Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 26
Tweenty Six - Akira...


Notas iniciais do capítulo

Oieee
Cheguei no horario mais uma vez kkkk Sem enrolar aqui...

Boa leitura ♥



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Yuu despertou notando que estava deitado no colo de Kouyou, que ainda lia pacientemente um grande livro.
A claridade da janela, indicava o inicio da manhã, e mesmo estando agasalhado, podia sentir o frio entrando no local.
O mais novo, manteve em silencio, observando as mãos pálidas e os dedos compridos do mais velho sob a capa do livro, que já o notara desperto, mas mantinha os olhos no livro.
Acabou se sentando, arrumando os cabelos longos e desgrenhados, e voltando o olhar para Kouyou, que já o observava, com o livro fechado.
— Conseguiste dormir confortável? – sorriu.
— É... consegui sim.. senti-me mais seguro... – sussurrou esfregando os olhos, ainda espreguiçando-se.
Kouyou aproximou-se, selando brevemente os lábios do mais novo, que riu ao ser pego desprevenido.
— Bom dia... – Kouyou sussurrou, com um belo sorriso estampado nos lábios, fazendo com que Yuu corasse imediatamente.
Ficaram alguns segundos com os rostos próximos, sorrindo bobamente.
Aquele sentimento fazia bem, mesmo em meio ao silencio.
Ouviram o miado estridente do gato e um barulho de algumas coisas ao chão, e sem pensar duas vezes, Yuu levantou-se correndo até a porta, mais Kouyou o impediu de abrir a porta;
— Lembre-se que estou aqui para lhe proteger, não irei conseguir se você for atrás do perigo. – avisou, vendo o menor assentir e afastar-se da porta.
Kouyou saiu rapidamente, e Yuu permaneceu ali, espiando a porta entreaberta, tempo suficiente para que visse Yutaka seguir tranquilamente na mesma direção.
— Yutaka... ouviste o barulho? – sussurrou, chamando a atenção do mais velho que abriu a porta totalmente.
— Provavelmente, Akira aprontando algo. Não preocupe-se. – disse.
—Posso ir com.. você ver o que está acontecendo? – manteve o tom baixo, sentindo o outro bagunçar lhe ainda mais os cabelos.
— Venha... – Estendeu a mão, e Yuu a segurou sem pestanejar, e logo já era guiado pelo corredor, até o inicio da escadaria, vendo Kouyou arrastando Akira para longe de alguns itens quebrados, que não conseguira identificar.
Akira parecia doente, e aquilo o preocupou,
— Yutaka... vocês... ficam doentes? – questionou.
— Não... – respondeu brevemente - Mas não posso afirmar que Akira não esteja de certa forma, doente. – Yutaka desceu os degraus, e ajudou o outro a carregar Akira para o andar superior.
Yuu os seguiu silencioso, logo sentindo o gato passar por suas pernas, correndo.
Abaixou-se pegou o bichano e o levou para biblioteca.
Não queria atrapalhar com sua curiosidade, e nem deixar o gato sozinho.
Mas de certa forma a sua preocupação não iria diminuir se não fosse verificar se Akira estava realmente doente.
[...]
Kouyou colocou o outro deitado na cama, sentando-se ao seu lado, observando seu rosto perdendo a forma humana, mostrando a verdadeira forma.
Akira parecia sem energia, quase confuso, mas ainda desperto.
— O que está acontecendo contigo, Akira? – Kouyou sussurrou próximo ao rosto do outro.
— Se não contardes, eu o farei... cansei de vê-lo esconder isto á tanto tempo. – Yutaka esbravejou. – Sei que mesmo nesse estado, está nos ouvindo.
— O que? – Kouyou voltou o rosto para o mestre, mas Akira segurou sua mão, fazendo com que o mais novo voltasse a lhe encarar. – O que estão escondendo de mim?
— Kouyou... não afeta você, nem o Yuu... só a mim mesmo... – Akira sussurrou.
— Qualquer coisa que lhe faça mal, me afeta também... Somos irmãos não somos? - disse de forma carinhosa. - Conte-me o que está acontecendo contigo...
— Conta logo Yutaka... não era você que ficava atrás de mim dizendo que contaria o porque eu fui expulso? – resmungou.
Kouyou voltou-se novamente para Yutaka, desde o inicio, sabia que ele e Akira escondiam algo de si, mas não imaginava que era algo que vinha de tempos atrás.
— Akira, já que insiste. – Yutaka sorriu brevemente. – Foi expulso por conta dessa compulsão dele em adquirir mais energia do que precisa. Nunca me explicou o por que faz isto, mas parece que isso de alguma forma o fez perder energia mais rápido, e tinha que ir aumentando a quantidade, e vejamos, se alimentou ontem á noite não é mesmo... e já está como se estivesse á meses sem energia. – disse.
Kouyou voltou a olhar para Akira, que evitou seus olhos.
— Diga-me... que não é por causa daquilo... – sussurrou.
— A culpa não é sua Kouyou... – disse. – Não precisa ficar com essa feição de choro.
— Pare de mentir para mim! –pediu, já com a voz chorosa. Akira deu um meio sorriso, a tempos não via as lágrimas de Kouyou, e vê-las sendo derramadas devido a preocupação consigo, lhe fazia, de certo modo, sentir-se importante, – A culpa é minha não é?... eu fiz isto com você...
— Agora quem está perdido nisto sou eu... Como assim a culpa é tua Kouyou? – Yutaka aproximou-se mais.
— Yutaka não precisa saber disto, a culpa não é sua Kouyou, pare com essas lamentações. – Akira quis soar altivo, mas sua voz saiu como um sussurro.
— É sim, por que eu sempre o suguei... eu passei todo aquele tempo me alimentando de você e não de humanos por que eu tinha medo. – Sussurrou Kouyou. – Isso o deixou assim, e não minta mais para mim...
— Como? – Yutaka segurou os ombros de Kouyou, fazendo os olhos mais claros, cheios de lágrimas voltarem em sua direção. – Kouyou podes sugar energia de nós?
Entristecido, Kouyou assentiu brevemente, deixando o mestre ainda mais chocado com tal informação.
— A culpa não é tua Kouyou... nenhum de nós dois sabíamos que isto aconteceria...
— És realmente a obra prima do criador... – Yutaka murmurou
— Não sou obra prima de ninguém... pare com isso! – Kouyou esbravejou. – Temos que pensar no Akira agora... Preciso ajuda-lo
— Eu posso... – Yuu entrou timidamente no quarto, ouvira o fim da conversa, e mesmo que ainda estivesse confuso com toda a situação, queria sentir-se útil em algo.
Akira era importante para Kouyou, sabia disto, e ele também estava se afeiçoando ao mais velho.
— Não.... Não vou sugar você, garoto... – Akira respondeu, num tom um pouco mais alto.
— Você precisa, e o máximo que acontecerá comigo é sentir sono. Não é? – avisou se aproximando.
— Yuu... – Kouyou tentou impedir que o mais baixo se aproximasse mais. Mas Yuu segurou a mão de Akira.
— Vamos... Akira... – disse em tom amigável, com um sorriso no rosto.
Akira o olhou nos olhos. Não tinha a mínima vontade de sugar Yuu. Mas precisava, e a necessidade estava falando mais alto, e sua mente dizia que o garoto ficaria bem.
Com dificuldade, sentou-se, logo fora imitado pelo mais novo.
Afastou as mechas do rosto de Yuu, e encostou os lábios em sua testa.
Em segundos Yuu caiu na cama, sonolento. Akira parecia melhor, mas não conseguia manter a aparência humana.
Kouyou manteve-se em silencio, pela sua feição detestara a ideia, mas apenas pegou Yuu nos braços e saiu do quarto, sendo prontamente seguido por Yutaka.
— Kouyou... conte-me melhor a história sobre poder nos sugar também.
O mais alto continuou em silencio entrando no quarto, deixando
Yuu na cama.
— Kou... – sussurrou fracamente o mais novo.
— Irei ficar contigo... só irei fechar a porta.
— Kouyou, não finja que não me ouviu! – Yutaka entrou no quarto. – Diga-me por que escondeste isto de mim? Por que escondeste essa informação.
— Para que você não fosse correndo avisar aos anciões que iam me privar de mais coisas por medo do que eu poderia fazer. – Esbravejou mais uma vez. – Agora, com licença... Yuu precisa descansar e eu preciso de um tempo em silencio.
— Vim ao mundo dos humanos... por que descobri, que o criador o fez especialmente, ele queria que você fosse diferente... você nunca foi defeituoso, foi sempre uma versão melhorada de nós, e agora tudo liga-se, com o fato que pode nos sugar...
— O criador é apenas um ser egoísta que só queria me ver sofrer. É isto. – Kouyou empurrou Yutaka para fora do cômodo, e fechou a porta, voltou a sentar ao lado do mais novo, que tentava manter-se acordado, mesmo sabendo que não conseguiria.
— Kou... – Yuu chamou novamente. – Kouyou... Do que falavam? – Yuu sussurrou.
— Quando acordar... Conversarei melhor contigo... Não se preocupe - Acariciou o rosto do mais novo, que se acomodou melhor, e finalmente fechou os olhos; - As coisas estão ficando complicadas mais uma vez... – sussurrou pra si mesmo.
Continuou um tempo ali, imerso nos próprios pensamentos, segurando para não voltar a chorar.
A culpa era sua, por mais que Akira negasse.
Seu medo novamente o fez cometer erros.
Ficou um tempo com Yuu, e ao nota-lo profundamente adormecido, se levantou e o deixou sozinho.
Seguiu para o porão, precisava conversar com alguém que sabia da história.
Abriu o alçapão, e já ouviu Índigo.
— Kou, estás chorando novamente.
O mais alto seguiu até a cela, sentando-se em frente da mesma.
— Eu odeio a minha existência. – Sussurrou. – Eu só cometo erros... deixei você assim por medo, enfraqueci o Akira por medo.... Meu medo vai acabar ferindo mais alguém....
— Você não pode controlar as coisas, mesmo não sendo humano. Nada disso é culpa sua. Eu que pedi para ser isso, eu que tive medo de morrer. E o Akira... É sobre você poder sugar os seus semelhantes, não é? Não é culpa sua também. – Disse, mesmo que visivelmente não houvesse nenhum sinal de emoção vindo de si.
— Não tente amenizar a minha culpa, Índigo. Eu... só quero desabafar. Akira está fraco, não segura a energia, a expulsão dele foi por estar sugando energia compulsivamente, por que ele fazia isso por mim e por ele. Se tornou insustentável. E eu não sei como ele vai superar isso... eu não sei... não há uma solução... não há nada... e eu não quero perder ele assim.
— Entre aqui. – disse afastando-se das grades, sentando-se na cama, esperando o outro se levantar. Kouyou entrou na cela rapidamente, sentando ao lado do mais baixo, sentindo o abraço frio do vampiro.
— Você pode chorar aqui, chore toda a dor que sente. – Disse de modo suave, Kouyou se encolheu, como uma criança assustada. Fazendo o vampiro recordar a primeira vez que o viu.
— Eu passaria milhares de anos chorando. – Sussurrou, deixando as lágrimas escorrerem em seu rosto.
[...]


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Notas finais do capítulo

Esse finalzinho, do Kou conversando com o Índigo eu adicionei nessa revisão. Sentia que não tinha dado muita oportunidade pra ele interagir com o Índigo. Espero que tenham entendido melhor como é a relação deles. Os próximos também adicionei umas coisas, então tem um ar mais detalhado que a primeira vez que eu postei. XD
Então até amanhã ~~



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