Último céu estrelado escrita por elda


Capítulo 1
único


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fic comemorativa de algum aniversário. espero q curtam!



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Sunny havia deixado Thriller Bark e velejava em direção à Sabaody. Os mugiwaras estavam felizes, muito felizes! Pois a Ilha dos Homens-Peixe estava mais próxima do que nunca.

Perguntavam-se se seria tão inacreditável quanto a Ilha do Céu e suas aventuras inesquecíveis, faziam-se várias perguntas, na maior parte do tempo pensavam como um humano conseguiria respirar debaixo d'água, e ainda sentiam um frio na barriga por tudo parecer tão surreal. Diferente na Ilha do Céu, que eles nunca pensaram que podiam pôr os pés em uma, na Ilha dos Homens-Peixe aguardavam muitas expectativas.

Contudo, no meio daquela empolgação, Zoro ainda se encontrava na enfermaria, recuperando-se dos ferimentos em Thriller Bark. Ferimentos que o bando não fazia ideia de onde surgiram, somente Sanji, Brook e Robin que sabiam.

Robin notou pelo navio, o jeito alarmado e preocupado do cozinheiro e até o achava um pouco fofo por demonstrar que se importava tanto.

— O cozinheiro-san não me parece muito animado na nossa próxima jornada. - Ela se aproximou de Brook, que se sentava no banco do mastro principal.

Brook parou de afinar seu violino quando ouviu a voz aveludada da arqueóloga do bando. Levantou o seu olhar e a viu com aquele sorriso estranho e esperto. - Sabe de algo?

Ela riu e se sentou ao lado dele. - Eu sei por que kenshin-san ainda não acordou.

— Você viu tudo?!

— Não, eu só ouvi você e Sanji conversando sobre.

O esqueleto abriu seus olhos, mesmo não tendo nenhum. - De fato, não posso subestimá-la. - Contastou e Robin riu. Desde a primeira vez que a viu, Brook pensava que se tivesse que tomar cuidado, era para ele ter uma atenção redobrada naquela mulher. - Bem, depois do que vimos, qualquer um ficaria estranho. Até mesmo eu, que entrei pouco tempo no bando, tenho alguns pesadelos.

— Verdade. - Concordou, mas sentia que Sanji não estava tendo apenas pesadelos.

Sanji estava na cozinha, preparando um refresco para as meninas que tomavam sol nas espreguiçadeiras. No entanto, ao colocar o açúcar no suco, notou sua mão tremendo. Largou a colher e acendeu o cigarro apagado em seus lábios. Depois pegou uma cadeira da mesa e a virou para se sentar com o peito no encosto. As mãos continuavam a tremer e se sentia desesperado quando lembrou que Zoro quase morrera.

Levou as mãos para suas madeixas louras e refletiu com o cenho franzido de que as aventuras estavam ficando realmente mais perigosas. A última vez que tivera aquela sensação de impotência fora quando não conseguira fazer nada contra aquele almirante de gelo e Robin acabar congelada por conta disso.

"Estou muito fraco, não conseguirei protegê-los."

Tragou com força o cigarro. No entanto, ouviu uma voz vindo de fora da cozinha. Era de Chopper.

— Pessoal, Zoro acordou!!

Todos estavam no deck e fitaram seus olhos para a porta da enfermaria, sentiram-se aliviados ao ouvirem a pequena rena. Sanji estava no batente da porta da cozinha, suas mãos trêmulas foram para dentro dos bolsos da calça a fim de ninguém notar o quanto estava preocupado.

— SANJIIIII!! - Luffy berrou de repente e o cozinheiro arregalou seus olhos, assustado. - FAÇA MUITA COMIDA! HOJE TEREMOS UMA FESTA PRA COMEMORAR A RECUPERAÇÃO DE ZORO!!

— Boa ideia, Luffy. - Usopp, que estava ao seu lado, se empolgou também. Depois Nami, Chopper, Franky, todo mundo aceitaram a ideia de seu capitão com entusiasmo.

Como mandado, Sanji voltou pra cozinha e deu um suspiro apoiando-se na bancada. Sua cabeça estava agachada ao se lembrar do berro e o susto que teve, achava que seu capitão diria que sabia de tudo.

Durante o dia, cada um fazia uma função e focados em fazer a melhor festa do mundo. Sanji ficou o tempo inteiro na cozinha, preparando diversos pratos com um cigarro aceso na boca. No entanto, ele sabia que havia algo de errado nos sabores desses pratos. Ainda estava muito nervoso e por conta disso, não cozinhava direito. Uma hora foi virar uma sobremesa da forma, mas tudo saíra aos pedaços. Chamou Luffy para comê-la e decidiu fazer outra coisa.

A noite chegou e todos agradeciam o cozinheiro pela refeição gostosa de sempre. Ficou aliviado de ninguém ter notado o sabor inferior diante das outras festas e fitava o esverdeado, já fora da enfermaria, tomando sakê como se nada tivesse acontecido. Era de praxe, concluiu.

Aos poucos cada um caía no sono pelo deck do navio. Seus rostos estavam corados por conta das bebidas. Nami e Robin dormiam com as cabeças apoiadas uma na outra, já Usopp e Chopper faziam a barriga gigante do capitão de travesseiro. Franky e Brook apoiavam as costas de um no outro.

Porém, Sanji continuava acordado e olhava as estrelas do céu limpo, sentado no chão e apoiado no parapeito do navio. Pensava que logo não veriam mais o céu de Grand Line e sim o céu de Novo Mundo. Zoro, também acordado, se aproximou.

— Por que sua comida tava horrível?

Sanji levou um susto com a repentina voz rouca e abriu a boca incrédulo por saber que Zoro tinha paladar pra perceber uma mínima diferença.

O esverdeado não teve uma resposta e revirou os olhos com o espanto do cozinheiro, por que o subestimavam tanto? Depois sentou-se ao lado dele. - Está preocupado com o que houve?

Sanji voltou a ficar sério. - Não tenho tido paz quando penso que estou muito fraco.

Zoro passou seus dedos na franja do loiro e notou seus olhos marejados. - Eu também penso o mesmo. - Fitou o céu, enquanto o cozinheiro mantinha os olhos no chão.

— Eu te odeio! - Chutou Zoro de leve e se afastou um pouco. - Sabe, você é mais forte do que eu, precisa pensar que tem que se manter vivo para proteger o bando. E a minha função era estar naquela hora no seu lugar, eu que deveria ter sido sacrificado.

Zoro revirou os olhos com aquele chilique, que não combinava nada com aquelas estrelas. - Eu estou vivo, seu idiota. E ainda estou vendo mais uma vez as estrelas da Grand Line antes de irmos para o Novo Mundo. - Sentiu vontade de beber sakê, seus lábios estavam secos, mas não viu nenhuma garrafa por perto. Coçou a orelha com os três brincos de ouro por entender que teria que ir pra cozinha buscar mais. Porém, precisava ainda terminar aquela conversa. - Sabe, cozinheiro, hoje é o meu aniversário e seria horrível pra mim se eu não passasse com você.

— Quê?! - Indagou confuso, havia escutado direito? Que papo era aquele? E sem perceber, o idiota sentia um calor aumentar e seu rosto se tornar rubro.

Zoro não se sentia inibido para falar de seus sentimentos, depois que tivera a experiência em Thriller Bark, pensava em ser mais sincero consigo mesmo. Portanto, aproximou-se do loiro, até fitar seus olhos azuis, ou pelo menos um deles. - Por que acha que não permiti você ir no meu lugar?

— P-poderi-ia s-se afas-tar... um pouco!

— Porque você era o que mais queria proteger. - Continuava muito perto do loiro que naquela altura virara um tomate. - Por que não cala essa boca e me dê um presente?!

Sanji estava muito nervoso e ficava mais nervoso quando abria os olhos e ainda via o esverdeado inclinado nele. "Filho da puta!" Desviou o olhar pela última vez e se aproximou diminuindo a distância entre os dois até selar seus lábios nos dele.

Zoro rodeou seus braços fortes no cozinheiro tarado e lançou sua língua quente, na qual o outro deu passagem. O beijo ganhava velocidade. Sanji perdia a timidez, enquanto Zoro perdia sua sede por saquê.

— Tudo terminou bem.


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