Unique Love escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Final!



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Na manhã do dia seguinte, Artur recebeu alta do hospital, ele prometeu que pensaria no assunto enquanto estivesse no hospital e só me daria a resposta quando saísse.

Dona Nelize, depois de eu ter dito que estava sim querendo voltar com Artur na festa que João havia feito no dia que ele retornou, pareceu ter ficado um pouco comovida e até parou de implicar comigo, nem me olhar daquele jeito frio ela me olhava mais. Já Júlia pareceu ter ficado orgulhosa depois que chegou na adolescência, pois mesmo assim continuou emburrada comigo.

Quando ele deixou o hospital, entrou no carro dos pais junto dos irmãos, mas apenas deu um abraço em todos enquanto eu me despedia de Miriam e João.

— Bom, eu também estou indo... obrigada pela força gente. - sorri os olhando.

— Que isso amiga, qualquer coisa estamos aí. - sorriu Miriam.

Quando abracei-os, fui até meus pais.

— Érr... Bom, eu sei que estão tristes comigo, mas... as minhas coisas ainda estão na casa do Artur, eu posso ir lá buscar e levar para a casa de vocês? - perguntei receosa.

— Filha, por mim você voltava hoje mesmo, mas sabe como seu pai é né? Então você tem que perguntar isso para ele. - disse minha mãe e eu suspirei assentindo.

Logo meu pai veio até a mim.

— Marina, eu... ainda preciso de um tempo. Sei que você se arrependeu e quer mesmo voltar a tudo como era antes, mas eu preciso ainda de mais tempo pra absorver tudo. - ele disse, sério - Mas não se preocupe, você é minha filha e eu nunca vou te abandonar.

Sorri com a última frase e o abracei, era ótimo saber que mesmo depois de tudo isso, ele ainda se considerava meu pai, meu maior medo era que ele me abandonasse, mas ele jamais faria isso. 

Depois de nos despedirmos, fui para o carro com Artur e os outros, pois mesmo com o carro apertado, eu ainda estava lá e não tinha pra onde ir até o momento. Por isso, assim que chegamos, fui arrumar a cama de Artur e desfazer a mala enquanto ele tomava banho, depois fui até a cozinha onde Dona Nelize colocava água fervente na panela.

— Dona Nelize, tem algo que eu possa ajudar? - perguntei, me aproximando e ela se virou pra mim.

— Não precisa querida. Só cuide do Artur por enquanto ok? - pediu ela, sorrindo fraco.

— Pode deixar.

Voltei para o quarto e vi Artur entrar no mesmo, sentando na cama.

— Foi você quem arrumou tudo? - perguntou ele, sorrindo.

— Sim, fui eu. Por quê? - o olhei.

— Nada, eu gostei... - ele disse e assenti e sentei ao lado dele preocupada.

— Quer alguma coisa? Tem algo que eu possa fazer? 

— Não, obrigado. Acho que agora todos temos que descansar mesmo.

— Tem razão, ficamos dias no hospital sem dormir direito, eu estou totalmente cansada. -falei me espreguiçando.

— Então deita aqui comigo, a gente acorda na hora do almoço talvez. - ele sorriu.

— Eu posso mesmo? - o olhei surpresa.

— Claro, pode vir. 

Então, deitei-me ao lado dele, sentindo meu coração acelerar.

— Você querer dormir junto comigo... assim... quer dizer que...?

— Sim, eu te perdoo e quero continuar a nossa história de onde parou. - ele respondeu sorrindo de orelha a orelha - PORÉM, ainda não estamos namorando, quero te fazer um pedido mais romântico.

— Não precisa de pedido romântico, você sabe disso... - ri do comentário dele.

— Precisa sim, para mostrar que eu te amo. - ele sorriu.

— Mas acho que depois de tudo que eu te fiz sofrer, eu não mereço, quero logo voltar ao nosso relacionamento sério como antes. - suspirei.

— Eu te entendo, a saudade era tanta que você acabou decidindo seguir em frente. Não tem problema.

— Mas mesmo assim eu prefiro sem surpresa. Deixa para nosso aniversário de namoro. 

— Fechado. - ele sorriu animado e me beijou. E que beijo, fazia tempo que ele não me beijava assim.

Depois de namorarmos um pouco, adormecemos abraçados ali mesmo, na cama dele, sonhei bonito com ele.

                                             ***

Era tão bom poder voltar a dizer para todo mundo que Marina é minha namorada, tão logo acordei após tirarmos um cochilo juntos, fiquei um tempo ali, deitado abraçado com ela, relembrando os bons momentos que passamos juntos, o quão animado a gente era junto. Era tão inacreditável saber que nossa linda história teve uma interrupção abrupta e tão triste e agora havíamos conseguido uma vírgula para colocar no lugar do ponto final e agora, continuaremos juntos.

Depois de acordarmos, minha mãe nos chamou para almoçar, então ficamos todos sentados à mesa, comendo a macarronada que ela havia feito.

— Está muito boa mãe! - sorri enquanto comia.

— É especial pela sua volta filho. - sorriu ela.

Depois de terminarmos de comer, meu pai voltou para ir trabalhar, alegando que só tinha ido almoçar em casa como forma de comemorar minha volta pra casa, então, era preciso retornar. 

Duas semanas depois, Pietro foi julgado pelos assassinatos de Roger e seus pais, condenado a "apenas" cinco anos de prisão. Claro, agora ele já tinha mais de dezoito assim como todos nós, então ele podia ser preso sim. Claro que os pais dele ficaram desolados, pois não faziam ideia do que o filho estava tramando, ele conseguiu manter aquilo em segredo muito bem, mas agora que ele já havia sido desmascarado, não havia como escapar.

Quando o julgamento terminou e ele foi levado algemado para a cela, lançou um olhar mortal de ódio para mim e Marina, como se estivesse querendo dizer que vai nos infernizar quando voltar. Marina recuou um pouco, com medo do olhar dele, mas eu não senti medo, estaria mais preparado para quando ele saísse da prisão.

Demorou cerca de um mês para que o pai de Marina fosse buscá-la em minha casa, a mãe fez questão de ajudá-la com as malas, mas Marcelo quis conversar comigo primeiro.

— Escuta garoto, eu fico muito feliz que tenha tomado a decisão de perdoar minha filha. tenho certeza que por mais que o Roger tenha feito-a feliz, ele nunca conseguiria ser como você. Sinto muito orgulho de ter você como genro de novo. - ele sorriu, colocando a mão no meu ombro.

— E eu fico muito feliz principalmente pelo senhor ter aceitado sua filha de volta. Não na sua casa, mas também na sua vida, ela ia sofrer muito se o senhor tivesse a deixado para sempre. - sorri o olhando.

— Eu pensei nisso mesmo, minha ideia era essa, mas vi que ela se arrependeu e isso fez com que eu voltasse atrás na minha decisão. - ele sorriu.

— Que bom por isso.

Depois, me despedi de Marina enquanto ela ia para o carro com os pais e entrei em casa novamente, mais feliz que isso não poderia estar.

Após aquele dia, Seu Luís disse que ia me dar um mês de férias, pois depois de tudo que eu havia passado, ele sentiu que mesmo sendo prejudicial para a empresa, eu merecia. Mesmo hesitando, acabei concordando e ele me deu duas passagens.

— Agora você escolhe quem irá levar como acompanhante nessa viagem. -sorriu ele.

— Obrigado senhor. 

Assenti com um abraço e logo que saí de lá, fui correndo pra casa de Marina.

— Oi Marina, tenho novidades. - ela tinha um sorriso animado.

— Oi Artur, me conte. - sorriu ela me deixando entrar.

— Meu chefe me deu duas passagens para uma viagem de um mês, lá em Fernando de Noronha, então pensei em te levar. O que acha?

— Sério? Que demais! Sempre quis ir à Fernando de Noronha! - ela gritou, empolgada.

— Ótimo, então vamos falar com nossos pais e vemos tudo direitinho. 

— Vamos sim.

Logo fomos falar com os pais dela, que estavam limpando a cozinha.

— Claro que podem, vocês merecem um bom descanso! - sorriu Marcelo, animado.

Depois que eles concordaram, Marina foi arrumar as coisas enquanto fui pra casa falar com meus pais. Eles super apoiaram, pois também achavam que ia me fazer bem, então fui arrumar minhas coisas no quarto e logo no dia seguinte já estávamos indo pro aeroporto. Não sei como Seu Luís conseguiu passagens tão em cima da hora, mas o que importava era a intenção.

— Tchau filho, boa viagem. - sorriu meu pai, depois de me abraçar.

— Aproveita as férias filho. - sorriu minha mãe, me abraçando.

— Vou sim... logo estaremos de volta. - sorri largo, ansioso.

Depois, foi a vez de Marina.

— Cuida bem do meu filho. - riu meu pai.

— Pode deixar seu Antônio. - sorriu ela, abraçando ele.

Por fim, me despedi dos meus irmãos e dos meus sogros e embarcamos para aquela que com certeza, seria a melhor viagem de nossas vidas. E agora, nada irá nos separar. 


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Notas finais do capítulo

É isso gente. Sei que deve ter sido uma história nada comentada mas eu ainda assim gostei de escrever ela, pois isso tirou um peso das minhas costas, quando tive uma discussão com uma amiga que estava escrevendo junto comigo e mais outras pessoas uma história e ela teve uma ideia que não me agradou. Uma ideia que era basicamente a mesma que a proposta na história, a diferença é que o casal principal (que também é o mesmo da capa) era forçado a se separar por uma ameaça de morte da sogra da protagonista, ameaçando matar o mocinho e tal... Eu fui o primeiro a discordar dessa ideia, depois geral me apoiou e isso gerou confusão e o grupo todo se separou e desistimos. Ia ser uma história tão boa, vocês iriam adorar, então resolvi escrever essa aqui, em que o casal fica junto e isso me ajudou demais. Espero que vocês um dia leiam e gostem! Beijos!