Finding our sky escrita por Malika


Capítulo 2
.Medos


Notas iniciais do capítulo

1 hora antes de dar sexta-feira!!! Tava ansiosa e já tava pronto então porque não né? kkkkk



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“VOCÊ NUNCA ACHARÁ O ARCO-ÍRIS, SE VOCÊ ESTIVER OLHANDO PARA BAIXO” – CHARLES CHAPLIN

Já se passavam das 23 horas da noite e a casa Black-Lupin estava toda reunida em volta da televisão (um instrumento trouxa que Sirius insistiu em ter). Na televisão mais um episódio de Tom e Jerry passava, um desenho meio bobo sobre um gato que tentava pegar um rato e sempre se dava mal. Sirius parecia hipnotizado. Gostando mais do que a própria visita ilustre que pediu por ele. A criança em questão estava encolhida entre os dois homens lutando contra o sono e claramente perdendo.

—Leva ela lá para cima Remus, ela não vai aguentar nem mais um minuto. – Sussurrou o auror que em um rápido intervalo do desenho viu o estado que a ruiva estava. Mas repensando seus atos depois do tapa que recebeu daquela mãozinha por causa da sua fala. Como que uma mão tão pequena era tão pesada assim?

—Consigo sim Tio Almofadinhas! Estou só descansando os olhos.

—Ah, é mesmo?

—Sim, eu ainda aguento muitas horas... – Ao mesmo tempo em que a menina completava sua fala ela caia cada vez mais no sono fazendo os dois adultos presentes abrirem sorrisos maiores pela fofura da cena.

—Tudo bem, eu levo o corpinho desmaiado. Pode continuar vendo o desenho, você estava bastante concentrado.

—E você não? O Tom quase conseguiu pegar o Jerry!

Remus só soltou outro sorriso frouxo, (ele já perdeu a conta de quantos tinha soltado naquela noite) pegando a Elizabeth dorminhoca no colo e a levando para o quarto de hospedes da casa onde já estava tudo preparado para ela dormir.

Ele só não esperava que quando estava prestes a solta-lá nos lençóis ela se agarrasse mais nele o prendendo com seus bracinhos magrelos em volta de seu pescoço.

—Dindo, por favor, não vai.

—Ei pequena, tudo bem o dindo está aqui o que aconteceu?

—Promete que não vai rir?

O professor levantou seu dedinho para simbolizar a promessa, uma mania deles quase um ritual sagrado, como resposta para a sua pergunta. Ela por sua vez, abriu um olho ainda sonolento e entrelaçou seu minúsculo dedinho no dele.

—Eu nunca dormir longe de casa antes... Eu não quero ter medo, por que os heróis nunca têm medo. Mas eu to’.

—E quem disse que os heróis não têm medo?

—Todo mundo dindo! Meu papai, o tio Almofadinha, a mamãe, você. Vocês nunca têm medo.

O lobisomem não estava conseguindo lidar com o acumulo de fofura que estava sendo à noite, pensamentos indesejados sobre como gostaria de ter aquilo constantemente, alguém para proteger, começaram a aparecer e ele logo os afastou. Aquilo não era para ele, não podia ser. Isso foi tirado dele quando foi mordido e não restava mais nada além de aceitar.

—Eu posso te contar um segredo? – Chegou mais perto do ouvindo da menina falando baixinho e colocando a mão em volta da boca, como que para esconder o que fosse falar do universo. A pequena somente balançou a cabeça e aproximou o ouvido para mostrar a resposta positiva.

—Todos têm medos Liz, tinha que ver como seu pai estava no dia em que nasceu. As enfermeiras quase o arrancaram ele do quarto. Branco que parecia um fantasma. E sua mãe então? Ela consegue ser bem corajosa, mas é só aparecer um rato perto dela que grita mais alto que todo mundo. E eu? Provavelmente eu sou o homem mais medroso do mundo! Eu morro de medo sempre!

—Mas como? Você não parece estar com medo agora.

—Eu estou, tenho medo de desapontar quem eu amo. Medo de não conseguir protegê-los ou não ser forte o suficiente. Tenho medo de mim e do que posso fazer. Tenho medo de machucar mais ainda as pessoas ao meu redor.

—E como você supera medo dindo? – A de olhos verdes como os da mãe perguntou se encolhendo mais aos lençóis.

—Bom. Alguns medos são mais difíceis de superar que outros. Você tem que encará-los diretamente, eu só consigo fazer isso por sei que vocês estarão comigo, que não estou sozinho. Isso me torna mais forte.

—Então eu não preciso ter medo né? Por que vocês vão estar aqui comigo?

—Sempre pequena. – Uma voz atrás dele chama sua atenção quebrando o silêncio do quarto, típico de Sirius não suportar o silencio e perguntas em respostas. O Black se encontrava encostado na batente da porta com os braços cruzados, sendo somente um observador da conversa que considerava intima demais para poder interferir. E não o fez até ver que pequena Liz já estava dormindo e não conseguiu ouvir a resposta sussurrada, mas não é como se precisasse, de certa forma ela sempre soube e sempre saberá. Será uma grifinória incrível. Remus só deu um beijo na bochecha gordinha e uma boa noite antes de se virar e sair do quarto com o outro moreno no encalço, a caminho do quarto do casal.

—Desde quanto estava lá Sirius?

—Não há muito tempo. Só o suficiente para relembrar pela centésima vez o quão maravilhoso é o homem com quem eu casei, e o quão maravilhoso ele será como pai.

Remus suspirou com a volta do tópico que tanto perturbava a vida cotidiana dos dois ultimamente. Sirius estava a quase 5 meses falando sobre filhos.

—Sirius, por favo. Hoje não foi um dia fácil, eu só quero descansar. Não podemos deixar isso para depois?

—Se não for hoje Remus, então quando? Você sabe que quer isso tanto quanto eu.

Sim ele sabia, todo santo dia ele relembrava que nunca terá essa felicidade, que ele não era digno. Então não precisava de que seu próprio marido o lembra-se o quão insuficiente ele era. Era tantas emoções juntas, a maioria ruim, que ele fez algo impensado para ele. Descontrolou-se.

—Sirius eu já entendi! Entendi que se arrependeu de casar com alguém tão errado quanto eu! Eu te avisei, tentei te avisar tantas vezes que casar comigo, seria um erro, mas...

—Nunca mais. Nunca mais diga que foi um erro eu fazer a melhor coisa na vida. Eu nunca me arrependi de ter casado com você, mas parece que aconteceu o contrário. Você não aceita que pode ser feliz, que podemos ser pais! E ótimos pais por sinal!

—Não podemos! Não crie esperanças e não me faça me iludir. Eu sou um monstro Sirius. Não quero amaldiçoar uma pobre criança a mim, não seria justo com ele.

Sirius realmente achava que depois de todos aqueles anos, Remus teria entendido o quão perfeito ele é, que não era uma “maldição” como tinha dito. Que ele não tinha culpa. Que se transformar 1 semana ao mês não era o suficiente para tirar seu mérito da pessoa incrível que era nas outras 3. Mas ele não percebia, parecia que nada do que construíram até ali valeram de alguma coisa.

—Você é um medroso Remus! Você tem medo de ser feliz! Você sabe que qualquer criança que o conhecer vai o adorar! Pelo amor de deus, você é professor!

—Não até descobrirem o que eu sou Sirius. Então eu teria que olhar seu olhar de medo, teria que ver ela ou ele se afastando cada vez mais de mim e eu nem posso culpá-lo por isso. E mesmo que por um milagre fique conosco, o preconceito que terá que enfrentar sem ter feito nada... Eu não aguentaria.

Para Sirius, ver a cena de seu grande amor se mergulhar em lágrimas e não poder fazer nada para ajudar era doloroso. Ele só merecia as melhores coisas do mundo, mas a única que coisa que conseguiria fazer agora era o confortar, tentar transmitir o quanto ele é amado. Então o abraçou. O abraçou como se o mundo dependesse disso. Por que o seu mundo dependia.

—Ei, tudo bem, está tudo bem. Podemos esquecer isso por enquanto tudo bem? Podemos pensar sobre isso depois...

—Obrigado Sirius.

—Que tal um pouco do melhor remédio do mundo?

—Chocolate?

—Com uma grande xícara de café.

—Você é o melhor marido do mundo.

—Eu sei.

Remus aceitou o selinho delicado que Sirius o deu e voltou para os lençóis. Nunca em todo o seu tempo juntos tiveram uma briga tão feia entre eles, sempre foram mais de indiretas e gelos do que gritos entre eles. Ele sabia que aquilo não era um ponto final sobre o assunto filhos, mas tudo estava bem por quanto. Faria ele perceber o quão louca era aquela ideia para os dois.

—Remus! Remus! – Sirius o grito pela casa, desesperado. Remus se levantou e nem calçou as pantufas perto da cama. Sirius raramente se desesperava daquele modo, então sabia que era algo mais sério que uma barata. Acabaram se encontrando no corredor com o auror ofegante o comunicando.

—Remus, a Elizabeth sumiu.


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Notas finais do capítulo

✎... Sim, os capítulos vão ser curtinhos assim mesmo por motivos de: eu ser uma péssima escritora. Inclusive essa é a história mais longa que já escrevi pra você ver o nível kkkkkkkkk mas de pouquinho a pouquinho eu espero melhorar, sem pressa por que faço isso mais por mim e pra me divertir mesmo.

E agora o bordão brega que não pode faltar:

Se gostou, comenta o que gostou!

Se não gostou, comenta o que posso melhorar!

Não tem nada pra comentar? Agora tem! Qual seu maior medo? Me: Acho que o cliché, perder minha família.

Obrigada por ler, espero encontrar você novamente!

Malika



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