Aurora | Nárnia escrita por CandyStorm


Capítulo 2
Os Pevensie


Notas iniciais do capítulo

Oioi
aqui entram dois personagens que os atores que interpretam são: Floy Callen é o Cole Sprouse e o Cass Chadburn é o Chance Perdomo (faz a série da Netflix da Sabrina)

É isso, gente. Comente!



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Senti a brisa gelada contra minha pele e o vento balançar meus fios de cabelos escuros. A floresta ainda com neve tinha pequenos rastros de verde, mostrando que o inverno estava indo embora. Por Aslam, como eu estava com saudade daqui, de quando tudo ainda era tão mágico quanto agora. Comecei meu caminho para sair da floresta, teria que ir atrás do exército de Aslam onde estão acampados para a grande batalha.

Eu sabia que já tinham se passado 100 anos aqui em Nárnia, mas para mim eram apenas seis meses que fiquei fora, era esquisito como o tempo no outro mundo passava tão lentamente quanto aqui.

Depois de alguns minutos caminhando e a floresta já não estar mais branca da neve e o sol me esquentar eu comecei a ouvir vozes se aproximando, me escondi atrás de uma grande pedra e vi três pessoas caminhando junto com um casal de castores na frente. Duas meninas de pele clara e cabelos castanhos, uma delas era pequena de cabelos curtinhos e a outra parecia ter minha idade, carregando um arco e flechas nas costas. O outro um garoto, era alto e loiro com uma espada na cintura e um escudo nas costas.

ㅡ Vocês tem certeza que é o caminho certo? – o loiro perguntou aos castores.

ㅡ Sou velho, mas não caduco. O acampamento é por esse caminho. – disse o castor.

Eu não sabia quem eles eram, mas sentia esperança exalando deles, uma esperança para Nárnia. Decidi que deveria mostrar minha presença para eles. Sai de trás da pedra parando na frente de seu caminho. Meu capuz vermelho tampava meu rosto e os vi paparem de andar.

ㅡ Parem! – disse o castor, fazendo todos olharem para mim, o loiro pegou a espada nas mãos receoso. – Quem é você?

ㅡ Me perdoe aparecer assim, me chamo Emma Sallow, uma Aurora. - tirei meu capuz para mostrar meu rosto.

ㅡ Uma Aurora? Como é possível? Não existem a mais de cem anos! - a Sra. Castor diz confusa.

ㅡ Você é... A profecia! Oh, por essa eu não esperava. – disse o castor se exaltando.

ㅡ Essa capa vermelha... Por Aslam é você mesmo! – disse a Sra. Castor batendo palmas, eu apenas sorri gentilmente. 

ㅡ Olá? – a pequena menina falou me olhando. Na verdade, os três me olhavam sem entender nada e o loiro guardou a espada.

ㅡ Quem são vocês? – perguntei com curiosidade.

ㅡ Sou Susana Pevensie. – disse a menina com o arco.

ㅡ Lúcia. – disse a menor.

ㅡ Pedro. – disse o loiro, vendo minha reação mudar. Eram eles, só podiam ser, mas não conseguia acreditar que eram realmente eles ali.

ㅡ São eles? – olhei para os castores que confirmaram sorridentes. – Bem-vindos a Nárnia. – me curvei rapidamente sorrindo.

ㅡ Obrigada. – disse a pequena Lúcia.

ㅡ Espera, está faltando um filho de Adão. Onde ele está? – perguntei encarando seus olhares tristes.

ㅡ Edmundo está com a Feiticeira Branca. – disse Pedro vendo que ninguém se pronunciou.

ㅡ Entendo, farei o possível para ajudar. – eu estava com raiva, mas nada podia ser feito, o objetivo agora era encontrar o acampamento. – Aslam me chamou de volta, então temos que chegar logo no acampamento.

ㅡ Então vamos! – disse o Sr. Castor.

Alguns minutos caminhando e Lúcia se aproximou de mim andando ao meu lado, me olhou e sorriu meigamente e eu sorri de volta.

ㅡ Você é muito bonita. – disse ela sorrindo. Eu senti minhas bochechas corarem.

ㅡ Obrigada, você também é muito linda.

ㅡ O que seria uma Aurora? – perguntou Lúcia, então senti os olhos de Pedro e Susana em mim esperando a resposta.

ㅡ São crianças especiais que nasceram com o dom da Aurora, guerreiros prontos para lutar e proteger, com uma força maior. Infelizmente eu sou a única viva. – olhei para baixo um pouco triste.

ㅡ Por quê? O que aconteceu com os outros?

ㅡ Houve uma batalha, nós ganhamos mas muitos morreram e os feridos aos poucos adoeceram.

ㅡ Sinto muito, Emma. - disse Lúcia.

ㅡ É eu também sinto, Lúcia.

ㅡ Você é de onde? – Pedro perguntou.

ㅡ Sou do pais de Arquelândia, aqui de Nárnia. Mas, Aslam me mandou para o outro mundo, em Londres, para a minha proteção.

ㅡ Também somos de Londres. - ele diz.

ㅡ Lá está, estamos chegando.

O castor avisou apontando ao longe, onde pudemos ver cabanas vermelhas montadas com bandeiras de Aslam balançando no alto em um gramado verde perto das montanhas. Quando começamos a adentrar no acampamento avisaram de nossa presença tocando uma trombeta no alto do morro, começaram a nos olhar, alguns estranharam nossa presença, outros olhavam surpresos já nos reconhecendo. Aos poucos foram parando de fazer suas atividades e prestavam a atenção em nós até pararmos no final do acampamento onde tinha um grande centauro nos olhando. Pedro empunhou sua espada e disse:

ㅡ Nós viemos para ver Aslam. – O centauro olhou para a última tenda e todos atrás de nós se ajoelharam. Meu grande amigo Aslam sai de lá e olhou para nós que nos curvamos diante dele.

ㅡ Seja bem-vindo, Pedro, Filho de Adão. Bem-vindas, Susana e Lúcia, Filhas de Eva. Bem-vinda Emma, a Aurora. E bem-vindos, Sr. e Sra. Castor. Recebam meu agradecimento. Mas onde está o quarto humano?

ㅡ É por isso que viemos senhor. Precisamos de ajuda. – Pedro disse, ele e suas irmãs se levantaram e ele guardou a espada.

ㅡ Tivemos um problema no caminho. - Suzana

ㅡ Nosso irmão foi capturado pela Feiticeira Branca. – Pedro falou, e eu ainda curvada fechei os olhos, eu tinha uma certa ideia do que Edmundo estava passando agora.

ㅡ Capturado? Como isso aconteceu? – Aslam

ㅡ Ele os traiu, Majestade. – o castor disse, um pouco receoso depois de um grande silêncio.

ㅡ Então ele traiu todos nós! – disse o centauro, e todos ao nosso redor criticavam Edmundo. O que me deixou mais triste.

ㅡ Calma, Oreius. Sei que existe uma explicação para isso. – Aslam disse.

ㅡ É minha culpa. – Pedro disse. – fui duro demais com ele.

ㅡ Todos nós fomos. – Susana.

ㅡ Senhor, ele é nosso irmão. – Lúcia com sua voz meiga falou ao meu lado.

ㅡ Eu sei, minha cara. Mas isso só torna a traição ainda pior. – Aslam estava certo, mas eu ainda podia imaginar como tudo ocorreu. Sei bem como a Feiticeira atrai suas vítimas e também o que faz com elas.

ㅡ Aslam, peço um grupo para liderar para resgatar Edmundo quando possível. E se você ainda estiver com minha espada, gostaria de ter de volta. – me levantei, mostrando minha voz em alto e bom som. Eu estava determinada.

ㅡ Sua espada assim como o restante de suas coisas estão numa tenda preparada para você, Susana e Lúcia. E sobre o grupo, eu creio que não tenha se esquecido de seus amigos. – Aslam sorriu olhando para trás de mim.

Segui seu olhar me deparando com dois pares de olhos me encarando e sorrisos discretos nos lábios.

ㅡ Obrigada, Aslam. – fiz uma breve reverência antes de correr para abraçar meus amigos.

ㅡ Espero que não tenha se esquecido da gente. – Cass disse abrindo os braços pra mim.

ㅡ De você eu não sei, mas nunca que ela iria esquecer um rosto tão bonito como o meu. – Floy disse passando a mão no rosto, logo eu abracei ele também.

ㅡ Vocês são insuportáveis, por isso não esqueci de ninguém.

ㅡ A gente que suporta suas ordens e nós que somos os insuportáveis? Essa não cola Emma! - Cass cruzou os braços.

Todos já tinham voltado a suas atividades no acampamento fazendo armas e treinando. Susana, Lúcia e Pedro nos olhavam um pouco tímidos.

ㅡ Susana, Lúcia e Pedro quero apresentar meus amigos. Esses são Floy e Cass. – apontei para os meninos um de cada, que fizeram uma reverência rápida.

ㅡ Muito prazer – disseram Susana e Pedro.

ㅡ É uma honra conhecê-los. - Cass diz.

ㅡ Meninos, podem mostrar uma tenda para o Pedro descansar e trocar de roupa, vou levar as meninas. Nos encontramos depois?

ㅡ As ordens, Capitã Emma. – Cass bateu continência e os dois riram, até Pedro e as meninas sorriram.

ㅡ Vamos meninas. – sorri e caminhei na frente sendo seguida por Susana e Lúcia.

Encontrei nossa tenda graças a uma bondosa raposa que nos mostrou o caminho, logo percebemos que ficava perto da cabana de Pedro. Quando entrei na nossa cabana procurei por minhas coisas que encontrei dentro de um baú. Minha espada perfeita para manusear com agilidade, duas facas pequenas que eu coloco presas nas pernas e até meu escudo. Quando eu estava analisando meus pertences Suzana e Lúcia me olhavam surpresas.

ㅡ O que houve? Algo errado? – perguntei estranhando a reação delas.

ㅡ Não imaginei que você sabia usar espadas ou facas tão afiadas e perigosas. - Susana disse.

ㅡ Também sei arco e flechas e combate corporal. Posso te ensinar algumas coisas se quiser. – sorri gentilmente.

ㅡ Seria bom, obrigada. Mas será mesmo necessário? – Susana parecia receosa.

ㅡ A feiticeira Branca está preparada para um confronto a muito tempo, temos que estar também.

ㅡ Pode me ensinar a usar? – Lúcia mostrou seu punhal com um sorriso no rosto.

ㅡ Claro, mas antes o que acham de trocarem de roupa? – sorrimos.

ㅡ Ah, por favor! Não aguento mais usar isso. - Susana fala.

[...]

Depois de um tempo, eu e as meninas saímos da tenda com roupas diferentes. Lúcia estava com um vestido azul claro e seu cinto na cintura onde ficava sua faca e um frasco de poção. Susana estava com um vestido verde escuro de mangas compridas, seu arco e flechas nas costas junto com sua trompa branca presa na lateral da aljava.

Já eu, não usava mais nenhum vestido, preferi usar minha calça e botas marrons, uma blusa estilo cigana de manga curta branca e um espartilho marrom que moldava minha cintura, coloquei luvas de couro sem dedos que cobria meus pulsos, uma faca na bota esquerda, uma presa na coxa direita e minha espada no cinto. Meu cabelo estava solto com leves ondas caindo sobre os ombros.

ㅡ Emma, para onde vamos agora? – Susana perguntou.

ㅡ O que acha de conhecer o acampamento?

ㅡ Vamos!

Caminhamos muito e já conhecíamos todo o acampamento, ao longe eu pude ver Pedro conversando com Aslam no alto de uma colina, Pedro parecia um rei e tinha espírito de liderança, precisava apenas de algumas aulas e experiência. Depois levei as garotas para o campo onde tinha alguns alvos e mostrei para Susana algumas técnicas com o arco, Lúcia aprendeu um pouco a usar sua faca, lançando ou para dar algum golpe se necessário.

ㅡ Emma! – Floy se aproximava de nós em cima de seu cavalo branco com manchas marrom.

ㅡ Oi, onde estão os outros? – perguntei.

ㅡ Esperando por você, queremos montar uma estratégia de resgate quando descobrirmos a localização do filho de Adão.

ㅡ Ah, claro. Me desculpem meninas, eu tenho que ir. Mas qualquer coisa que precisarem é só me chamarem. Não vão muito longe.

ㅡ Tudo bem, Emma. Até depois.

Subi no cavalo junto com Floy e fomos ao encontro dos outros.

[...]

 


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