ga.la.rim – cúmulo;

Depois da adrenalina de operar, a falta de ar noturna e o cateterismo de emergência que se seguiram eram um galarim cômico para a cardiologista.

Contudo, mesmo cansada, Hinata não tirou as últimas horas de seu turno para dormir no quarto dos plantonistas.

Sentia-se estranhamente inquieta. Analisou todos os pós-operatórios duas vezes, procurando uma desculpa para passar pela UTI.

Algo a impelia até ele. Um sussurro, insistente.

A doutora não resistiu; pediu uma ressonância. Médico nenhum justificaria aquele exame em uma troca de válvulas.

Contudo, o envelope em suas mãos trêmulas era surpreendente. Assustador.

Porque a médica encarava um enorme e magnífico tumor.