Havia um rico e vasto reino, situado no ponto mais ocidental de Centurion, o continente mais velho do mundo, onde os velhos ritos e tradições imperavam. Bruxas e o antigo povo fae, os elilon, ou, como se conhece comumente, o povo das fadas, viviam em paz entre os humanos. Seu nome, era Prímare, o primeiro reino dos humanos.

Tanto poder maravilhava e aterrorizava as pessoas comuns e tanto o fez que algumas delas almejaram conseguir esse poder, e tudo fariam para obtê-lo.

Estavam lançadas as sementes do surgimento dos Alquimistas e da sangrenta guerra que viria logo a seguir.

No inicio, a abordagem humana foi pacífica, os usuários de magia lhes permitiram, de bom grado, ter acesso a algusn, poucos, conhecimentos de cura e purificação, mas, com o tempo, a sede dos humanos por poder começou a tomar traços mais violentos. Fadas desapareciam na noite, arrastadas a laboratórios subterrâneos, bruxas eram encontradas mortas com a falta de algum órgão. Tal situação começou a criar uma tensão nas ruas. O rei humano da época, por tudo tentou proteger o Povo Mágico, mas só suas leis não tinham forças para conter a sanha de poder dos Caçadores (os futuros Alquimistas)...

...Então chegou a hora do Povo Mágico revidar.

Os fae deixaram a terra, resguardando-se em seus reinos oníricos, dos quais só desciam em situações muito raras. Mas as Bruxas, que restavam, iriam compor a linha de frente contra a opressão humana.

E assim, uma brutal guerra começou.

Não se sabe estimar quantas baixas tiveram ambos os lados, mas as perdas foram tamanhas e as guerras tão sem precedentes que uma linhagem real foi extinta e a que veio depois ficou perto disso...

...Trinta anos de uma guerra fria, com ocasionais episódios de conflito armado já haviam passado quando Rupert, o Pacificador, finalmente assumiu o trono. Ele não contava mais do que dezesseis anos.

Com mão de ferro, ele puniu os que ainda insistiam no conflito e passou a executar os Caçadores que abduziam Bruxas na calada da noite. Com medo de mais retaliações do governo, os Alquimistas recuaram...

...Rupert chamou as Bruxas de volta a sociedade e os Alquimistas para que um tratado de paz fosse negociado. Após intensas negociações que quase reacenderam o conflito, finalmente um acerto foi feito.

As Bruxas se comprometiam a colaborar, o máximo possível com as pesquisas dos Alquimistas, desde que os mesmos se comprometessem a respeitar o direito delas sobre o conhecimento de Magia e seus segredos. Qualquer Alquimista que quisesse se utilizar da magia, para estudo ou seu bel-prazer, teria que solicitar ao recém-fundado Conselho Real de Bruxaria, uma licença para tal.

Uma paz tensa se estabeleceu. Dezenove anos se passaram e sob o reinado de Rupert, Prímare começou a se recuperar, absorveu reinados e principados menores e se estabeleceu como o primeiro império de Centurion.

O rei tomou como esposa, uma jovem princesa de um dos principados sobre seu domínio e após o primeiro ano de casamento, um filho, um príncipe herdeiro veio. Isso serviu para unir o reino sob a esperança de um novo futuro...

...Mas mesmo esse futuro, não estava imune a forças mais obscuras que o queriam destruir, como filho de Rupert e outros habitantes do império, cedo ou tarde iriam descobrir.