Califórnia, Sol e margaridas, era tudo que eu tinha em mente enquanto colocava minha roupa, eu estava de feria pela primeira vez nos Estados Unidos, peguei minha bolsa conferindo se minha carteira, protetor solar e mais algumas coisas para a praia estavam lá, sai do quarto indo para o elevador, eu tinha conhecido algumas pessoas na internet e contrariando todas as medidas de segurança eu vim para cá conhece-las e no fim deu tudo certo, eles eram universitários assim como eu, sai pelo halls do hotel e olhei mais uma vez para meu reflexo, cabelos ruivos, óculos escuros, com o corpo pequena e de pele morena clara, short branco com uma camisa azul clara, meu biquíni em um rosa cheguei estava com algumas partes aparecendo, nada que ficasse muito evidente, sorri para meu reflexo e sai encontrando Thomas e Rebecca.

 - Finalmente, pensamos que tinham te sequestrado para o tráfico de órgãos. – eu mostrei a língua para Thomas e abracei Rebecca.

 - Como sempre exagerado. – ri enquanto entramos no carro.

O caminho até a praia era curto, mas não perdemos tempo em ir cantando e falando sobre os planos para as férias.

 - Certo, não saia de perto, não queremos que seus pais estejam certos sobre conhecer estranhos. – Thomas riu da própria piada me deixando com Rebecca na orla da praia.

 - Não de ouvidos a ele. – Rebecca era loira dos olhos azuis e incrivelmente linda, sorriu para mim enquanto pegava minha mão e íamos para a festa que estava começando.

A universidade dos dois estava em férias e todos os que estava na cidade tinham combinado aquela festa, bebida, Sol e agua do mar, tirei minha roupa e deitei em uma cadeira deixando o Sol me esquentar quando ouvi meu celular tocar.

“Se divertindo?”

Não pude deixar de sorrir olhando o celular, aquele era Sebastian, eu tinha conhecido ele em um fórum de terror na Deep Web, e logo de cara foi essa conexão.

“Está faltando você.”

Sorri com um frio na barriga, era loucura se apaixonar por alguém que nem se conhece, mas ele era diferente.

“Sabe que é só me chamar que eu vou”

Sentei mais nervosa com aquela mensagem, nós podíamos nos conhecer, realmente nos ver, meu coração acelerou e senti mais uma vez um frio na barriga de antecipação.

 - Algum problema? – Rebecca me entregou uma margarita e se sentou ao meu lado.

 - E só esse menino, conheci ele na internet igual a você e agora ele quer se encontrar. – corrigi mentalmente que Rebecca e Thomas eu tinha conhecido na Surface Web.

 - Bom se quiser porque não o chama para cá, estamos em muito e podemos cuidar de você. – ela sorriu dando apoio.

 - É, você está certa. – meu coração se animou com a possibilidade.

“Não precisa se sentir pressionada”

Ele tinha mandado a mensagem provavelmente enquanto eu pensava.

“Não, tudo bem, porque você não vem para cá”

Senti meu coração parar quando mandei a mensagem, sabia que era bobo, já que ele já tinha demonstrado interesse em me conhecer e não recusaria me encontrar.

“Você tem certeza pequena?”

Aquela pergunta parecia como uma última chance de voltar atrás, eu senti meu corpo se arrepiar, eu nunca o tinha visto, tudo que eu sabia era que ele morava nos Estados Unidos, tinha vinte e seis anos, cabelos e olhos pretos, pele branca e gostava de histórias de terror tanto quanto eu, era tudo coisas que ele havia me dito, mas eu queria conhecer aquele homem com quem eu falava a meses e com essa certeza respondi.

“Quero te conhecer, você não quer me conhecer?”

Eu sabia que ele queria muito já que ele tinha escrito um pequeno conto sobre como seria nosso encontro, eu sorri lembrando quando ele me mandou o arquivo que falava o quando ele me admiraria e diria o quanto esperou aquilo.

“Você sabe que é tudo que eu mais quero, mas se eu for não vou desistir.”

Aquilo era como um aviso, minha mente gritava para que eu ouvisse, mas eu queria conhece-lo, e talvez beijar ele como o conto termina com nosso beijo.

“Eu não quero que desista, quero você aqui comigo”

Sorri com a minha possível ousadia.

“Você é minha”

Eu sorri para a mensagem sabendo que ele estava vindo, já tínhamos conversando sobre essa possibilidade, ele disse que morava um pouco longe, e que demoraria algumas horas para chegar na praia aonde eu estaria, mas que ele iria mesmo assim, era só eu chamar, e eu chamei, com aquela realidade batendo em mim eu bebi um gole da minha bebida e voltai para o Sol.