Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 31
Capítulo 31 - Passeio Molhado




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Inicialmente eu o fitei séria, mas percebi que ele não estava brincando, peguei o chapéu rapidamente e o abracei contra meu corpo, senti o chão arrebentar e começamos a cair. Consegui ver Jacob aparecendo e acenando para mim, tenho certeza de que se eu não tivesse a idade que tenho, eu o teria chamado ou simplesmente falado filho da mãe pelo sorriso no rosto, ele sabia que isso ia acontecer. O local onde caímos mais parecia um escorregador que um buraco sem fundo, o chão era inclinado e suficientemente liso para descermos rapidamente, o problema era esse, devido a inclinação estávamos na mesma situação que pular de um prédio sem nada para amortecer a queda, o fitei por um momento, ele estava deslizando agachado, fitando o caminho a frente, como se procurasse algo para fazer, eu o vi suspirar por um momento e fitei para onde ele olhava, só deu tempo de prender a respiração antes de cairmos em uma espécie de poço enorme. Ele apontou para um lugar onde não havia água e começou a nadar, coloquei o chapéu na cabeça e o segui, assim que subimos eu comecei a espremer a roupa que estava usando, estava frio e ela ficava colada no corpo, vi Jacob chegar onde estávamos e não me segurei.

— Como você sabia? – Perguntei, então arregalei os olhos.

— Sabia de que? – Ele perguntou, Jacob começou a rir e eu o fitei sério.

— Alguém está gostando – Ele falou.

— Que o chão iria quebrar – Respondi virando para ele – O que foi? – Perguntei lembrando do aniversário dele que estava perto, deve ter alguma coisa aqui que ele goste, de acordo com Jacob.

— Eu escutei e reconheci o som – Respondeu virando a cabeça para o lado, ele estava com a lanterna que Eduardo deu a ele – Agora temos que achar um jeito de sair daqui – Falou, eu fui na frente dele e me inclinei para fita-lo sério.

— O que foi? – Perguntei de novo, ele fez uma cara de quem estava pensando em uma desculpa e depois suspirou.

— Você – Respondeu.

— Eu? – Berrei fitando-o e apontando para mim mesma.

— É mais eu mesmo, apesar de tentar ainda sou pervertido e essa situação não ajuda – Explicou apontando para mim, mas eu ainda não entendi e fiz uma expressão entendi – Você é gostosa entendeu? E sua roupa molhada não me ajuda a evitar de olhar – Explicou, então se virou e continuou procurando alguma coisa.

— Esse daí tem coragem, te chamou de gostosa na sua frente – Jacob falou rindo de leve, eu sorri e forcei uma voz fina.

— Não é culpa minha se você é pervertido.

— Eu sei, mas é culpa sua você ser bonita e gostosa – Falou se levantando e andando para um local onde tinha algumas plantas, ele as moveu e encontrou um buraco que levava a outro lugar – Agora vamos – Chamou me fitando, fiz cara de triste e me aproximei dele – Me desculpa tá, eu não quis ser mal com você – Falou, eu o fitei ainda fingindo estar triste – Tome, eu vou atrás de você – Ele falou me entregando a lanterna, eu a peguei e ela desligou, agradeci mentalmente, porque será que ele queria ir atrás de mim? – Fala sério – Berrou, então fitou o braço na suposta parede, eu peguei a mão dele e o fitei, atrás dele vi Jacob abrir a boca como se estivesse surpreso, mas ignorei.

— Eu já sei o que você ia dizer – Falei.

— Não precisa fazer isso se quiser, eu posso me virar sozinho – Falou, eu sorri apesar de ele não ver.

— Não esquenta, eu não te odeio – Falei e o puxei, guiando-o pelo caminho, graças a minha visão eu podia enxergar o local bem, evitei buracos lugares afiados ou algo que tivesse algum perigo.

— Estou vendo uma luz – Avisou, eu também estava enxergando, mas aquilo não era uma saída, nem tão perto disso – Mas não é do sol – Falou, eu confirmei com a cabeça.

— Nossa – Falamos simultaneamente assim que chegamos no local onde vinha o brilho, fazia parte da caverna, era como se fosse uma caverna grande tanto no comprimento, largura e altura e no alto haviam lugares onde desciam algumas cachoeiras.

— Isso é muito bonito – Comentei fitando o alto de onde surgiam as cachoeiras.

— Concordo – Os dois falaram simultaneamente.

— É a nossa saída daqui – O novato falou e eu o fitei.

— Como vamos sair daqui? – Perguntei e ele apontou para mim.

— Como sobreviventes – Me virei e vi um esqueleto com uma bolsa, arregalei os olhos e me afastei um pouco, mesmo sabendo que ele não estava perto de mim.

— Como ele ajuda? – Perguntei fitando-o novamente.

— Preste atenção nele, o ombro esquerdo é bem mais baixo que o do direito, quer dizer que ele estava usando algo em suas costas, era um explorador e se a bolsa estiver lá nós acharemos a corda que nos tirará daqui – Explicou, eu conseguia enxergar a bolsa, mas ele aparentemente não conseguia ver, provavelmente isso se deve ao fato do esqueleto estar dentro de uma caverna escura, que está um pouco longe. Olhei o local onde descia a água da cachoeira, se eu saísse por lá certamente o sol me atingiria – Eu sei que você se protege muito do sol, mas confie em mim, isso não vai te fazer nenhum mal – Falou. eu concordei acenando a cabeça, mas uma enorme rocha caiu por onde vem a água de onde saí a cachoeira e quebrou a passagem por onde daria para pegar a bolsa – Droga! – Berrou.

— Não esquenta, eu vou – Falei tomando a frente, mas ele segurou meu braço.

— Eu não vou conseguir – Ele falou, eu ri fitando-o.

— Quem disse que você vai? – Falei fitando o local onde o esqueleto estava e ele me puxou novamente.

— Quem disse que vou te deixar ir sozinha? – Ele falou.

— Mas precisamos dele para sair daqui! – Reclamei tentando insistir, mesmo que isso pudesse me matar.

— Tudo bem, eu vou até lá – Falou, eu o fitei surpresa.

— Como? – Perguntei, então ele apontou para a pedra que destruiu o caminho, ela havia ficado presa no meio da ponte, ele se movimentou para pular, dessa vez eu que o segurei – Também não vou deixar você ir sozinho – Falei fitando-o, ele acenou com a cabeça e nós fomos juntos, quando chegamos na pedra apenas usamos o impulso para pular de novo, infelizmente ela se movimentou e nós perdemos impulso, ele conseguiu se segurar em um canto e eu me segurei nele, entretanto eu estava escorregando – Estou escorregando! – Avisei.

— Agora vou precisar que você confie em mim, está bem? – Falou me fitando, eu acenei com a cabeça – solte – Falou, se referindo a pedra que eu estava segurando – Eu não vou te soltar – Falou, eu soltei, então ele começou a me balançar, até que eu cheguei em uma parede e conseguisse subir – Agora você pode me ajudar – Falou, eu me abaixei e o ajudei a subir, dando um pequeno tapa em sua bochecha.

— Isso foi por mentir, você me soltou! – Expliquei sorrindo e notei ele sorrir também.

— É, vamos? – Chamou esticando a mão para mim, eu segurei sua mão e achamos a bolsa do explorador, ele abriu, havia apenas um livro e uma corda dentro da bolsa – Tem apenas um livro aqui – Falou, arqueei uma sobrancelha, mas preferi não falar da corda que ele não via.

— Porque um explorador carregaria apenas um livro em sua bolsa!? – Berrei fingindo frustação, mas estava aliviada.

— Essa é uma boa pergunta – Comentou colocando a bolsa nas costas – A boa notícia é que podemos continuar por aqui – Falou se levantando, havia um caminho para seguir de onde estávamos, escuro como o que nos trouxe aqui – Então, pode me guiar? – Pediu sorri e seguimos adiante, paramos somente em um local que havia um buraco sem fundo e uma outra caverna do outro lado, era um verdadeiro precipício.

— Ótimo e agora!? – Falei, indo sentar em uma pedra, ele andou para a beirada e tirou a corda da bolsa.

— Lembre que você não viu a corda – Jacob me lembrou.

— Você disse que havia apenas um livro! – berrei.

— Eu sei, mas não ia te deixar subir com o perigo de pedras caírem em você – Falou, eu arqueei uma sobrancelha com a resposta, porque ele disse em mim ao invés de dizer nele?

— Você estava com medo de morrer? – Falei, ele se levantou e se aproximou de mim, então me levantou – O que está fazendo!? Me solta! – Gritei batendo nas costas dele.

— Esse é um daqueles momentos em que eu queria estar vivo, só pra tirar foto disso – Jacob falou.

— Não e não – Ele respondeu e pulou – Eu tenho medo de te machucar – Comentou, então se soltou e me jogou mais para cima, raspei na parede e rolei no chão, sorri por um momento e virei o rosto, mas não vi ele, usei minha habilidade ao ver a alça da bolsa aparecendo e a agarrei a tempo, pouco depois ele pareceu – Obrigado – Falou e eu o abracei.

— Não faça isso de novo – Falei, deixando algumas lágrimas caíram.

— O que foi? – Ele perguntou, detestaria vê-lo morto, principalmente agora, mas eu não respondi.

— Pelo visto se divertiram, não foi? – Riley falou, me virei e vi que ela estava junto dos outros.

— Esperamos vocês dois por muito tempo, porque demoraram tanto? – Jake perguntou, eu e o novato nos fitamos.

— Espera, onde estamos? – O novato perguntou se levantando.

— Como eu disse, os três caminhos que tinham têm fim e não há divisão de caminhos em nenhum momento, não me escutaram lá em cima? – Jake perguntou cruzando os braços, fitei o novato novamente e depois o fitei – Pelo visto não, vamos logo – Chamou se virando para sair, me posicionei para levantar e vi que o novato havia estendido a mão, a segurei e me levantei.

— Obrigada.

— O que você ia dizer antes de Jake atrapalhar? – Perguntou, eu o fitei cerrando os olhos e girando a cabeça – Me desculpe – Falou e eu ri.

— Pervertido – Falei aliviada – Se bem que se eu tivesse no seu lugar aconteceria quase a mesma coisa – Falei me virando para acompanhar os outros.

— Como assim quase? – Perguntou, eu me virei para ele e apertei meus seios.

— Eu aproveitaria – Falei, então me virei e segui adiante, logo ele estava ao meu lado, entretanto havia duas coisas estranhas. O buraco que nós caímos para mais fundo na caverna havia sumido, simplesmente desaparecido e como eles não estranharam o fato de o novato estar com uma bolsa estranha.

Algum tempo depois nós nos separamos, eu estava só com as meninas novamente.

— Então, descobriram alguma coisa para fazer na festa do novato? – Perguntei me virando e fitando as duas com uma sobrancelha arqueada e sorrindo, elas se entreolharam sinalizando que não – Pois bem, eu me diverti muito e também sei o que fazer – Comentei me virando novamente.

 


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