"Para onde nós vamos hoje?" Pergunta Sam no exato momento que a loira se aproxima dele e de Roberto.

"Para lugar nenhum, e mesmo que fossemos você só descobriria quando chegássemos lá."

"Qual é, Illy. Eu sei que você está tramando alguma coisa. Vai, diz pra onde você pretende nos levar."

"Só quero deixar claro que eu não me importo com isso porque você pode me levar pra qualquer lugar." Roberto entra na conversa terminando sua fala com uma piscadela para Illyana fazendo Sam revirar seus olhos por conta da cantada barata.

"Nós vamos para o sótão, idiota. Como sempre. Nossas opções são limitadas, lembra?"

Sam ignora o que a outra mutante finalmente tinha acabado de o contar e apenas segue ela até o local em que costumam passar suas madrugadas. O sótão. Aquele era o último lugar no qual pessoas da idade deles iam para se encontrar, mas como Illyana havia dito, suas opções eram limitadas, e não era como se fosse a pior parte daquele "hospital".

Não tinha câmeras ou microfones os impedindo de serem eles mesmos e eles não estavam sozinhos porque tinham um ao outro. Então para Sam e Illyana valia a pena correr o risco de serem pegos só para poderem escutar as mentiras e os flertes que Roberto os contava. E valia a pena para Roberto por todos os beijos surpresas ou não surpresas que ganhava dos dois. Os três se aconchegaram no sofá envolvendo seus braços ao redor um dos outros. Naqueles momentos, e só naqueles momentos, eles esqueciam completamente do fato de estarem trancafiados em um hospital que se parecia cada vez mais com uma prisão, e mesmo sabendo que aqueles momentos eram raros e duravam pouco tempo eles ainda insistiam em continuar tendo os seus momentos. Porque Illyana, Roberto e Sam tinham um ao outro, apesar de todas as coisas que diziam que eles estavam sozinhos, e enquanto tivessem um ao outro tinham tudo que precisavam.