Where Are You Now? escrita por JP


Capítulo 5
Capítulo 5: THERE YOU ARE.


Notas iniciais do capítulo

Oiiee, passando aqui rapidinho para "RESSUCITAR" essa Fic de Halloween. Ironicamente, é HALLOWEEN novamente! Hahahaha


Após UM ANO, aqui estou eu novamente para concluir essa obra. Espero que gostem, beleza?


Aproveitem!! Estou indo agora curtir o Halloween em uma fextinhaaa rsrsrs

Bjs!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796774/chapter/5

CAPÍTULO 5: THERE YOU ARE.

PDV Geral

[ ATUALIDADE ]

Completado 1 mês desde o desaparecimento inusitado de Beck Oliver.

O mistério entorno do seu sumiço começara a atingir intensamente os estudantes do colégio Hollywood Arts. Nos corredores era possível ouvir diversos boatos e confabulações sobre o que de fato poderia ter acontecido.

Jade West estava farta. Farta daquela escola, daquela história de sumiço e, principalmente, das fofocas a respeito do Beck. Fofocas estas que vinham de pessoas que mal trocaram uma única palavra com o garoto (meses antes dele desaparecer).

"Ouvi dizer que ele vendia drogas e está preso em uma outra cidade com um outro nome" - fuxicou uma ruiva 

"Eu tenho quase certeza que ele está morto" - disse uma outra.

Jade já não suportava encarar os cartazes de "desaparecido" com rosto estampado daquele garoto. Ela tinha a sensação de que a foto dele estava espalhada por todos os cantos possíveis, lhe perseguindo.

A morena bufou alto, enquanto se direcionava para a sala do Sikowitz. Não era mais a mesma coisa desde que o Oliver partira. Ele era o seu único "companheiro" de aula. Jade se sentia mais reservada do que nunca. 

Justo quando ia entrando na sala de encenação, Jade se depara com uma pequena aglomeração há poucos metros dali. 

A aglomeração em si era liderada pela Tori Vega, ex-namorada do Beck. A Vega tentava reunir a maior quantidade de pessoas para uma espécie de mutirão em busca do Oliver.

Jade apenas deu de ombros e entrou de vez na sala. "Eu que não vou perder o meu tempo caçando Beck Oliver", ela pensou, inconformada com tamanha movimentação.

Sentou-se em uma cadeira nos fundos da sala e tentou se atentar a aula do professor biruta. 

Toc. Toc. Bateram na porta da sala.

A aula de encenação fora interrompida por uns detetives-policiais. Eles vieram diretamente a Jade e pediram para que ela os acompanhasse.

— Muito bem. - disse um policial baixinho chamado Bill. - Jade West.

— O que tem eu? - a garota cruzou os braços, entediada. Desviou o olhar para algumas pessoas que continuavam circulando pelos corredores do colégio. 

Reparou que Tori Vega, mesmo bem distante, lhe encarava furiosamente. A Vega tinha as suas suspeitas, assim como aqueles policiais:

— Jade, onde você estava no dia 31 de Outubro por volta das 6 da noite? - quis saber um deles.

— Na minha casa. - respondeu de maneira ríspida.

— Tem alguém que possa comprovar isso?

— Sim, meu pai e a mulher dele. Inclusive, nesse mesmo dia, fiquei responsável de cuidar do meu irmãozinho mais novo.

— E qual o seu envolvimento com Albert Oliver?

Jade deu um suspiro prolongado.

— Olha, eu mal o conheci. - ela disse, franca. - Só saímos uma única vez e, depois, nunca mais nos falamos. 

— Estranho. - disse Bill, encarando-a.

— O que tem de estranho nisso?! - Jade fechou a cara, encarando-o de volta.

— Encontramos algumas provas... Provas confidenciais, mas que dão a entender que você pode ter sido a última pessoa com quem Beck se encontrou antes de sumir.

— Impossível. - Jade rangeu os dentes.

— Escute bem, mocinha. É melhor você colaborar. Não esconda o jogo ou ficará feio para você...

— EU JÁ DISSE QUE NÃO SEI, CARAMBA! - esbravejou, dando um fim naquela conversa entre os oficiais. 

Jade se afastou. Ela poderia muito bem voltar para a sua aula de encenação, mas preferiu sair do colégio. Não haveria ninguém que pudesse lhe impedir de fazer o que lhe desse na telha. Jade era reconhecida por ter esse temperamento fechado e medonho; o que retraia qualquer tipo de aproximação das outras pessoas.

Já distante do colégio, a West percebe que alguém lhe seguia. Essa pessoa, incompetente ou não, não fazia questão de esconder que estava realmente lhe seguindo por conta própria.

— O que é que você quer, hein? - Jade esperou que esta pessoa se aproximasse. As duas ficaram cara a cara.

— Eu quero o mesmo que aqueles policiais queriam com você. - retrucou Tori Vega. - Anda, fala logo onde o Beck está.

— Já falei que não sei onde esse garoto se meteu! - Jade começara a perder a paciência. Cruzou os braços. - Vem cá, por que essa obsessão por ele? ELE te deu um pé na bunda. A última pessoa que ele quer ver é você. Então supera!

— Sabe o que eu acho? 

— Não tô nem aí pra o que você acha. - Jade deu-lhe as costas e continuou andando.

— Acho que você influenciou o Beck a terminar comigo! A nossa relação estava ótima até ele ter se aproximado de você! - ela berrou no meio da rua. - Você fez a cabeça dele! Você seduziu ele!

Jade não aguentou ouvir tudo aquilo calada e se sentiu no direito de revidar:

— Garota, se toca! A relação de vocês estava uma merda antes mesmo de eu aparecer. Pensa que eu não sei que você o obrigou a participar do seu grupinho de canto da Hollywood Arts? Ele me contou o quanto isso o fez sentir péssimo. Você não deve ter percebido isso, pois, pelo visto, só se importa em ser o "centro das atenções", em ser "a popular". Está se doendo porque, agora, o Beck é o centro das atenções.

— Isso não é verdade!

— É sim! Você não quer o Beck de volta. Você, simplesmente, quer ter novamente o seu "status" ridículo de popularidade. Tolice sua achar que trazer o Beck de volta, vai fazer com que ele volte a ser o seu NAMORADO descolado e bonitão do colégio. Ele já te esqueceu!

 - Retire já o que disse! - Tori estava a um passo de pular nos cabelos da West.

— Não retiro, não. Eu disse e me orgulho de ter dito. - Jade bateu no peito. - E se você acha que eu tô "segurando" o Beck pra mim, pois então me siga. Venha até minha casa e verá que ele não estará lá.

[***]

Dito e feito. Tori seguiu Jade até a sua casa. Ela queria ter a certeza de que a West não estava blefando. Na cabeça da Tori mil coisas poderiam ter acontecido com o Oliver e a principal culpada seria a Jade. Eram coisas como: a Jade matou o Beck e escondeu o corpo dentro da geladeira; ou o Beck está amordaçado na cama da Jade e servindo como um "escravo sexual".

 - Viu só? - Jade lançou um sorrisinho debochado para a Vega. Isso após a rival ter feito uma varredura por toda a casa e, ainda assim, não ter encontrado nada. - Satisfeita?

— Não, não estou satisfeita. - Tori a respondeu.

— O problema é todo seu...

— Eu sinto que você sabe de alguma coisa.

Jade bufou, impaciente. Ela poderia muito bem empurrar e expulsar a Vega para fora de sua residência, mas preferiu dar ouvidos a ela:

— É muita falta de compaixão. Comigo e com a família do Beck.

— Eu. Não. Sei. De. Nada. - disse pausadamente. - Não é minha culpa se a polícia é incompetente. 

— O que quer dizer com isso? - Tori cruzou os braços, desconfiada. - Por que a polícia é incompetente?

— Porque eles são. Eles persistem em continuar seguindo essas pistas falsas. Os sinais estão bem claros para mim: o Beck não quer ser encontrado. Deixem ele em paz!

— Então... - Tori estreitou os olhos. - Você tem pistas concretas? Você sabe como encontrá-lo?

— Não! NÃO! - Jade se arrependera profundamente de ter convidado a morena até a sua residência.

Tori respirou fundo, exausta. A West arregalou os olhos, assustada, quando a Vega se ajoelhou diante dela, praticamente implorando.

— Olha, eu sei que não somos amigas, eu te odeio e você me odeia, mas não sei mais a quem recorrer. Eu preciso da sua ajuda! - a Tori retirou de um dos bolsos uma boa quantia de dinheiro. - Tome, esse dinheiro todo pode ser seu se você me levar até o Beck. Tem uma última coisa que eu preciso falar com ele. Por favor, me ajude!

Jade desviou o olhar para o dinheiro. Riu de um jeito ganancioso, pois àquela grande quantia poderia lhe ser conivente. E, por mais que ela não soubesse como encontrar o Beck, aceitou o desafio. Ela começara a fazer planos com o dinheiro da Vega.

— Beleza, te ajudo nessa. - Jade pegou as notas das mãos da morena. - Você tem carro?

— Tenho.

— Ótimo, vamos cair na estrada ainda hoje. Volte aqui por volta das 23h.

 

 [ 23h da Noite ]

 Da janela de seu quarto, Jade espreitava a rua, aparentemente, deserta. Contentou-se com a pontualidade da Tori, que vinha se aproximando em um carro vermelho.

A Vega estacionou o veículo bem em frente a residência dos West's - que, naquele horário, já se encontravam adormecidos. Tori, entretanto, não hesitou de buzinar freneticamente, numa tentativa desesperada de chamar a atenção de Jade.

— Quer acordar a vizinhança?! - Jade murmurou baixinho, entrando de uma vez no carro da patricinha. A West não se importou de fechar a porta com bastante força.

— Ficou maluca? Assim você vai quebrar o carro da minha irmã! - Tori gritou, histérica.

— Só dirige, tá? - Jade ordenou, impaciente, virando o rosto. Quanto menos elas conversarem, melhor seria a "convivência".

 Após darem uma longa volta na cidade, atravessando pontos turísticos e desconhecidos por ambas; Tori e Jade finalmente voltaram a se falar:

— Faz meia hora que estou dirigindo essa joça. Para onde estamos indo, afinal?!

— Não sei. - Jade deu de ombros. 

 - Ah, ótimo. - Tori fungou o nariz, brava. - Estamos andando em círculos!

— Era o que o Beck gostava de fazer. - Jade disse abertamente, dispertando a atenção da Tori. A Vega se surpreendeu com o tom "admirável" que a West usava para retratar o Oliver, além de um pequeno sorrisinho no canto da boca. - Ele não tinha o costume de usar GPS. Deixava a vida guiar ele. Ele se sentia mais "livre".

— Então os boatos eram verdadeiros? - Tori rangeu os dentes. - Você e o Beck realmente saíam juntos, por debaixo do meu nariz.

Jade revirou os olhos.

— Só saímos uma única vez!

—  É estranho ALGUÉM dizer que saiu "uma única vez" com o meu namorado e se lembrar desses pequenos detalhes de uma forma tão vívida. 

Jade deixou de lado o ataque ciumento da Vega e deu importância para algo realmente espantoso:

— Por que estamos parando? - questionou ela.

— Droga! A gasolina acabou.

— E agora? - era tarde da noite e as duas haviam empacado o veículo logo no meio de uma estrada deserta. 

Tori saiu do carro e se acomodou em cima do capô. Jade a seguiu.

— E agora que 'esperamos alguém nos socorrer'. - Tori disse, convicta e otimista.

— 'Alguém'? Está tarde, ninguém virá nos socorrer, sua tonta! E, caso apareça, quem garante que esse "alguém" não mexerá com nós duas? - Jade riu, tendo um plano muito melhor: - Vamos arrastar o carro até o próximo posto de gasolina.

— O próximo posto deve ficar muito longe daqui, Jade. - resmungou uma Vega preguiçosa.

 - Para de reclamar e vem aqui me ajudar! - exigiu Jade, já se esforçando para movimentar o veículo por conta própria.

 Somente com a ajuda da Tori, o carro deu os seus primeiros passos. Belo trabalho das duas, juntas, moveu o veículo por longos quilômetros. As duas nem se deram conta das horas passando e só descansaram mesmo quando alcançaram o posto - quando o sol estava para nascer.

— Conseguimos! - Tori esboçou um pequeno sorriso, abraçando a traseira do carro. Enquanto isso, Jade se encarregava de encher o tanque.

 

[ *** ]

— Para onde vamos agora? - Tori questionou, tomando conta do volante novamente.

Jade permaneceu em silêncio, refletindo.

— Alô? Jade? Terra chamando? 

— Argh, estou pensando! Pense: para onde o Beck iria se não sentisse acolhido nessa cidade?

— Shopping? - Tori chutou.

Jade riu, negando o palpite dela.

— Tem certeza de que você namorava o Beck? Não me parece algo que ele gostaria de fazer.

— Pois gostava. Ele me acompanhava sempre.

— Porque esse era o SEU "mundinho" patético. Ele devia estar saciado de você e foi atrás do que ele idealizada. - Jade coçou a cabeça, tentando se relembrar das conversas com o Oliver. - Que tal irmos para um teatro?

— Teatro? Essa hora?

— É! - cogitou mais: - Um teatro abandonado! Sabe de algum?

— Não. - Tori repassou o seu Pear Phone. - Pesquisa na internet.

 - Aqui! - Jade foi rápida nos dedos. - Achei um que fica em 20 minutos de estrada. Vamos, liga o carro. Vou te indicando o caminho.

 

[ 20 MINUTOS DEPOIS ]

— É aqui! - Jade anunciou, fazendo a Vega estacionar no acostamento da estrada. O teatro desativado se encontrava exatamente no meio de um matagal alto. Aquele ambiento abandonado aterrorizava até mesmo a Jade, embora ela não deixasse transparecer.

— Tem certeza que ele está aí? - Tori perguntou, medrosa.

— Não. 

A Tori arfou e se retirou do veículo, sendo seguida pela Jade - que, novamente, fechou a porta do carro com bastante força. A West nem deu bola para o olhar fuzilante que a Vega lhe lançou.

— Você vai na frente. - Tori impôs, com medo de ser atacada por algum animal naquele matagal.

— Tá. - Jade apenas revirou os olhos.

Após andarem longos metros e mancharem os sapatos de lama, Tori e Jade finalmente alcançaram o tal teatro. O lugar estava literalmente caindo aos pedaços. Nem sequer havia uma porta de entrada. 

— Ele não deve estar aqui. - Tori, amedrontada, deduziu, olhando em volta. - Vamos voltar.

— Espera! - Jade a impediu de sair do lugar. - Está ouvindo isso? É som de piano.

— Não estou ouvindo nada.

— Vamos, vamos entrar. - Jade já foi lhe puxando pelo seu pulso ossudo.

As garotas saíram emburacando o teatro. Passaram pela antiga bilheteria sem fazer grandes alardes.

Jade se mostrou curiosa para saber de onde vinha o som de piano; já a Tori queria mesmo era voltar para o seu carro e esquecer que pôs os pés em um teatro abandonado.

Havia muita poeira e teia de aranha para todos os lados, entretanto, o que mais amedrotou a Vega fora um crânio - cenográfico - no caminho das duas. 

— AHHHHHHH - Tori berrou, chutando o crânio para bem longe.

Graças ao gritinho desesperador da Vega, o pianista parou de tocar sua música.

— Viu o que você fez, boca-de-autotune? - Jade queria estrangular a morena.

Além de não saberem para onde ir, as duas também ficaram sem ter o que ver. Alguém desligou o registro de energia, apagando todo e qualquer rastro de luz.

— Ótimo! Belo trabalho, Tori. - Jade sacou o seu Pear Phone e ligou a laterna. - Agora já sabem que invadimos o teatro.

— E-eu... Vamos embora, Jade.

— Não! Qual foi, tá com medinho do escuro?

Jade voltou a puxar o pulso da Tori. Elas iam se aproximando de uma das salas. Uma sala ampla, repleta de assentos morfados e quebrados. Longo a frente havia um palco com as cortinas fechadas.

Mesmo contra sua vontade, Tori foi coagida a subir ao palco com a West. Por de trás das cortinas, elas encontraram apenas um piano vazio. 

— Para onde o pianista foi? - Jade questionou, curiosa. O jogo de gato e rato parecia lhe dar mais adrenalina.

— Jade... - Tori, tremendo de medo. - E se não for o Beck? Eu... Eu quero ir embora.

— Argh. - exausta da companhia da Vega, Jade a soltou de suas garras. - Tá, se quer ir, vai logo! 

— Não sem você. Tá louca de ficar aqui?

— Desde quando se importa comigo? 

Tori não a respondeu. Ao menos, não teve tempo de resposta. A Vega acabou desmaiando quando viu um vulto preto passar atrás da Jade.

— TORI! 

Jade não sabia se ia dar amparo à Vega caída no chão ou se corri atrás do tal "rato". Ela optou pela segunda opção.

— Parado aí! - ela berrou, correndo atrás da pessoa "encapuçada". 

O encapuçado não aliviou para o lado da West correu, se escondeu e, por fim, jogou móveis para impedir que a Jade o alcançasse. Ironicamente, o encapuçado teve a sua capa presa em um dos móveis, o que o impediu de continuar com o joguinho de pega-pega

— Foi bom enquanto durou, Beck! - Jade disse, arrancando o capuz e a capa, revelando a verdadeira identidade do "meliante". 

Para a surpresa e desgosto da Jade, aquele não era quem ela tanto procurava. 

— Quem é você? - ela questionou, abismada.

— Sinjin. - respondeu um magrelo verruguento. - E você? O que faz aqui?

— Jade. - respondeu uma morena, cabisbaixa. - Eu estava só a procura do...

JADE.

De imediato, a morena ergueu a cabeça, reconhecendo aquela voz máscula e calma, que ecoava pelo ambiente mórbido. Era o Beck, saindo de um dos 'esconderijos' secretos. Assim como o tal Sinjin, o Oliver estava trajando uma capa preta.

— Beck? - a Jade quase não o reconheceu. Após um mês 'desaparecido', o moreno mudou bastante. Havia deixado o cabelo crescer um pouco mais da conta, além de estar mais pálido do que o normal. O seu corpo suplicava pelo sol, um bronze.

O reencontro dos dois foi um tanto quanto incomum. Após se reaproximarem, Jade não soube como reagir. Ela sentia vontade de abraçá-lo, tocá-lo, mas não se sentia tão à vontade quanto o Beck, que sorriu e a tocou em sua bochecha.

— Cara, o que você está fazendo aqui? - Jade perguntou, curiosa.

— Vem comigo. Te explico tudo no caminho. - Beck estendeu a mão para que a morena o acompanhasse.

— Tá. - Jade deu sua mão, mas, ainda assim, relatou da Tori: - A Tori... Ela desmaiou no palco.

— Tudo bem, o Sinjin vai tomar conta dela. - Beck disse, tranquilo.

Beck e Jade atravessaram em um túnel subterrâneo e secreto. A morena se surpreendeu quando avistou mais pessoas encapuzadas. Todas pareciam prestar atenção em um homem - também encapuzado - escrevendo algo no quadro negro.

— O que é isso aqui? - Jade cochichou baixinho para o Oliver.

— "Isso" é um clube secreto de teatro. - Beck relatou. Apontou diretamente para o homem que escrevia algo no quadro negro. - Aquele ali é o nosso líder. Ele quem fundou esse clube secreto.

O homem - que escrevia algo no quadro - finalmente enxergou a "penetra" de papinho com o Beck, nos fundos do túnel.

 Jade se espantou. Ela se tornara o centro das atenções quando o tal "líder" decidiu se aproximar dela. Somente quando chegou bem perto, este revelou a sua identidade.

— Seja bem-vinda ao meu clube, Jade. - disse o líder com um sorriso macabro no rosto.

— Sikowitz? - Jade deu uns passos para trás, assustada. O professor biruta da Hollywood Arts era o "grande" líder de um clube secreto em um teatro abandonado. - Seu louco! Você sabia do paradeiro do Beck esse tempo todo!?

— Claro, eu mesmo o convoquei. Ninguém, nem mesmo a polícia, iria suspeitar de mim. - respondeu Sikowitz, orgulhoso. - Beck é um dos meus melhores alunos, além de ser um amante da arte. 

 - E agora que você sabe da existência do clube, que tal fazer parte? - Beck questionou para a Jade, que, novamente, deu para trás. 

— E-eu? - ela riu, balançando a cabeça. - Não, não posso. Não posso sumir, a minha família depende de mim. O meu irmãozinho, o meu pai...

— Pensei que você odiasse a sua família.

— Sim, eu os odeio! Mas...

Sikowitz gargalhou, interrompendo o papo entre o "casalzinho". Naquele exato momento, Sinjin vinha trazendo a Tori, recém-acordada, para dentro daquele espaçoso túnel.

— Beck! - Tori correu para os braços do 'ex'. Aquela cena fez a Jade estremecer de raiva. - Oh, Beck! Você está vivo!

Mesmo estando abraçado com a Tori, o Oliver trocou olhares tímidos com a Jade, que decidiu se afastar. Tori e Beck tinham muito a conversar.

Enquanto os dois tinham um momentinho sozinhos, Jade tirava algumas dúvidas sobre o tal clube secreto. Ela ficou chocada quando soube que apenas o líder era apto a sair dos aposentos, enquanto os demais tinham que ficar reclusos naquele teatro 24h por dia. Os membros não poderiam ter contato com a família, muito menos ter conhecimento do que acontecia mundo a fora. Somente o líder teria a liberdade de autorizar o fim do ciclo de reclusão de um dos membros; que, ainda assim, era obrigado a jurar segredo sobre a existência do clube.

Logo após encerrar a conversa com o Beck, Tori veio se aproximar de Jade. 

— Tá tudo bem? - Jade estranhou a Vega estar com os olhos marejados. 

— Sim, está tudo bem agora. - ela garantiu, limpando as lágrimas com os dedos. - Vamos embora?

Jade voltou a trocar olhares com o Beck. Era visível o quanto ele desejava a permanência e companhia da West naqueles aposentos com os demais.

— Sim, vamos. - Jade disse, receosa. Ela estava bem dividida, meio indecisa, mas optou por ir embora com a Tori.

Antes de partirem, a garotinha gótica quis se despedir pela última vez com o Beck. Os dois se abraçaram por um longo tempo e, para concretizar a "despedida", Jade ousou beijar o Oliver. Não deu a mínima para a Tori ou qualquer outra coisa, ela queria ter certeza de que aquele momento iria valer a pena.

Ao final do beijo intenso entre eles, Sikowitz puxou uma salva de palmas. 

— Que emocionante esse beijo! - celebrou o professor biruta.

 

[ *** ]

Silenciosas, Tori e Jade se direcionaram para a saída do teatro. Quando estavam prestes a alcançar a bilheteria e avistarem uma brecha de luz solar invadir aquele ambiente, Jade foi diminuindo os passos até paralisar no meio do caminho.

— Que foi? - Tori estranhou, virando-se para a Jade.

— Eu... - ela mordeu os lábios e pôs as mãos nos bolsos. - Eu acho que vou ficar.

Tori arregalou os olhos, abismada e lhe disse de um jeito dramático:

— Esse clube é tipo um suicídio social. Só louco mesmo para aceitar participar disso.

— Eu sei. - Jade riu, revirando os olhos. - Mas... Algo me diz que eu devo ficar. Aqui eu me sentirei aceita.

Tori apenas assentiu com a cabeça, respeitando a cabeça.

— O Beck parece gostar muito de você. - disse a Vega, entortando a boca de lado. - Eu espero que dê certo para vocês. De verdade.

— Obrigada. - Jade fez uma careta estranha, como se não estivesse preparada para uma reação compreensiva da Tori. Ao menos a Vega havia desistido da ideia de que a West "roubou" o Beck dela. 

 

Antes que Jade retornasse aos aposentos, ela fez um último pedido a Tori. 

— Poderia ir até em casa e avisar que em breve estarei de volta? - Jade pediu, segurando a mão da Vega. - É importante para mim que eles saibam da minha decisão e que eu os amo. Amo bastante... - Jade admitiu com um sorriso franco no rosto. - E, ah, diga para o Rick se afastar do meu quarto!

— Eu lhes direi. - Tori garantiu. 

 

FIM.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por essa vocês não esperavam né??? O.o

Um clube secreto de teatro comandado pelo professor que não bate bem da cabeça '-'

É isso gente hahaha até a próxima!! Bjs!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Where Are You Now?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.