Country Girl escrita por Deh


Capítulo 4
"We All Fight Different Fights"


Notas iniciais do capítulo

Hello people *-*
Espero que gostem!!!



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Yeah, we all fight different fights

But everybody feels, everybody bleeds, everybody cries

So whenever you need a friend

Need a friend, call me

Carry you home – Ward Thomas

Eu engoli em seco assim que vi o dono da voz caminhar em nossa direção.

—Papai! –Abby disse surpresa e ao mesmo tempo sem graça, entretanto, isso não a impediu de acrescentar –Vocês andaram rápido.

—Se-nhor Gibbs... –Jimmy Palmer gaguejou se encolhendo, mas isso não foi capaz de impedir com que Gibbs não lhe desse um peteleco na nuca.

—Gibbs. –Ziva disse sem graça.

E mais do que depressa eu me apressei em descer de Storm.

—Expliquem-se. –Gibbs disse.

—Ziva me fez montar... –Palmer se queixou.

—Jimmy caiu... –Abby disse.

—Alguém precisa montá-la. –Ziva se manifestou.

—Gibbs... –Essa foi eu dizendo.

Detalhe que todos nós falamos ao mesmo tempo.

—Calem-se. –Gibbs disse e de repente nós quatro ficamos mudos, pois sabemos muito bem quando uma batalha está perdida.

—Ziva o que aconteceu? –Ele então perguntou para a adulta que deveria ser a mais responsável.

—Depois que o último cavaleiro foi embora, pedi ajuda ao senhor Palmer, mas mais uma vez Desert Storm derrubou o cavaleiro, então ela viu Kira na cerca e pareceu mais calma. Foi então que pedi a ela para montá-la e quando eu vi elas já estavam saltando como se tivessem feito isso a vida toda. –Ziva explicou de maneira breve.

Gibbs então nos analisava com seus olhos azuis sombrios.

—Algo mais? –Ele nos questionou.

Nos olhamos culpados e abaixamos nosso olhar, tentando demonstrar o máximo de arrependimento possível, não que eu pessoalmente estivesse arrependida do que havia feito e diga-se de passagem, fiz com maestria.

—Pensamos que eu poderia competir com ela no torneio regional. –Eu disse erguendo o olhar para encará-lo, afinal de contas eu sei que embora Gibbs seja uma figura autoritária, ele não gosta de fracotes. Lembro-me muito bem de minha mãe dizer que ele gostava de pessoas que o desafiem, até mesmo porque isso era o que podia ser usado para justificar seu casamento, já que ele e Jenny sempre parecem estar brigando por algo, seja pela velha F1000 ou pelo fato dela ter sapatos demais.

—Em segredo? –Gibbs me perguntou enquanto me encarava friamente.

Em resposta dei de ombros enquanto ainda o encarava.

—Não por muito tempo. –Abby interveio e rapidamente o pai a repreendeu com um mero olhar, sendo o suficiente para calar instantaneamente a sempre falante Abigail S. Gibbs.

—Você acha que pode mesmo montar essa égua, sendo que cavaleiros bem mais experientes que você tentaram e falharam? – Gibbs me perguntou enquanto me encarava fixamente.

Eu respirei fundo, sem desviar o olhar e não demonstrando medo algum. Assim, ainda o encarando fixamente eu respondi:

—Acabei de completar o percurso com ela, eu consigo Gibbs. Só me dê uma chance.

Gibbs então me analisou minunciosamente, antes de observar a égua tordilha ao meu lado.

—Você sabe que para competir, você tem que treinar de verdade não é? –O homem de cabelos grisalhos me perguntou.

Eu assenti.

—Isso inclui esforço e dedicação, não é um hobby que você pode fazer quando está apenas visitando. –Ele disse simplesmente.

E então eu arregalei os olhos.

Ele sabia.

Esse tempo todo ele sabia que eu montava Desert Storm enquanto os visitava.

Mas como?

Sempre pensei que Abby e eu conseguíamos esconder muito bem nosso pequeno segredo... Com toda a certeza deve ter sido o molenga do Jimmy que deu com a língua nos dentes.

Sim... foi ele.

Ahh Jimmy Palmer... Acho que temos que acertar algumas coisas...

—Desde quando você sabe? –Eu então o questionei.

—Não há nada que aconteça nesse Haras que eu não saiba Chiara. –Ele disse simplesmente.

Eu poderia olhar para ele culpada, eu poderia pedir desculpas, mas ao invés disso eu me vi perguntando:

—Então eu tenho a sua benção para seguir com o plano?

—Fique bem colocada na competição de Silver Springs e então veremos. –É o que Gibbs disse.

Silver Springs é a abertura do torneio, há inclusive um festival que é realizado fim de semana do evento. Como conseguiria passar desapercebida ainda é um mistério para mim, mas eu preciso. Sendo assim, me vejo assentindo em concordância.

Diante da minha confirmação, Gibbs então prossegue:

—Jenny não dará falta de vocês tão cedo, então sugiro que treine mais com Ziva.

Eu e Ziva assentimos.

—E vocês dois. –Ele disse agora voltando sua atenção para Abby e Jimmy antes de dizer. –Abby limpe as baias do lado leste, enquanto a você Palmer há cavalos precisando de banho.

Nós quatro ainda estávamos nos mesmos lugares, quando Gibbs nos perguntou:

—Estão esperando um convite formal?

E logo tratamos de fazer o que Gibbs havia dito, ou melhor, mandado. Porque Leroy Jethro Gibbs não pede, ele manda.

E assim passei um bom tempo seguindo as orientações de Ziva, enquanto Jimmy e Abby cumpriam suas tarefas.

O almoço com a família Gibbs segue tranquilamente, isso até que Jenny pergunta:

—Então meninas, o que vocês andaram fazendo o dia todo nos estábulos.

Instantaneamente eu congelei, ela sabia o que estávamos aprontando?

Se havia alguém nesse momento que não podia descobrir era ela, porque eu conheço Jenny Gibbs a tempo suficiente para saber que se ela presencia uma regra sendo quebrada ela quase tem um colapso e nesse caso, eu não duvido que ela surtaria muito.

—Elas estavam muito atoa, coloquei elas para ajudarem Palmer a limpar as baias. –Gibbs disse.

—Jethro, você sabe que isso se chama exploração de trabalho infantil? –Jenny perguntou, enquanto que Gibbs comia tranquilamente.

—O que vocês duas fizeram? –Jenny então perguntou voltando a sua atenção para Abby e eu.

—Nada. –Abby e eu dissemos simultaneamente.

Jenny ergue a sobrancelha em desconfiança.

—Limpamos as baias, porque papai prometeu que se o fizéssemos ele nos levaria no Festival das Flores de Silver Springs. –Abby disse.

Eu me limitei a assentir, talvez Abby estivesse se tornando uma boa mentirosa no fim das contas.

E assim o almoço transcorreu sem mais intercorrências.

A tarde tanto Abby e eu estávamos cansadas, assim nós duas fomos para seu quarto assistir How I Met Your Mom.

Eram por volta das quatro horas, quando ouço tocar It Ain't Me— Kygo & Selena Gomez, indicando que alguém está desejando falar comigo. Sendo assim, pego meu celular e visualizo o nome de Jack no visor.

—Jack! Já está com saudades? –Eu digo como sempre de bom humor, afinal de contas é impossível estar perto de Jack e não se contagiar com sua positividade.

—Ei jumper. –Jack diz do outro lado da linha e em apenas uma frase eu sou capaz de distinguir que há algo errado.

—Está tudo bem Jack? –Pergunto preocupada, afinal de contas Jack é uma das pessoas que eu mais respeito e admiro.

—Sim Kiki, eu só estou ligando para saber se tem problemas de você ficar com os Gibbs mais um dia. –Ela diz tentando ao máximo não parecer abalada.

—Acho que sim, você sabe que eles até me adotariam se pudessem. –Eu digo tentando fazê-la rir, ou ao menos retrucar, como sempre, que se alguém for fazer isso será ela.

Ouço uma risada fraca do outro lado da linha, até que enfim ela diz:

—Amanhã eu te pego aí, divirta-se e juízo viu?

—Você sabe que juízo é meu segundo nome Jack, mas você realmente está bem? –Eu digo deixando bem evidente o quão preocupada eu estava.

—Eu estou bem Kiki, não se preocupe comigo. –Jack disse.

—Isso é impossível senhorita Sloane. –Eu digo simplesmente antes de nos despedirmos.

—Está tudo bem? –Abby pergunta ao me ver encarando meu celular.

Eu dou de ombros, antes de dizer:

—Eu não sei, Jack parecia estranha.

Abby me olhou confusa antes de dizer:

—Jack é meio estranha Kiki.

Eu rolei os olhos e então acrescentei:

—Mais do que o normal Abby, ela parecia... triste.

Agora Abby franziu o cenho.

—Isso não é uma atitude típica dela. –Minha amiga de longa data disse.

—Eu sei, mas ela disse para mim não me preocupar, que ela está bem. –Eu repeti o que Jack havia dito.

—Adultos sempre dizem que estão bem, quando não estão Kiki. –Abby reflete em voz alta.

Sem tempo para acrescentar mais nada, somos interrompidos por Jenny nos chamando para ajudá-la a preparar cookies, aparentemente não é só o senhor Gibbs que gosta de explorar mão de obra barata, vulgo gratuita.

E assim o restante do dia passa tranquilamente no Haras Semper Fi, com a família Gibbs não se importando nenhum pouco que eu passasse mais um dia ali.

No dia seguinte, tomamos o café da manhã cedo, quando Gibbs anunciou que ele e Jenny teriam de ir até a casa do doutor Mallard, vulgo Duck, buscar um cachorro que eles haviam prometido cuidar, até que ele encontre um lar adequado. Sim, meu adorado professor de biologia é também veterinário e ajuda uma ONG de animais abandonados, enfim um verdadeiro gentleman.

E assim Abby e eu ficamos sozinhas, embora minha amiga estivesse louca para ir com os pais, pois ninguém ama mais animais do que Abigail Gibbs.

Não muito tempo depois de ouvirmos a velha F-1.000 dar partida, ouvimos alguém bater a porta e ao abrir nos deparamos com ninguém menos que Ziva, a treinadora mal-humorada.

—Bom dia Ziva. –Abby e eu dizemos.

—Bom dia Abby, Kira você está atrasada. –Ziva diz simplesmente.

—Chiara. –Eu a corrijo, entretanto, ela não dá muita atenção, pois logo se encontra caminhando em direção aos estábulos.

Abby e eu nos encaramos em silêncio, até que minha amiga diz:

—Acho melhor você ir, Jimmy não tem medo dela a toa.

E assim eu sigo o conselho de Abby e treinamos por toda a manhã. O que não deixa de ser estranho, já que deu prazo para Gibbs e Jenny irem e voltarem da cidade umas duas vezes, no mínimo.

São por volta de uma e meia da tarde quando Ziva decide dar por encerrado o treinamento e eu não preciso dizer que eu estava morta de fome.

—Até breve Stormi. –Eu digo me despedindo da égua tordilha, antes de Palmer a leva-la.

Em resposta eu obtenho um relincho.

Abby se aproxima com um saco de Cheetos gigante.

—Aceitam? –Ela nos oferece e antes que eu possa dizer qualquer coisa minha barriga ronca.

—Acho que vou lavar as mãos primeiro. –Eu digo.

Dez minutos depois saiamos dos estábulos, conversando a respeito da demora dos pais dela, quando escutamos o som característico da velha F-1.000 do Gibbs.

Observamos então Gibbs estacionar no lugar de costume, entretanto, algo completamente fora do normal, mas não tão anormal assim aconteceu.

Do banco do passageiro saiu um ruiva, bufando e quase tão vermelha de raiva, quanto seu cabelo.

—Eu já te falei Jethro, você precisa trocar de carro! –Jenny disse em alto e bom som para quem quisesse ouvir.

Abby e eu ficamos quietas onde estávamos, ouvindo mais da conversa.

—Não é para tanto Jenny, o motor só se aqueceu demais. –Gibbs respondeu dando de ombros, após ter descido do carro.

—Essa é a segunda vez só esse mês! –Jenny esbravejou.

—Jen... –Gibbs começa, mas Jenny é rápido em cortá-lo.

—Não me venha com Jen, você precisa dar um jeito nessa lata velha, ou eu juro que eu mesma vou dar um jeito nisso. –Ela disse alto e então parando a frente do Gibbs ela acrescentou –E não vou ser nem um pouco gentil.

E assim ela entrou a passos furiosos dentro de casa.

—Está tudo bem pai? –Abby perguntou quando nos aproximamos de Gibbs.

Gibbs deu de ombros antes de resmungar:

—Vai ficar.

E então ouvimos um latido, finalmente notando que Gibbs segurava um pastor alemão em uma coleira.

—Aw... que lindinho. –Abby disse e foi logo se aproximar do cão.

—Qual o nome dele? –Abby perguntou enquanto acariciava o animal.

—Bert. –Gibbs disse com seu mal humor habitual.

—Vou leva-lo para o galpão. –Gibbs disse enquanto se pôs a caminhar em direção oposta a casa.

—Pai, você não pode deixa-lo lá sozinho. –Abby saiu atrás de Gibbs protestando.

E embora eu ame minha amiga, acho que essa é uma batalha perdida para se lutar, então opto por ir para dentro de casa, afinal de contas o sol está muito quente.

Só percebo que foi um erro deixar Abby com Gibbs, quando adentro a casa e vejo Jenny resmungando para o nada.

—Oh Chiara, desculpe-me eu não havia percebido que você estava aqui. –Jenny disse educadamente.

—Tudo bem Jenny. –Eu digo.

—Venha, me ajude com o almoço, pois estou morta de fome. –Jenny me convida e assim o faço, afinal de contas eu convivo há muito tempo com os Gibbs, para saber que é melhor fazer o que Jenny está pedindo.

Enquanto preparamos o almoço, ouço Jenny incessantemente se queixar da velha picape do Gibbs, pergunto-me internamente se Abby teve mais sorte do que eu, ao menos o senhor Gibbs não fala tanto quanto a Jenny.

Depois de um almoço cheio de trocas de olhares mortais entre os adultos, Abby e eu nos apressamos em ir para o quarto dela o mais rápido possível, local onde ficamos a tarde toda, ao menos até Jack vir me buscar.

Quando notei a Ranger preta estacionando ao lado da velha F-1.000 do Gibbs, eu me apressei em arrumar minhas coisas, afinal de contas tanto quanto eu sabia que tinha que ir, eu também sabia que tinha que descobrir o que estava errada com Jacqueline Sloane.

Cheguei na sala de estar a tempo de ouvir Jenny se queixar com Jack a respeito da infame F-1000.

—Jack! –Eu disse feliz ao vê-la.

—Ei jumper. –Ela disse sorrindo brilhantemente.  

Não muito tempo depois, Jack e eu já estávamos na estrada em direção a cidade, quando eu finalmente decidi que era hora de puxar assunto:

—Achei que teria que ouvir de novo a Jenny contar a história de como ela e o Gibbs ficaram parados no meio do nada debaixo de um sol infernal, por causa daquela picape velha.

Nós duas rimos.

—Bem... Não podemos discordar dela acerca daquela picape velha, mas enfim você conhece o Gibbs... –Jack disse rindo.

—Ele é teimoso demais para ouvi-la. –Eu digo e logo ficamos em silêncio ouvindo apenas o som da música que ecoa no carro.

Chegamos em casa, e após eu deixar minhas coisas no meu quarto, encontro Jack no sofá e assim cruzando os braços e a encarando eu finalmente pergunto:

—O que há de errado Jack?

Franzindo o cenho ela simplesmente diz:

—Nada Chiara.

Certo, então usaríamos os primeiros nomes...

—Jacqueline Sloane, você passou o caminho todo ouvindo música de menininha e ainda perdeu a oportunidade de debochar de Gibbs e sua velha carroça, você definitivamente não está bem e eu quero saber o motivo. –Eu disse o mais seriamente possível, finalizando com uma sobrancelha erguida.

Foi então que eu vi ela dar um sorriso melancólico e dizer:

—Você é igualzinha a sua mãe.

Eu lhe dirigi um pequeno sorriso e dei de ombros, antes de enfim me juntar a Jack no sofá.

—Você sabe que eu não ela, mas pode me contar qualquer coisa não sabe Jack? –Eu digo a mulher que é minha figura materna não oficial.

—Não deveria ser eu a dizer isso? –Ela pergunta em um falso tom ofendido.

E então nós duas rimos, mas dessa vez eu percebo que seu sorriso é real.

—Então Jack o que há? –Eu pergunto mais séria

—Ah Chiara a vida de adulto é complicada. –Ela limita-se a dizer.

—Jack.... –Eu digo fazendo bico.

—Okay, okay Todd. –Jack disse se rendendo.

E então eu a olhei em expectativa aguardando o que ela iria dizer.

—Ontem eu me encontrei com alguém que não via há muito tempo. –Ela confessou.

E então eu franzi o cenho não entendendo onde ela queria chegar.

—Um rival? –Questionei, afinal de contas não é segredo para ninguém que Jack é bem competitiva, entretanto, ela fez que não com a cabeça, então fui mais ousada ao perguntar –Um namorado?

—Meu namorado dos tempos de colégio. –Ela disse e eu não pude evitar o olhar decepcionado, juro que pensei que seria algo interessante.

—Não faça essa cara Todd. –Ela disse em um tom levemente repreendedor.

—Desculpe-me Jack, mas você só viu um cara com quem você namorou no passado, aí você ficou assim... –Eu comecei a dizer, mas parei de repente, conhecendo Jack como eu conheço, eu sei que ela não se abala com facilidade, a não ser que...

Oh my god.

Não pode ser.

Pode?

A jockey mais durona que eu conheço...

—Ele é o seu grande amor. –Eu disse com os olhos brilhando em realização.

—Não é para tanto Chiara... –Jack resmunga rolando os olhos e então eu vejo que eu estou certa.

—Mamãe sempre dizia que estamos destinados a encontrar um grande amor na nossa vida, capaz de abalar todas as nossas convicções e despertar sentimentos que pensamos nunca sermos capazes de sentir. –Compartilhei com Jack algo que minha mãe me confidenciou certa vez, quando perguntei a ela como ela sabia que amava meu pai.

—Não quero ofender sua mãe, mas isso foi bem piegas querida. –Jack disse fazendo careta ao final.

—Pode até ser, mas você sabe que é verdade. –Eu disse com um sorriso vitorioso, não tardando em acrescentar –Agora conte-me sobre esse homem misterioso.

—Ah definitivamente não. –Jack se negou.

—Mas Jack... –Eu supliquei, afinal não é porque eu ache que o amor seja algo surreal, não significa que eu não me interesse por boas histórias.

—Não Chiara, o passado está no passado e se você quiser ir comigo ao McDonalds é melhor você esquecer esse meu momento de fraqueza. –Jack disse.

Alguém definitivamente sabe como ser evasiva.

—Tudo bem. –Suspirei derrotada.

—Agora vá tomar um banho para irmos, porque você está cheirando a cavalo. –Jack disse rolando os olhos enquanto ligava a TV.

E por breves segundos eu senti meu coração gelar, como eu havia esquecido de tomar banho? Era lógico que Jack iria sentir o cheiro característico.

Sendo assim, me levantei rapidamente na intenção de retirar qualquer evidência que pudesse me delatar.

—Chiara? –Jack me chamou quando eu estava a meio caminho.

—Sim? –Eu disse me virando para encará-la.

—Você não está montando, está? –Jack me questiona com um olhar inquisitivo.

Juro que por breves segundos eu pude sentir meu coração parar, mas eu me recompus rapidamente, e então eu me vi obrigada a mentir para uma das pessoas que mais amo nesse mundo.

—Claro que não Jackie, você está louca? –Eu digo e então me apresso em sair dali para ela não perceber minha mentira.

Enquanto caminho em direção ao meu quarto, eu não posso deixar de me sentir culpada por mentir para Jack. Na verdade, uma parte de mim diz que talvez eu devesse compartilhar com ela meu plano mirabolante, entretanto, outra parte diz que é melhor deixa-la no escuro, pois se o pior acontecer, ou seja, meu pai descobrir, eu não quero que ela esteja na linha de frente. Afinal de contas, meu pai já me tirou muitas das coisas que eu amo e eu simplesmente não posso perder Jack também.    


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Notas finais do capítulo

E chegamos ao fim de mais um capítulo!
O que acharam de ser Gibbs a descobrir a trama mirabolante? Inocentes, seriam achar que Gibbs não sabia né meus amores? Kkkkk
Há quem escolha proteger Jimmy de todo o mal, eu pessoalmente escolho a Jack *-*
Sobre o surto de Jenny, esse foi meio que um pedido da Carol, tenho certeza que ela preferiria um grandioso evento, narrado em primeira mão por nossa diretora favorita, mas no momento quem narra a história é a Kiki então.... Mas fiquem tranquilos, td acontece por um motivo e a velha F-1000 não deu pt a toa.... Palpites?


ALERTA DE SPOILER: no próximo capítulo teremos a presença de um personagem que eu sempre me divirto muito quando ele aparece em NCIS, só espero que aqui ele cause o mesmo efeito. Algum palpite?
ENTRETANTO, não tenho previsão de quando estarei atualizando, pois fui obrigada, por circunstâncias alheias a minha vontade, focar nos estudos de uma certa matéria, pq a coisa tá meio feia... Então pretendo voltar em 3-4 semanas. T-T



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