Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 38
Capítulo 38 - Uma conversa inesperada




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— Vamos, acorda garota, você sabe que não pode ficar dormindo até tarde, levanta daí – Ele falou, lembro de ter coberto minha boca para esconder o sorriso para brincar um pouco com ele.

— Me deixa dormir, eu estou tão cansada, dá vontade de me casar com a cama para não sair do lado dela – Respondi em tom brincalhão e me virando de barriga para baixo, consequentemente derrubando-o já que ele estava em cima de mim.

— Papai não vai deixar você ficar aí até tarde – Falou, eu abri meus olhos e o fitei.

— A não ser que eu te pegue antes que você conte a ele – Falei em tom alto me levantando rapidamente para pega-lo, ele gritou e saiu correndo, eu fui atrás dele berrando e gritando enquanto o perseguia. Ele corria pelo corredor rindo, sabia que eu estava brincando e eu não fazia a menor questão de parar de persegui-lo. Ele entrou na cozinha e eu pouco depois, assim que cheguei procurei ao redor, ele sumiu de vista, esse garoto sempre foi extremamente inteligente – Eu sou muito burra, vim aqui procurar você e acabei levantando da cama, você conseguiu o que queria não é, garoto – Falei me virando para trás e fitando o alto do armário que era onde ele estava, se não fosse pela minha alta capacidade de audição eu nunca acreditaria que ele estava ali, na verdade até hoje nem acredito que ele chegou ali tão rápido e assim que me virei ele pulou em cima de mim me fazendo cair.

— Renda-se, você já perdeu – Falou. Pela voz que ele estava feliz.

— Oh não, eu perdi, eu me rendo, por favor me poupe – Falei empurrando-o e ficando em cima dele – Agora você é meu – Falei, ele me fitou sério por alguns segundos e começamos a rir.

— Você não perde o jeito, mas saiba que usar seus ouvidos é trapacear.

— Você é inteligente garoto, eu tenho minhas vantagens e você as suas – Respondi me levantando e ajudando-o a se levantar, na época ele tinha apenas 7 anos, mas a inteligência chegava a minha altura, já que na época eu tinha menos de 30 anos e estava com um corpo de pré-adolescente, eu não era burra, ele quem era extremamente inteligente.

— Muito bem está na hora de vocês pararem, sabem que tem de ir à escola agora.

— Ok – Respondemos, então fomos comer. Ele sabia de mim e dos meus pais, era confiável já que era bastante inteligente, além disso se nós não tivéssemos contado ele teria descoberto. Ele não era meu irmão, nem filho dos meus pais, meus pais dividiam a casa com Jacob e Jasmim, os pais dele, que viajavam direto para fazer pesquisas, acho que ele considerava tantos seus pais quanto meus pais como pais dele, mesmo assim nunca perguntei e nunca quis perguntar.

Aquele dia foi interessante, quando estávamos a caminho da escola encontramos um garoto deitado no chão e alguns amigos que estavam em cima dele preocupados, eu fitei aquilo e me aproximei, mesmo reconhecendo que o garoto era o mesmo que fazia bullying com o meu amigo, entretanto ele segurou minha mão e me puxou, quando eu fitei ele havia dito para eu não ir balançando a cabeça.

— Não é só porque ele faz bullying com você que eu vou deixá-lo morrer – Falei brava, ele sorriu.

— Você sempre teve um coração bom e me conhece melhor do que qualquer um, acha mesmo que eu o deixaria morrer por conta disso? – Retrucou, ele sabia a resposta, ele jamais faria isso, fiz um movimento com o braço indicando para que ele explicasse o que estava acontecendo, ele suspirou em face de decepção – Você bem que podia usar seus ouvidos agora, nunca tive sua audição, mas tenho meus olhos, observe discretamente, ele não está passando mal, está apenas fingindo, seu rosto está normal e ele está respirando normalmente, além disso, seus dedos estão esticados, se ele realmente estivesse desmaiado seus dedos estariam curvados, como se estivesse fechando a mão – Comentou, eu acenei com a cabeça e me posicionei para irmos em direção a escola, entretanto ele me puxou para que nos aproximássemos deles.

— O que está fazendo?

— Você vai ver, confia em mim e não contradiga nada do que eu disser – Respondeu, eu fiquei calada e coloquei as mãos no meu bolso quando chegamos perto o suficiente.

— Ajude-o, ele desmaiou do nada, não sei o que aconteceu com ele, achamos que ele precisa de respiração boca-a-boca – Um dos garotos em cima dele falou, então era isso que eles estavam tramando, tudo bem que ele estava certo, mas eu conseguiria decifrar o que eles queriam assim que ouvisse essa frase e ele sabia muito bem disso.

— Você aí garota, por favor ajude ele – Falou apontando para mim, exatamente como eu esperava, posicionei-me para falar algo, mas ele falou antes que eu falasse qualquer coisa.

— Ela não sabe fazer boca-a-boca, no entanto já até treinei isso, eu o trago de volta – Falou se aproximando dele, entretanto um dos garotos o impediu, notei a mão do garoto supostamente "desmaiado" fechar e seu rosto ficar vermelho, provavelmente de raiva.

— Não seja doido, já pensou no que ele vai fazer com você, mesmo que ela não saiba, melhor que ela faça isso.

— Você acha mesmo que vou deixar que minha esposa faça isso? – Arregalei os olhos com o que ele disse, no que esse garoto estava pensando?

— Sua esposa? – Ele fingiu estar surpreso, como se não devesse ter falado aquilo, notei o punho do outro garoto serrar e mudar sua expressão.

— Bem acho que não tem problema já que ele não está ouvindo, ela não é minha irmã e eu nunca disse que era, ela está comprometida comigo e pode ter certeza que eu não recusaria uma garota dessa, ela é minha e eu não vou deixar ninguém toma-la de mim até que ela não me queira – Retrucou, o garoto se levantou e o socou na bochecha, ele girou e caiu no chão.

— Essa garota é minha, eu não vou perder pra um nerd feito você – Berrou, apontando para ele, que sorria.

— Não me importo de você ficar com ela, entretanto até ela dizer que não me quer mais, lamento, você nunca a terá – Respondeu se levantando e se aproximando de mim e me chamando para irmos para a escola.

— Você está bem? – Perguntei pouco depois de nos afastarmos dele.

— Só está doendo um pouco, não é nada demais – Respondeu, eu sorri e fitei o chão fechando os olhos.

— Você é muito doido, Jacob – Falei, então o observei pouco depois de falar isso, ele me fitava sorrindo com os braços em cima da cabeça.

— Você não faz a menor ideia – Respondeu.

Levantei da cama com um pulo, fitei a janela e coloquei a mão na cabeça. Já estava de noite, aparentemente eu dormi bem.

 


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