Para sempre, primeiro amor escrita por Flor de Konoha


Capítulo 16
Capítulo 16 - Arrependimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Sorry pela demora na postagem. Fiquei um pouco ocupada e com um bloqueio também. Pensando se encerro a estória em breve ou desenvolvo mais algumas situações... mas enfim, postei e sai correndo kkkkk Mil desculpas pela demora, sou leitora também e sofro horrores com a falta de atualização. Boa leitura :D



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ㅡ Medida protetiva? ㅡ leu o papel incrédulo antes de amassar. ㅡ Desgraçado!

ㅡ Eu disse, Naruto! Hiashi é influente e ia usar isso contra nós. Ele alegou que você o agrediu no hospital e tinha várias testemunhas.

Naruto bateu na mesa. 

ㅡ Calma. Tenho boas notícias… ㅡ Konohamaru falou com um sorrisinho. O amigo o olhou desconfiado. ㅡ Você não vai acreditar na coincidência…

Naruto o encarou, encorajando-o a continuar.

ㅡ Como meu tio passou o caso da Hinata para mim, liguei para ele para tentar encontrar o garoto… descobri que, na verdade, eles são vizinhos da Hinata em Suna e ela o deixou com eles antes de vir para cá.

Naruto sorriu abertamente com a notícia. Hiashi não tinha solicitado a guarda do menino ainda.

ㅡ Vou ligar para o Shikamaru para adiantar os papéis da guardai. Vou buscá-lo agora mesmo!

ㅡ Espera! ㅡ exclamou na tentativa de impedir que o amigo deixasse a sala com pressa. ㅡ Eu já expliquei tudo a eles, estão a caminho daqui.

O coração de Naruto acelerou. Dessa vez veria o filho e o conheceria de forma adequada. Por outro lado, angustiava-se por Hinata. O filho não teria a mãe do lado e isso lhe dilacerava. 

Hiashi não estava para brincadeira. A partir dali seria travada uma guerra. Ele precisava jogar com tudo que tinha para resguardar o filho e proteger a integridade de Hinata.

Fizeram todo o trajeto em um profundo silêncio. Só era possível escutar o som de suas ações. O clima entre os dois era fúnebre.

Sakura estava totalmente absorta em seus pensamentos. Ainda não tinha se decidido se contaria a ele sobre a possível gravidez, afinal não recebeu nenhuma confirmação. Além disso, não queria ter que enfrentar a crise de seu casamento. Não estava pronta para encará-lo. Lembrava do que aconteceu instantaneamente e sentia repulsa. Mas também sabia que não tinha mais tempo, pronta ou não, sua filha precisava de estabilidade e equilíbrio.

Sasuke tentou ajudá-la a sair do carro, mas ela o dispensou com um abanar de mãos. Não queria ser tocada.

Sasuke sempre fora sério demais, frígido, quase indiferente. Mas isso era apenas uma casca. Por dentro ele era alguém doce e sensível e ela achava que só ela conseguia enxergar.

Agora estava totalmente em dúvida se o que vira era real ou uma invenção de sua mente.

Ele a acompanhou de perto, a passos lentos, temendo que ela caísse. Seus olhos permaneciam frios e sua expressão impassível, mas aquela situação estava o matando.

Sarada não estava em casa. Assim que recebeu o chamado de Tsunade ele a deixou com seus pais, para que pudesse buscar a esposa.

Entraram em silêncio e se detiveram na sala por alguns minutos, antes que um dos dois resolvesse falar.

ㅡ Sakura ㅡ disse, com certa cautela. ㅡ O que aconteceu?

Ótimo, pensou. Não tinha como adiar aquilo.

ㅡ Não consigo nem te olhar ㅡ ela falou para si mesma, mas foi o suficiente para ele escutar. Cobriu seus olhos com as mãos, estava exausta e queria gritar.

ㅡ Não tem como continuarmos nessa situação. Sarada precisa de um lar estável. Sua ausência está afetando bastante seu desenvolvimento.

ㅡ E o que sugere? ㅡ Sua voz carregada de desdém.

ㅡ Que volte.

Ela riu, quase se engasgando.

ㅡ Não é uma alternativa.

ㅡ Já chega, Sakura. Já teve sua vingança. Nada aqui funciona sem você.

ㅡ Acha que fiz isso por vingança?

ㅡ Eu. Não. Tive. Culpa. ㅡ Sasuke evidenciou cada palavra, mas sua defesa só a irritou.

Ela suspirou pesadamente.

ㅡ Eu estou exausta. Não quero ter essa conversa agora, por favor.

ㅡ E o que pretende que eu faça? 

ㅡ Eu não sei, só não me amola.

Sasuke olhou boquiaberto Sakura subir as escadas, aparentemente despreocupada com a urgência do assunto. Escutou a porta fechar e ser trancada. Jogou-se no sofá, apreensivo. O desinteresse dela poderia significar várias coisas, mas estava certo de que não era algo positivo.

Naruto montou uma estratégia de defesa com Konohamaru e o deixou cuidando dos detalhes. Logo encontraria o filho e precisava de forças para animá-lo. Precisava ver Hinata, falar com ela. Ainda que ela não pudesse respondê-lo momentaneamente. Queria dizer que não estava magoado com ela, que conseguia compreender suas decisões e que faria o melhor por eles. Queria dizer que estava nervoso e com medo do filho não gostar dele, mas que isso não importava, pois se ele tivesse herdado algo da personalidade dela, seria um doce.

Se encaminhou para o hospital para vê-la antes de ir encontrar o filho. Estacionou e se encaminhou para a recepção. Já conhecia a mulher, apenas acenou e adentrou.

Foi até o andar onde Hinata estava internada e se surpreendeu ao se deparar com dois seguranças na porta, enquanto sua tia apontava irritadamente para o rosto de Hiashi, que estava na porta.

ㅡ Meu hospital não é nenhuma empresa sua. Não pode entrar aqui e fazer o que quiser! ㅡ disse Tsunade, já imaginando o que aquilo causaria.

ㅡ O que está acontecendo? ㅡ perguntou Naruto, aproximando-se sorrateiramente.

Sua tia ajeitou a postura imediatamente. Costumava tratar Hiashi a rédea curta, pois ele tinha uma mania de querer tomar o controle de tudo.

ㅡ Naruto… ㅡ seu tom de voz suavizou, sabia que o sobrinho tomaria uma atitude impulsiva. Indicou que ele a acompanhasse para falar em particular no fim do corredor. ㅡ não pode vê-la.

ㅡ O que? ㅡ sobressaltou-se. ㅡ Isso está fora de cogitação.

ㅡ Naruto, ele é pai dela e ela está em coma. Não há nenhum responsável direto por ela, ele pode tomar essa decisão.

ㅡ Como ele pode comprovar que não tínhamos um relacionamento? Posso…

ㅡ Ele trouxe seguranças ㅡ ela o cortou.

ㅡ Isso não é propriedade particular? Você tem o poder de expulsá-los.

ㅡ Naruto! ㅡ sua voz subiu várias oitavas. ㅡ Ele tem uma ordem de restrição contra você, os seguranças são para ele. Precisa ficar a cem metros de distância dele. E eu não posso expulsá-los. Quer ser preso? Seja paciente!

Naruto olhou por sobre o ombro da tia e decidiu caminhar até a porta. Passou direto pelos seguranças, tentando abrir a porta e foi impedido por dois braços.

ㅡ Naruto! ㅡ Tsunade segurou seu braço antes que avançasse nos seguranças. ㅡ Não seja burro!
Mas ela não estava certa que ele havia escutado. Seus olhos injetados e a face esquentada diziam que não. Ela apertou ainda mais o braço dele, para que ele sentisse as unhas lhe incomodarem e ele finalmente a olhou. Livrando-se do aperto e andando a passos duros e rápidos para fora.

Ela correu em seu encalço.

ㅡ Naruto!

Ele continuou andando até a saída.

ㅡ Naruto! ㅡ finalmente o alcançou. Ele se virou bruscamente, sua expressão era transtornada.

ㅡ Tia, me deixa ir. Se eu ficar aqui, vou entrar naquele quarto custe o que custar.

Os dois se encaravam intensamente. Tsunade tinha um gênio forte e dominador, queria enfiar algum juízo na cabeça do sobrinho.

ㅡ Você precisa se sabotar dessa forma? ㅡ Ela questionou, sem fazer ideia de tudo que estava envolvido. ㅡ Será que é necessário mesmo você se meter nessa família de novo? Ele é pai dela, Naruto! E a história de vocês acabou faz tempo. Tenha cautela!

Ele não disse nada imediatamente. Não mediu as palavras, apenas falou o que sentia.

ㅡ Eu nunca pensei que de todas as pessoas… principalmente depois do que o padrinho enfrentou… seria você a me dizer isso.

A mão de Tsunade escorregou pelo braço dele. Sua expressão era lívida. Ela não disse mais nada. Não podia. Aquele assunto era algo que remexia tudo dentro dela e magoava-a por tudo que permitiu o marido passar. Ela não o merecia, sabia disso. Mas não era nada agradável ouvir isso de alguém.

Naruto seguiu seu caminho, deixando a tia para trás. Correu para o carro, antes que fizesse uma cena no estacionamento. Dessa vez não teve forças para se segurar. Chorou copiosamente durante vários minutos. Chorou para dissipar a raiva e mágoa que sentia enraizada no coração. Chorou por se sentir impotente e não poder fazer nada por Hinata. Pela separação, novamente precoce, onde não houve tempo para remissão ou perdão.

Seu telefone tocou, como uma aviso que a vida não respeita a dor de ninguém e que ele precisava agir rapidamente e não ficar se lamentando.

Respirou fundo e pigarreou, espantando a voz de choro antes de atender.

ㅡ Onde você está? ㅡ a voz animada de Konohamaru contrastou com seu humor. ㅡ Meus tios já estão chegando e… eu consegui contatar a Hanabi.

Naruto foi enfiando a chave na ignição e se preparando para sair do estacionamento.

ㅡ Já estou no caminho.


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Notas finais do capítulo

Agora esse circo vai virar kkkkk Chega de sofrimento, né gente? A chegada da Hanabi vai trazer algumas revelações hahaha aguardemos! Comentem! Até a próxima ;*



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