Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 44
Forty Four - Antes, Depois e o Seguir


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, quase esquecia de postar.
Esse é o penultimo capítulo. Estou arrumando o epílogo, e ajeitando coisinhas e tentando deixar ele mais decente kkkkk
Boa leitura!



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— O que estava havendo Yuu? – disse Ruki, de forma calma.

— Ele estava me controlando? Está fazendo uma bagunça na minha cabeça? – Yuu murmurou incomodado.

— Não se preocupe mais com isto, ficarei mais atento com ele. Nem que eu cause outra briga entre irmãos. Eu sempre vou te proteger e proteger  Kouyou e todos ao seu redor. - tocou o rosto do moreno que sorriu-lhe levemente.

— Você me traz paz.... – abraçou o mais baixo, que sorriu com a atitude.

— Saber que está bem me deixa feliz...  – Ruki. – Agora entre, devem estar preocupados com sua saída...

— Ficará conosco? – disse em tom baixo, ainda sentindo as mãos pequenas e mornas em seu rosto.

— Deseja que eu permaneça? – sorriu mais uma vez.

— Claro que sim... gosto da sua presença – Pode ficar? – Yuu segurou as mãos do mais baixo, que riu de modo contido.

Yuu afastou-se rapidamente, e abriu a porta, encontrando Kouyou e Índigo preparando-se para sair.

— Yuu... – Kouyou o abraçou de forma quase desesperada. – Não o vi saindo, achei que ficaria  pelo jardim, fiquei preocupado... – disse em tom baixo.

— Me desculpe... por falar daquela forma contigo. – Yuu afastou-se, beijando seu rosto. – Lúcifer me protegeu. Prometo não sair mais sem companhia...

— Pode sair quando quiser, não precisa de permissão e companhia... – Kouyou apertou seu rosto – Só me avise, para que eu não fique preocupado.

— Prefiro sair com companhia depois de hoje... – respondeu em tom baixo, sentindo Kouyou o apertar ainda mais no abraço.

— Lúcifer, faz tempo que não vem até nós... – Yutaka entrou na sala, vindo da sala de jantar, sorriu. – Algum motivo especial?

— Perdoem-me pela demora... queria interferir o mínimo possível na vida que levam... – respondeu o mais baixo.

— Fala como se tivesse vindo fazer exatamente isto... – disse Kouyou, vendo Ruki sorriu levemente.

— Só vim interromper os planos do Destino. Não sei suas reais intenções dele ao se aproximar de Yuu, mas por enquanto está tudo ajeitado.

— Destino? Ele fez algo? Yuu está bem? – Kouyou afastou-se do mais novo, o olhando atentamente.

— Estou bem... – respondeu ainda em tom baixo.

— Vocês são tão ‘humanos’ que chega a me dar nojo. – Akira surgiu.

— Não seja insuportável, Akira. – Yutaka reclamou

— Yuu foi aprontar? – Akira o ignorou, indo até Yuu que o encarou por alguns segundos. – Achava que era um rapaz comportado. – caçoou.

— Não aprontei nada... só dei um breve passeio sozinho...

— Sei... – riu. – Então aquele cara parado em frente ao portão é o tal Destino?

— Irei embora.... Talvez isso faça ele ir também... Não o quero perto de vocês...  -  disse Ruki virando-se para sair novamente.

— Mas.... talvez ele desista e vá embora... – disse Yuu, segurando Ruki pela mão. – Por favor fique mais um pouco...

— É melhor ir agora... volto quando puder... – se aproximou beijando a testa de Yuu, e desaparecendo sem esperar por mais pedidos.

— Queria que ficasse... – Yuu sussurrou.

— Ele volta logo, não se preocupe... – disse Kouyou.

—Eu vou para o quarto... pensar um pouco... – o mais novo afastou-se e seguiu para a escadaria, a subindo rapidamente.

Kouyou encarou os outros, que mantiveram o silencio.

— irei observar a cidade... – disse Akira. – Resolvam-se. – saiu rapidamente, e o mais alto apenas olhou para Yutaka que sorriu brevemente.

— Deixe Yuu um pouco sozinho. Vá se distrair com algo, Índigo pode lhe fazer companhia. – Yutaka deu-lhe um tapinha no ombro, e seguiu novamente para a sala de jantar.

[...]

Yuu sentou-se na beirada da cama, passou as mãos pelos cabelos, suspirando pesadamente.

Haviam ainda muitos pensamentos para organizar, e ainda sentia certo incomodo pelo encontro com o outro.

— O que tanto me incomoda? Será que é tudo culpa do Destino mesmo? Estou me preocupando a toa... – resmungou para si mesmo.

Ficou alguns minutos encarando os moveis no quarto. E depois sorriu levemente, como se houvesse descoberto algo.

— Para de mexer com a minha cabeça... – sussurrou para si mesmo, concentrando-se nas próprias memórias.

Em todos os momentos que o levaram até ali, dolorosos ou não. Sentia que devia repassá-los na mente para livrar-se do que Destino ainda tentava fazer contigo, ou que achava que era ele tentando fazer algo.

Recordou-se de quando viu Índigo pela primeira vez roubando sangue de uma moça no meio do vilarejo, e tentara salva-la em vão. Sendo prontamente surpreendido por guardas e levado á aquele manicômio assustador, as torturas.

Lembrou-se de quando viu o rosto que Akira usara para salva-lo daquele tormento. Da caminhada na floresta escura. A chegada a mansão e o primeiro encontro com Kouyou. Do gatinho que Ruki praticamente lhe dera de presente. O medo que sentiu quando descobriu o que Akira e Kouyou eram. O amor que aprendeu a sentir pelo mais alto.

Repassou tudo, tão detalhadamente, como se assistisse á um filme moderno.

Sorriu.

Suas lembranças criaram uma barreira, e Destino não iria atormenta-lo enquanto as mantivesse viva na memória.

Voltou a si, sentindo que era observado. Olhou para a janela, vendo um gato branco com manchinhas pretas, de olhos extremamente verdes.

— Os olhos de quem? – levantou-se, cogitando que seria alguma forma de serem observados. Abriu a janela, pegando o gato, que não recusou o toque.  – É tão fofo... senti falta de ter um gato aqui...  Desde que o Blu se foi... – afastou-se da janela, voltando a sentar na cama, com o gato no colo.

— São os meus olhos. – ouviu uma voz baixa, e voltou o olhar para o moreno que surgira, sentado na janela. De belos olhos verdes, como o gatinho que segurava.

Yuu sentiu emanando dele certa tranquilidade. E não o temeu de modo algum

— Não preocupe-se, é apenas para o bem de vocês. – Sorriu, desaparecendo, antes mesmo que Yuu questionasse quem ele era. Mas no fundo, sentia que o ouvira na sua quase morte, séculos atrás.

Levantou-se da cama, mais uma vez, fechando a janela, e saindo rapidamente do quarto, vendo Kouyou seguindo para a biblioteca.

—  Kou! – correu até ele rindo, mostrando-lhe o gato. – Ele é como o Blu... mas eu não sei o nome de quem me deu... ele tinha uma energia boa...

Kouyou olhou o gato atentamente.

— Hum, e que nome vai dar para ele? – sorriu.

— Vou chama-lo de Edgar... – riu. – não sei muitos nomes, mas gosto desse... – olhou para o mais alto, que acabou rindo também, da escolha.

Sentou-se no sofá, sendo imitado por Yuu, que o observou pegando um livro, e abrindo a pagina marcada.

— Não estava lendo outro livro? Que livro é esse? – perguntou, curioso, fazendo Kouyou mostrar-lhe a capa – Ah, Religião.... desde quando você se interessa pelas idéias que os humanos tem dos criadores?

— Hum, é sempre bom saber de quem estamos rodeados. Faz com que sejamos cautelosos. – disse Kouyou. – Humanos são criativos, e sim, tem uma idéia estranha sobre a criação e sobre as outras criaturas, mas é compreensível.

— Aí fala sobre nós? – disse, voltando o olhar para o gato enquanto o acariciava, ouvindo o ronronar baixo.

— Se fala, não cheguei nessa parte ainda. – riu. – Mas até então só fala sobre a imagem que tem do criador deles.

Yuu parou de acariciar o gato por alguns segundos.

— AH! Isso... – comemorou, assustando o mais velho, que o olhou por alguns segundos. – O gato... o moço que apareceu, eu tinha escutado a voz dele, mesmo estando daquele jeito, quando Lúcifer me levou para aquele lugar, e se referiu a ele como criador dos humanos.

— Oh, eu não tinha ideia de que ele surgia por ai como o Ruki. – disse. – Mas por que nos vigiaria pelo gato? Não somos humanos....

— Mas fomos criados por ele. – disse. – Lúcifer só nos ganhou.

— É faz sentido... – Kouyou voltou o olhar para o livro. – Será que está ajudando Lúcifer a nos proteger...

— Se estiver, fico agradecido. Proteção de dois criadores é perfeita. – sorriu.

— Estava pensando aqui... se Lúcifer não tivesse salvo minha vida, quando minha família morreu, e não tivesse me guiado até onde você estava... Talvez não estivéssemos aqui, juntos hoje.

— Mesmo o Destino aprontando conosco... Acabou nos juntando...  – Kouyou voltou a olhar mais uma vez para Yuu, que sorria o olhando.

— Destino nem deve ter percebido que causou o nosso amor. – Yuu riu, sentindo o gato saltar do seu colo e ir explorar a biblioteca.

— Hum, devíamos agradece-lo, não é mesmo? – Kouyou se aproximou e selou os lábios do mais novo.

— Próxima vez que encontra-lo eu agradeço. – disse Yuu ao se afastar, fazendo
Kouyou rir.

— Nem brinque com isso, quero ele longe de você. – tocou o rosto do menor.

— Nada pode me afastar de você... Não vou deixar nada, ninguém me afastar de você... nesses anos de convívio, eu nunca duvidei do que sentíamos um pelo outro. Você sempre foi a minha certeza...

— Você sempre foi a minha certeza também...  Te amo Yuu... isso nunca mudará... – o beijou novamente, sentindo as mãos macias de Yuu em seu rosto.

A sensação de senti-lo tão perto, do seu amor, da sua leveza; poderia repetir-se por milhares de séculos.

Mas nunca mudaria.


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Notas finais do capítulo

Eu sinto que esses ultimos capitulos são fracos, mas não consegui mudar nada neles. Espero que não tenha decepcionado vocês com esse 'final'. O Epílogo, como eu disse lá em cima, estou reescrevendo, talvez fique um pouco mais longo do que era originalmente, mas quero que tenha um 'bom final'.
Obrigada por comentarem (e prometo parar de enrolar em responder os comentários fofos que vocês me deixam)
Então, até amanhã~
Beijos ♥



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