Sakura, a Eterna e Infinita Rosada (Sasusaku) escrita por Linesahh


Capítulo 1
SasuSaku I One-Shot


Notas iniciais do capítulo

SAHH NA ÁREA!!

Boa noite, pessoal!
Essa é minha primeira fanfic Sasusaku, então estou bem nervosa! É um casal icônico, afinal ^-^

Espero que gostem e boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/797344/chapter/1

Sakura, a Eterna e Infinita Rosada

por Sahh

 

 

O céu azul-claro e com poucas nuvens, somado à brisa fresca e nada incômoda, denunciava uma belíssima tarde de primavera. As cores douradas e gradualmente desbotadas do Sol ao longe refletiam duas atraentes ônix negras que, em seu interior, transpassavam uma sensação de mistério e perigo extremo para quem tivesse o privilégio, ou não, de apreciá-las.

Em uma tarde tão bonita, seria um crime se preocupar com os pensamentos de um jovem rapaz que, provido somente de serena plenitude sobre a face, não dava sinais de que teria atitudes ou expressões aborrecidas tão cedo.

Bem, isso se o destino não fosse tão provocativo.

— Vejo que está fazendo uma moderada pausa aqui... — uma voz vigilante e sempre maçante tirou Sasuke Uchiha de sua contemplação calma e, de certa forma, reflexiva. — Isso é bom, devo dizer. Tenho certeza de que Orochimaru-sama espera que você descanse de vez em quando, pois, como um ninja médico, posso afirmar que é algo tão importante quanto treinar incessantemente sem períodos de pausa.

Sasuke, que, no momento, encontrava-se acomodado acima de uma grande pedra na borda do rio — este interligado à uma agitada cachoeira —, mal se deu ao trabalho de desviar o olhar ao antigo companheiro da época dos Exames Chuunin, Kabuto Yakushi.

Correção: falso companheiro.

Ao invés disso, o renegado ninja da Vila da Folha, convicto de que a paz do ambiente prazeroso não seria dissipada pela chegada inoportuna de Kabuto, baixou a cabeça que outrora contemplava os céus e fechou os olhos. Suspirou languidamente.

— Não planejo ficar aqui por muito tempo, não se preocupe — o olho direito espiou discretamente o homem; uma atitude rápida e reservada que Sasuke, inconscientemente, costumava tomar a maior parte do tempo

Kabuto abriu um meio sorriso.

— Entendo. Bem, o que faz bem a você, fará ao Orochimaru-sama, presumo — ele disse com um quê de indireta.

Com uma expressão calma e calculista após ajeitar os óculos, ele deixou, enfim, Sasuke voltar a desfrutar de sua solitária, mas muitíssimo mais agradável, companhia.

Como havia afirmado a si mesmo, não deixou que sua paz interior fosse diminuída com a interrupção abrupta de Kabuto. Ao invés disso, passou a contemplar a cachoeira mais a frente, que, com seu chiado alto e barulhento, fazia ressoar, em seus ouvidos, a mais realista música ambiente.

Foi nesse momento que uma brisa um pouco mais forte cortou sua observação às águas azuladas que batiam contra a base mórbida do rio; mais especificamente, uma pétala ágil. Ela passou frente aos seus olhos tão rapidamente que só deu para guardar na memória a cor rosada que ela belamente expunha. Por possuir olhos mais ágeis que a brisa que a carregava, conseguiu assistir quando ela pousou com formosura sob as águas calmas do rio.

Foi impossível não se admirar. O espetáculo contou com pequenas ondas dançantes que se moveram brevemente, círculos tímidos, semelhante a uma pessoa que se retira tão rapidamente quanto se apresenta — sobrando, enfim, os segundos marcantes que se ficam na memória de quem teve a honra de apreciá-la. Assistir àquilo não pôde deixar de lembrá-lo algo importante. Algo que esteve, contraditoriamente, presente em seus pensamentos naqueles últimos dois anos.

Girou a cabeça e avistou uma solitária árvore de cerejeira, a única da região. Mesmo longe, conseguiu visualizar os vários tons rosados presentes nas pétalas. Sua imaginação adquiriu asas ao especular uma maciez gentil que a textura das flores certamente possuía.

Não demorou para que, em um segundo, o rosto de Sakura Haruno tomasse forma em sua mente.

Por vezes, questionava o porquê de lembrar dela com certa frequência... mas não se condenava por isso. Não mesmo. Poderia sim ter cortado seus laços com a antiga companheira de time, porém, era impossível apagar os momentos que compartilhou ao lado daquela que revelou amá-lo com todo o coração.

— Me amar... — as palavras, interrogativas, mas distantes, saíram de sua boca, reflexivas. — Mas por quê?

Deixou-se rememorar, então, lembranças envolvendo sua partida de Konoha: seu lar, sua casa, sua realidade de anos antepassados. Foi capaz de sentir a brisa fria daquela noite penetrar sua pele; sentir o caminho familiar até os portões da aldeia; sentir a imensidão do futuro certo, mas irretornável, se abrir frente seus olhos tempestuosos e já decididos...

Lembrou-se do desespero dela. De Sakura, quando, impassível, mandou-a voltar para casa. Lembrou-se dos pedidos incessantes, que imploravam para que mudasse de ideia e ficasse, mas limitou-se a ignorar enquanto, em seu íntimo, confirmava o quanto ele e ela eram diferentes. Lembrou-se da coragem dela ao revelar o quanto o amava, o quanto sua partida a marcaria para sempre, mas só fez chamá-la de irritante para, em seguida, agradecer e desacordá-la.

Lembranças de uma noite individual de todas que já havia passado.

Não sabia dizer se fora o choque a lhe fazer responder de maneira tão... simples aquelas palavras. Aquela confissão. Mas, saber que era tão amado... não conseguia sequer lembrar do que exatamente havia pensado após ela expor tal verdade demasiada intensa e desesperada. Chamá-la de irritante, talvez, houvesse sido uma forma de mascarar sua reação para ela e para si mesmo.

Refletindo agora, o único detalhe que conseguiu lembrar com exatidão — como, também, reassistir às emoções que passaram por seu espírito naquele momento — foi quando a agradeceu.

Simplesmente, agradeceu.

Sakura… obrigado.

Aquelas foram as últimas palavras que ofertou a ela. E o motivo de tê-las dito foi que realmente estava agradecido.

Agradecido por ela se tratar de uma das peças mais importantes, dentre as poucas que tinha, que faziam parte de suas lembranças mais felizes. Agradecido pelos feixes de luz que surgiam nas horas mais sombrias de sua realidade atual, ainda que essa se tratasse de uma que ele próprio escolheu. Era estranho pensar que, ainda agora — e naquele momento —, era amado por uma garota com o mesmo nome das flores de cerejeiras que derramavam suas pétalas ao longe, enquanto dançavam junto da brisa da primavera. Assim como Sakura, elas renasceriam e revelariam, ao mundo, sua mais pura graciosidade e amor, em um ciclo eterno, infinito.

Um ciclo que, diferente das estações, que mudavam continuamente, permaneceria belo e intacto, intocável como a mais preciosa relíquia que atravessa séculos e séculos.

Duradoura e infindável, tal como somente, e unicamente, Sakura Haruno poderia ser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Ficou boa? Opiniões são sempre bem-vindas, principalmente porque vai me impulsionar a trazer mais coisas desse shipp!
A cena em que o Sasuke vai embora da vila e a Sakura pedindo para ele não ir me abala até hoje... Foi uma cena de um nível tão intenso e dramático ;-;

Se estiverem interessados, tenho mais ones do universo de Naruto/Boruto no perfil (Borusaras e InoHimas, mais especificamente).

Espero que tenham gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sakura, a Eterna e Infinita Rosada (Sasusaku)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.