Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 4
Four - O Porão


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Mais um capítulo cheio de correções, que infelizmente precisou, por que como já havia avisado anteriormente, eu postei na epoca enquanto escrevia, ou seja, alguns erros passaram sem que eu notasse. Espero que entendam e que gostem dele ♥



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Yuu acordou assustado, não notara em qual momento  adormecera, e nem qual dos dois mais velhos lhe trouxera ate o quarto.

Sentou-se na cama, arrumou os cabelos ouriçados, notando a janela, agora com suas cortinas entreabertas, revelando o fim da madrugada,  onde o céu se fundia em tons azulados e lilás. O ar frio entrava no quarto, e lhe causava alguns arrepios mesmo que ainda estivesse coberto pelos lençóis pesados.

Sentia o corpo pesar, ainda estava cansado, mesmo que tivesse dormido quase o dia anterior inteiro.

Espreguiçou-se de forma contida, e levantou da cama, indo em direção a porta, a entreabrindo e vendo o corredor ainda escuro. A curiosidade sobre o porão, voltara a aflorar em sua mente, mas não queria ser pego espiando de novo, isso poderia ofender ao seu anfitrião.

Fechou novamente a porta, e seguiu para a cama a arrumando e sentando-se na beira da mesma, olhando para a porta, tentando não deixar a curiosidade lhe corroer totalmente.

Respirou fundo fechou os olhos, logo ouviu a movimentação no corredor. Passos pesados, apressados, que pararam diante da porta, que não demorou a ser aberta.

Abriu os olhos, e encontrou seu anfitrião, já parado bem próximo a si.

— Bom dia, Yuu... – sorriu, estendendo a mão. – Hoje iremos conhecer a mansão antes do desjejum, espero que goste do passeio.

— Oh... pensei.... que esperaríamos amanhecer.

— Até conseguir abrir aquela porta velha, o sol já estará brilhando. Vamos, estava curioso ontem, dormiu falando no porão. Até Akira ficou interessado. – disse de forma dócil, fazendo com que Yuu sorrisse levemente.

O mais novo segurou sua mão, e ambos seguiram para fora do quarto. Kouyou andava apressado, quase arrastando Yuu, que mal conseguia completar as passadas.

Em pouco tempo, alcançaram a sala de jantar, onde Akira terminava de empurrar a pesada mesa de madeira para longe do local que deveria ser a porta do porão.

Kouyou soltou a mão do mais novo, e se aproximou do outro, abaixando-se e puxando a peça diferente das demais, revelando uma maçaneta, um alçapão, o qual abriu rapidamente.

O mais novo continuou parado afastado de ambos, não que tivesse perdido a curiosidade, mas um receio, algo o mandava não sair do lugar, o manda ir embora dali, com muito mais intensidade que anteriormente.

— Yuu? – voltou a si, ao ouvir a voz grave de Kouyou, e a proximidade do mesmo. – Vamos, te ajudarei a descer ao porão. – estendeu a mão para ele, que observou seus dedos por alguns segundos, antes de aceitar o convite sutil.

O mais velho lhe levou até o local, e o ajudou a descer a pequena escada velha que levava até o porão.

Não enxergava nada, nada além da iluminação que vinha da sala de jantar;

— Akira, poderia buscar uma lamparina para nós, não é mesmo? – Kouyou se pronunciou, fazendo com que Yuu o olhasse brevemente, mas voltasse a encarar a escuridão profunda;

— Sim, Kouyou...  – respondeu brevemente, antes que o mesmo descesse a pequena escada;

Yuu soltou a mão de seu anfitrião, ainda mantendo-se parado próximo a luz fraca.

— Yuu... Não saia desse lugar, irei pegar a chave, tem um corredor secreto, acho que gostará de explorar ele também. – Kouyou beijou a testa do menor , e voltou a subir a pequena escada. Deixando-o sem ação por algum tempo, o suficiente para que tivesse saído do cômodo superior, lhe deixando mergulhado em um silencio profundo.

— Milord... – se desesperou ao ver que o outro havia mesmo lhe deixado só.

Ouviu o barulho novamente, o soco abafado na madeira, bem próximo a si. Havia algo ali, mas não conseguia ver no breu em que se encontrava.

O medo em seu corpo era gigantesco, sentia o arrepio percorrer sua espinha de cima a baixo. Em um aviso de que corria algum perigo eminente, e também novamente, aquela sonolência repentina voltava a habitar seu corpo.

Em um impulso, virou-se para subir à sala de jantar, seus pés prenderam-se no pequeno degrau, lhe fazendo perder o equilíbrio, e acabar caindo com força sobre a pequena escada.

[...]

Abriu os olhos, vendo a iluminação forte e as paredes claras do quarto de forma embaçada, nauseante.

— Que bom que despertaste! – ouviu a voz de Kouyou, e voltou os olhos na direção que ouvira, o vendo ainda de forma distorcida, segurando algo escuro em seus braços; - Esse era um dos motivos do barulho no porão: Um gatinho, estava preso entre os degraus ! – disse de forma feliz.

— O... o que houve comigo, milord? – sussurrou ainda confuso, sentindo a cabeça dolorida.

— Você teve uma queda... bateu com a cabeça na escada. Quando Akira e eu retornamos, estavas desacordado, o gato estava sobre você. – sentou-se próximo ao mais novo, e acariciou seu rosto com a ponta dos dedos. – Hum.... está febril... deve ter sido a causa do seu desmaio, precisa descansar mais.

— Não parecia o barulho de um gato preso.  - sussurrou. – Há algo mais naquele porão, milord?

— Não há nada no porão Yuu... o que teme? – questionou depois de longos segundos em silencio.  O mais novo ainda não o via nitidamente,  mas manteve os olhos na sua direção.

— Por que tudo sobre este lugar parece misterioso, milord? Porque cada momento parece que esconde algo, que age como se não quisesse que eu descobrisse algo?

Kouyou sorriu largamente.

— Está há pouco tempo convivendo comigo, em minha casa,  claro que todo parecerá cercado de mistério.  – se aproximou para, mais uma vez, beijar a fronte do mais novo, que se afastou rapidamente.

— Toda vez que faz isto comigo, fico sonolento... – disse, tentando soar inquisidor, para que o outro lhe respondesse, sanasse todas suas duvidas.

Mesmo o conhecendo por tão pouco tempo, ele queria saber, logo, tudo sobre o seu anfitrião, para sentir-se seguro, ou se afastar o mais rapidamente dali.

Kouyou riu alto.  Algo que fez Yuu encolher-se nos lençóis, incomodado com tal atitude do mais velho. Parecia que havia se tornado outra pessoa, bem diante de seus olhos.

Como se aquela gentileza inicial houvesse se esvaído completamente, e ali só houvesse sobrado a ironia daquele riso. Era como se o mais velho simplesmente achasse patético aquele tipo de pergunta direcionada a si.

— Não pergunte o que tem medo de saber. – voltou ao tom habitual, se levantou da cama, e seguiu para fora do quarto, deixando o mais novo atônito.

Yuu permaneceu em silencio por longos minutos, com o gato negro ainda ao seu lado.

— estou com medo disso... Acho melhor ir embora daqui... – levantou-se ainda cambaleante,  mas mesmo sem equilíbrio, seguiu rapidamente para a porta, e ao abri-la esbarrou em Akira, que segurou-lhe pelos ombros.

— Não devia estar descansando? Tens um ferimento na cabeça, melhor não esforçar-se tanto.

— Irei embora... agradeço a preocupação de ambos, mas não poderei mais ficar... – sussurrou, tentando disfarçar a falta de equilíbrio;

— Não deixarei que cometa tal loucura... Poderia correr riscos andando nessa situação. – respondeu, levando, facilmente,  o mais novo de volta á cama, onde o gato ainda estava.

 - Não importo-me, apenas deixe-me ir... – insistiu, mas o outro apenas lhe cobriu, e lhe acariciou ao lado do rosto.

Sentiu o corpo pesar, e um desespero em seu interior.

Akira também causava aquela sonolência.

Antes que seu corpo, afundasse no sono pesado, balbuciou a pergunta anterior, que não obteve resposta com seu anfitrião;

— Porque fico sonolento com esse toque repentinos que fazem em mim?

Os olhos encheram-se de lágrimas, estava com medo daquilo, não confiava mais em nenhum dos dois que lhe cediam ‘abrigo’. Estava com medo de estar afundado em problemas. Talvez estivesse mesmo. 

Akira sorriu, e tocou seu rosto mais uma vez.

— Almas puras sentem isso, com o toque de impuros sugadores de pecados. 

[...]


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Notas finais do capítulo

Então gente, matei a curiosidade, ou piorei ela?
Fiz correção das frases, que estavam sem sentido, não mudei a estrutura da fic, nem a cena.
Obrigada pelas visualizações e comentarios, me deixam muito feliz ♥



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