Júlio evitou sensaborias e juntou o corpo do parceiro ao seu, atracando sua perna dentre as pernas do outro. Sentiu o galã navegando as mãos por suas costas, um tanto desjeitoso, levando arrepios da raiz ao cume de sua coluna.

O forró não era novidade para Marcos, ele dançou muitos bons arrasta-pés. Mas bailar com um rapaz não constava em seu currículo. Incerto sobre onde pôr as mãos, restava-lhe confiar na estratégia (impróspera) de observar como o citadino reagia aos toques. Júlio entretinha-se percebendo aquele receio, mas não queria acanhá-lo.

— Relaxa, forró se dança a dois... — reafirmou, fazendo Marcos sorrir.