Uma confissão tão aguardada escrita por cicihime


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Chegando com mais uma Ichihime!Espero que gostem
Boa leitura!



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A jovem Inoue olhava para a mesa da sua sala na qual havia dois convites para a estréia de um filme famoso nos cinemas, pensando o que faria com eles uma vez que não tinha com quem ir. Sua melhor amiga Tatsuki estava fora da cidade, numa competição de caratê. As outras moças com quem fizera amizade na faculdade tinham namorado e só ela que não. Enquanto pensava em tudo isso o telefone tocou, assustando-a.

“Oi Orihime! Tudo bem?”

“Tatsuki chan! Tudo e você? E a competição como está indo?”

“Fui para a semifinal! Estou super empolgada! Mas o que está fazendo?”

“Parabéns! Fico muito feliz! Bom estou aqui olhando aqueles dois ingressos de cinema que eu ganhei na promoção da rádio...”

“E aí? Já decidiu com quem vai?”

“Ainda não... Mas estou pensando em não ir...” falou tristonha a ruiva.

“Como não? Vai sozinha se não tiver com quem ir! Sabe que se eu não estivesse tão longe iria com você!”

“Eu sei, só que eu odeio ir sozinha ao cinema...”

“Por que não convida então o Ichigo?” a morena há tempos sabia da paixão da amiga.

“O Kurosaki kun? Imagina! Eu não tenho coragem!”

“Larga de ser trouxa, mulher! Arruma coragem e convida! Só isso! Até quando vai ficar esperando ele tomar uma atitude?”

“Mas...” parou um minuto para pensar “Acho que está certa, Tatsuki chan! Vou convidá-lo! Afinal qual o problema de dois amigos irem ao cinema né?” ao falar isso, seu coração se apertou, ao pensar que jamais passariam da linha da amizade.

“Isso mesmo, Orihime! Bom eu tenho que ir treinar um pouco agora. E boa sorte com o convite! E se aquele idiota não aceitar, eu mesma dou uns cascudos nele!”

“Tatsuki chan!” a outra riu do outro lado da linha. Após se despedirem, a ruiva resolveu ligar para o amigo. “Bom, é só um convite... Não tem nada demais...” pensava enquanto aguardava a ligação ser atendida. Quando ia desligar ouviu finalmente a voz rouca do shinigami substituto.

“Alô? Inoue? Algum problema?” foi a primeira coisa que o rapaz perguntou.

“Por que ele sempre acha que estou com algum problema?” pensou a moça antes de responder. “Oi Kurosaki kun! Não, está tudo bem e você?”

“Que bom. Tudo bem comigo também, mas o que quer?”

“Ahhh sabe o que é... É que eu ganhei um par de convites para a estréia daquele filme de que todos estão falando e eu queria saber se gostaria de ir comigo...” falou após tomar coragem.

“Por mim, tudo bem...”

“Sério?”

“É claro, pois sei que a Tatsuki está fora da cidade e não pode ir com você não é?” ao ouvir o amigo falar isso, engoliu em seco. O ruivo realmente era muito denso.

“Sim. Verdade. Bom é para sexta feira, às dezenove horas, no shopping no centro da cidade.”

“Ok, te espero lá.” Ichigo confirmou.

“Então... Até sexta... E boa noite, Kurosaki kun!”

“Para você também, Inoue.”

Orihime não sabia se ria ou chorava. Seu coração estava disparado e subitamente começou a ficar ansiosa. Teria que aguardar ainda mais quarenta oito horas, porém não podia fazer nada além de esperar o tempo passar. Resolveu se deitar, já que no dia seguinte precisava acordar cedo para ir trabalhar.

Os demais dias custaram a passar para a bela ruiva, mas finalmente a sexta chegou. Trabalhou como sempre e às cinco saiu. Despediu-se do seu patrão e foi correndo para o seu apartamento se arrumar. Lá chegando, tomou um banho caprichado, colocou a roupa que separara na noite anterior, fez a maquiagem e saiu em direção ao principal Shopping Center da cidade, onde tinha combinado com Ichigo de se encontrar. Chegou trinta minutos adiantada, no entanto era melhor cedo do que chegar atrasada.

O tempo foi passando e nada do rapaz chegar. Olhou para o relógio e viu que já havia passado do horário combinado. Começou a ficar preocupada achando que algo de grave pudesse ter acontecido, quando ouviu o celular apitar indicando a chegada de uma mensagem. Era do shinigami substituto se desculpando por não poder ir, pois vários hollows haviam aparecido perto da casa dele e ele tinha que dar um jeito neles e que não ia conseguir chegar a tempo do filme começar.

A jovem, assim que leu a mensagem, sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Resolveu ir embora, visto que perdera a vontade de assistir o filme. Pegou os ingressos de dentro de sua bolsa e jogou numa lixeira para não se lembrar desse dia.

Enquanto isso, perto da clínica Kurosaki, Renji, Rukia e Ichigo lutavam com uns “menos grande” que haviam aparecido do nada na região. Não eram fortes, porém como havia muitos deles, deu bastante trabalho para o trio. Uma hora depois, tinham limpado toda a área.

“Finalmente! Cansei! Vou para casa! E vocês? Vão voltar para a Soul Society?”

“Ainda não. Vamos à loja do Urahara primeiro.” Explicou a baixinha.

“Entendi. Preciso ir agora. Até qualquer outro dia!” o ruivo saiu voando deixando os dois amigos sozinhos.

“Renji, se não se importa, vou dar uma passadinha na Inoue, pode ser? Faz tempo que não falo com ela.” Falou meio corada.

“Sem problema... Imagino que está com saudades dela, não? Afinal ela é a sua melhor amiga...” o tatuado comentou com um sorriso irônico no rosto.

“Cala a boca, seu idiota! Vou lá então. Depois te encontro no Urahara.” Os dois se separaram cada um seguindo um caminho diferente.

Rukia não queria admitir, mas Renji tinha razão. Orihime, sem querer, foi conquistando o coração da baixinha aos poucos e acabara se tornando a humana mais próxima dela, tirando Ichigo, é claro. Acabaram ficando amigas e sempre que ia para Karakura, ia visitá-la. Pensando nisso, logo chegou ao prédio que a ruiva morava. Foi direto ao apartamento dela quando sentiu a pressão espiritual da amiga oscilar. Rapidamente entrou pela janela mesmo e a encontrou chorando, sozinha, sentada no chão da sala.

“Inoue! O que houve?” perguntou sacudindo a outra pelos ombros.

“Kuchiki san? O que está fazendo aqui?”

“Oras eu vim te visitá-la...” respondeu meio sem graça. “Mas deixando isso de lado, o que aconteceu?”

“Não é nada não!” a bela disse enxugando as lágrimas.

“Como nada? Vai me explicar direitinho, senão não saio daqui até me contar tudo!” Orihime, sem alternativa, começou a explicar tudo o que acontecera, deixando a baixinha furiosa no final do relato. “Aquele idiota! Como ele fez isso com você?”

“Não tem problema, Kuchiki san! Eu entendo que esse é o trabalho de um shinigami.”

“Sim, mas se aquele tonto tivesse falado que tinha um compromisso com você, eu e Renji poderíamos ter dado conta sozinhos!” falou indignada. “Eu vou falar com ele...”

“Não, por favor! Não fale! Eu não quero preocupá-lo ou deixá-lo com peso na consciência... Era só um filme...”

“Inoue...”

“Kuchiki san, me prometa que não vai falar nada para ele, ok?” pediu e Rukia acabou prometendo diante daquele olhar a quem nada podia se negar. Foi então embora e encontrou-se com Renji para poderem retornar juntos a Soul Society.

“O que houve, Rukia?” a pequena não aguentou e acabou contando tudo para o tatuado o que Orihime lhe contara.

“Eu não acredito que aquele cabeça de cenoura fez isso!”

“Pois é! E eu nem posso ir lá dar uns cascudos naquele idiota!”

“Pode deixar comigo!”

“O que?”

“Eu vou lá falar com ele. Afinal quem fez a promessa de não contar para ele, foi você, não eu...”

“Mas Renji...”

“Vai indo na frente que depois te encontro.” Saiu voando em direção da clínica Kurosaki. Chegando lá, entrou pela janela mesma, assustando o ruivo.

“O que está fazendo aqui? Por acaso não sabe entrar pela porta não? Aliás, não devia já ter ido embora?”

“Vim falar sobre uma certa jovem ruiva...” falou ignorando as perguntas do amigo.

“Do que está falando?”

“A Rukia me contou que você deu o maior bolo nela hoje?”

“Mas eu mandei uma mensagem para ela explicando... Mas como aquela baixinha sabe isso?”

“Acha realmente que isso é suficiente? A Rukia foi visitá-la e a encontrou chorando...”

Ichigo não soube o que dizer e do por que seu coração se apertar. Fazer Orihime chorar era o que ele menos queria fazer. “E o que eu faço então?” perguntou ao amigo tatuado.

“Por que não a convida para sair? Para tentar se redimir, pelo menos. Se bem que se fosse eu não sei se te perdoaria...”

“Inoue não é igual a você, seu idiota. Ela é gentil, tem coração puro... Que foi? Por que está me olhando com essa cara?” Renji sorria de forma maliciosa enquanto ouvia o ruivo elogiar a amiga.

Cara... Você é mesmo sem noção. Não percebeu que está completamente apaixonado por ela?”

“O que?” falou fazendo o tatuado coçar a cabeça.

“Bom, não tenho mais o que fazer aqui. Preciso ir embora. Acho que já sabe o que deve fazer.” Saiu pela janela sem falar mais nada deixando o outro boquiaberto.

“Eu apaixonado pela Inoue?” com isso na cabeça, adormeceu sem saber o que fazer...

No dia seguinte o rapaz acordou com uma enorme dor de cabeça, contudo ciente do que devia fazer. Olhou o relógio e viu que provavelmente Orihime já deveria estar acordada. Pegou o celular e enchendo-se de coragem, resolveu ligar para ela.

“Alô? Inoue? Bom dia... Sou eu...”

“Kurosaki kun?”

“Sim, estou ligando para me desculpar direito pelo que eu fiz ontem...” falou meio sem graça.

“Ahh imagina! Não tem problema... Eu entendo...”

“Eu sei que sim, mas queria te compensar por ontem...”

“Como assim?” a ruiva indagou curiosa.

“Bom... Tem alguma coisa para fazer depois do almoço?”

“Não... Por quê?”

“Gostaria de ir ao parque de diversões comigo?” o coração da moça disparou ao ouvir o convite do amigo. Ichigo então ouviu um estrondo do outro lado da linha “Inoue? Está tudo bem?”

“Sim, me desculpe. Não foi nada. Só uma panela que caiu aqui na cozinha...” explicou sem jeito.

“Entendi... Mas e aí? Aceita o convite?” perguntou mais uma vez, ansioso.

“Eu aceito...”

“Ok. Te encontro depois do almoço... Ou melhor... Que tal almoçarmos juntos?”

“Bom, acho que pode ser...”

“Ok... Podemos marcar ao meio dia. O que acha?”

“Para mim está ótimo!” a linda jovem não cabia dentro de si de tanta alegria. Após se despedirem, os dois jovens foram se arrumar para o encontro.

O shinigami substituto ainda estava meio confuso com tudo o que estava acontecendo. Sempre achou que o que sentia pela bela ruiva era apenas amizade, porém agora não tinha mais tanta certeza disso. Como ainda era meio cedo, resolveu tomar um banho com calma primeiro.

Enquanto isso, Orihime estava ali imóvel sentada no chão da cozinha. Beliscou-se para se certificar de que tudo não passara de um sonho. Quando sentiu a dor, voltou a si e levantou-se. Pegou as panelas que derrubara e colocou-as sobre a pia. Olhou o relógio na parede e percebeu que tinha “apenas” duas horas para se arrumar. Começou a correr de um lado para o outro e achou melhor tomar um banho primeiro. Já limpinha, se secou, passou hidratante, perfume e após revirar o guarda roupa, finalmente decidiu o que vestir. Fez uma maquiagem leve e faltando vinte para o meio dia, saiu em direção ao parque de diversões que, para sua sorte, não ficava muito longe de onde morava. Chegando lá, viu que Ichigo com as mãos nos bolsos da calça, lhe aguardando.

“Oi Kurosaki kun. Demorei muito?”

“Não, imagina. Eu que cheguei um pouquinho cedo...” o rosto de ambos os jovens estavam meio corados. “Bom, acho melhor entrarmos... O que quer comer?”

“Hum... Qualquer coisa... Não estou com tanta fome assim...” nisso a barriga da ruiva começou a roncar. “Bem... Talvez eu esteja com um pouco de fome...” sorriu sem graça.

“Eu também estou, mas acho melhor não comermos algo muito pesado, para não passarmos mal depois nos brinquedos... O que acha?”

“Melhor né? Pode ser...” Orihime assentiu. Os dois seguiram para uma lanchonete próxima e fizeram uma refeição mais leve.

E assim a tarde passou rapidamente. Foram em vários brinquedos e se divertiram muito. Já cansados, resolveram ir embora andando mesmo para aproveitar os últimos raios de Sol daquele dia tão bonito.

Enquanto caminhavam, lado ao lado, Ichigo começou a ficar inquieto. Nunca se sentira tão à vontade em companhia de uma pessoa que não fosse da sua família. Olhou para a bela jovem ao seu lado e viu o quanto ela se tornara uma mulher belíssima. Engoliu em seco ao lembrar-se das palavras de Renji e então percebeu que o amigo estava totalmente certo.

“Inoue...”

“Algum problema, Kurosaki kun?” a ruiva perguntou com as bochechas coradas.

“Bem... Divertiu-se?”

“Sim, muito! Ahh e quero te agradecer por essa tarde maravilhosa! Obrigada...”

“Imagina... Eu que tenho que lhe agradecer...”

“Por quê?”

“Por ser essa garota gentil, doce e que sempre esteve ao meu lado...”

“Kurosaki kun...”

“Deixe-me terminar. Sei que demorei anos para perceber isso, mas finalmente entendi... Entendi que estou completamente apaixonado por você...” falou se aproximando ainda mais. Viu então os olhos da ruiva se encher de lágrimas, deixando-o preocupado. “Inoue?”

“Eu... Eu... Nem sei o que falar... Só o que eu consigo dizer é que estou muito feliz...”

“Quer dizer que aceita meus sentimentos?”

“Mas é claro que sim, Kurosaki kun... Não sabe o quanto eu esperei por isso...” Orihime mal terminou de falar e sentiu os braços de Ichigo ao redor de sua cintura.

“Obrigado, Inoue... Por me amar... Por esperar por mim esses anos todos... E me desculpe por ser tão denso e não perceber o que estava tão claro diante de mim...”

“Imagina... Eu entendo... Afinal você vivia lutando contra inimigos muito poderosos...”

“Sim, mas agora eu quero aproveitar a minha juventude ao máximo... E se me permitir, ao seu lado...” a bela ruiva sorriu assentindo e olhou fixamente para o shinigami substituto. O rapaz percebendo que era o momento perfeito, se aproximou mais e capturou aqueles lábios carnudos que há tanto desejava provar.

E assim naquela linda tarde de verão, Ichigo e Orihime finalmente começaram a namorar. Um casal que estava predestinado a ficaram juntos e que nada e ninguém iriam separar.


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Notas finais do capítulo

Bom é isso! Se gostaram, não deixem de comentar!
E obrigada para quem leu!
Beijos.

Imagens da capa: Não me pertence/crédito ao artista:
By: @iwonn_arts



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