmente, por me enxergarem como a filhinha do herói de guerra Ronald Weasley, o qual poderia ser muito protetor quando queria. Não, os lábios de James exigiam tudo que eu poderia dar e, quando sua língua adentrou minha boca, eu gemi alto o suficiente para todos escutaram, o que fez James abrir um sorriso. Eu mordi levemente os lábios dele, aprofundando o beijo ainda mais e sentindo sua mão que estava na minha cintura adentrar a minha blusa. 

Me dando conta do estado em que estávamos e aonde estávamos, eu interrompi o beijo de supetão, deixando James com os lábios entreabertos, confuso. Ok, eu também estava confusa e nem por isso estava fazendo aquela cara de cachorro que caiu da mudança! 

—Feliz? –Perguntei a Albus, tomando o copo de cerveja de sua mão e bebendo todo o conteúdo. –Acho que é minha vez de girar essa coisa. 

Com um movimento despreocupado, eu girei a garrafa, virando-me para comentar alguma coisa com Domi. Porém, os risos frenéticos dos meus primos me fizeram olhar novamente para a garrafa, a qual voltara para a sua posição inicial. Albus×eu. Porra Merlin, por que eu? Certeza que em outra vida eu rasguei o vestido preferido de Morgana em meio a um baile superimportante na frente do pretendente que ela mais gostava, o que fez o salão inteiro rir dela! Só pode ser isso porque nenhum ser humano pode ter tanto azar assim. 

—Ah, não. –Gemi. 

—Você sabe as regras: não se pode escolher a mesma opção duas vezes. –Disse Albus, dando de ombros despreocupadamente. –Eu não vou te perguntar se você gostou do beijo porque aquele seu gemido respondeu isso muito bem. Então, a minha dúvida é: você beijaria de novo o James Sirius sem ser em um jogo? 

Todos fixaram os olhos em mim, ansiosos pela resposta. Além de extremamente calorosos e animados, os Weasley’s tinham outro característica marcante: eram muito fofoqueiros e adoravam “trocar informações entre si", o que era divertido quando eu não era a fonte. Olhei para James e, mesmo com a pose despreocupada, era possível ver a ansiedade em seus olhos e o maxilar tenso.  

Mentir não era uma opção, afinal a garrafa ficaria vermelha e Albus teria direito a outra pergunta. Uma ideia passou pela minha mente, me fazendo sorrir e responder simplesmente. 

—Sim. –Para provar meu argumento eu beijei a bochecha de James, deixando-o corado. Isso me deixou momentaneamente confusa, afinal ele nunca, em hipótese alguma, corava. –Eu beijara qualquer um de meus primos na bochecha, Albus. Não seja bobo. 

Percebendo que fora enganado por não especificar, ele cruzou os braços e fez um grande biquinho com os lábios. 

—Isso não vale, você sabe que não foi isso que eu perguntei. 

—Vale sim. A garrafa não ficou vermelha, ou seja, segue o jogo. –Com mais força do que o necessário, eu girei a garrafa, olhando-a fixamente e desafiando-a a cair em mim novamente. Por sorte, ela caiu em Hugo e Fred. 

—×- 

—Eu preciso falar com você. –Pediu James, me puxando pela mão. 

O jogo acabara há alguns minutos e toda a tropa Weasley estava espalhada pelo porão. Nenhum deles pareceu perceber que o Potter mais velho me puxava pela mão até as escadas, nos fazendo descê-las rapidamente e entrar na primeira porta a direita, o seu quarto. 

—O que... 

Antes de eu pudesse completar a frase, James grudou sua boca na minha enquanto me pressionava contra a porta, deixando nossos corpos o mais colados possível. Enlacei seu pescoço com meus braços, aprofundando o beijo e o fazendo gemer quando arranhei sua nuca. Com as mãos afoitas, ele levantou a minha blusa e percorreu a minha pele, fazendo arrepios surgirem por todo o meu corpo. Quando interrompeu o beijo, James apoiou a testa na minha, olhando no fundo dos meus olhos. 

—O que estamos fazendo? –Perguntei, porém o que eu queria mesmo saber é o porquê daquele deus grego ter parado de me beijar. 

—Eu não sei. –Respondeu e se dedicou a fazer uma trilha de beijos até meu pescoço. –Mas eu gosto muito disso. E você? 

Eu não respondi, não foi preciso. Ansiosamente, eu puxei seu rosto de volta ao meu e o senti sorrir antes de me beijar de novo. Eu não sabia se aquilo duraria uma hora, um dia, um mês, um ano ou uma vida. E, naquele momento, eu não precisava saber. Nada mais importava. Tudo que importava era que James Sirius continuasse me beijando daquele jeito.  


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Notas finais do capítulo

E aí? Eu tive essa ideia e JayRose pra mim era o único casal que encaixava. Confesso que fiquei muito animada escrevendo e que nunca me senti tão animada enquanto escrevia algo (talvez pela novidade? Não sei haha)
Enfim, eu particularmente gostei muito do resultado. E vocês? Comentem e me incentivem a escrever mais sobre esses dois! Aguardo vocês lá❤

Beijooos