Vamos juntos ao festival? escrita por Agome chan


Capítulo 3
É assim que namoro funciona




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796380/chapter/3

Tsuyu, Uraraka, Ilda e Midoriya, estavam se divertindo num jogo de argolas. Foi quando Deku percebeu Kacchan na barraca atrás dele, e decidiu se aproximar.

Kacchan, você veio?! Não esperava te ver aqui, o que vai fazer?

O sorriso amigável de Deku, ao ver a expressão séria e decidida do Bakugou, com uma arma na mão, se desfez.

Se tranquilizou ao ver que ela estava presa a barraca e era de brinquedo.

— Vou derrotar esse desgraçado — disse o outro, entre grunhidos.

Midoriya então notou um rapaz mais velho com sorriso presunçoso, segurando outra arma.

— Oh, oh, não precisa ser assim — falou o rapaz. — Eu só disse que vou ganhar o Crimson Riot para minha coleção.

O boneco do super-herói estava entre os prêmios no topo.

Raivoso, Katsuki proclamou:

— Vai sonhando!

E os tiros das balas de borrachas eram disparados, o senhor da barraca se escondeu por proteção, aquele jovem loiro parecia muito irritado, ficou assustado.

— Oi, Midoriya!

Deku se virou para trás.

— Kirishima-kun, você veio também?

— Vim sim!

— Você é bom em jogos?! Ganhou muitos prêmios. — Reparou as sacolas que ele levava, cheia de pelúcias, figuras de ação e etc.

Claro deu mais atenção nos que eram do All Might. Tinha até uma camisa super legal do herói. Deku pegou para olhar, a estampa era muito bonita.

— Alguns eu ganhei, tipo essa camisa aí, mais os outros foi o Bakugou. — Mostrou a sacola, especialmente a que tinha uns tubarões de pelúcia, e coisas do Crimson Riot.

Tudo fez sentido na cabeça do Midoriya naquele momento. Se aproximou bastante do Kirishima.

— E-eu não sabia que estavam namorando — sussurrou.

Ao ouvir o sussurrou, seu rosto se iluminou, como se tivesse recebido um grande elogio:

— Nós estamos sim.

— Meus parabéns, Kirishima-kun.

— Muito obrigado! Midoriya, quando você vai começar a namorar?

— Hã? Eu? E-eu não sou popular que nem você e o Kacchan.

— Eeeeh? Da onde tirou que eu sou popular?

— Kirishima-kun, você é sim!

— CHUPA! — A atenção deles foi capturada pelo grito de Katsuki. Ele se glorificava pela a própria vitória, sacudindo a caixa que estava o Crimson Riot. — Na sua cara!

O rapaz, que perdeu, parecia frustrado por razões óbvias.

— Eu admito a derrota, mas não precisa agir assim. Ainda tenho respeito por quem admira um herói da velha guarda, mesmo nós sermos jovens, e que tenha ele como favorito.

— Hã?! Do que está falando? O meu favorito é o All Might

— O-o… não seja um poser! Você fez de tudo para ganhar e ele nem é seu favorito?! Como assim?

— E daí?! Eu sempre dou de tudo pra ganhar, senão por que eu participaria disso?! E não foi pra mim! Foi pro meu namorado! — Quando Bakugou percebeu o que tinha falado, já era tarde.

Sentia as orelhas ficarem quentes.

O rapaz arregalou os olhos e logo estava dando um sorriso abobado:

— Oooh… e eu achando que você só era um cara grosseiro e chato.

— O QUE VOCÊ DISSE?!

— Katsuki, se acalma — se aproximou Kirishima, pousando uma mão no ombro dele. — Desculpe, — se dirigiu ao outro jovem — ele é assim mesmo.

— Tudo bem, tudo bem, eu que me desculpo por ficar invejando que ele ganhou. Você deve ser o namorado, não é?

— Hehe, sou sim.

— Meus parabéns, aproveite sua figura de ação do Crimson Riot.

— Muito obrigado! Eu sou muito fã!

— Eu também! Fico feliz em encontrar outro admirador! Esse realmente é um presente incrível pra se dar pra alguém. Tchau para vocês!

— Tchau! — Kirishima acenava, mesmo sendo arrastado para longe pelo namorado.

Iida comentou com os amigos:

— Então, Bakugou também esse lado carinhoso?

— Eu achei fofo os dois, kero — sorriu Tsuyu, sendo acompanhada pela Uraraka que batia palminhas.

— Mina estava certa, é um bom ship.

— O que é um ship, Uraraka-san?

— Deku-kun tem muito que aprender — ela respondeu entre risadas junto a Tsuyu.

.

.

.

Os fogos de artifícios explodiam no céu, os dois assistiam no alto da colina, mais afastados no templo, para ficarem sozinhos, sentados em um banco.

— Foi meu primeiro encontro num festival.

Bakugou se virou para Kirishima, que tinha dito aquilo olhando para o céu.

— Encontro romântico, é o que quis dizer.

— Eu entendi o que você quis dizer.

— Encontro romântico do tipo oficialmente namorando, o que eu quero dizer.

Agora deixou Bakugou confuso:

— … do que está falando? Perdeu um parafuso?

— É que toda vez que tivemos um festival juntos, não foi romântico de certa forma? — Se explicava, ainda a olhar para os fogos formando aquelas belas figuras. — Eu só não sabia que você gostava de mim da mesma forma que eu gostava de você, mas… eu sempre procurava ficar do seu lado. E era ainda melhor quando ficávamos sozinhos.

Bakugou não sabia se olhava para as luzes se refletindo no rosto e nos olhos de Kirishima, ou direto para elas, assim poderia evitar de perder o fôlego ao olhar tanto para ele.

Tirou uma das sacolas, a que estava entre eles no banco, e colocou do outro lado com a outra. Se arrastou para se aproximar mais e poder pousar sua mão na dele, que finalmente se virou para lhe encarar, apertando sua mão.

— Eu entendi o que quis dizer. — Bakugou lhe respondeu sério. — Eu concordo. — Desviou um pouco o olhar. — Você… gostou?

Se encantou ao ouvir a pequena risada dele.

— Eu achei incrível! Deveríamos fazer isso sempre!

— Hm… — Acariciava com seu polegar a mão dele, segurando, olhando para ela.

— ‘Suki?

Ergueu a cabeça, surpreso em ouvir ser chamado por esse apelido. Era uma “emboscada”. Kirishima tinha pego sua atenção para roubar um selinho.

Não tinha como Eijirou Kirishima resistir à tentação de querer beijá-lo, ao som dos fogos, que o lembravam tanto a quirk dele.

A forma que Katsuki ficou a olhar para as mãos deles juntas, acariciando a sua, com tanta ternura no olhar… como poderia resistir?

Não poderia, esse é o ponto.

Sendo correspondido rapidamente, os lábios roçando um no outro, no beijo lento e profundo. Ao pararem, ficaram se encarando intensamente.

Só o ruivo para romper o silêncio:

— Você é um namorado tão bom. Nem parece que é seu primeiro namoro.

— Pff! — Katsuki riu. — E como você vai saber disso, pateta? Nunca namorou também.

Hahaha! É verdade!

Ainda risinhos, se abraçaram naquele banco.

Podia ser o começo para os dois, não ter experiência do que comparar, mas estavam se saindo bem.

Em casa, Eijirou estava todo animado, postando tantas fotos e marcando o namorado em cada uma. Muito feliz em ter aqueles momentos registrado.

Mesmo escovando os dentes, ria das mensagens de Katsuki reclamando da memória cheia do seu celular.

“Se não tirasse tanta foto minha, teria mais espaço” — respondeu só para se divertir.

Esperava ele dizer algo do tipo “por que eu perderia tirando foto sua?!”, ou algo assim, todo na defensiva.

“Vou tirar foto do que então?! Paisagem?! ‘Tá de sacanagem comigo a essa hora da noite, cacete?! Eijirou, É ASSIM QUE NAMORO FUNCIONA!”

Eijirou Kirishima deixou o celular no canto da pia e se encolheu todo. A mistura de felicidade e vergonha era tanta, que o corpo dele reagiu na hora.

Só ao se recuperar, conseguiu responder a mensagem:

“Você é muito másculo e muito fofo, ‘Suki!”

“… para com isso! EU NÃO SOU FOFO!”

“Você é SIM!”

“NÃO SOU!”

“É muito fofo!”

“VOCÊ QUE É!”

“… Katsuki…?”

Bakugou tinha respondido na força do momento e estava morrendo de constrangimento em seu quarto naquela hora.

“Aposto que você ficou com vergonha também! Agora foi você que disse coisa que deixou nós dois com vergonha!” — Kirishima estava certo, era a mais pura verdade.

 “EU MATO VOCÊ SE FALAR ISSO PRA ALGUÉM! … mas você é sim.” — Mas também o que Bakugou escreveu, era a mais pura verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!