The Vision and the Scarlet Witch Show escrita por Vanilla Sky


Capítulo 4
Ato I – Parte 4 – Wanda


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores dessa história! Espero que estejam todos bem ♥
Peço desculpas por não conseguir manter uma regularidade de postagem, mas peço, por gentileza, que não desistam de ler. WandaVision acabou e eu estou aliviada de saber que a minha história segue um paralelo bastante diferente, apesar de algumas semelhanças aqui e ali. Estou ansiosa, em especial, para os atos finais dessa fanfic, porém não quero falar nada antes da hora! Hahaha
Lembrando que a fic é spoiler free!
O que acharam do final de WandaVision? Gostaram? Torço para que a minha história seja aproveitável, ainda que após o término da série.
Enfim, sem mais delongas, aproveitem o capítulo!



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“Querida Wanda,

Se Clint lhe entregar isso, é porque minha missão funcionou e você está de volta, mas eu não estou aí para abraçá-la. Saiba que você é uma moça forte, que precisa mostrar ao mundo do que é capaz. Eu sei disso. O Vis também sabe. E nós te amamos.

Lembrancinha para você nunca esquecer disso.

Um beijão,

Nat.”

⏺ REC ▶PLAY

Hoje é um dia muito especial na Base dos Vingadores! "Por que?", você com certeza irá perguntar...

Nat, não precisa gravar isso...

Claro que preciso, é para a posteridade! É o primeiro Halloween da Wanda Maximoff na américa e o primeiro Halloween do Visão na... vida... Visão, cadê a sua roupa?

Natasha, eu estou fantasiado como eu mesmo! Não é suficiente?

Claro que não! Mas é muito tarde para isso. E você, Wanda?

Eu estou com vergonha de sair do quarto com a roupa que você me deu!

Vem, deixa disso e abre a porta logo.

...

Nossa.

Wanda, você está magnífica.

Vocês acham que esse collant vermelho combina comigo?

Lógico que sim! Você está muito gata. Não está, Vis?

...

Vis?

... Você está realmente belíssima, Wanda. Com certeza atrairá muitos olhares durante as “gostosuras ou travessuras”.

⏪︎BACK

Lógico que sim! Você está muito gata. Não está, Vis?

...

Vis?

... Você está realmente belíssima, Wanda. Com certeza atrairá muitos olhares durante as “gostosuras ou travessuras”.

Fiquem um ao lado do outro, quero fotografar isso!

Nat, você já está gravando, vai fotografar também?

É claro que vou, assim posso pendurar no meu mural. Sorriam!

...

Ficou linda a foto.

Deixa eu ver, deixa eu ver!

Depois. Precisamos de um nome para vocês quando perguntarem do que estão fantasiados.

A senhorita está fantasiada de quê, dona Viúva Negra?

Ué, de espiã. E o Visão está fantasiado dele mesmo. Bem mixuruca.

Natasha, eu não sou mixuruca.

Você não é, mas a fantasia sim. E você, dona Wanda? Eu emprestei o collant vermelho, mas não a meia calça. E essa coroa fantástica?

Era para ser uma bailarina. A coroa era para ser um Dikhlo Romani, comum de onde eu vim, e eu lembro de ver uma vidente usando quando eu era mais nova.

Que tal “Vermelha de Rosa”? É de um conto infantil.

Não, Vis, não ficou legal. “Bruxa Vermelha”? Você parece uma bruxa muito chique. Quase uma Imperatriz.

Hum... Que tal “Feiticeira Escarlate”? É sinônimo do nome sugerido pela Natasha.

Vizh, você é um gênio!

Você gostou?

Eu adorei. Está definido: eu sou a Feiticeira Escarlate!

 

Com um punhado de salgadinhos em mãos, no escuro da sala de estar dos Bartons, Wanda observava a tela minúscula de uma filmadora, lembrando daquele dia feliz ao lado de Natasha e Visão. Eles saíram para buscar doces, e foi a primeira vez em que ela andou de mãos dadas com seu amado sintozóide, mesmo com ambos um pouco tímidos. Às vezes, ela gostava de pensar que Visão a estava protegendo dos olhares cheios de malícia das pessoas na rua.

Foram bons tempos, antes dos Vingadores brigarem e debandarem. Quando finalmente lutaram juntos de novo, Visão já não estava ao lado dela. Ela sentia como se estivesse faltando um pedaço de si, quando voltou e não possuía a companhia dele junto dela.

Wanda suspirou e enfiou vários salgadinhos na boca de uma só vez, além de tomar um longo gole de refrigerante para ajudar o alimento seco a descer por sua garganta. Buscava, ao máximo, não fazer barulho, haja vista ser dia de semana e as crianças terem aula na manhã seguinte, necessitando de uma noite tranquila de sono. Ao seu lado, aquelas estranhas revistas seguiam empilhadas, e, com a mão livre de restos de salgadinho, puxou o primeiro exemplar e folheou devagar as primeiras páginas.

Parecia uma brincadeira de mal gosto feita por alguém, já que mostrava uma figura sintética muito parecida com um robô de nome Visão, e a mulher com o codinome “Feiticeira Escarlate”, se casando junto de outros super-heróis (um, inclusive, possuía um arco e flecha e usava uma máscara ridícula), depois se mudando para uma nova casa e, ao mesmo tempo, enfrentando problemas mundanos e do mundo inerente a pessoas com essas habilidades.

Mas havia um quê de familiaridade naqueles personagens.

Em especial uma tiara vermelha no topo da cabeça da protagonista, Feiticeira Escarlate. Wanda piscou algumas vezes e buscou a filmadora:

⏪︎BACK

E você, dona Wanda? Eu emprestei o collant vermelho, mas não a meia calça. E essa coroa fantástica?

Era para ser uma bailarina. A coroa era para ser um Dikhlo Romani, comum de onde eu vim, e eu lembro de ver uma vidente usando quando eu era mais nova.

Incrédula, voltou mais uma vez. E de novo. E de novo.

A coroa que usava na gravação era igual à da personagem nas histórias.

Ela tentou balbuciar algumas palavras, porém, o susto era tão grande que não conseguia proferir qualquer pensamento minimamente entendível. Aquilo não podia ser mera coincidência, pois as únicas pessoas além de Wanda que assistiram aquela gravação estavam mortas; Clint e Laura apenas entregaram a caixa deixada com eles por Natasha para entregar à Wanda caso ela regressasse do estalo.

Wanda escutou um barulho alto na porta, e ela inflamou os punhos com seus poderes avermelhados, caminhando devagar em direção à entrada da casa. O barulho foi insistente, da mesma forma que pesadas e impacientes batidas de um visitante indesejado. Temia acordar os donos da casa e seus filhos, por isso apressou o passo à medida que o som foi se tornando mais alto e logo alcançou a maçaneta da porta.

Porém, ao subitamente abrir a porta, não encontrou ninguém.

Com os pulsos cobertos pela aura escarlate de suas habilidades, olhou para os lados, se certificando que realmente não estavam pregando uma peça nela. Depois, fechou a porta e virou para o lado, perdendo o ar ao ver Visão em sua frente, sereno como naquela ilusão de horas antes.

Ela se aproximou, devagar, e ele a deixou tocá-la; o sorriso no rosto de Wanda se unira a lágrimas de alegria pelo segundo reencontro. Mas, em seguida, ele começou a se desfazer, como se Thanos houvesse estalado novamente os dedos, e ela somente ouviu a voz sintética, porém gentil, do sintozóide sussurrando três palavras em seu ouvido:

Venha me buscar.

Wanda meneou com a cabeça algumas vezes, buscando parar aquilo, porém, tão rápido quanto surgira, a figura desapareceu. Subitamente, ela sentiu uma mão em seu ombro, e virou-se rapidamente para questionar:

— Vizh?

Visível apenas pela luz incandescente advinda das suas mãos, Clint Barton se moveu um passo à frente e segurou firmemente os ombros de Wanda:

— Wanda. Sou eu, o Clint. Acorda.

Ela balançou a cabeça, inconformada.

— Clint... Clint, eu... Olha, desculpa. – Ela não sabia o que dizer, apenas sentia as mãos trêmulas. O Gavião Arqueiro a observava com o olhar firme, porém gentil.

— Olha, menina, não é muito a minha praia falar sobre essas coisas de luto... Eu me arrependo muito do tempo que fiquei sem a Laura e as crianças. Acredita em mim, eu já estive nesse fundo do poço. – Ele a encarava, porém ela desviava o olhar, tendo seu delicado rosto gentilmente puxado de volta pelas mãos de Clint. – Olha para mim. Você é muito nova. O Visão te amava, e você o amava, mas ele não quer ver você assim. Você pode salvar o mundo com esses poderes... Ou, se não quiser, esquece esse lance de super herói e vai fazer uma faculdade. Mas vai viver, garota. Não desperdiça a sua vida, ou vai se arrepender como eu.

Wanda apenas inclinou a cabeça e mirou o chão, mordendo o lábio inferior.

— Ninguém me disse o quanto era difícil ser a sobrevivente. Meu irmão se foi, o Visão se foi, minha mentora se foi. Eu estou sozinha, Clint. – Uma lágrima correu por sua face. – Sua família voltou do estalo e estão todos bem. Eu... Eu não sei o que vai ser de mim.

Passos na escada cortaram o monólogo. Laura desceu o andar vestindo uma camisola e pantufas, acendendo as luzes.

— Wanda... Oh, querida. – Ela afastou o marido e a abraçou. – Está tudo bem. Você quer um chá?

— Obrigada, Laura. – Wanda fungou. – Vou para a cama por hoje.

Ela guardou os salgados na dispensa, o refrigerante na geladeira, e buscou as histórias em quadrinhos, bem como a filmadora, para seguir em direção ao quarto.

~.~

Antes de dormir, Wanda foi ao banheiro da residência; e, na volta, ouviu uma conversa de Clint e Laura. Eles falavam baixo, mas a porta estava entreaberta, abrindo a brecha que Wanda precisava para escutar:

— Laura, a gente não pode deixar ela aqui.

— Clint, eu não deixo você mandar a Wanda embora. Ela precisa de nós. Ainda mais nesse momento.

— Ela está assustando as crianças! – Clint elevou um pouco o tom de voz. – E está sendo cada vez pior.

Wanda sentia que não precisava escutar mais, e, pé ante pé, retornou ao quarto em que dormia. Devagar, vestiu uma roupa para sair, e atochou o restante das roupas em uma mochila. Pegou um pedaço de papel e escreveu:

 

Desculpem por qualquer problema que eu possa ter causado.

Amo muito vocês.

Wanda.

 

Em seguida, dobrou o papel no formato de um envelope e deixou algumas notas advindas do seu pagamento diário dentro dele, posicionando-o sobre a escrivaninha. O pacote com histórias em quadrinhos foi a última coisa que pegara antes de subir no parapeito da janela, e olhar uma última vez para o cômodo que a acomodara pelo período de quase dois meses. Sorriu e jogou a mochila primeiro no chão, usando seus poderes para diminuir o impacto. Depois, jogou as histórias em quadrinhos, também utilizando as habilidades para fazê-las flutuarem no ar antes de encontrarem o chão; e, por fim, utilizou de um impulso para levitar no ar e finalmente tocar o solo.

Sua aterrissagem foi menos tranquila do que esperava, mas não chegou a se machucar. Antes de ir, se certificou que Clint ou Lara não estivessem perto, ou nas janelas da residência, porém, ao notar que todos estavam dormindo e a noite estava tranquila, ela juntou seus pertences e sussurrou enquanto caminhava:

— Hora de achar uma porta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam dessa forma narrativa? Adorei colocar os símbolos da filmadora! Hahaha.
E isso com o Clint é algo que quero explorar ainda mais, e acho muito necessário. Desculpa se saí um pouco do personagem, mas é mais ou menos como imagino a relação deles fora dos Vingadores.
Enfim, estou sempre aberta a críticas e sugestões; elas enriquecem o meu trabalho e me fazem trazer textos ainda melhores para vocês :)
Tudo de melhor, fiquem bem, um beijo e um abraço bem quentinho da Vanilla Sky, nos vemos em breve! ~ ♥ ~



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