Algum tempo se passou. Devagar, Lábara e eu ficávamos próximas. Ela quase não falava, o que me dava chance de contar as histórias há muito guardadas em minha cabeça. Curiosamente, Lábara interagia bastante, fazia reações, impressionava-se com as diferentes vozes, ria baixinho nas partes de humor.

Seus sorrisos eram tão lindos. Esforçava-me para revelá-los constantemente. 

Naqueles momentos, as coisas nem pareciam estranhas, mas bastava comentar que desejava apresentá-la à minha família para vê-la fazer carantonha negando-se veementemente, assim como explicar seus motivos. Temendo desagradar a única possível amiga que talvez tivesse, não questionava-a ou talvez apenas tivesse medo da resposta.