Unique Love escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma história totalmente nova e original, mas com o mesmo gênero dramédia, ok? Nada de plágio, boa leitura!



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Duas e meia da tarde, era basicamente esse o horário que o relógio marcava no momento em que o avião pousou no aeroporto, eu estava muito ansioso pois queria reencontrar minha família, meus amigos, já tem exatos três anos que não os vejo e estava prestes a matar a saudade. Meus pais já deviam estar lá no aeroporto com meus irmãos, esperando a minha volta. Quando saí do avião, fui pra sala de desembarque e lá estavam meus pais e meus irmãos, Lucas de dezessete anos e Júlia, de quatorze, sorridentes e animados, minha mãe, que sempre fora muito emotiva, já chorava enquanto eu ia abraçar ela. 

Que saudade eu tava filho! - disse ela, emocionada, me abraçando.

— Também tava morrendo de saudades mãe! - sorri retribuindo o abraço.

— Estou orgulhoso de você filhão. - disse meu pai, quando me afastei dela e fui abraçá-lo. 

— Artur, maninho, quanto tempo! - disse Júlia, animada, tomando a frente de Lucas me abraçando. Eles dois se gostavam, mas ela era mais apegada à mim.

Depois de abraçar meus irmãos, fomos todos pra casa, que ainda era a mesma de quando eu fui embora. Retornar àquele quarto foi uma das melhores coisas da minha vida, por isso que, ao chegar lá, simplesmente deitei na cama e sorri comemorando por ter voltado, agora estava muito feliz. Ao levantar, após alguns minutos, fui pro banheiro e tomei um banho relaxante, estava mesmo precisando de um, depois, peguei meu celular e fiquei conferindo as fotos que tirei durante o tempo que fiquei fora. Enquanto olhava as fotos, pude perceber um certo momento, meus pais entrando no quarto.

— Então filho, você está formado agora, depois de três anos de faculdade, já sabe quando vai abrir a agência? - perguntou meu pai, sentando na cama. 

— Ainda não sei pai, mas acredito que não vai ser difícil conseguir achar um lugar. - falei enquanto sentava na cama.

— Se você quiser, posso te ajudar.

— Não precisa se incomodar…

— Não vai ser incômodo filho, terei um prazer enorme em ajudar você. 

— Então tudo bem, pode me ajudar a abrir, pode até virar sócio se quiser. 

Sorrimos e então mostrei as fotos que tirei durante o período que estive na faculdade. Então a empregada nos chamou para almoçar e sentamos na mesa.

— Artur, os Estados Unidos é legal? - perguntou Lucas.

— Sim, muito legal, quando acabarmos de comer te mostro as fotos. - falei comendo.

— Ah eu quero ver também. - disse Júlia, suplicante.

— Mostro para você também, todo mundo aqui vai ver. - sorri animado.

Dito e feito, ao acabarmos de comer, mostrei as fotos que tirei lá, tudo bem que a grande maioria de fotos eu havia postado no Instagram e muita gente adorou todas elas, mas havia algumas que eu ainda não havia postado, principalmente dentro da faculdade. 

Quando terminei de mostrar todas as fotos, fui para o meu quarto e logo vejo que meu celular havia recebido uma ligação, era João, meu melhor amigo e grande parceiro de muitos anos, estudamos todo o fundamental e ensino médio juntos.

— Fala João, quanto tempo hein? - sorri atendendo.

— E AÍ ARTUR!!!! QUANTO TEMPO RAPAZ!! - berrou ele, animado, quase me deixando surdo. - Cara, vamos marcar algo para nos vermos, eu sei que você deve tá cansado da viagem, mas você não pode estar tão mole assim né? - empolgou-se ele.

— Cara, molenga não estou, mas é que meus pais estão com tanta saudades, vou aproveitar com eles aqui. - respondi rindo.

— Poxa, será que não dá pra fazer nem uma resenha aqui na minha casa? Juro pra você que não vai incomodar, a Miriam pode deixar o Miguel na casa da mãe dela. - suplicou ele.

Aquele jeito do João, era impossível de rejeitar, desde sempre ele era um cara bastante animado, mas quando se tratava de amizade, adorava insistir até a pessoa ceder e ele sabia fazer isso comigo muito bem, ninguém conseguia me convencer de algo tão fácil como ele.

— Vou ver aqui com meus pais aí te falo, ok? - falei torcendo pra ele concordar.

— Ok, aguardamos sua resposta. Beijo. - disse Miriam, provavelmente pegou o telefone da mão dele pra me falar isso.

Miriam, como vocês com certeza não sabem, é minha ex-namorada. O João sempre foi apaixonado por ela desde que começamos o namoro, mas mesmo assim ele nunca deixou de ir nos passeios que fazíamos, éramos um grupinho de alunos que se reunia para ir à tais lugares, fazer trabalhos, passeios, sessão pipoca em casa, ir no cinema… Enfim, sempre fomos muito unidos com o passar dos anos, mas depois de um tempo, um pequeno deslize aconteceu, já lhes digo qual foi, mas esse deslize acabou levando ao fim do nosso namoro e adivinha? O João aproveitou e a apoiou em tudo, sempre que possível ele estava lá com ela. Miriam e eu ficamos um tempo muito grande sem nos falarmos, só depois de quase um ano e meio, quando eles foram para uma festa de aniversário de um primo dele, acabou que eles beberam um vinho muito forte que estavam servindo ao serem provocados por outros caras, que chamavam ele de fraco e que não conseguiria beber aquilo. Com isso, lá mesmo no banheiro da festa, eles transaram e a Miriam engravidou, sorte que tava no último ano do Ensino Médio e estava no último bimestre. Com isso, eu e João apoiamos e ajudamos ela a lidar com isso, junto com seus pais, então aos poucos, fomos nos reaproximando e hoje somos muito amigos novamente.

Mas, apesar de tudo, ainda tinha uma coisa que eu queria fazer: visitar Marina, minha namorada. Nós estávamos com planos de ir para os Estados Unidos juntos, alugar um apartamento por lá e morar nele, mas, estranhamente, depois que a Marina fez a inscrição dela, um e-mail foi enviado avisando que ela tinha sido aprovada, então, quando faltava uma semana para irmos, outro e-mail surgiu, dizendo que por motivos de segurança, a matrícula dela foi negada, ou seja, eu teria que ir sozinho para os Estados Unidos fazer a faculdade e realizar meu sonho. Imediatamente eu desisti de ir, mas ela praticamente implorou pra que eu fosse pois não queria que eu desistisse da bolsa e do meu sonho por causa dela. Demorei, mas depois entendi que quando você ama alguém, é preciso deixá-la ir embora quando ela precisa, então cancelamos o contrato do apartamento, fui morar no campus da faculdade e mantivemos contato online por cerca de um ano, mas logo depois ela passou a ficar cada vez menos tempo disponível, cada dia mais a gente ficava sem se falar, até que paramos de vez, mantendo contato só por celular. Nunca entendi o motivo disso ter acontecido, mas nunca deixei de amar ela e até hoje a considero como namorada. Ah, e vocês lembram que eu falei de um deslize com a Miriam? Pois é, ela e Marina eram melhores amigas, mais que isso, eram “Friends” igual Batman e Robin, só que em um certo dia, quando a Marina e eu fomos fazer um trabalho de Ciências juntos, mas nós não éramos muito bons nessa matéria e acabamos terminando só de noite, porém, justo quando estávamos guardando tudo, um temporal forte caiu e alagou toda a cidade, mas o que importa é que eu não pude sair de lá. Assim, vimos um filme já que não faltou luz e acabamos pegando no sono. Na manhã seguinte, já sem chuva, o Pietro e a Miriam foram até lá pois não damos notícias pra eles e acabamos sendo vistos deitados na cama, o que fez eles obviamente suspeitarem de traição, mesmo que não tenha rolado nada. Tentamos explicar isso, mas não adiantou nada. As duas ficaram muito tempo sem se falar e só voltaram depois que a mesma descobriu a gravidez, apesar que mesmo assim, a amizade delas nunca mais foi a mesma. 

E o pior de tudo é que a Marina também namorava na época. Pietro, um grande amigo nosso que fazia parte da nossa turma, namoraram por cerca de dois anos, até esse dia. Marina ainda tentou explicar, mas não adiantou nada, ele realmente acreditava que tinha rolado algo a mais com a gente. Pietro, é claro, ficou arrasado, terminou o namoro com Marina lá mesmo e fez pior depois a humilhando na frente de toda a escola, não irei contar como foi porque não gostaria de expor a Marina dessa forma, mas foi realmente triste. Depois disso, Pietro se afastou totalmente de todos nós, passou a andar com um outro grupo de pessoas, enquanto que levou meses até Marina e eu nos entendermos novamente e nos aproximarmos até começarmos o namoro. 

Mas, mesmo assim, eu sentia que precisava depois, matar a saudade dela também, não havia falado com ela e queria chegar lá de surpresa. Então, depois de descansar bastante, tomei outro banho, passei um perfume, me arrumei e saí de carro indo até a casa dela, não sabia se ela ainda morava lá, mas o pai dela com certeza saberia me dizer. No caminho, comprei um buquê de flores favorito dela, queria impressioná-la da forma mais romântica possível. Ao chegar, tive que controlar a emoção ao chegar naquela casa novamente depois de anos, era como uma volta no tempo.

Depois de longos segundos, finalmente a porta abriu e dela saiu Marcelo, pai de Marina, que sorriu largo ao me ver.

— Artur, quanto tempo garoto! - sorriu ele, me abraçando. Retribuí o abraço, Marcelo sempre gostou muito mais de mim como genro do que Pietro. 

— Também senti saudades! - sorri o olhando.

Logo, ele me convidou para entrar e pude ver Maria Rita, a mãe dela, que logo me abraçou forte, mostrando o tamanho da saudade.

— Essas flores são pra mim? - perguntou ela, encantada.

— Na verdade são pra Marina. - respondi com um sorriso, já eles dois ficaram sérios.

— Ora Artur, você não soube? - perguntou Marcelo.

— Soube do quê? - indaguei, confuso.

— Marina se casou.

Fiquei parado, estático ao ouvir aquilo. Como assim casou? Tudo aquilo que passamos Marina passou uma borracha por cima? Por quê?


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Notas finais do capítulo

É isso por enquanto, até mais!