Minha Vida Começa Contigo escrita por Senhora Bracho


Capítulo 11
Belo Casal




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Todos ficaram boquiabertos , já Paulina em um ato involuntário se aproxima de Leda, a puxa pelos braços e lhe dá uma bofetada na cara. Carlos Daniel a olha sem saber o que fazer, ele e todos ali ficaram surpresos com a atitude de Paulina, mais não tiravam a razão dela afinal era marido dela

    — Essa é das minhas!. - diz Helena para si mesma enquanto observava a cena com um leve sorriso de deboche.

      — Sua estúpida!. - grita Leda furiosa enquanto tenta ir pra cima de Paulina, mais é contida por Carlos Daniel.

      — Isso é para que você se coloque em seu lugar e pare de beijar o marido dos outros! . - dispara Paulina com os dentes serrados e em seguida se retira, indo para seu quarto.

   Carlos Daniel permanece estático, parecia atordoado, não teve tempo de dizer ou fazer nada, tudo aconteceu muito rápido.

     — E você ? O que está esperando para ir atrás de sua esposa? . - questiona Helena olhando séria para o filho, que acena positivamente para a mãe e corre em direção as escadas.

  — Que garota sem escrúpulos! Como Carlos Daniel foi capaz de se casar com alguém assim? - intervém Lúcia, mãe de Leda, enquanto ia pra perto da filha.

   — Ela está apenas cuidando do que é dela. - diz Helena brava pela forma que Lúcia havia se referido a Paulina.

   — Ela não é dona do Carlos Daniel. - rebate Lúcia desafiando Helena.

   — Mais é marido dela, e é seu dever como esposa não deixar que qualquer uma dê em cima dele. - diz Helena começando a se alterar, mais se conteve.

   — Minha filha não é uma qualquer, é uma moça recatada e de família. - diz Lúcia descontrolada.

   — Ah claro que é, todos nós vimos isso. - zomba Helena saindo e deixando Lúcia falando sozinha.

  — Machucou minha filha? . - pergunta Lúcia passando a mão no rosto de Leda, onde Paulina tinha batido.

   — Sim, mamãe. - diz Leda mimada.

   — Bem feito, quem sabe assim ela aprende a não ficar beijando o meu irmão. - diz Stefanie rindo e olhando para sua mãe que também riu do comentário da filha.

   Stefanie era a caçula dos irmãos Bracho,tinha 14 anos mais quem a conhecia diria que tinha mais, ela era muito comunicativa e não tinha papas na língua, era muito paparicada pelos irmãos que tinham muito ciúmes dela, o que não era pra menos, pois a jovem era muito bonita, tinha longos cabelos loiros, olhos castanhos, e era muito simpática.

...

                              Quarto 

   Paulina andava de um lado para o outro inquieta, não bastava ter sido obrigada a se casar ela ainda teria que se submeter a humilhações da qual ela não estava nem um pouco afim de aceitar. Carlos Daniel entra no quarto e para em sua frente sem saber ao certo o que diria.

   —Paulina ...

  — Escuta aqui Carlos Daniel, eu não me casei para ser corna! . - dispara Paulina  com raiva enquanto o olhava furiosa.

   — Me desculpe meu amor, foi ela quem me beijou você viu... - explica Carlos Daniel  tentando se aproximar.

   Paulina dá um passo para trás e respira fundo tentando se acalmar, sabia que não iria adiantar nada tentar resolver as coisas de cabeça quente. Ela o mira por alguns segundos enquanto pensava, ele realmente não tinha culpa, Leda quem se atirou pra cima dele.

   — Eu espero que isso não se repita, ou da próxima vez um tapa será pouco perto do que eu pretendo fazer com ela... - ameaça Paulina agora um pouco mais calma.

   Carlos Daniel acabara de constatar mais uma descoberta de sua esposa, ela virava uma fera quando se irritava, ele queria questioná-la, tinha certeza que ela havia feito aquilo por ciúmes, ele queria acreditar que ela estava começando a gostar dele, o que não era mentira, pois Paulina estava mais solta e já até conseguiam dialogar como um casal comum, coisa que não faziam antes, mais por hora não tocaria no assunto, temia que ela além de brava fosse agressiva, aliás ele não a conhecia direito, e esse lado dela ele não estava nem um pouco disposto a conhecer.

   — Não irá se repetir, eu prometo mantê-la o mais longe possível. - assegura Carlos Daniel tentando ganhar a confiança da esposa.

  — Ótimo. - diz Paulina querendo encerrar o assunto desagradável.

   — Está mais calma? O que acha de voltarmos para sala? . - pergunta Carlos Daniel  com cautela.

   — Eu vou ficar aqui, não quero ter que ver a cara daquela vadia novamente, minha noite já ficou ruim e definitivamente não precisa piorar. - esbraveja Paulina com os braços cruzados.

   — Você não vai jantar? Sabe que não pode ficar sem comer, depois você passa mal e eu fico me sentindo culpado. - pergunta Carlos daniel preocupado com o bem estar dela.

   — Não, perdi a fome. - responde Paulina indo em direção a sacada para respirar um ar puro.

  — Então ficarei aqui com você. - informa Carlos Daniel  a seguindo.

   — Você não tinha dito que estava com fome? Pode descer para jantar e não se preocupe comigo. - diz Paulina  sem dar muita importância enquanto observava o enorme jardim.

   — Não te deixarei sozinha, irei pedir a Lalinha que traga nosso jantar aqui. - diz carlos daniel  indo em direção a porta em busca de Lalinha.


                      Sala de Jantar 

   Todos já estavam sentados a mesa e esperavam que o jantar fosse servido, só faltavam Paulina e Carlos Daniel.

   — Lalinha, avise Carlos Daniel e Paulina que o jantar já será servido para que eles desçam. - pede Helena para a empregada.

   — O Sr. Carlos Daniel disse que ele e a esposa não irão descer e me pediu para levar o jantar deles lá no quarto. - explica Lalinha.

   — Tudo bem Lalinha, pode se retirar. - pede Helena com a gentileza de sempre.

   — Satisfeita, irmãzinha? . - pergunta Osvaldo a Leda.

   — Era pra eu estar? Que eu saiba eu não fiz nada. - diz Leda se fazendo de desentendida.

  — E você acha pouco beijar meu irmão? Você deveria criar vergonha nessa sua cara cínica. - dispara Stefanie com raiva de Leda 

  — Stefanie, por favor filha. - repreende Luís enquanto olhava para filha sério.

   — O que foi papai? Eu falei alguma mentira? . - pergunta Stefanie olhando para o pai.

   — Stefanie querida, você ainda é só uma criança e não entende nada, então o mínimo que você deve fazer é se calar. - diz Lúcia enquanto olhava para a menina com desdém.

   — Aí é que você se engana, minha filha não é mais uma criança, ela já está bem grandinha e sabe perfeitamente interpretar as coisas, e qualquer um aqui vê que sua filha está errada, então não tente defendê-la pois será inútil . - diz Helena séria.

   Lúcia e Leda lançam um olhar mortal para Helena mais não falam nada,pois não tinham argumentos.

   — Mamãe, posso jantar com meu irmão? . - pede Stefanie já não suportando mais ficar ali.

   — Pode meu amor. -responde Helena 
...

           Quarto  Carlos Daniel e Paulina 

  Paulina e Carlos Daniel estavam sentados na cama esperando pela comida, não estavam se falando, Paulina não queria conversar com ele, ele não teve culpa mais a cena de Leda em cima dele não saia de sua cabeça e a dava asco só de lembrar, ela estava encostada na cabeceira da cama enquanto ele estava sentado mais na beira, estavam distantes e o clima dali era tenso.

              * Alguém bate na porta *

       — Quem é? . - pergunta Carlos Daniel.

   — Sou eu. - diz Stefanie abrindo a porta e entrando no quarto. 

      — Eu vim jantar com vocês, lá em baixo está um saco. - diz stefani revirando os olhos.

   — Que bom minha Princesa, venha sente-se conosco. - convida Carlos Daniel com carinho, ele era louco pela irmã, fazia tudo o que ela queria pois além de ser a caçula, era sua única irmã mulher.

   — Eu não queria continuar lá e ter que ficar olhando pra cara da tia Lúcia e da Leda, elas são insuportáveis, sem contar que toda a vez é a mesma palhaçada. - diz Stefanie se referindo as insinuações de Leda para o irmão.

   — Eu te entendo Stefanie, tivemos pouquíssimo tempo de convivência e já não gostei nenhum pouco daquela oferecida. - diz Paulina se ajeitando na cama e olhando para a garota.

   — Oferecida mesmo! Mais ela só age assim por que meu irmão deixa. - diz Stefanie se sentando em frente a Paulina.

   — Ah, ele permite? Mais isso ocorre sempre? . - pergunta Paulina interessada, ignorando a presença de Carlos Daniel.

    — Sim, meu irmão não faz nada, por isso ela se aproveita, mamãe odeia isso e vive o repreendendo mais de nada adianta. - diz Stefanie entretida no assunto com a cunhada.

   — Posso saber o por quê das madames estarem conversando sobre mim como se eu não estivesse aqui? . - pergunta Carlos Daniel fingindo uma falsa indignação.

   — Fica quieto!. - gritam as duas em uníssono.

 — Não falo mais nada. - diz Carlos Daniel levantando as mãos enquanto ria. 
...

           Horas depois - Quarto Helena e Luís


  Helena estava se preparando para dormir enquanto conversava com o marido, ela estava retirando suas jóias, e ele estava sentado em uma poltrona enquanto mirava a mulher atentamente.

   — Olhe meu amor, me desculpe, mais a sua sobrinha é muito atrevida. - diz Helena de saco cheio enquanto retirava seus brincos e olhava para o marido através do espelho.

   — Sim amor eu sei, mais infelizmente eu não posso fazer nada. - lamenta Luis compreendendo a esposa.

   — Todo esse tempo que ela gastou correndo atrás do meu filho, ela poderia ter usado para procurar alguém que realmente a quisesse, ela tem que entender que o Carlos Daniel agora é casado e já não é mais para o bico dela, aliás nunca foi. - diz Helena agora retirando sua pulseira.

   — Você tem certeza que ela e Carlos Daniel nunca tiveram nada? Não me entra na cabeça que ela seja fissurada nele , ele no mínimo deu corda a ela, por isso ela não dá paz. - questiona Luís enquanto brincava com seus anéis, mania que sempre teve.

   — Não,eles nunca tiveram nada, Carlos Daniel me garantiu, e eu acredito no meu filho. - diz Helena séria, agora retirando seu vestido.

   — É, se bem que ela é assim dês de pequena, e não podemos negar que tudo isso foi culpa de Lúcia que sempre influenciou Leda a se atirar assim para ele. - concluiu Luis sem disfarçar os olhares para o corpo da esposa.

   — E seu irmão é um inútil que não presta nem pra colocar limites na mulher dele. - diz Helena se virando para ele.

   — Também não precisa falar assim do meu irmão né? . - diz Luís em defesa do irmão.

   — Mais é verdade querido, ele sempre foi muito desligado e nunca percebeu a cobra com que ele se casou. - diz Helena voltando sua atenção ao espelho enquanto abria a gaveta em busca de um lenço umidecido para retirar sua maquiagem.

   — Você não gosta mesmo dela não é?. - pergunta Luís já sabendo a resposta. 

   — Se eu não gosto? Eu a odeio! Ela não passa de uma interesseira que quer a todo custo que meu filho se case com a arrogante da filhinha dela, logo o meu menino que além de lindo não depende de nós para nada, pois já conquistou sua fortuna pessoal. - diz Helena se gabando do filho enquanto limpava sua pele.

   — Claro que ele é lindo, ele teve a sorte de herdar toda a beleza do pai dele. - brinca Luís.

   — Você sabe que ela só se casou com seu irmão por que não teve escolha né? Quem ela realmente queria era você, talvez seja por isso que ela vive atirando a Leda para o Carlos Daniel. - diz Helena tirando sua próprias conclusões.

   — Eu só queria saber de onde você tira essas idéias. - diz Luis se fazendo de desentendido.

   — Você quer mesmo saber? Talvez seja pela forma que ela se arreganha sempre que te vê, como te elogia, e isso não é de hoje. - diz Helena morrendo de ciúmes.

    — Bom, sendo assim, ela está perdendo o tempo dela, eu sou casado e amo minha esposa. - diz Luis  se levantando e a abraçando por trás.

   — Para Luís! Estou tentando ter uma conversa séria. - diz Helena  tentando se esquivar dos beijos dele.

    — O que vamos fazer também é sério. - afirma ele com um tom carregado de malícia.

...

         Sexta - feira - Fazenda Bracho 

   Carlos Daniel e Paulina chegam a fazenda dos Bracho e são recebidos por Maria, uma senhora muito simpática que sempre cuidou de Carlos Daniel e seus irmãos dês de que eram pequenos, mais devido a idade avançada não trabalhava mais na mansão, e em um gesto de agradecimento Helena e Luís cederam um quarto na fazenda para que ela pudesse morar e supervisionar enquanto os donos não estivessem, e Maria de cara aceitou.


   — Bom dia! . - diz Maria gentil como sempre.

   — Bom dia! . - respondem Paulina e Carlos Daniel juntos.

   Carlos Daniel vai até a senhora e a abraça, sentia um enorme carinho, Maria era como sua segunda mãe, a meses não a via e sentia muitas saudades.

   — Como está meu menino? . - pergunta maria  acariciando o rosto dele.

   — Estou bem, e a senhora? - pergunta Carlos Daniel dando um beijo na mão da dela.

     — Muito bem meu filho, e essa moça linda, quem é? . - pergunta maria  olhando para Paulina enquanto sorria.

   Carlos Daniel se aproxima de Paulina e passa os braços em sua cintura. _ Essa aqui é Paulina, minha esposa. - diz Carlos Daniel  todo orgulhoso.

   — Muito prazer senhora. - diz Paulina sorrindo enquanto lhe estendia a mão para cumprimenta-lá.

   — O prazer é todo meu filha. - diz Maria aceitando o gesto de Paulina.

   — Meu menino já se casou, eu não sabia. - diz a senhora surpresa enquanto olhava para Carlos Daniel.

   — Sim Maria, me casei a poucos dias, queria muito que estivesse lá comigo mais a senhora estava viajando e não queria incomodá-la.

   — Não iria me incomodar nunca menino, mais não tem problema, agora já passou e eu espero de coração que vocês sejam muito felizes pois formam um belo casal. - elogia Maria com sinceridade.

   Paulina fica sem graça mais agradece, enquanto Carlos Daniel permanecia a seu lado sorrindo.

   — Venham filhos, eu fiz um almoço delicioso que vocês iram adorar. - convida Maria enquanto se dirigia para dentro da casa.


   Os três entram e Maria vão para sala de jantar para servir o almoço, enquanto Paulina e Carlos Daniel ficam na sala.

   — Aqui é tudo tão lindo. - elogia Paulina enquanto olhava a sua volta.

   — Que bom que gostou, aqui também me agrada bastante, realmente investir nessa fazenda foi a melhor coisa que meus pais fizeram. - diz Carlos Daniel olhando para Paulina.

   — Você quer que eu apresente a casa enquanto Maria termina de por a mesa? . - ofereceu Carlos Daniel 

   — Sim, pode ser, aqui deve ser enorme e eu estou curiosa para conhecer tudo. - aceita Paulina  empolgada.

   — Então vamos. - convida ele indo para outro cômodo enquanto ela o seguia.

...


                  Fazenda Martins 

   Paulina vai até a fazenda de seus pais, queria mais do que nunca poder abraçar sua mãe, ela preferiu ir a tarde pois sabia que naquele horário seu pai não estaria em casa, só chegaria mais tarde ela não queria encontrar com ele, ainda estava muito chateada . Paula estava na sala distraída vendo TV, Paulina chega silenciosamente por trás e meche nos cabelos da mãe a assustando.

   — Aaaa. - grita Paula se levantando rapidamente.

   Paulina solta uma enorme gargalhada enquanto olhava para a mãe que estava surpresa por estar diante da filha, ela pensou que nem tão cedo a veria devido a mudança de Paulina para a capital.

   — Menina! Você quase me mata do coração. - reclama Paula com a mão no peito.

    — Não fala assim mãe, a senhora não vai morrer nunca. - diz Paulina correndo para os braços da mãe.

    — Continue me assustando assim para ver se eu não vou logo, logo. - diz Paula retribuindo o abraço da filha.

   Elas permaneceram ali, envoltas em um abraço que parecia não ter mais fim, ambas estavam com muitas saudades e estava sendo muito difícil para elas ficarem longe uma da outra.

   — Estava com tantas saudades de você minha princesa. - sussurra Paula para a filha e dando um cheiro nela.

   — Não mais do que eu mamãe, eu queria ter a senhora pra sempre assim, só pra mim. - diz Paulina manhosa enquanto deitava sua cabeça no ombro da mãe.

   — Eu sinto tanto a sua falta meu amor, todos os dias. - diz Paula se afastando para poder me mirar a filha. 

   — Venha, sente-se aqui. - diz Paula se sentando no sofá e fazendo um gesto para a filha se sentar também.

   Mãe e filha se sentam e Paulina logo deita sua cabeça no ombro da mãe, estava tão carente e o que mais queria agora era poder curtir a presença da pessoa mais importante da sua vida.

   — Você veio sozinha? - pergunta Paula enquanto fazia um leve carinho nos cabelos da filha.

   — Não, Carlos Daniel está lá fora, ficou entretido numa conversa com um dos peões. - explica Paulina  fechando os olhos aproveitando os carinhos da mãe.

   — E você meu bem, como está? E a lua de mel, ocorreu tudo bem?. - pergunta Paula pois presenciou o nervosismo da filha após o casamento.

   — Eu estou bem mãe, e quanto a lua de mel se é que podemos chamar assim, até que foi boa, na medida do possível. - diz Paulina  dando um longo suspiro.

   — Como assim filha? Me explique melhor, sabe que nunca houveram segredos entre nós duas. - pergunta Paula curiosa e preocupada ao mesmo tempo.

   Paulina levanta a cabeça do ombro da mãe fazendo com que Paula se ajeite no sofá e dê atenção a ela. — A verdade é que eu imaginei que seria tudo horrível, mais Carlos Daniel agiu completamente diferente do que eu pensava. Sabe mãe, bem na verdade não teve lua de mel. - explica Paulina deixando a mãe ainda mais confusa.


  — Não teve? . - pergunta Paula tentando entender.

  — Na verdade teve, só não houve noite de núpcias, ele não quis. - diz Paulina olhando para o nada.

  — Como não quis? E você, o que fez?. - pergunta Paula querendo saber mais.

  — Bom, chegamos ao hotel e eu estava bem nervosa, a senhora mesma viu quando eu saí daqui, mais logo que chegamos ele me tratou com mesmo cavalheirismo de sempre, e eu como a desconfiada que sou logo pensei que ele agia daquela forma por que queria sexo, aliás o que mais ele poderia querer de mim? Eu pensei esse tempo todo que ele queria se aproveitar, que só se interessava no desejo carnal, mais não, ele se negou. Eu estava diante dele completamente nua, e ele me garantiu que esperaria até que eu estivesse certa de meus sentimentos por ele, ele sequer me tocou e me respeitou o tempo todo, o que me deixou tão aliviada. Já a lua de mel em si foi normal, andamos bastante, conhecemos vários lugares, etc... - explica Paulina com calma, enquanto se lembrava de tudo o que passou com o marido, enquanto sua mãe ouvia tudo atentamente.

   — Nossa Filha , eu não sei nem o que te dizer, porém eu não esperava menos do Carlos Daniel ele sempre aparentou ser um homem de boa índole.- diz Paula 

   — E ele é mesmo, no começo eu tinha certeza que jamais daria uma chance a ele, mais ele me conquista mais a cada dia, sempre muito paciente, ele realmente vêm cumprindo com o que disse quanto a me esperar. - diz Paulina com um brilho nos olhos.

   — Ele sempre te amou querida, só você que não queria ver, ele sempre se preocupou e te colocou em primeiro lugar na vida dele. - afirma Paula tentando convencer a filha.

  — Pois é, quanto a isso eu não tenho o que reclamar, mais ainda assim eu não consigo confiar nele. - diz Paulina insegura.

   — Eu sei que não está sendo nada fácil para você passar por tudo o que passou e continuar firme e forte, mais peço para que você tente deixar suas diferenças para trás e siga em frente meu amor, Deus colocou um homem maravilhoso na sua vida, você só precisa dar uma chance á ele. - propõe Paula enquanto pegava mas mãos da filha.

   — Eu não sei se consigo, toda vez que eu olho pra ele me vem a mente que ele me comprou e isso é desumano. - lamenta Paulina com a voz trêmula.

   — Meu amor, esqueça isso, as coisas não foram como seu pai te fez acreditar, Carlos Daniel só fez nos ajudar e nada mais. - explica Paula passando a mão pela face de Paulina.

   — Então me diz o que realmente aconteceu. - suplica ela olhando para a mãe.

     — Ele...

     — Boa tarde minha sogra . - cumprimenta Carlos Daniel chegando de surpresa, interrompendo Paula bruscamente.

   — Boa tarde Carlos Daniel, como está?. - pergunta Paula simpática.

   — Sente-se conosco. - convida ela.

  — Muito bem, e a senhora? . - pergunta ele se posicionando ao lado de Paulina.

   — Tudo ótimo, graças a Deus. - diz ela sorrindo para eles.

  — Quem bom. Eu estava lá fora conhecendo melhor a fazenda de vocês e não posso deixar de comentar o quão linda ela é. - elogia Carlos Daniel.

   — Só não é mais do que a sua. - diz Paula.

   — Ambas são lindas, e lembre-se de que a fazenda não é minha e sim de meus pais. - complementa Carlos Daniel.

   Eles ficaram horas ali conversando que Paulina não percebeu o tempo passar, Carlos Daniel era um homem muito desenvolto e adorava jogar conversa fora. Lá fora o sol já dava sinais de que iria se pôr e logo Renato retornaria de suas atividades, acabando com o clima agradável em que estavam.

   — Minha filha, que bom te ver. - diz Renato com um lindo sorriso ao entrar na sala e ver todos reunidos.

   Paulina estava sorrindo de costas para a porta, e assim que identifica a voz do pai fecha a cara e sua expressão agora é de raiva, o amava mais sentia muita mágoa dele e não seria nada fácil para ela perdoá-lo.

   — Vamos embora Carlos Daniel, já está tarde. - orndena Paulina se levantando rapidamente e olhando para o marido.

   — Mais já? ainda é cedo minha filha. - diz Paula também se levantando, percebendo o incômodo da filha.

  — Não vai falar comigo minha filha? - questiona Renato se aproximando dela um pouco sem graça, já Carlos Daniel permanecia sentado e tenso, não entendia a atitude da esposa, mais imaginava.

   — Sim mamãe eu já vou, passei aqui apenas para pegar algumas coisinhas e te ver, agora temos que ir. - diz Paulina ignorando a pergunta de seu pai.

   Carlos Daniel toma uma atitude e se levanta para cumprimentar o sogro que o trata com a mesma simpatia.

   — Amanhã passaremos  pra te buscar para que vá almoçar conosco lá na fazenda mamãe. - convoca Paulina pegando nas mãos da mãe.

   — Como quiser querida, tem certeza que já vai? . - pergunta Paula triste olhando nos olhos da filha com carinho.

   — Sim mamãe, amanhã nos vemos tudo bem? . - responde Paulina abraçando a mãe em despedida.

   — Está bem filha, até amanhã então e vão com Deus. - diz Paula se despedindo da filha e em seguida de Carlos Daniel, que após isso vão embora deixando Renato sem reação.

   — Você viu como ela me tratou? Isso não está certo. - reclama Renato indignado.

   — Sim eu vi, mais não achei estranho, ela te tratou do mesmo jeito que você fez com ela a vida inteira, e cá entre nós você passou longe de ser um bom pai. - diz Paula com amargura e saindo dali deixando ele sozinho.



...

      Horas depois - Fazenda Martins

   Paulina e Carlos Daniel estavam na sala de estar assistindo TV, a hora do jantar já se aproximava e Paulina permanecia sempre distante e pensativa, Carlos Daniel logo sacou que ela poderia estar relembrando no episódio de mais cedo em sua casa, por isso preferiu não puxar assunto.

   — O que acha de sairmos para jantar? . - pergunta Carlos Daniel  após algum tempo.

   — Onde? . - pergunta Paulina  saindo de seus pensamentos, queria mesmo sair um pouco para espairecer a cabeça.

   — Onde você preferir, hoje você é quem manda. - diz Carlos Daniel tentando animá-la.

   — Huum ok então, só me dê alguns minutos para me arrumar. - pede Paulina  se levantando.

   — Você está linda assim. - elogia ele.

  — Mais não para sair por aí, eu vou lá e não demoro. - diz Paulina indo em direção a porta.

   — Bom, então neste caso eu também irei, tenho que estar a altura da minha linda mulher. - brinca carlos Daniel  a seguindo.

...

   Carlos Daniel estava pronto, estava sentado na cama esperando Paulina que terminava de passar seu batom, ambos estavam muito elegantes, Paulina trajava um vestido azul escuro que se acentuava em seu corpo e um salto médio, já Carlos Daniel vestia um terno preto. Paulina termina seus últimos retoques e se vira pra ele que se levanta e para em sua frente a olhando com amor, se sentia um sortudo por tê-la a seu lado.

   — Está linda, como sempre. - elogia Carlos Daniel a olhando com orgulho.

  — Você também está. - diz Paulina tímida devolvendo o elogio enquanto ele a olha com ternura.

  — Formamos um belo casal, não acha? . - pergunta Carlos Daniel  se pondo ao lado dela para poderem ir.

   — Olha, tenho que concordar com você. - diz Paulina  sorrindo.

     — Vamos? . - convida ele a guiando.

  — Claro, vamos. - aceita Paulina  enquanto pegava no braço dele.

   — Adoro tê-la assim próxima a mim, para que todos vejam a linda mulher com quem me casei. - diz ele dando um leve beijo nos lábios dela.

....

                 Restaurante 

   Paulina e Carlos Daniel já estavam sentados em sua mesa.

   — Adorei este lugar, é muito sofisticado. - diz Carlos Daniel  detalhando o restaurante discretamente.

   — É mesmo, a comida também é maravilhosa. - diz Paulina enquanto bebia o vinho de entrada.

   — Já esteve aqui antes? . - pergunta Carlos Daniel  a olhando beber seu vinho enquanto sentia sua boca secar de vontade de beijá-la.

   — Sim, eu sempre frequentava aqui com meus pais. - explica ela desconcertada notando os olhares dele.

   — Perfeito, então já que está mais acostumada, deixarei que escolha o que iremos comer, confio em suas sugestões. - diz Carlos Daniel  sem parar de olhá-la

   — Vejamos então o que iremos pedir. - diz Paulina pegando o cardápio que estava sobre a mesa, ela olha de relance para a entrada do restaurante e trava com o que vê, era ele , a olhava fixo enquanto vinha em sua direção.

  — Miguel. - murmura Paulina  em estado de choque.

 

 

 

 


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