Dois dias se passaram e a chuva finalmente abandonou a bonomia. O navio se balançava loucamente, e Ximena tentava manter algum controle, no leme.

— Segurem-se bem, miúdos!

Os três rapazes se agarraram à amurada. Com um chacoalhão, o navio pareceu entortar e Pedro saiu deslizando pelo chão, agarrando-se nas calças de Andrea para não cair no mar.

— Vai rasgar a minha calça, seu desgraçado!

— Antes ela do que eu!

Simão estava mais firme que os outros, e pôde observar algo estranho. Rabos de peixe circulando a água ao redor do navio.

E bem distante, além dos trovões, um canto doce.