Quil e Claire escrita por Analua


Capítulo 1
Capítulo 1 - Uma merda nunca vêm só


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tem algum fã de Crepúsculo por aqui ainda? Depois de 12 anos? Finalmente tomei coragem de escrever uma história sobre dois personagens que eu amo, o Quil e a Claire. Estou amadurecendo as ideias ainda mas já tenho 4 capítulos prontos; tentarei fazer as postagens toda quinta-feira à noite.

A história começa em Eclipse, quando Quil conhece Claire. Comentários, dicas, sugestões e reclamações são bem vindos.



Obs: não sou a maior fã desse tipo de capa - da Claire criança - mas estou sem Photoshop, então por hora vai ter que servir.



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                           QUIL

 

Cheguei em casa às 4 horas da madrugada, sem saber direito depois quantas horas estava patrulhando. 36 horas? 48 horas? Sinceramente, não fazia a menor ideia e não tinha a menor importância. Tudo o que eu queria agora era a minha cama e provavelmente um banho. Resmungando baixo sobre Jared ser um vacilão e recentemente ter adquirido o hábito de fugir das patrulhas com apenas doze horas para ir dormir com Kim. Pelo menos ele tem sexo, pensei. Deixei que a água quente caísse sobre os músculos tensos das minhas costas, e quando senti que toda a poeira saiu das solas dos meus pés, me joguei na cama. 

— Quil? Quil, vem, levanta. - entreabri os olhos e vi a cara de Embry a poucos centímetros de mim. - Vamos passar na casa do Sam, temos novas informações sobre a ruiva. 

 

Me sentei na cama e olhei pela janela. Não estava tão escuro ainda, provavelmente o crepúsculo. Coloquei a mão no rosto e Embry ficou zanzando pelo meu quarto, enquanto eu procurava alguma coisa para vestir. Já estávamos acostumados com a nudez em grupo, porque sinceramente, não tínhamos como evitar.  

— O que quis dizer com ¨novas informações¨ ?. - Perguntei enquanto tentava, sem sorte, dar um jeito no meu cabelo curto. - Estávamos patrulhando ontem e só pegamos o cheiro dela.

— Bom, mas agora, Sam, Jared e Paul conseguiram segui-la até o norte de Seattle.- Embry respondeu esfregando a bochecha. Pelo visto ele também não conseguiu dormir muito tempo. -  Mas aquela vaca é rápida! Eles perderam o rastro e ela correu para dentro da cidade. 

 

Fomos saindo da minha casa e indo a pé para a casa de Sam e Emily. Os dois ficaram noivos há menos de seis meses e como a tribo não é tão grande, fomos andando mesmo. Embry tentou me colocar por dentro de tudo o que tinha acontecido enquanto eu dormia o dia inteiro. Pelo visto, toda a matilha estava dentro da pequena casa, inclusive um carro que eu desconhecia. Percebendo meu olhar, Embry falou que o irmão de Emily estava por aqui de visita. Que ótimo, pensei. Como vamos esconder dos humanos tudo isso quando eles estão no meio do centro de operação?. 

 

Entramos na cozinha, que era o maior cômodo da casa, e conseguimos pegar um lugar na mesa. O típico cheiro de comida exalava por tudo, mas também senti um cheiro diferente. Mais doce, como um perfume. Ignorei por hora, e peguei uma enorme coxa de frango assado que Emily colocou na mesa. 

 


          - Espere seus irmãos!- Ralhou. Emily era alta, magra e gentil. Tinha longos cabelos negros que combinavam perfeitamente com o pelo de Sam, quando ele se transformava. A pele dela era a típica pele do nosso povo nativo-americano, como um bronzeado-avermelhado. A única diferença entre ela e qualquer outra garota, era o fato de ter três cicatrizes profundas do lado direito do rosto, que puxa levemente o canto dos olhos e da boca para baixo. 

— Mas estou com fome!- Protestei em vão sob o olhar afiado dela. Achei melhor não desafiar, já que Emily descobriu recentemente que bater em nós, lobos, com uma colher de pau ou um cabo de vassoura acaba por nos machucar.

— Ei, cadê o seu irmão? - Perguntou Embry, ainda olhando para o frango, assim como eu.

— Pedi para ficar com a tia Sue por enquanto. Sam falou que as coisas eram graves.

— Falando nisso, cadê Sam e os outros? Achei que já estivessem por aqui - Perguntei, mas Emily nem precisou responder, já que todos entraram de uma vez na cozinha. Estavam provavelmente no quintal, reunindo todas as ¨novas informações¨ pelo visto. 

 

Todos sentaram em volta da longa mesa de Emily, menos Sam, que foi dar um beijo em sua amada. Era estranho como tudo isso funcionava. Sam havia sofrido imprinting por Emily há menos de um ano atrás. Ela desdenhou do amor dele no começou, mas não tem como resistir a tamanha adoração. E também, tinha a complicação de Sam estar envolvido com Leah, prima de Emily. Foram longos quatro meses de puro drama, até Emily se render. 

Acredito que isso seja a coisa mais estranha que acontecia conosco. Afinal, só nos transformarmos em lobos gigantes, do tamanho de cavalos, e termos como arqui-inimigo os vampiros não poderia ser o bastante. Ainda precisamos lidar com o imprinting, que é um jeito louco de alma gêmea, se é que isso existe. O mais estranho é que isso deveria ser raro, porém, pelo visto uma desgraça nunca vem só. Além de Sam, Jared também sofreu com a ¨sorte do amor verdadeiro¨. Infelizmente pra gente, ele ainda não havia aprendido como controlar os pensamentos sobre sua doce Kim, embora agora, soubemos que ela não é tão doce assim afinal.   

Me peguei divagando enquanto Paul e Sam passavam todas as informações. Aparentemente, a vampira ruiva que vimos vagando por Forks morava em Seattle, e estava perto da casa do delegado Swan quando Paul a encontrou. 

— Ela não pode, sei lá, ser amiga daqueles sugadores de sangue que moram em Forks?.- Perguntou Embry. Tentei me concentrar no que eles estavam falando mas não foi fácil. Tenho tido um pouco de dificuldade de concentração recentemente, o que não faz muito sentido, já que sempre fui cheio de energia e gostava de estar por dentro de tudo.

— Pode ser que seja, mas acho melhor continuarmos de olho nela. - Respondeu Sam, a expressão bem mais séria agora que Emily estava no fogão. - De qualquer forma, acredito que se fosse amiga deles, estaria perto de onde eles moram. Não vagando pela cidade.

— Acha que Bella pode estar correndo perigo?.- Perguntou Jake, com a testa franzida, obviamente preocupado. Lutei contra a vontade de revirar os olhos, afinal ele é meu amigo. Mas Paul não teve tanto tato, soltando um bufo alto e fazendo uma careta. Definitivamente, ele não era fã da garota desde que ela desceu a mão na cara dele, quando achou que Jake corria perigo. Sinceramente, eu não tinha nada contra ela. Certo, não gostava do jeito que o Jake ficava por causa dela, extremamente melancólico, e bem, até mesmo tesão reprimido. Mas não tínhamos muito o que fazer, além de aceitar que a Bella simplesmente cedeu aos encantos do vampiro bonitão, ou cabelo, como eu chamo.

— Por enquanto não sabemos. - Respondeu Sam, e também percebi que além de cansaço, tinha um certo desagrado em seus olhos escuros. Ele também não gostava de ver uma humana envolvida com vampiros. - Mas vamos continuar mantendo um olho ali, só por precaução. 

 

Quando Sam deu a reunião por encerrada, depois de nos dividir em turnos para as patrulhas, conseguimos finalmente jantar. A comida que Emily fazia era simplesmente divina, e logo acabamos com tudo o que ela tinha preparado. Jacob, Paul e Jared pegaram o primeiro turno de 24 horas, e nos chamariam caso fosse necessário. Fiquei feliz por isso, sinal de que eu iria conseguir dormir mais um pouco. Deixei que Embry e Sam discutissem mais um  pouco sobre a ruiva, e quando estava quase levantando para finalmente ter o sono dos justos, um casal com duas crianças entrou pela porta. 

 

Reconheci na hora o mais novo dos irmãos Young. O homem, David, lembrei que Emily já havia mencionado zilhões de vezes, era alto e tinha os cabelos negros como o da irmã. Vinha trazendo uma criança dormindo grudada nele, que não parecia passar dos 6 anos.  A mulher, cujo o nome fiquei sabendo conforme Emily nos apresentava, se chamava Ellen, e também tinha traços indígenas, porém os mais suaves que já vi. Ela segurava a mão de uma linda garotinha que não devia chegar aos meus joelhos e não parecia chegar aos 4 anos. A menina tinha os mesmos traços mais suaves da mãe, herdando os cabelos negros da família Young. Com os olhos afiados ela segurou o meu olhar, e bom… Eu senti a magia que deveria ser rara, tomando conta de cada músculo do meu corpo. Por um momento esqueci de tudo. Quem eu era, onde eu estava. Nada importava mais no mundo além dessa menininha. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, um soco atingiu o lado esquerdo do meu rosto com tanta força que eu não sei como ainda restou qualquer dente em minha boca. Sendo obrigado a desviar o olhar da criança, vi Sam me erguendo pela gola da camiseta e me jogando no quintal. Ouvi um uma gritaria e um choro em particular que cortou o meu coração. 

— Mas que diabos??? - Gritou Sam antes de explodir em um enorme lobo preto e ir me empurrando para a floresta. Por quê ele havia feito isso? Me perguntei enquanto ainda levava uns empurrões que me forçaram a me transformar. 

— Quil, que merda foi essa???.- Sam gritou novamente, mas agora na minha cabeça. - Por favor, não me diga que você sofreu imprinting por uma criança de 2 anos!!! Pior, pela sobrinha de Emily.

 

 

Mais vozes se enfiaram dentro da minha cabeça, e sinceramente eu fiquei confuso. Será que foi isso que aconteceu? Será que eu era realmente um monstro? Não, percebi na hora. Não era nada disso, eu apenas queria protegê-la. 

— Sim, Sam.- Respondi, e pela imagem que eu via de mim pelos olhos de Sam, refletida na mente de toda a matilha, consegui notar que em todo o meu corpo refletia o medo que eu senti.- Acho que foi exatamente isso que aconteceu. 

 

 

Afinal, por que não poderíamos ser só lobos da altura de cavalos que apenas lutam contra vampiros?.


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