Meu Nerd Favorito escrita por PepitaPocket


Capítulo 6
Repreensão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/797489/chapter/6

O diretor era um homem alto, gordo, careca, de pele morena, olhos puxados e castanhos e lábios muito grossos, e nariz volumoso.

Omaeda Marechiyo estava tão feliz.

Enfim, tinha conseguido um sonhado intervalo para comer seus biscoitinhos.

Isso até um pelotão de quatro monitores, entrar com cinco garotas briguentas.

Um deles, estava segurando Karin, que se deixava carregar, apenas porque ela gostava de colo.

Já Yamanaka se debatia também segurada por uma mulher, que estava a apertando demais. E, Matsuri também se debatia, enquanto um monitor de mais idade fazia o seu melhor para segurá-la.

As outras duas randons, também faziam o mesmo, apenas porque Matsuri estava fazendo.

Sakura por sua vez, vinha caminhando de braços cruzados, sobre o olhar de seu pai, aborrecida por não poder nem entrar na confusão direito.

Omaeda apressou-se em esconder seus salgadinhos fedorentos, mas na pressa esses voaram por toda parte, espalhando-se pela mesa e pelo chão.

— Posso saber o que significa isso? – Ele perguntou apertando os olhos, enquanto lançava um olhar feio, para as garotas.

— Briga! – Os monitores disseram em uníssono.

— Liga para os pais, e manda para casa. – Omaeda falou querendo abreviar as coisas, mas acabou se calando quando alguém acertou dolosamente sua cabeça.

E, uma mulher muito pequena, com um rosto ilegível apareceu detrás dele, sabe-se lá como.

— Feng-san, desse jeito vou mandar você para casa também. – Ele choramingou levando a mão na sua cabeça dolorida.

— E, desse jeito quem vai para casa é você, só que demitido do cargo de diretor. – Ela disse direcionando seus olhos cinzentos para Omaeda que não costuma ser o mais intimidante dos diretores.

Diferente da orientadora escolar Shaolin Feng, essa sim costumava ser um problema.

Tanto que as meninas pararam de se debater, e fazer gritaria só porque ela estava na sala.

— E, vocês não se envergonham de ficarem brigando no corredor, por causa de um par de calças? – As seis arregalaram os olhos chocadas, pelas informações terem chegadas na direção, já totalmente distorcidas.

— Não é isso... – Matsuri apressou-se em corrigir, aquilo que seria embaraçoso para sua reputação escolar – Se fosse pelo Sabaku-kun tudo bem, mas pelo Aburame? ECA!

— Então, são dois garotos? – Shaolin perguntou erguendo a sobrancelha, enquanto as encarava com certa incredulidade.

Quando ela frequentava a escola, era para estudar e não para ficar namorando... Quem sabe por isso ela tenha chegado aos trinta solteira?

— Feng-san, o diretor sou eu... – Omaeda dissera olhando para sua intrometida orientadora escolar.

— Então, tome uma atitude. – Ela disse vendo Omaeda estufar o peito e orgulhosamente abrir a boca para falar.

— Mas, não ouse manda-las para casa, sem um devido corretivo. – Ela disse dando outro tapa na cabeça do diretor, que ficou com uma nuvem na cabeça, por aquela nanica do mal não o respeitar.

Todos na sala ficaram com uma gota de constrangimento na cabeça, ao verem as interações das “autoridades escolares”.

...

— De qualquer forma, mocinhas educadas não saem brigando corredor a fora. Se tem que resolver alguma coisa, que resolvam conversando, civilizadamente. – Omaeda dissera enrolando a língua ao falar a última palavra, o que colocou um ar de riso nas garotas, com exceção de Sakura que tinha que continuar ali, comportada, porque seu pai se convidou para o sermão.

Ele iria tomar nota de tudo que não foi dito, e iria reiterar em seu discurso inflamado mais tarde, e ainda tinha sua mãe... Um calafrio percorreu o corpo da jovem Senju.

— Muito menos por causa de Sabaku, Aburame, ou quem for... – Omaeda disse limpando os farelos, e jogando-os bem sobre a cabeça de Shaolin, no momento que ela se abaixou para pegar sua caneta que tinha caído.

Quando percebeu o que tinha feito, o diretor ficou mais preocupado, com a ira da mulher que o fuzilou com um olhar, do que com o sermão daquelas pirralhas.

— Eu gosto do Sasuke-kun, e só por ele eu brigaria. – Uma das garotas amigas de Matsuri falou, enquanto ajeitava seus cabelos loiros e cacheados.

— Já eu prefiro o Hyuuga-san. – Harumi que era morena e tinha olhos verdes escuros, falou lançando um olhar para Sakura que a fuzilou com o olhar. – E, acho que ele até prefere garotas que não fiquem seguindo as estupidas regras de sua mãe.

Ela disse dando um sorriso maldoso para Sakura, que teve que contar até mil em um curto espaço de tempo, para não puxar os cabelos daquela chata, que nem ela fazia quando estavam no jardim de infância.

— Deixa de ser invejosa, Harumi. Neji-kun, prometeu esperar a Sakura-chan, porque gosta dela... Diferente daquele preguiçoso do Shikamaru, que só fica com você porque já levou uns quantos tocos da Temari-san.

Karin dissera ajeitando os óculos, e tomando a palavra para defender sua amiga que não podia fazer aquilo a altura, por causa do pai dela ali, quieto e imóvel. O que o deixava ainda mais assustador.

Claro, que ela cobraria o “favorzinho” mais tarde.

— Falou a grande BV (boca virgem) da escola, sua quatro olhos... Não atrai nem moscas. – Layla provocou e quase não levou na cara, porque Karin ainda estava sendo segurada pelo monitor.

— Já basta, não quero saber dos dilemas amorosos de vocês, guardem isso para seus diários, pirralhas. – Omaeda disse infeliz.

— É inadmissível, que as alunas dessa escola fiquem brigando, ainda mais por garotos... Se querem brigar, arranjem um motivo melhor. – Omaeda falou e acabou sendo fuzilado por todos os adultos na sala, com exceção de Orochimaru que estava ali, apenas antecipando-se a advertência que sua pirralha da testa grande iria levar. Afinal, não era de bom tom diretores escolares, incentivarem brigas pelo motivo que fosse.

— Mas, quem começou foi Yamanaka Ino, que me bateu. É ela quem tem de levar a advertência e não nós. – Matsuri disse fazendo uma expressão chorosa.

— Bati, porque você fica fazendo troça usando o nome dos outros. – Ino apontou para ela com indignação, surpreendendo até Sakura e Karin com aquelas palavras.

— Se finge de santa, não. Loira oxigenada! – Layla se manifestou, com um sorriso maldoso.

— Sou loira natural, diferente de você, sua baranga. – Ino disse levando suas mãos a seus cabelos agora soltos, porém desgrenhados.

— Nunca se olhou no espelho não, mocreia? – Layla retorquiu com faíscas nos olhos.

— Já! E é a coisa mais linda do mundo, aquilo que vejo. – Ino disse dando um sorriso zombeteiro.

— Então, está precisando usar óculos, que nem aquele rabanete que ninguém quer... – Karin estava quieta, mas tinha de ter seu nome envolvido. Que coisa, não era sua culpa se nenhum dos garotos da escola a interessavam, o único que ela queria, não a queria.

— Eu sou um rabanete seletivo, diferente de vocês. – Karin tentou se defender, mas seu argumento não foi dos melhores, e ela acabou ainda mais envergonhada do que estaria se tivesse ficado quieta.

Omaeda, por sua vez só queria comer seus biscoitinhos, mas agora teria de se esconder de Shaolin.

E a culpa foi dela, por não ter o deixado simplificar as coisas, mandando aquelas seis arruaceiras para casa, de uma vez.

— Não me interessa quem começou ou não. Estão as seis suspensas, por uma semana. Mandarei os professores providenciarem, o triplo de deveres. E, Yamanaka, sua justificativa para sua ausência será revogada, e seus pais terão de prestar esclarecimentos.

Ino que até então mantinha uma pose, de “não estou nem ai”. Tremeu na base. Pois, ela teria de dizer adeus seu precioso notebook pessoal, até entrar na faculdade.

Inoichi ela levaria no bico, mas não Mikki, sua mãe.

— GRRRRRR! Juro que vou entrar no clube de arco e flecha, só para te acertar, cretina. – Ela disse apontando para Matsuri, não a alcançando com suas mãozinhas, porque o monitor a segurou.

— Kukuku. Guarde sua energia, para seus pais, Yamanaka. Você vai precisar. – Orochimaru disse para a melhor amiga de sua filha, que o olhou emburrada.

Ele tinha dúvidas se Ino era uma boa influência para sua testinha.

...

Shino pela primeira vez na vida, não compareceu as outras aulas.

Ficou um tempo escondido na enfermaria. Depois de tomar um analgésico, que ele descobriu que precisava, pois sua cabeça parecia que ia explodir.

Até que cansado de bancar o covarde, ele saiu pelo corredor, sabendo que os alunos não paravam de olhá-lo.

Agora o boato já tinha crescido, para beijos calientes na sorveteria, e até uma briga com Kiba. Sendo que o Inuzuka sem cérebro, já considerava a Ino coisa do passado. Então, ele caminhou até a porta de secretária bem a tempo de ver Ino sair, ao lado de uma bonita mulher de cabelos castanhos e olhos rubros. Ela parecia zangada, e Ino estava emburrada e de braços cruzados.

E, vendo isso ele se sentiu mal, porque querendo ou não, a garota entrou naquela confusão para defender sua honra, mesmo sem ele ter pedido nada.

Agora era sua vez, ele só não sabia o que fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Nerd Favorito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.