Safe Place escrita por Fushigikage


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Ideias para fanfic Jisbon não faltam, pois é.
Espero que gostem! (:



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Teresa Lisbon estava acostumada a ter a casa cheia, repleta de pessoas fazendo bagunça e tirando a sua paz — afinal de contas, seus irmãos causavam um verdadeiro inferno dentro de casa. E mesmo após mudar da casa em que morava com seus irmãos, sua rotina seguia tensa, corrida e estressante. Os poucos momentos que tinha de calmaria eram em casa, após o expediente. Ainda assim, não era sempre que conseguia se distrair e abstrair dos problemas; até porque a profissão que escolheu exigia total dedicação e atenção. Por diversas vezes passou noites em claro pensando em algum caso ou alguma audiência em que fosse testemunhar. Logicamente, a sua dedicação rendeu frutos e deu possibilidades para que ela se tornasse a mulher, a agente do FBI, que era hoje. 

Com a água quente que caía pelas suas costas, repassava mentalmente tudo que havia acontecido na sua vida nos últimos anos. Sendo sincera consigo mesma, não se via como esposa ou mãe — se lhe dissessem dez anos antes que ela estaria casada com um ex-vidente (falso vidente, lembrava-se sempre) e teria uma filha com ele, não acreditaria. No entanto, ali estava ela: casada, mãe e vivendo a vida que sonhou ainda criança, nos tempos em que acreditava que viveria um conto de fadas. Patrick era um ótimo marido e pai, sempre fazendo questão de ajudá-la a cuidar da pequena Annie — o que era um alívio para ela. Mesmo sendo a irmã mais velha da família e tendo diversos sobrinhos, gerar a própria filha e cuidar dela era uma experiência totalmente diferente. Teresa, a mulher que estava acostumada a perseguir e prender bandidos e assassinos perigosos, sentia-se apreensiva sempre que sua filha ficava doente ou chorava um choro diferente, por exemplo. A pequena virou seu mundo de cabeça para baixo e ter alguém ao seu lado para ajudá-la nessa hora era muito importante. 

Nesses primeiros meses, ficava em casa com a filha durante o dia e via Patrick no fim de tarde, quando ele voltava do trabalho. Chegava sempre com um sorriso no rosto, não importa o quão difícil tivesse sido o dia; o beijo nos lábios de Teresa e o afago na filha eram de lei. Depois de se limpar e colocar vestes confortáveis, Teresa tinha alguns minutos para si — e, normalmente, usava esse tempo para tomar um bom banho relaxante. Costumava deixar a porta do banheiro entreaberta pois, mesmo que distante, conseguia ouvir a voz do marido seguido da risada de sua pequena Annie. Essa sinfonia de sons era como música para seus ouvidos. Vestia-se sem muita pressa, enquanto pensava em um jantar improvisado para aquela noite.  

Sem muito ânimo, foi até a cozinha resolver o que comeriam, já que Jane estava indo bem na tarefa de manter a filha distraída — e, precisava admitir, ele era bom em manter a menina calma e alegre. Colocou um pouco de água para ferver para o chá do loiro e, em seguida, olhou as panelas com as sobras do almoço. Percebendo que seria o suficiente para os dois, voltou sua atenção para a chaleira que em breve apitaria. Pegou a xícara preferida do marido e o chá para infusão em água quente. Não demorou para o aroma da camomila se espalhar pela cozinha e a morena não se privou de bebericar do líquido morno.  

Levando a xícara em um pires para Patrick, conteve-se ao chegar na sala. A sua frente, viu um Patrick Jane esticado e adormecido no sofá tendo a pequena Annie nos braços. A menina, por sua vez, dormia tranquilamente nos braços do pai, com a cabeça apoiada em seu peito. Os dois com a expressão tão tranquila e relaxada que Teresa ficou ali, observando, por longos minutos. A morena não entendia qual era o poder que ele tinha sobre as crianças ou como ele conseguia acalmá-las dessa forma — mas isso não importava, não mesmo.  

Não resistindo ao impulso de registrar esse momento de tranquilidade entre pai e filha, Teresa deixou a xícara na mesinha de centro e, usando o celular, tirou uma foto das duas pessoas que eram o motivo da felicidade. Com uma breve mensagem, enviou a foto no Gostosos da CBI — grupo que mantinha com seus velhos amigos — e não demorou para receber mensagens de Rigsby e Cho fazendo graça. Sabia que o loiro não gostava de se expor, mas ela gostava de mostrar esse lado carinhoso e gentil de Patrick para as pessoas. 

Deixando o celular de lado na mesa e bebendo do chá que agora tinha em mãos ficou ali, desfrutando da paz que tinha, finalmente, encontrado. Quando Annie acordasse, pensaria no jantar. 


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, um MUITO obrigado a Hiza por me dar várias dicas e aguentar meus surtos - inclusive, pelo nome do grupo KAPAKSPAKSPAKSPAKSP

Obrigado a todos que chegaram até aqui.



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