London - extended escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 3
Capítulo 3: Transformação




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Melodie PDV

Que dor! Eu não conseguia nem pensar, tamanha agonia. Era atordoante, incapacitante. Jamais me senti assim tão desamparada, tão perdida. Nem por não poder ver, eu sabia que podia contar com minha família que sempre iria me ajudar no que eu precisasse. Mas agora era diferente, eu não estava apenas no escuro: estava sozinha no escuro e queimando. Por quanto tempo isso vai durar? Eu vou sobreviver ou morrer? Eu prefiro que essa dor pare.

Papai me disse que me daria remédio para não sentir dor eu acredito que ele me deu, mas não teve o efeito esperado. Agora eu entendo a preocupação de mamãe, ela não queria que eu tivesse que sofrer, se tivesse outra forma eu tenho certeza que ela teria preferido. Mas não existe, só tem esse jeito. É a última chance, a última esperança desesperada. O último recurso. Eles tentaram todos os meios antes de apelar para isso.

Oh Deus que dor! Meus olhos ardem parece que estão em brasa. Papai me avisou que isso poderia acontecer e ele estava certo. Onde eu estou? A última lembrança que tenho é do meu quarto. Provavelmente devo estar na minha cama.

...O tempo passa e consigo pensar melhor e ouvir ao meu redor.

O que é isso? Quem está aqui ao meu lado? Pelo perfume que é inconfundível é Esme. Mamãe! Ela esta comigo, eu vou aguentar por ela. Ela merece e papai também. Os dois me amam tanto! Como se eu fosse filha deles. E sou filha deles. Agora serei ainda mais.

Algum tempo se passou quando escuto a porta do quarto abrir e alguém entrar. Seus passos são cadenciados como uma música lenta:

— Oi querido! – diz mamãe.

— Olá meu amor – Carlisle responde.

Como a voz dele está diferente! Não muito do que era antes, não chega a ser irreconhecível, mas está mais clara, mais limpa. A voz dele mudou ou meus ouvidos agora podem escutar melhor? Penso nisso por poucos segundos e concluo que a causa é que agora eu posso ouvir melhor do que antes, nada mudou na voz dele quem mudou fui eu.

Ouço os dois trocarem um beijo. Sempre gostei disso. Me lembra quando eu via meus pais humanos fazerem isso. Mas com Esme e Carlisle tem uma ternura que até mesmo sem enxergar eu posso sentir.

— Vai demorar muito ainda meu amor? – indaga mamãe.

— Não mais que um dia ou menos do que isso. Veja como ela está pálida querida!

— É verdade, ela está ainda mais linda do que sempre foi – beija minha testa.

— Você sempre cuidou muito bem dela querida, com muito esmero. Você é uma excelente mãe.

— Obrigada querido.

— Por nada meu amor.

Os dois se beijam novamente e papai sai do quarto:

— Precisar de mim é só chamar e venho correndo, estarei em meu escritório.

— Pode deixar meu bem – responde mamãe.

...Mais algumas horas depois algo acontece. Minhas mãos não queimam mais e consigo mexer os dedos:

— Querido? – chama Esme.

Antes que ela repita o chamado Carlisle aparece:

— Estou aqui – senti o vento quando ele veio.

— Ela já vai despertar. Senti que ela apertou minha mão!

— Sim, é verdade. Logo ela vai acordar. Ouço seu coração acelerado.

Meu coração batia muito rápido, mais do que um cavalo a galope. Parecia o coração de um beija-flor a mil por hora.

Subitamente senti que o calor deixava meus cotovelos e joelhos recuando ainda mais em direção ao peito e o que já era absurdo ficou ainda mais quente! Eu sabia que estava acabando, eu sentia isso. Mas seria algo muito pior ainda. O fogo ardia consumindo o que me restava, mas estava correndo contra um muro ou um abismo onde iria acabar. Não tinha jeito, era o fim. Em breve eu seria uma vampira.

— Melodie você me ouve? Eu amo você, eu prometo que isso vai passar – diz Esme tentando me tranquilizar.

Eu mal conseguia ouvir devido ao barulho em meu ouvido devido ao martelar de meu coração.

— Já está terminando; – diz Carlisle. – força Melodie, vai dar tudo certo.

Eu trinquei meus dentes com força que poderia ter quebrado minha mandíbula, mas não foi isso que aconteceu. Havia em mim uma nova capacidade que não permitia que tal ocorresse. Senti meu corpo levantar da cama como se meu coração quisesse sair voando do meu peito, mas isso é impossível.

— Melodie! – gritava mamãe.

— Calma criança – papai dizia.

Eu parecia prestes a explodir quando de repente acabou. Meu corpo tombou de volta na cama devido a força da gravidade e abri os olhos contemplando após dez anos de trevas a luz que formava um arco-íris diferente com oito cores.

...XXX...


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