O favônio soprava delicadamente, bagunçando os cabelos do garoto, enquanto ele enfiava os dedos agitados na areia. Sempre gostara da praia que ficava nas imediações de sua casa e poderia passar horas sentando ali, observando o oceano. Especialmente nos momentos ruins, o que era o caso.

Louis havia tido um péssimo dia em seu colégio. O que não era chegava a ser novidade. Se interagir com bruxos era assustador – afinal como se protegeria se alguém tentasse lhe fazer mal? –, interagir com trouxas era inquietante. Precisava se adequar, contar mentiras, ter certeza de que ninguém fosse descobri-lo. Era exaustivo e apavorante.