Saint Seiya Master: Sanctuary Battle! escrita por Drygo


Capítulo 7
O Restaurador de Jamiel!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera. Espero que tenham tido um bom natal. Hoje postarei mais um capítulo do remake da saga clássica do Santuário para vocês. Espero que gostem e por favor, deixem suas impressões comentando.


Boa leitura.



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Se passam algumas horas depois que Saori entregou as partes da armadura de Sagitário para Seiya e Shun. Saori convoca uma entrevista coletiva em sua fundação e diz a imprensa que todas as medidas estão sendo tomadas para a recuperação da armadura de Ouro.

— A polícia já está a par de tudo. Usaremos todos os recursos da fundação para recuperar a armadura. O mais importante agora é recuperá-la, depois pensamos na possibilidade de continuação do torneio.

A imprensa vai embora. Saori e Tatsumi vão para sala.

— O torneio irá continuar senhorita? – Pergunta Tatsumi.

Saori respira fundo e olha para cima, pensando em seu avô.

— Não sei mais Tatsumi. Já imaginava que alguém surgiria das sombras para interceder no torneio, e o Ikki provavelmente está sendo usado já que está todo tomado de ódio. Temos que recuperar a armadura, depois eu pensarei em que caminho tomar.

Seiya estava atrás da parede escutando. Ele acha estranho o comentário de Saori.

— O torneio talvez nem termine. Qual o intuito desse torneio então? De qualquer forma alguém terá o direito da posse da armadura de Ouro e ela terá que me ajudar a encontrar minha irmã!

Seiya volta para o seu quarto. Saori o vê subindo as escadas e fica pensativa.

 

5 PICOS DE ROZAN – CHINA

 

Se passam dois dias. Shiryu chega afoito junto com Shunrei para ver o Mestre Ancião.

— Meu mestre, a Shunrei me disse que o senhor não estava bem. O que houve?

— Ora Shiryu, você estava em um combate, não tinha que se preocupar comigo. Num duelo nada pode pertubá-lo. Sabia que Shunrei me vendo agitado daquela forma iria atrás de você para te contar. Mas isso foi apenas mais uma prova que lhe apliquei.

Shiryu respira aliviado.

— Que bom que o senhor está bem mestre.

— Você ainda é muito jovem, tem o coração muito puro. Com o tempo aprenderá a não agir com tanta emoção.

Shiryu olha para as urnas das armaduras e volta a colocá-la nas costas. Ele da um beijo na testa de Shunrei, que vai para dentro de casa.

— Você está pretendendo ir até Jamiel não é? – Pergunta o velho mestre.

— Sim. Preciso consertar as armaduras de Pégaso e Dragão.

O Mestre Ancião olha para as urnas e para Shiryu, respira fundo e fecha os olhos.

— É melhor desistir. Até um cavaleiro experiente teria dificuldade de chegar até lá. Um jovem igual você acabará no cemitério das armaduras, local onde armaduras inutilizadas, a maioria por conta de não terem mais constelações representadas por serem extintas na nova concepção estelar, e outras que sofreram danos irreparáveis permanecem e lá ocorrem coisas sinistras e sobrenaturais.

Shiryu fica assustado, mas ele sabe que não tem opção.

— Eu não tenho escolha mestre. Preciso ir até lá, os cavaleiros negros já estão agindo. A verdadeira batalha já começou!

— Muito bem. Então quando encontrar esse cemitério siga sempre em frente, nunca mude de posição. Se você conseguir atravessar irá encontrar quem procura. O nome dele é Mu.

Shiryu concorda com o mestre e parte. O Mestre Ancião fica o olhando.

— É melhor você não se preocupar com mais coisas Shiryu, mas de fato o grande mal está se manifestando. Esperei tanto tempo e enfim ele parece ter saído totalmente das sombras após descobrir o paradeiro da armadura de Sagitário. Os cavaleiros negros não são a única ameaça, muito longe disso...

 

JAMIEL – FRONTEIRA ENTRE A CHINA E A ÍNDIA

 

Se passam mais dois dias e enfim Shiryu chega a Jamiel. Lá é uma região montanhosa do Himalaia que atinge cerca de seis mil metros de altura. Os próprios tibetanos não se aventuravam nesse lugar onde o ar é rarefeito. Shiryu sente suas pernas pesadas e percebe uma grande névoa. Shiryu percebe vários pedaços de armaduras destroçadas e se da conta que está no cemitério das armaduras. Várias almas penadas, que pareciam brotar das armaduras, aparecem e perturbam Shiryu. O cavaleiro de Dragão ataca as almas sempre seguindo em frente, mas as almas seguem o perturbando pedindo para ele ir com elas. Shiryu não vê outra alternativa a não ser lançar sua Cólera do Dragão para conseguir atravessar o local. Shiryu percebe que está diante de uma ponte estreita onde abaixo existem vários rochedos pontiagudos. Ele entende as palavras do Mestre Ancião dele sempre ter que seguir reto, caso contrário teria caído no precipício. Shiryu enfim avista um palácio à frente.

— Então é aí que deve morar o restaurador de armaduras!

Várias pedras começam a flutuar no local. Elas se lançam em Shiryu e ele é soterrado. Um garotinho ruivo com cerca de 8 anos de olhos verdes, com dois sinais na testa como possuiam os antigos muvianos aparece sorrindo dizendo que provavelmente a pessoa que chegou até ali contou apenas com a sorte e não com a força. Em segundos todas as pedras são destruídas e Shiryu surge, para a surpresa do menino.

— Quem é você? – Pergunta o menino.

— Você tem o dom da telecinese não é? Depois do que passei no caminho achei que seria mais bem recebido.

O garoto tenta lançar uma enorme pedra contra Shiryu, mas o cavaleiro a parte com um dedo. Shiryu diz que veio do Japão e precisa consertar duas armaduras.

O garoto faz cara de deboche. Por telecinese ele vai ao topo do palácio e diz que ele só consertará se Shiryu subir até o local, porém o palácio não tem nenhum tipo de entrada. Shiryu não se abala e eleva seu cosmo surpreendendo o garoto. Com um golpe, Shiryu desloca o palácio e arranca o primeiro andar. O garoto se segura para não cair.

— Quer que eu destrua mais um? – Pergunta Shiryu.

— Não, não, espera aí.

O garoto acaba caindo no chão na frente de Shiryu. Shiryu o mostra as duas armaduras que ele quer que sejam consertadas.

— Você está enganado, eu não sou o Mu. – Diz o garoto.

— Não? Então onde ele está?

Um rapaz também com sinais na testa de muviano surge no local. Ele tem aparência serena, cabelos longos loiros amarrados e olhos verdes escuros. Ele também usou de telecinese para surgir diante de Shiryu e do garoto.

— O que está havendo aqui? Kiki, essa é mais uma de suas brincadeiras?

— Mestre Mu! – Exclama o garoto.

Shiryu fica mais próximo do homem que ele procurava.

— Então você é o Mu?

— Sim. Em que posso ajudar?

Shiryu abre as duas urnas com as armaduras.

— Como deve imaginar estou aqui para consertar armaduras. São essas duas, a de Dragão e a da Pégaso.

Mu analisa as armaduras e vira de costas.

— Sinto muito, nada posso fazer, elas estão mortas. Nem eu posso ressuscitar essas armaduras.

— O que? – Shiryu se assusta. – As armaduras estão mortas?

Mu com um dedo reconstrói o andar que Shiryu tinha tirado do lugar. O cavaleiro de Dragão se surpreende com a força mental e façanha de Mu. Shiryu questiona Mu o que ele quis dizer com relação às armaduras estarem mortas.

— Cada armadura é dotada de vida própria. Elas foram criadas por alquimistas do antigo continente Mu, ou seja, meus antepassados. As armaduras têm um grande poder de auto-regeneração, que vai até certo ponto, precisando em algum momento ser restaurada. Para consertá-las precisa ter o dom além das ferramentas necessárias. As armaduras são compostas por gamânio, oricalco e poeira estelar. Porém uma armadura morta não se pode regenerar apenas com essas ferramentas.

— Mas temos uma batalha pela frente. Os cavaleiros negros estão surgindo no Japão. Não podemos lutar sem armadura! O meu mestre, o Mestre Ancião dos 5 Picos, tinha me dito que você era o único capaz de restaurar essas armaduras.

Mu segue de costas a Shiryu.

— Só há um meio de restaurar armaduras mortas. – Mu se vira de frente a Shiryu. – Mas para isso é provável que eu precise de sua vida! Não há outro jeito, a decisão é sua.

Shiryu fecha os olhos e respira fundo.

— Estou disposto a qualquer coisa. Sem armaduras eu e Seiya seremos derrotados. Se eu der minha vida as armaduras serão restauradas e Seiya poderá lutar para vencer os adversários. Eu já perdi a vida uma vez e foi o Seiya que me devolveu ela. Eu aceito Mu.

— Muito bem cavaleiro. Então o seu sangue irá restaurar as armaduras. Venha comigo.

Shiryu coloca as armaduras novamente nas urnas e segue Mu.

 

FUNDAÇÃO GRAAD

 

 

Seiya acorda gritando. Shun vai ver o que aconteceu no quarto de Seiya e Seiya revela que sonhou novamente que Shiryu morria. Shun diz para ele não se preocupar que logo Shiryu estará de volta e que já passou quatro dias e ele não pode mais esperar e irá para a Ilha da Rainha da Morte.

— Eu encontrei o Hyoga ontem à noite. Ele me disse que irá hoje à tarde e eu resolvi ir com ele.

— Mas Shun... Eu quero ir também, mas não posso ir sem armadura.

Shun vira de costas e deixa o quarto.

— Eu sei Seiya. Talvez seja melhor você esperar o Shiryu regressar.

Seiya deixa seu quarto e fica andando em círculos na sala. Ele é interrompido de seus pensamentos.

— Seiya.

— Geki? — Seiya se surpreende ao ver o cavaleiro de Ursa Maior na sua frente.

Geki está com a urna de sua armadura nas costas e olha para a rua.

— Hoje eu, Jabu, Nachi, Ban e Ichi iremos retornar a nossos locais de treinamento.

— Como é? – Seiya não entende.

Geki fecha os olhos e se encaminha para a porta. Seiya faz o mesmo.

— Depois das fases preliminares podemos perceber que estamos muito atrás do que você, Shun, Hyoga e Shiryu, que mesmo perdendo já mostrou um controle de cosmo e força admiráveis. Do Ikki nem se fala. Se nos juntássemos a vocês só atrapalharíamos. Além de apenas a armadura de Lobo não ter sido destruída. Jabu é o mais envergonhado entre nós. Seiya iremos partir, mas tenho certeza que vocês recuperarão a armadura de Ouro. Em breve nos veremos novamente, quando de fato estivermos prontos para sermos cavaleiros.

Seiya se aproxima de Geki e lhe dá um abraço. Seiya sorri para o amigo de infância.

— Tenho certeza que vocês evoluirão muito ainda.

— Talvez Seiya, mas na realidade não acho que estamos abaixo da força de um cavaleiro de Bronze. Talvez vocês que estejam acima.— Responde Geki.

— Claro que não, temos todos o mesmo nível.

Geki balança a cabeça negativamente e vira de costas.

— Até um dia Seiya. Depois iremos em busca de restaurarmos nossas armaduras também. Por favor, sobreviva até o momento de juntos protegermos Athena e a justiça.

Seiya faz sinal positivo e Geki parte. Ele entra em um ônibus onde estão os demais cavaleiros que Geki citou. Jabu olha para Seiya e abaixa a cabeça com vergonha. Nachi, que está ao lado de Jabu, comenta.

— Não fique assim Jabu, todos temos que evoluir. Somos cavaleiros de Bronze de Athena. Tenho certeza que Seiya como Shiryu, Shun e Hyoga estão mais preparados nesse momento. Chegará o nosso também.

— Tem razão Nachi. Aprenderei a ser mais humilde. E no momento certo estaremos novamente juntos. — Jabu olha para a janela e olha para Seiya, que acena para ele. Jabu faz o mesmo. O ônibus parte.

A tarde cai e Shun se encontra com Hyoga na rua de frente a fundação. Seiya chega correndo no local.

— Pelo visto o Shiryu não vai aparecer. – Hyoga está com os braços cruzados.

— Deve ter acontecido alguma coisa. Então irei e lutarei sem armadura.

— Seiya isso é suicídio. Ainda mais naquele lugar. – Diz Shun.

Os três sentem uma presença. Seiya avista Shiryu e sorri. Ele sai correndo satisfeito, mas logo a imagem de Shiryu desaparece ficando apenas a urna com a armadura de Pégaso. Seiya abre a urna e a armadura de Pégaso está totalmente restaurada e brilhante.

— É uma nova armadura! Pelo visto, foi a alma de Shiryu quem a trouxe...

Seiya deixa uma lágrima cair. Ao sentir o cosmo de Seiya, a armadura o traja. Seiya percebe a urna se mexendo sozinha.

— Claro que alguém a trouxe. Não seria a alma de Shiryu! – Diz Seiya.

— Afaste-se Seiya. Eu vou descobrir quem está aí com a minha corrente.

Shun lança a corrente de Andrômeda contra a urna que é jogada para trás. Junto com ela Kiki é jogado no chão.

— Quem é você? – Pergunta Seiya.

— Você deveria me agradecer. Quem mandou sua armadura foi o Mu. O Shiryu não pode vir.

Seiya segura Kiki pelo pescoço pedindo para ele dizer o que aconteceu com Shiryu. Kiki diz não saber.

— Você está me machucando! Eu só ouvi o Mu dizer que para consertar a armadura precisaria da vida dele!

Seiya segue perguntando para o garoto se Shiryu está morto, mas Kiki grita dizendo não saber e que seu pescoço está doendo. Shun pede para Seiya soltar o garoto, que ele parece dizer a verdade e não sabe de nada.

— É verdade. Me desculpe, agradeço por vir de tão longe me trazer a armadura.

— Calma Seiya. Não há o menor indício que Shiryu esteja morto. – Diz Shun.

Seiya se agacha e fica diante de Kiki.

— Por favor, diga ao Shiryu se ele voltar que fomos até a Ilha da Rainha da Morte. Se ele tiver vivo tenho certeza que ele irá. Confio em você.

— Vocês são doidos? Vão para o inferno na Terra? – O menino estranha.

Hyoga se aproxima de Seiya, Kiki e Shun.

— Não podemos perder mais tempo. A Saori disponibilizou um avião da fundação, pelo menos isso. Agora vamos pegar esse avião e ir até aquele local logo!

Os três partem e Kiki fica pensativo.

Seiya, Hyoga e Shun encontram com o piloto e entram no avião. Eles vão em direção a Ilha da Oceania. Saori os vê partindo pela janela e mostra preocupação.

— Será que eu estou agindo certo? Mas preciso recuperar a armadura de Sagitário. Só posso contar com eles...

Horas depois o avião da Fundação GRAAD já está na Oceania. O piloto fica tenso.

— Sinto muito rapazes, mas ir além desse nevoeiro é impossível. O avião sofrerá panes e iremos cair.

— Muito bem então nos deixe nessas pequenas Ilhas próximas, cada um de nós irá por um lado e encontraremos a entrada da Ilha da Rainha da Morte. – Diz Hyoga.

Assim o piloto o faz. Seiya, Hyoga e Shun já conseguem avistar um vulcão derramando larvas em uma Ilha com uma atmosfera desagradável.

— Não há dúvidas, foi naquele inferno que meu irmão treinou! – Aponta Shun.

— Agora vamos nos separar. Os cavaleiros negros já devem estar a postos. – Diz Seiya.

Hyoga e Shun concordam. Quando Hyoga toma a frente para partir, Seiya o pede para esperar.

— Segure isso Hyoga. O braço esquerdo da armadura de Ouro. Tenho certeza que com ele será mais fácil atrair os cavaleiros negros.

Hyoga se surpreende com a confiança de Seiya. Ele sorri para o amigo.

— Eu os encontrarei Seiya, aliás, nós os encontraremos!

Os cavaleiros se separam. Eles saltam com muita agilidade entre as pequenas Ilhas. Seiya encontra uma entrada na Ilha da Rainha da Morte ao norte.

— Veja! Uma pequena porção de areia que envolve o mar e a Ilha. Que lugar macabro!

Seiya se aproxima e sente seus pés queimarem. Ele salta assustado.

— Essas águas estão fervendo. Aqui está muito quente, que calor insuportável!

— Estava esperando por você Pégaso!

Seiya se vira e recebe um soco. Ele se vê diante de um homem com uma armadura similar a sua, só que negra. Era Iwau.

— Essa armadura... Quem é vocè? – Se assusta Seiya.

— Hahaha meu nome é Iwau, sou o Pégaso Negro e queria conhecer o tal Seiya de Pégaso, agora poderei te matar! Você já está na Ilha da Rainha da Morte. Aqui é o mar tenebroso, que contém águas ferventes e agitadas com temperatuaras acima de 50 graus.

— Mar tenebroso... Me diga, você trouxe a parte da armadura de Ouro?

Seiya e Iwau se olham e se estudam.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo de Saint Seiya Master: Sanctuary Battle:

"O Início dos Combates na Infernal Ilha."



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