My blood thristy girlfriend escrita por Calpúrnia
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo e esse é um pouco mais explicativo do que de ação. Eu inclui algumas explicações sobre vampiros e humanos, mas foi puramente coisa da minha cabeça, então não precisa ficar hiper impressionado com os detalhes.
4.
Neji era considerado o gênio do clã Hyuuga por diversas razões, mas a principal delas era porque ele sabia antes que a própria pessoa soubesse de seus erros e burrices. Na manhã seguinte à noite de Halloween ele conseguiu sentir o cheiro de roubada que sua querida irmã não fez questão de esconder. Ele ainda não tinha certeza sobre o que ela havia feito, mas não era nada bom. O jeito com que ela andava e fingia que nada tinha acontecido era muito óbvio.
Na tarde seguinte, quando Hiashi e Hanabi saíram para uma reunião com os Yamanaka, eles finalmente ficaram sozinhos e Neji não criou rodeios. Hinata estava na biblioteca e ele fez questão de tirá-la da leitura e iniciar seus questionamentos que eram vários.
ㅡ Então você saiu para um passeio em Tóquio e acabou dormindo num hotel, hm?
A mais jovem franziu o cenho antes de assentir e ficar em silêncio. Na verdade, não tinha muita coisa para dizer ao irmão, porque, sinceramente, poderia acabar se entregando sem necessidade alguma. Ela só precisa ficar quieta e não deixar os detalhes escaparem de sua boquinha.
ㅡ E conte-me, irmã, o que você encontrou de tão interessante na cidade que não pôde voltar para casa?
ㅡ Nada, de verdade. Só queria ficar sozinha, nii-san. ㅡ respondeu o mais calma e sincera possível. ㅡ Você não gosta de ficar sozinho às vezes?
ㅡ Bom, não em noites de festa no clã. E menos ainda numa noite tão perigosa para criaturas como nós.
Hinata apenas revirou os olhos. Era incrível como Neji insistia em tratá-la como uma garotinha indefesa e burra que só sabia cometer erros ㅡ mesmo que ela realmente os cometesse. Mesmo assim, ficava exausta com essas conversas tão extensas sobre como ela deveria ser decente.
ㅡ Tudo bem, nii-san. Desculpe ter te preocupado. ㅡ sorriu culpada. ㅡ Isso não vai se repetir, sim? É só que ultimamente tenho estado entediada e sozinha. Eu só queria respirar um pouco, fora de casa.
Neji amoleceu com a resposta da irmã e sentiu-se culpado. Ele realmente era muito duro com Hinata, perseguindo-a pelos cantos como um guarda-costas feroz, mas ele a amava tanto e queria tê-la a salvo. Sendo uma vampira, era muito perigoso ficar simplesmente andando por aí como se o mundo fosse seguro quando, na verdade, não era. De qualquer forma, ela era uma anciã e adulta o suficiente para se cuidar. Ou era isso que ele queria acreditar.
ㅡ Apenas tome cuidado, Hinata. ㅡ alertou calmamente. ㅡ Você sabe que otou-san não quer que você se machuque.
ㅡ Claro, nii-san. ㅡ sorriu e abraçou o irmão. ㅡ Não se preocupe comigo, por favor. Preocupe-se com você neste momento.
O homem assentiu e sorriu, deixando-a sozinha novamente. Quando a porta se fechou, Hinata soltou o ar que nem sabia que estava prendendo e tentou se acalmar. Cada dia que se passava ela se tornava uma mentirosa mais habilidosa. Assim, teria que permanecer nessa linha de fada inocente que sabe se proteger e não faz bobagens. Neji era tão esperto e sagaz que ela sabia que um mínimo deslize e tanto ela quanto Naruto estariam mortos.
Já era noite quando ela retornou do jantar com a família. Depois de pensar um pouco, ela levou para o quarto um livro sobre a relação entre vampiros e humanos. Hinata geralmente não dava muita atenção para esse tema, porque já não convivia mais tanto assim com humanos e eles nunca ficavam perto dela tempo suficiente (regras do senhor Hiashi Hyuuga).
O que despertou sua curiosidade era em muito a presença de Naruto. Ele era extremamente humano, e quente. Isso a deixava com bastante sede, mas além da sede, ela sentia atração pelo corpo humano, pela pele quente tão diferente da fria dela, e especialmente como ele reagia quando ela o sugava. Era estranho, porque ela nunca teve conhecimento que humanos poderiam sentir prazer com vampiros. No entanto, ela entendia os motivos pelos quais não sabia nada sobre esses detalhes, e o principal deles era Hiashi e sua obsessão por mantê-la quieta.
Na página 30, ela encontrou uma passagem muito interessante.
“Os vampiros são seres sensíveis e, conforme vivem em sociedade, isolam-se e tornam-se cada vez mais solitários. Algumas características físicas como a frieza da pele, a sede por sangue e a vida eterna os impedem de criar laços com seres humanos. Durante os anos de vida, os vampiros são obrigados, então, a esconder sua identidade, mudar de localização constantemente e adotar novas vidas. Tal comportamento pode levar a sintomas graves de agressividade, impulsividade e até assassinato descontrolado.
Ao conviver com humanos, os vampiros se tornam mais calmos e controlados, especialmente se estiverem acompanhados por seus escolhidos. Os escolhidos são os humanos cujo sangue desperta as melhores características de seus vampiros, como compaixão, amor, empatia e solidariedade. Além disso, o laço criado entre as duas criaturas pode levar a outros acordos de paz entre as duas sociedades. Somando-se a isso, a relação é forte e, em caso de uma marca, é impossível quebrá-la. A única opção é que um dos pares morra ou tenha sua alma corrompida.”
Agora Hinata era capaz de entender melhor como era relação entre vampiros e humanos. Diferente do que ela achava, era possível conviver perfeitamente entre si, desde que houvesse um escolhido. Em seus 200 anos de vida ela nunca havia ouvido falar sobre o fato. Era interessante como ninguém falava sobre isso, porque, aparentemente, era proibido.
Ela iria continuar a leitura quando recebeu uma mensagem no celular. O número era desconhecido, mas a mensagem era clara e óbvia de quem era. Hinata riu e respondeu.
“Amanhã, no Museu de Akasaka, às 10h”
“É uma emboscada, garoto?”
“Eu não me atreveria, vampira”
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