Pétalas do Caos escrita por BellatrixOrion


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

[AVISOS]

Antes de começarmos, gostaria de deixar alguns pontos ressaltados:

*O cronograma de postagens ficará fixo para atualizações de 15 em 15 dias.

* A história se passará num universo alternativo, mas não usarei um lugar existente especifico da nossa realidade.

* A ideia do projeto é reimaginar nosso casal SS dentro dos contos de fadas, ou seja, a essência da história original está lá, mas eu seguirei me utilizando dos filmes já feitos, do conto, de releituras e outros afins.

* Cada história está sendo escrita seguindo a forma do modelo de conto e serão postadas separadamente para cumprir com as regas do Spirit. Em outras palavras, haverá mais descrição das situações do que longos diálogos.

* Todos os direitos da ideia de todos os contos que sejam direcionados aos seus devidos escritores.

* E por último, estou escrevendo essa finc com o intuito de me divertir, acima de tudo. Tenho consciência de que a ideia original não é minha, mas eu sempre desejei encontrar algo que fizesse isso, incluir Sasuke e Sakura dentro do mundo dos Contos de fadas, que é algo que eu amo muito. Por isso, peço que não entendam como plágio. Eu estou me dedicando de mais a esse projeto e quero que vcs o enxerguem como eu o enxergo: Um ótimo passa-tempo para reviver nossa infância com o nosso casal favorito protagonizando essas histórias.

Obrigada pela atenção!
E espero que gostem e se divirtam!
^^

~Bellatrix ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/797635/chapter/1

A Bela e a Fera

“Pétalas do Caos”

Prólogo

Fogo.

Chamas ardentes.

Espalhadas por todos os lados.

Gritos de terror ecoavam pelas paredes, alastrando e impregnando-se por todos o castelo real, muitos estavam caídos ao longo dos pisos de mármore puro, poucos ainda restavam para gritar, faces pálidas e carcaças frágeis se sobrepunham, num mar de corpos sem fim.

Entretanto, ainda havia vida neles, seus pulmões, mesmo fracos, continuavam a funcionar, e seus corações bombeavam o sangue por suas veias.

Mas não tinha maneira alguma de saber por quanto tempo isso permaneceria assim.

Atravessando as grandes portas de carvalho, na sala do trono, o cenário não era muito diferente do resto do castelo. O lugar que antes era majestoso com toda a riqueza de detalhes, desde as cortinas mais finas até as maçanetas banhadas a ouro, agora encontrava-se totalmente devastado. Rei e Rainha estavam desfalecidos em suas cadeiras reais, já nas escadarias, podíamos encontrar o filho mais velho e, nos braços deste, seu irmão mais novo, ambos também desacordados. 

“Um genocídio”, alguns diriam.

“Uma tragédia”, outros talvez.

Mas o que não poderia se esperar era que se tratava de um acerto de contas.

Não de reinos inimigos, ou um golpe de estado... E sim do destino.

O preço pelo sangue indevido derramado.

Justiça sobre injustiça.

Nesse instante um estrondo se faz ouvir no meio do caos, as portas abrem-se num rompante, dando passagem para um ser de luz que, com calma e graça, atravessa o cenário infernal. Sua forma era feminina, exuberante em beleza, com longos cabelos brancos e olhos perolados, a mulher parecia flutuar sobre as chamas, quase como se tivesse controle sobre elas, a aura que emanava de seu corpo era clara e acolhedora, mas havia algo ali, algo amedrontador e poderoso.

Mesmo que o fascínio por sua beleza inundasse os olhos de qualquer um que tivesse a oportunidade ver, logo o temor vinha, enchendo os corações de um terror silencioso e contido diante de um poder tão inexorável.

Quando enfim alcançou a escadaria, parou, encarando os soberanos adormecidos sobre seus tronos de ouro.

Suspirou melancolicamente ao direcionar seu olhar para a bela mulher de cabelos negros, lamentava o fim que deveria ser dado a aquele lugar, mas ao dirigir sua atenção para o rei lembrou-se do motivo que a havia trazido ali e permitiu que a fúria tomasse conta de si.

Com um único movimento de mãos, lançou o homem para longe, derrubando a pesada cadeira real no processo, ele bateu contra a parede contrária da sala e, por um momento, sua consciência parecia ter retornado, mas antes que ele pudesse se dar conta do que estava acontecendo, as chamas ardentes se moveram, indo para cima do rei e o consumindo por completo, não lhe dando tempo de nem mesmo gritar.

Ao término, a mulher branca enfim direcionou sua atenção para os dois irmãos abraçados ao pé da escada. Ajoelhou-se diante deles e, delicadamente, tirou o mais novo dos braços protetores do mais velho. Com cuidado, tomou-o em seu colo, acariciando docemente os cabelos negros desgrenhados, sua face, igualmente, parecia abatida e fraca, mas como todos os outros, ainda pairava a vida sobre si.

— Sinto muito, jovem criança... Mas é necessário. Não é somente o estandarte da sua família que está manchado de carmesim... Toda a sua sina foi corrompida, seus destinos mudados. Só vejo em você a chance de evitar a catástrofe que virá... Mas, talvez o preço que você deverá pagar seja alto demais... Nem mesmo eu sou capaz de ver se você conseguirá evitar todo o mal... E suportar esse peso cruel... Espero que um dia me perdoe pelo que estou prestes a fazer.

Dizendo isso, levou uma das mãos até o lado esquerdo do pescoço da criança, com sua unha afiada e comprida, traçou um desenho no espaço entre sua garganta e seu ombro, ele não parecia sentir dor, pois permanecia dormindo profundamente, mas era nítido o sangue escorrendo por sua clavícula, transbordado de cada nova linha perfeitamente desenhada ali.

Ao término, a marca instantaneamente cauterizou, tornando-se extremamente nítida e chamativa. O desenho não era muito grande, consistia-se apenas num círculo delineado com símbolos desconhecidos e preenchido com três pequenos tomoes. Nem mesmo os homens mais sábios, ou os feiticeiros mais poderosos, seriam capazes de reconhecê-lo, ou mesmo liga-lo a qualquer coisa já vista no mundo ou nessa realidade.  

De qualquer forma, a mulher voltou a colocar a criança sobre o chão, tomando mais uma vez o máximo de cuidado. Depois, dirigiu-se até o centro do salão e, com outro aceno de mão, fez o chão começar a se quebrar, dando espaço para um longo e robusto tronco emergir da terra. Seus galhos eram longos e finos, todos adornados com flores cor-de-rosa que inundavam de vida aquele espaço que já parecia mergulhado no desastre.

— Assim... – A mulher começou a proferir, posicionada abaixo dos longos e coloridos galhos, sua voz retumbava por todos os cantos, fazendo-se ser ouvida não somente nos limites daquele castelo, mas também nos limites do mundo — Até que o mal seja reparado, e a dívida paga, amaldiçoo todo este lugar, da primeira grama até o último fio da bandeira hasteada no topo deste castelo!

Uma rajada de vento quebrou os vitrais coloridos, aumentando ainda mais o tamanho das chamas.

— Eu, Kaguya, amaldiçoo a família Real Uchiha!

Agora era o chão que rachava, escavacando-se e dando passagem para que todos os tipos de vegetação invadissem a sublime construção. Galhos e cipós, em completa desordem, enroscavam-se nos pilares, colunas e tudo mais que fosse possível. Mesmo que o fogo não cessasse de queimar, ele não parecia ter efeito algum sobre as plantas que continuavam se multiplicando e tomando o castelo por completo.

 – Para que recebam as consequências de suas ações impensadas, seu nome tão precioso e estimado será apagado da história! Suas conquistas, esquecidas. Seus antecessores, enterrados! A maldição só terá fim no dia em que a criança escolhida possa ser amada por outrem, e este outrem, com seu coração puro, venha para selar a sina que foi perdida e pagar a dívida quebrada desta família condenada.

Ergueu, então por fim, sua mão direita, tocando a pétala mais próxima de seus dedos.

Aquele seria o selo final

— Eu, Kaguya, declaro: Que o Caos receba o que lhe deve ser dado!

Uma luz forte saiu da árvore de cerejeira.

Como uma explosão.

Atingindo todos violentamente com a onda de choque que se seguiu.

Tudo foi rápido demais.

Em um momento a mulher estava ali, em pé, sublime no meio de toda desordem.

No outro, ela desapareceu, levando consigo todo o fogo, todo vento e todos os terremotos.

Apenas restando uma paz terrivelmente desconfortável.

E uma criança com um destino imperdoável para suportar.

}|*|{


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso pessoal!
Espero que gostem ^^

E não se esqueçam de comentar o que estão achando!

Até o próximo!
Beijinhos estrelares

~Bellatrix ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pétalas do Caos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.