Save Me escrita por Lilium Longiflorum


Capítulo 6
Olhando para frente




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Floresta tropical Amazônica

Victor voltara para sede do regime e deixará um pen-drive com Harley que continha um programa de vigilância da sede do regime, para todos ficarem sabendo de tudo o que acontecia lá. Também seriam alertados se o esconderijo fosse descoberto. Também fora deixado com eles um celular criptografado.

Quando Harley abriu o programa logo se sentiu familiarizada e feliz, Cyborg havia recuperado o Irmão Olho, antes inutilizado pelo Superman. Agora estava nas mãos da insurgência.

— Nem acredito que o Victor nos deixou essa maravilha! – exclamou Harley animada.

— Já estava pensando em como iriamos mexer nisso – disse Selina ao lado de Quinnn enquanto lixava suas unhas.

— E como estão Kara e Floyd lá em Metrópolis? – perguntou Capitão frio se aproximando das duas.

Hal olhou em direção aos que estavam ao redor da mesa e soltou um suspiro dizendo:

— Só espero que estejam bem.

Igreja Boa Esperança - Metrópolis

Kara desejava no mais intimo de seu coração de que aquela garota não descobrisse a sua verdadeira identidade. Jéssica Kim veio da Coréia do Sul aos nove anos de idade morar em Central City junto com os pais e desde cedo demonstrou grande interesse nas novas tecnologias. Acabou se formando em Stanford e se especializou em nanotecnologia e suas habilidades a levaram a trabalhar no STAR Labs. Um pouco antes de se iniciar o primeiro regime de Superman, ela descobriu Brainiac e sua tecnologia. Com entusiasmo começou a fazer altas descobertas e muitos a parabenizavam pelo que havia conquistado, mas o regime trouxe muitas restrições, entre elas gastos e não puderam mais investir na pesquisa de Jéssica. Por conta própria e com um pouco da ajuda de seus pais Kim continuou a sua investigação, sem contar a ninguém. Depois da prisão de Superman, Jessica e seus pais se tornaram cristãos, mas com a perseguição massiva de religiões monoteístas, seus pais decidiram deixa-la na igreja Boa Esperança em Metrópolis enquanto ficavam em uma pequena comunidade em Central City. Jéssica era magra, de altura mediana e cabelos longos, negros e lisos. Vestia-se sempre com uma roupa que a deixasse confortável, amava moletons, calças legging e tênis.

Floyd tentando quebrar o clima de tensão que havia se criado perguntou:

— De onde a conhece, Jess?

Kim fez uma expressão de como se quisesse se lembrar de algo, esforçou bastante, mas não conseguiu. Respondeu:

— Não consigo lembrar...

Kara soltou um suspiro de alívio e disse:

— Nós nunca nos vimos antes.

— É verdade, mas você não precisa ter medo de nós – disse Jéssica - Nunca iremos a favor de Superman. Ele caíra assim como todos aqueles que perseguiram os cristãos.

— Assim esperamos! – disse Jenny com um sorriso no rosto.

(...)

Era por volta das sete horas da noite, todos estavam dentro do salão sentados no chão jantando. Floyd contou a sua mãe como conseguiu fugir de Superman, mas Jenny estava curiosa sobre a garota que estava com ele.

— Floyd, me diga a verdade – disse sua mãe em um sussurro – de onde vem essa garota?

— Por que está fazendo essa pergunta? – perguntou o Pistoleiro com uma expressão de nervosismo – Eu já lhe disse.

— Sei quando você está mentindo. Essa garota parece muito com a Supergirl.

— Mãe! Por favor!

— Pode dizer filho. Ou não confia em nós?

Floyd respirou fundo e confessou:

— Ela é a Kara Zor-El.

— Eu não me engano – assegurou Jenny com um jeito matreiro – Mas vou continuar chamando-a de Leona, não se preocupe.

— Isso me anima – Floyd suspirou de alívio.

Jenny deu uma mordida no pedaço de carne que estava em seu prato, depois que engoliu perguntou:

— E ela vai dormir aqui?

— Não. Cyborg conseguiu alugar um apartamento aqui próximo da igreja. – Floyd olhou no relógio – e ela precisa ir embora agora, o toque de recolher já deve ter começado.

— Ela está segura com você.

Floyd deu um sorriso enquanto olhava Kara e Jessica conversando.

(...)

— Mas você está vivendo aqui com eles? – perguntou Kara misturava o molho ao macarrão.

— Sim – replicou Jessica enquanto lembrava de seus pais – Eles acharam melhor eu sair de Central City para Superman não me encontrar lá.

— Você não acha perigoso ficar aqui tão próxima a ele? Com certeza Clark deve estar ciente de que você conhece o sistema de Brainiac.

— Ele sabe e alguns dos seus súditos foram a minha procura para eu trabalhar para eles. Mas  alguém disse que eu havia morrido no dia da invasão de Brainiac. Estou morta para o governo.

Kara se lembrou de falar com relação à ajuda que ela poderia dar a insurgência e ficou pensativa por alguns instantes. Jéssica a observava enquanto ela mastigava o macarrão e perguntou:

— Você trabalha pra insurgência com o Floyd?

Supergirl engoliu a comida e fez um sinal afirmativo com a cabeça. Kara nunca sentiu uma confiança tão rápida por uma pessoa, mas ainda tinha certo receio de falar quem era. Uma hora ou outra ela teria que falar sua verdadeira identidade. Enquanto Kara enrolava o espaguete no garfo disse:

— Temos um espião junto com Superman.

Jéssica parou e perguntou atônita:

— Quem é?

— Victor Stone – falou Kara sem olhar para Kim – preciso que nos ajude a libertar Batman daquele... daquela máquina que está controlando ele.

— Sabia que vocês não vieram aqui apenas pra frequentar nossa comunidade – disse Kim com um tom de sarcasmo.

— Isso é um dos primeiros passos para libertar o mundo da escravidão de Kal – insistiu Kara com os punhos cerrados sobre a mesa – tirar o Batman daquele torpor.

— E o que vocês querem que eu faça?

— Você junto com Cyborg pode derrubar aquele sistema. Você mais do que ninguém entende como o sistema de Brainiac foi engendrado e conhece o seu ponto fraco. Precisamos de sua ajuda.

Jéssica olhou para o lado pensativa, em seguida encarou Supergirl e disse:

— Eu vou ajudar. Venha as oito da manhã pra cá e iremos começar a brincadeira.

Kara deu um sorriso esperançoso e agradeceu segurando as mãos de Jéssica que também sorria.

(...)

Floyd e Kara andaram alguns metros até um prédio que aparentava estar abandonado na mesma rua das ruínas da igreja. Floyd entregou a chave para Kara e disse:

— É o quinto andar. Tome cuidado com quem você colocar dentro desse apartamento, pode pagar com a vida.

— Pode deixar, senhor Lawton. Vou ficar viva! – disse Kara tirando a chave das mãos dele – E você vai ficar onde?

— Passarei a noite com minha mãe depois dou um jeito de voltar para o esconderijo.

— Se cuida! – disse Kara entrando na escuridão do prédio.

Com a sua super velocidade ela subiu as escadas ficando frente a sua porta. Abriu à porta se dificuldade, entrou e trancou a porta. Era apenas um quarto com uma cama de madeira, uma estante vazia, uma televisão em cima de uma mesinha e uma caixa ao lado da cama. Ela abriu a caixa e viu algumas roupas. Entre as mudas de roupa havia um bilhete digitado do Cyborg:

Perdoe-me se não gostar das roupas, mas foi o que consegui L Tome cuidado para não te descobrirem. Fique bem, Victor.

Kara sorriu e sentou-se na cama, olhou para uma porta e foi até ela: era um banheiro com chuveiro.

— Um banho agora seria ótimo.

Ela se despiu, tirou o rabo de cavalo falso, suas lentes e entrou no banheiro. Enquanto a água caía em seu corpo se lembrou de todas as mentiras que lhe contaram no tempo em que estava em Kandaqh. Lembrou-se de como foi salva e de seus novos amigos e uma saudade de Hal lhe veio apertando o seu coração. Será que vou vê-lo outra vez? Como será que ele está?

 Enquanto isso a água avermelhada da tinta caía sobre seus pés e disse:

— Logo ficarei loira de novo.

Saiu do banheiro enrolaao em um roupão e com uma toalha enrolada na cabeça. Quando ia arrumar a cama ouviu uma forte batida na porta fazendo a se assustar, logo se lembrou do conselho dado por Floyd. Engoliu seco e com sua visão de raio x viu quem era e ficou sem fala. Abriu a porta e viu um rapaz de cabelos e olhos castanhos, vestia calça de sarja cáqui, uma camiseta verde e um casaco que apenas o pessoal da Força Aérea Americana tinha. 

Com um sorriso disse:

— Hal!


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