Astória Greengrass é diferente de todos da sua família, enquanto Dafne – sua irmã mais velha – se dizia ser superior a todos e menosprezar qualquer aluno que não fosse da Sonserina, a mais nova se preocupava com que havia dentro de cada um.

Ela tinha muito orgulho da sua casa sim, porém reconhecia seus defeitos também, assim como admirava a qualidade das outras casas que abrigavam o mesmo castelo. Para ela, as casas eram só uma forma de organização.

Porque, no final do dia, todos ali eram bruxos, mereciam aquela vaga tanto quanto ela e habitavam o mesmo local. Em sua cabeça, não fazia sentido ter rivalidades. Ela tinha um penso oposto ao de seus companheiros de casa.

E de sua família, não saberia dizer quantas vezes não discutira com a irmã sobre esse assunto, principalmente quando a guerra ameaçou estourar de vez, virou as costas para seus pais e irmã e lutou ao lado de Harry. Ela sabia que podia escolher seu lado e deixou seu coração falar mais alto que qualquer coisa.

Quando tudo terminou, ela foi se aproximando aos poucos de Draco, viu que ele estava destruído por dentro e por fora, qualquer um que prestasse a mínima de atenção nele saberia dizer que não há dias. Ela o ajudou a se reerguer, não pelo sobrenome do loiro ou de sua fortuna, apenas porque viu nele o garoto de onze que conhecera um dia, desaparecer. E não iria permitir que a vida dele o fosse deixando pouco a pouco sem fazer nada.

Por isso, em uma noite no Salão Comunal, teve uma conversa séria com ele. Sobre os erros do passado, as escolhas não feitas e o futuro pela frente. Reforçou que pela primeira vez ele teria a oportunidade de viver como quisesse.

O lembrou de que, se tornando pai, poderia ter a chance de ser para o filho o pai que ele nunca teve. Erraram com ele e teria a chance de não errar novamente. Foi ela também que o ensinou a se perdoar e a agradecer aos outros.

É que Astória era em sua essência, bondade.