As semanas se passaram devagar depois daquele beijo. Jaciara sumira das vistas gerais, mas Aria ainda a espiava rezando com os joelhos no marroquim. Queria muito se aproximar, conversar, mas Jandira estava sempre no galarim, como um obsidiado sob medida para a noviça.

“Senhor, perdoe-me porque pequei” Aria lembrava-se de dizer essas palavras quando criança e sabia que as diria de novo quando fosse ordenada noviça e depois freira e assim por diante. Perguntou-se se Jaciara não as teria dito há poucos dias, revelando o pequeno doesto que tiveram sob o sigilo das estrelas.

“Não faria isso” pensou consigo.