A Masmorra de Deran escrita por Goldfield


Capítulo 1
Capítulo Único




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A Masmorra de Deran

I

As canecas de hidromel deslizaram pelo balcão, apanhadas pelas mãos dos dois guardas da cidade – que se viraram ao centro da taverna e as ergueram num brinde. Em cima de uma das mesas do estabelecimento, um casal descalço dançava ao som dos alaúdes e flautas de um grupo de bardos, os pés batidos contra o chão e palmas cadenciadas oferecendo percussão à melodia. Os fregueses forçavam as gargantas entoando versos desafinados, ou apenas bradavam alegres em cumprimento aos amantes.

Na pausa seguinte entre uma música e outra, o rapaz sobre a mesa ergueu uma mão tanto aos artistas quanto à parceira, o gesto seguinte de ajoelhar-se enchendo todos de expectativa. Uma das mãos retirou do bolso um anel dourado; as luzes dentro da taverna dificultando enxergar o brilho da pequena safira nele incrustada.

A moça, estupefata, cobriu a boca com uma mão; os olhos reluzindo muito mais do que a joia ao oferecer um dedo da outra para que o agora noivo nele a inserisse.

O lugar explodiu em festa, os bardos retomando as canções ainda mais alto enquanto taças de bebida eram brandidas aos berros, boa parte de seu conteúdo derramado ao assoalho... Quase a totalidade dos frequentadores envolvida na comemoração, com exceção das duas silhuetas isoladas numa mesa ao fundo.

O homem de túnica surrada e cabelos brancos depositava um saquinho de moedas sobre o móvel – a quantia apanhada por uma jovem de cabelos roxos e pesada armadura revestida de espinhos disposta sobre uma cota de malha. A bainha contendo uma montante às costas, semivisível entre ela e a parede logo atrás, completava seu aspecto bélico; uma esmeralda inserida no cabo da arma.

— Perdão, mas tínhamos combinado cem moedas! – a guerreira protestou assim que vistoriou o interior do embrulho, já desconfiada do desfalque ao medir o peso em sua mão.

— O quê? – o idoso retorquiu levantando-se ligeiramente na direção dela, incapaz de escutar mais pelo barulho ao redor que pela idade.

— Cem! – ela ergueu o tom, ainda assim mal se fazendo compreensível. – Aqui tem só setenta moedas! O combinado pelo serviço foi cem!

— Não consigo ouvir!

A mulher percorreu a taverna com o olhar, as próprias cenas em curso difíceis de discernir devido aos braços estendidos com bebida ou pessoas dançando para lá e para cá.

No mesmo instante em que contraiu os lábios, ela ficou de pé.

Batendo com força o dinheiro contra a mesa, exclamou, a voz conseguindo ficar mais alta que a algazarra e assim captando a atenção dos presentes pelo tempo que precisava:

— Será que vocês poderiam sossegar os traseiros e os uivos de acasalamento ao menos por um instante?

A reprimenda surtiu efeito, tanto a música quanto o vozerio interrompidos. Mas, antes que a guerreira pudesse dar graças à Sábia Mãe pelo feito e voltasse a se sentar, vieram os cochichos de mesa em mesa; os olhos daqueles que os realizavam voltados em sua direção entre caretas, expressões de fúria e escárnio.

— Essa não é aquela tal mercenária de Porto Cinza? – questionou um primeiro alguém. – Dizem que até as palavras dela são de ferro, mas pelo jeito é terra... pronta para ser atirada na fogueira dos outros!

— Xô, estraga-prazeres! – outro grito se juntou à queixa. – Se não suporta um pouco de alegria, monte naquele seu cavalo e suma daqui!

— Pessoas desse tipo só conhecem a guerra e a dor! – a noiva se manifestou cruzando os braços ao topo da mesa, destacada da multidão. – Precisamos, sim, de gente como ela para nos proteger... Mas quem pode exigir que entenda o que é o amor?

A guerreira não se moveu, visão fixada num ponto aleatório do local e corpo levemente trêmulo. Depois das risadas de deboche, a festa recomeçou.

O velho lançou à contratada um olhar assustado quando ela simplesmente estendeu um punho armadurado à mesa e apanhou o saquinho de moedas, sem mais exigir o acerto do valor. Ainda calada, pôs-se a andar até a saída – sua silhueta avantajada devido às placas espinhosas e ao cabo da montante logo desaparecendo noite adentro.

II

Ele apanhou sua mão subitamente, fazendo com que sentisse o calor e ternura do toque quando os dedos dele se entrelaçaram aos seus.

— Está tudo bem? – o rapaz de colete de botões olhou alarmado ao rosto dela. – Prefere que eu...

A garota tinha o busto comprimido por um corselete – comprado com suas sofridas economias – que a deixava mais próxima das damas da cidade ao custo de dificultar-lhe a respiração; mas, àquele momento, a expressão pálida e incrédula, gerando contraste ainda maior com suas mechas roxas, constituía na verdade reação à atitude do parceiro.

— Não, não se preocupe! – ela arfou, erguendo a outra mão em ansiedade. – É que ninguém... nunca me tocou assim antes!

O rapaz sorriu, acariciando-lhe a palma com um dedo.

— Eu não consigo acreditar... – afirmou, o olhar aturdido vindo em seguida por acreditar tê-la insultado deixando-o ainda mais gracioso. – Quero dizer, não que você esteja mentindo! Mas é a garota mais bonita de todo Porto Cinza. Não entendo como ninguém a cortejou antes!

Se o rubor nas bochechas fez com que Wylla baixasse o olhar, ao menos proporcionou tom que combinava melhor com seus cabelos. Levantou o braço unido ao punho de Wilbur, e logo as mãos balançavam para frente e para trás – ela até mesmo ousando rir.

A escolha do passeio, feita por ela, viera como um contraponto ao que considerava um sonho, aplacando o aspecto romântico do encontro para torná-lo mais real; e embutindo nela a certeza de que não acordaria em sua cama de palha antes do término...

Conforme se aproximavam das tendas escuras e divisórias de madeira erguidas sobre o tablado do cais, Wilbur comentou, soando divertido:

— Não é qualquer garota que sugeriria visitarmos a "Masmorra de Deran"... Preciso dizer que isso a torna ainda mais interessante!

Aquele pavilhão de diversões, famosa atração de festivais em outras partes do continente, viera a Porto Cinza pela primeira vez. Se por um lado os habitantes que sempre reclamavam da falta de entretenimento agora tinham uma opção, ainda que por poucos meses, poucos deles possuíam coragem para se arriscar além da bilheteria – considerando serem as mesmas pessoas que, no tédio, arriscavam-se caçando tubarões.

Wylla ouvira falar que a atração reproduzia as masmorras sombrias exploradas por vários aventureiros pelo mundo – paladinos, salteadores, magos – e conferia a sensação de ser um desses heróis, algo tão distante da vida dos camponeses e pescadores. A ideia deixava-a fascinada; mesmo com todos ao seu redor insistindo que, embora muitas mulheres se tornassem guerreiras, ela não tinha aptidão, tampouco os recursos...

Depois de inúmeros bicos aos comerciantes locais e até mesmo machucados que já lhe deram o gosto de uma vida como viajante, Wylla se orgulhava de ter pelo menos as moedas para pagar sua entrada no pavilhão – depositadas com um punho sobre a bancada atrás da qual estava o atendente.

Este, aliás, oferecia na própria aparência uma amostra dos terrores prometidos pela atração: a pele excessivamente enrugada e os gestos letárgicos pareceram aos jovens impecável caracterização, como se o homem possuísse real dificuldade em mover as juntas. O cheiro podre oriundo da bancada, no entanto, era exagero que eles facilmente dispensariam...

— Uma entrada – o funcionário declarou com voz sumida enquanto puxava as moedas com um braço, depositando uma espada de madeira em seu lugar.

Wylla passou todo um instante fitando o objeto sem entender, até o atendente esclarecer com evidente incômodo em gastar energia falando:

— Uma arma para se defender das criaturas que a atacarão atrás daquelas cortinas! – e apontou aos panos vermelhos ocultando o restante do pavilhão a partir da lateral da bancada.

A garota sorriu, feliz em como os organizadores estavam empenhados a imitar os perigos oferecidos a aventureiros de verdade.

Wilbur também pagou seu ingresso, o sinistro sujeito trocando as moedas por outra arma postiça.

— Vamos? – depois de se separarem enquanto pagavam, o rapaz ofereceu a Wylla a mão livre.

Tendo os braços novamente unidos e os sabres brandidos nos punhos opostos de cada um, eles adentraram as cortinas, corações palpitando de empolgação pelo início do divertimento juntos.

III

Eles não conseguiam parar de rir.

Os Orcs e Goblins pintados sobre as pranchas de madeira eram das coisas mais falsas que já tinham visto – embora fosse admirável o engenho feito de engrenagens e polias que os empurrava das bordas ao corredor da tenda conforme passavam. Entrando no clima da brincadeira, Wylla e Wilbur os golpeavam com as espadas de madeira; cada pancada, se dada com força suficiente, fazendo o respectivo boneco recuar de volta ao nicho.

— Desse jeito ganhará a alcunha de "Matadora de Orcs"! – o rapaz exclamou, fingindo decapitar um Goblin com um corte à altura do pescoço.

— É um talento que acabei de descobrir! – a garota replicou entusiasmada, dando uma estocada com a arma postiça para acertar um Orc e um chute numa prancha vizinha representando um Hobgoblin.

Se o primeiro ambiente, todo baseado naquele combate de mentira, gerara mais escárnio que qualquer espécie de medo, o segundo – acessível através de cortinas verdes – não tinha tantas tochas iluminando-o como o anterior, o que já contribuía a uma aura macabra. Panos cuidadosamente pendurados recriavam a atmosfera de uma caverna; e os visitantes desavisados logo de cara poderiam tropeçar num esqueleto humano estirado ao chão.

— Este aqui não teve sorte em escapar! – Wilbur salientou, abaixando-se junto aos ossos. Tocou alguns deles por um momento, seu ar indo da zombaria ao interesse. – Hei, esta imitação é bastante realista!

— Será que apanharam um esqueleto de verdade? – Wylla especulou.

O rapaz retirou de imediato a mão do achado, fazendo sua parceira rir.

— Eles podem simplesmente tê-lo desenterrado de um cemitério ou encontrado os restos de um infeliz assaltado numa estrada! – ela completou.

A conversa foi interrompida por um ruído próximo, como se algo houvesse caído ou se desprendido em meio à tenda.

Nos instantes seguintes, a origem do som permaneceu enigmática... E Wilbur sentiu subitamente não só o calor de uma mão de Wylla junto a si, mas de todo seu corpo, envolvendo-o num aperto.

A jovem abraçara-o devido ao susto, por pouco não o assustando também. Porém, tão logo compreendeu a situação, o rapaz expirou... fechando os olhos e desejando que o momento, embora tenso, durasse para sempre.

Não levou muito tempo para Wilbur sentir Wylla tremer – não de medo, e sim vergonha – ao desvencilhar-se de seus braços, recompondo a postura e evitando fitá-lo nos olhos.

O mesmo ruído retornou em seguida, constante e cada vez mais próximo, indicando claramente pertencer a algo sendo deslocado... Até uma bola de trapos moldada como um Beholder, seus múltiplos olhos esculpidos como esferas menores coladas à principal, surgir através da falsa caverna – cordas nada discretas, presas ao teto, movendo-a em linha reta. Uma lamparina queimava no centro de sua bocarra, a luminosidade conferida ao monstro constituindo único aspecto que o destacava.

— Falso, assim como todo o resto aqui! – Wilbur riu.

— Eu sei de algo que não é falso... – Wylla oscilou, conseguindo finalmente encará-lo.

Ela retornou até junto dele, os braços estendidos para novamente abraçá-lo... Dessa vez sem medo ou impulsividade, somente certeza.

— Antes mesmo de você me chamar para um passeio, eu o observava pelas ruas... Imaginando, admirando-o... – a garota suspirou. – Estar aqui com você é maravilhoso... E preciso dizer que me desperta um sentimento muito forte!

— De que tipo? – ele indagou empático. – Se for aquele que penso, eu também dele partilho...

Suas bocas se aproximaram, resolutas...

Mas o rapaz interrompeu-se, e abriu os olhos, ao notar que algo roçava sua perna.

Eram os dedos de uma das mãos do esqueleto, que rastejara pelo solo até eles.

Ambos saltaram, tendo o vislumbre do brilho vermelho nas cavidades oculares até então vazias da caveira. A primeira atitude foi correrem de volta às cortinas esverdeadas, porém trombaram com uma espécie de barreira invisível, que os lançou para trás. O breve reflexo azulado no ar, quando do choque, deixou claro lidarem com magia.

— O que faremos? – Wylla questionou inquieta.

Wilbur lançou-se adiante, batendo com o sabre de madeira nos braços, cabeça e vértebras do esqueleto usando o máximo de força possível. Ele nem sequer desacelerou. A garota, por sua vez, passou a puxar os panos das laterais da passagem, buscando alguma brecha para fora da tenda...

Ao rasgar toda uma seção de parede e abrir caminho a um vão escuro do local, ela virou-se a Wilbur para avisá-lo... mas congelou assim que direcionou os olhos de novo ao breu, cambaleando de costas para escapar da figura dele projetada.

O atendente da bilheteria ganhou o corredor com as mãos estendidas rumo a Wylla na intenção de esganá-la – revelando que inúmeros vermes, dos mais variados formatos e texturas, escorriam de rasgos podres ao longo de sua pele.

A garota gritou, escapando de um salto do indivíduo sobre si, recuperando o equilíbrio e disparando até Wilbur...

Porém não o encontrou sozinho.

O rapaz era erguido por uma só mão de uma mulher de sobretudo e capuz, cabelos brancos quebradiços enxergados pelos vãos do adereço junto ao seu rosto marcado por cicatrizes – o nariz particularmente disforme. Wilbur batia os braços e pernas, embora nada conseguisse libertá-lo da mão albina da personagem. O desespero de Wylla cresceu ao notar o corpo do rapaz repentinamente perder volume e cor, o rosto murchando e os músculos reduzidos aos ossos conforme seus olhos se reviravam nas órbitas.

— Wilbur, não!

O processo continuou, a vítima emitindo seus últimos espasmos conforme era completamente drenada – a própria pele diluindo-se, cabelos e unhas desprendendo-se e os órgãos desaparecendo dentro do esqueleto agora visível. Os ossos e roupas, únicos elementos restantes, precipitaram-se ao chão... próximos à carcaça reanimada que, ainda rastejando, voltava-se a Wylla.

— Ah, crianças, sempre tão cheias de energia! – a mulher afirmou satisfeita. – E tão facilmente atraídas a armadilhas como esta! Contente-se, garota... Não sonhava em ser aventureira? Pois morrerá exatamente como uma!

A jovem viu-se cercada pelo atendente de um lado e o esqueleto ambulante do outro; logo notando, aos prantos, que os ossos de Wilbur também recuperavam os movimentos e adquiriam a luz rubra ao crânio, perseguindo-a da mesma maneira.

Ela levantou a espada de madeira numa pose defensiva.

— Oh, criança! – a bruxa gargalhou com vontade. – Acha mesmo que poderá deter a mim e às minhas criações dessa maneira?

Wylla sabia o que aquela maldita pensava. A ela, não devia passar de uma imbecil do porto, crescendo com os pés molhados e fedor de peixe. O tipo de gente jamais representando obstáculo aos seus planos vis, apenas mais matéria-prima a encantamentos...

Tal convicção fizera com que ela desse fim a Wilbur e o amaldiçoasse ali, diante de seus olhos.

Mesmo ao ouvir não ter aptidão ao combate ou a viver uma vida correndo riscos, Wylla se prepara. E isso incluíra ler sobre os mais sórdidos tipos de magia, incluindo a necromante – ali utilizada para trazer de volta os mortos como escravos...

E qualquer livro destacava como mortos-vivos eram vulneráveis a fogo.

A garota não cedeu espaço a qualquer hesitação. Mesmo com as ações ainda limitadas pelo corselete, levantou os braços... apanhando o Beholder falso e o arrancando de suas cordas num só puxão.

— Você não ousaria! – com o artefato obstruindo sua visão, Wylla apenas ouviu a feiticeira ameaçá-la.

Ela atirou a bola de trapos adiante com todo ímpeto, olhos postiços rodopiando durante o voo até o objeto colidir com a necromante. A lamparina dentro da esfera estourou de imediato, tanto o óleo quanto as chamas precipitando-se sobre o robe da mulher, incendiando-o de cima a baixo.

Conforme ela gritava e se debatia, assumindo o aspecto de um espantalho flamejante, o fogo também chegou ao solo – aparentemente desejoso de tragar as aberrações conjuradas pela bruxa. Assim, ambos os esqueletos reanimados foram logo engolfados, o engatinhar direcionado a Wylla transformado em tentativa de fuga das labaredas, porém em vão. Os ossos foram gradativamente convertidos em cinzas, o brilho dentro dos crânios apagado.

No momento em que a feiticeira deu o último berro e seu corpo incinerado se aquietou, o funcionário zumbi tornou-se imóvel – as mãos esticadas para apanharem Wylla até perderem a firmeza e derrubarem todo seu peso para frente. Sem a magia da necromante, o cadáver voltara a ser cadáver; e logo se tornaria pó, dado o fogo se alastrando por todo o pavilhão.

Quando o calor e a fumaça começavam a prejudicar seus sentidos, a garota avançou pelo mesmo rasgo feito antes na divisória do corredor, a luz do incêndio lhe clareando a lateral de pano da tenda. Usando a espada de madeira para pressionar e cortar, Wylla conseguiu abrir um buraco grande o bastante para escapar ao tablado do porto – ainda correndo para se afastar da estrutura que, por seu material, estaria em breve toda consumida e fadada a afundar.

Assim que pisou as pedras, ela jogou-se ao chão, face coberta de fuligem e coração sofrendo com uma dor superior à de qualquer queimadura...

IV

Do lado de fora da taverna, Wylla debruçou-se a um parapeito. Ainda que tolerasse o frio a ter de passar mais um minuto sequer entre a multidão, o turbilhão de recordações que a acometera no salão foi completado por duas crianças que, ignorando-a completamente, duelavam com espadas de madeira do outro lado da rua.

Deixou que o vento noturno a beijasse, incapaz de ter os lábios realmente desejados.

— O sentimento era amor, Wilbur... – ela murmurou, erguendo o tronco ao vazio. – E aqui estou, carregando uma espada de aço, na esperança de impedir que outras paixões terminem como a nossa.

Com a memória deslocada a eventos recentes, Wylla refletiu sobre como não mentira à Rainha de Ghunrir, desmascarada como uma feiticeira tal qual a mulher no pavilhão de sua juventude, ao afirmar que chegara aos seus domínios para curar uma ferida em seu íntimo.

Reino após reino, cidade após cidade, ela vinha tentando fazer a dor passar.

Certa de que levaria tempo até ser agraciada com tal dádiva, ela regressou ao cavalo e bateu os estribos para que galopasse.

A estrada era árdua, e a noite seria longa...


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