Há uma linha fina entre o amor e ódio. 

Pov jane

Estava sentada em frente à penteadeira enquanto prendia meu cabelo no habitual coque perfeitamente alinhado, quando a porta abriu com um estrondo. 

  Não me movi, apenas me concentrei em continuar a minha tarefa. Nem precisava olhar pelo espelho para saber quem era. 

—O que você quer?- pergunto enquanto colocava os últimos grampos que iriam assegurar que meu penteado ficasse no lugar.

—Isso é forma de cumprimentar seu querido irmão?- Alec provocou e se aproximou logo depois de fechar a porta.-Achei que ficaria mais feliz em me ver, irmãzinha.- continuou em tom de provocação. 

—Faz poucas horas que nos vimos, Alec, e não respondeu a minha pergunta.- encarei seus olhos pelo espelho.- O que quer ? 

—Aro solicitou nossa presença no salão principal.- ele pegou os dois últimos grampos da minha mão e os colocou em meu cabelo.- Linda, como sempre. Agora vamos. 

  Dei um sorriso sutil pelo elogio. Ele era o único que me fazia ter essas reações, éramos irmãos afinal, eu o amava mais do que a mim mesma. Ele poderia me irritar todos os dias e mesmo assim eu não seria capaz de sentir algo além de amor por ele.

—Vamos.- me levantei e ajeitei a minha capa. 

   Já conhecíamos o castelo como a palma de nossas mãos. Poderia vagar por aqui de olhos fechados e mesmo assim não me perder. Vivemos aqui há tanto tempo que eu mal me recordo de um dia ter tido outra casa, na verdade, prefiro não recordar.  

   Chegamos ao salão principal. Alec abriu as portas e atentarmos o mesmo, sempre recebendo olhares de temor ou de raiva. Sentem medo de nossas habilidades e também sentem inveja das mesmas. Muitos não conseguem nem nos olhar diretamente, não que eu esteja reclamando, adoro ser temida. 

 Podíamos avistar os mestres Marcus, Aro e Caius sentados em seus respectivos tronos. Nos aproximamos dos mesmos que estavam presentes na parte em destaque do salão e fizemos uma reverência.