Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 19
Capítulo 19 - Ataque




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— Mas porque você insiste em querer saber o que ele disse? – Repetiu, eu me sentei no sofá em frente a ela e dei de ombros em resposta.

— Lá... eu só quero saber, mas se não quiser dizer não tem problema – Falei. Ela fitou o chão como se estivesse paralisada e eu conhecia essa sensação, ela estava perdida, isso acontece comigo de vez em quando eu paraliso quando tenho algo a dizer, mas não sei como falar ou simplesmente não posso falar. Eu fico fitando um local fixo e pensando, então começo a pensar sobre a coisa que pensei e por aí vai – Hey, deixa, é só algo que eu gostaria, não algo necessário – Falei me levantando, ela me fitou e piscou duas vezes, eu estendi a mão para ajudá-la a se levantar, ela segurou e eu a puxei, em direção ao banheiro principal.

— Por que você me trouxe aqui? – Ela perguntou depois que eu a soltei, ela alisou a mão onde segurei, talvez eu tenha apertado com força demais.

— Bem, eu disse que tinha de te mostrar algo, não é? – Falei fechando a porta, ela ficou de costas para mim.

— Isso não é algo que eu queira ver, tarado – Falou, eu levantei uma sobrancelha e depois ri de leve.

— E depois eu sou o pervertido – Comentei, a girei e fiz fitar o local onde fica a toalha e coloquei meu olho no local e o microfone apareceu, falei meu nome e as armas apontaram para ela.

— Do que isso se trata? – Falou, eu ri de leve.

— E convidada – Falei, as armas entraram na parede e a porta se abriu, eu adentrei e notei ela me fitando – Você vem? – Perguntei, ela piscou algumas vezes e entrou no elevador, ficando ao meu lado – Mãos nos ombros – Falei fitando-a assim que o elevador começou a descer e fiz o que eu mesmo disse.

— Mãos nos ombros.

— Pernas juntas.

— Pernas juntas – Repetiu e peguei o chapéu na cabeça dela e o segurei.

— Pronto – Falei. Ela me olhou por um estante surpresa por eu ter pego o chapéu dela, então o chão do elevador se abriu e nós caímos e descemos pelo escorregador. Ela gritou assim que começamos a cair, mas ao notar minha calma ela começou a rir. Ela chegou no laboratório antes de mim e assim que cheguei eu coloquei o chapéu de volta na cabeça dela – Bem-vinda ao laboratório.

— Impressionante – Falou. Eu estava fitando o local, havia algo de errado, mas eu não sabia dizer o que era – O que foi?

— Tem alguma coisa de errado, mas eu não sei dizer o que é – Comentei, então as luzes apagaram – Certeza que tem algo de errado, Daniel? Daniel! – Chamei, sem resposta, se Daniel estivesse aqui ele teria ajudado a Encrenqueira a se levantar e aqui nunca falta energia, pois tem o próprio gerador. Alguém havia desligado as luzes.

— Novato, o que está acontecendo? – Ela perguntou.

— Eu não sei – Respondi, então ouvi o barulho de algo quebrando, não pensei duas vezes e puxei ela para um lugar para se esconder.

— Eu sei que está aqui garoto, apareça! – Falou, eu fitei o local de origem do barulho, mas não consegui ver o homem muito bem, conseguia enxergar apenas uma sombra andando em um local, podia concluir apenas que era um homem alto, forte e segurava uma arma, não uma de fogo, mas não lembro o nome, pé de alguma coisa, ele bateu em algo que voou longe com o impacto.

— Quem é ele e o que ele quer? – Ela perguntou eu a fitei por um momento, os olhos delas estavam vermelhos e eu via o desespero nos olhos dela, eu me abaixei e segurei as mãos dela.

— Fique aqui, eu vou resolver isso – Falei, então me levantei novamente para ir atrás da roupa do Panda. Ele é bem forte, o objeto que ele derrubou era bastante pesado, eu só consegui colocar no local com a roupa do panda – Aqui está você – Comentei ao encontrar a roupa, então a vesti rapidamente, eu me virei depois de colocar a fantasia e só vi o pé de cabra passando ao meu lado e ficando preso na parede, lembrei o nome agora.

— Achei você! – Falou.

— Quem é você? – Perguntei me afastando da parede.

— Seria desperdício de tempo responder, já que você morrerá em breve – Ele falou, então avançou sobre mim com um salto, eu movimentei o corpo e o chutei, evitando-o me atingir e jogando-o longe graças a força extra da roupa.

— Você fala bastante – Falei e o vi se levantar rapidamente – Mas admito que têm resistência – Comentei e levantei os punhos, então avancei para cima dele e nós começamos a desferir vários golpes um no outro, nós nos defendíamos e contra-atacávamos, eu não conseguia acertar um golpe em cheio nele, até que eu me distrai e recebi um chute sendo jogado para trás. Ele pegou o pé de cabra e avançou para cima de mim de novo, ele girava a arma com velocidade e precisão, acertando o mesmo ponto, estava conseguindo quebrar a fantasia e isso seria um mal sinal pra mim.

— Estou escutando o som de metal, sabia que havia algo por trás dessa fantasia além de uma pessoa – Ele falou, estava rindo e batendo tanto mais rápido quanto mais forte, eu me encostei na parede e ele continuava batendo, eu não tinha para onde correr e nem como revidar, até que ouvi o som de algo batendo nele e quando vi Daniel estava segurando uma panela e havia dado uma panelada da cabeça dele, ele cambaleou e caiu no chão.

— Tudo bem, senhor? – Ele perguntou estendendo a mão para me ajudar a levantar.

— Sim obrigado, mas onde estava? – Perguntei depois de me levantar.

— Eu havia sido desligado, mas a garota me acordou novamente – Falou, então eu olhei para o lado, onde estava a Encrenqueira, que parecia estar surpresa com algo.

— O que foi? Ah é mesmo, esqueci – Comentei e ela me fitou com uma sobrancelha arqueada, ela ainda não se lembra que viu Daniel, portanto não se lembra que ele pode vê-lo já que ela é uma vampira e ele um robô.

— O que, como assim? – Ela falou e eu ri de leve, o homem se levantou e me chutou e eu cai em cima dela, me levantei rapidamente para enfrenta-lo com a ajuda de Daniel e quando me levantei ele havia sumido.

— Pra onde ele foi? – Pensei alto.

— Eu não consegui ver, desculpe – Daniel falou e pouco depois a energia no laboratório voltou.

— Tudo bem, Daniel – Falei retirando a cabeça da fantasia.

— Era isso que você queria me mostrar, que você é o Panda? – Ela perguntou, me fitando, eu sorri e acenei a cabeça negativamente e apontei para a estátua que estava ali.

— Não tem nada ali – Ela falou, se virando, então viu a estátua da mãe dela e caiu de joelho – O que isso está fazendo aqui? – Ela perguntou e eu fitei o chão.

— Eu encontrei e a trouxe para cá, tenho motivos para crer que meus pais encontraram a....

— djxd h d fxud – Ela falou e eu a fitei. Ela estava com a mão na estátua e foi ali que eu vi as letras escritas na estátua, fitei onde o livro estava e descobri que ele não estava onde eu o havia deixado.

— Daniel, o livro sumiu – Falei apontando para onde eu o havia deixado, Daniel confirmou acenando positivamente com a cabeça e eu comecei a ouvir o choro.

— Desculpe, é que, eu estou na frente da minha mãe agora e faz anos que a vi – Ela falou quando eu me aproximei e essa era uma verdade, eu sei da história porque o pai dela me contou, quando foi no meu quarto para tentar me assustar e me afastar dela.

— Eu sei, seu pai me contou a história.

— Que história? – Perguntou arregalando os olhos.

— De como sua mãe morreu – Falei e suspirei, então retirei o resto da fantasia e sentei ao lado dela – Eu não vou entrar em detalhes, até porque você já sabe de como aconteceu, mas bem eu queria mostrar que eu a recuperei e você não se lembra, mas nós conseguimos o livro no dia que exploramos aquela caverna, o livro que meus pais escreveram, de acordo com Jacob, esse livro possui algumas informações sobre os vampiros, incluindo sobre os olhos que me fez te descobrir no primeiro dia de aula.

— O que ouve nesse dia? – Ela perguntou girando um pouco a cabeça para um lado.

— Você brigou comigo, por eu sentar na frente – Comentei, então ri de leve – Fiquei preso o seu olhar verde brilhante por um tempo, aí você me perguntou se nunca tinha visto uma mulher antes.

— É, isso é a minha cara, você não tem vergonha de falar isso?

— Bem, eu me confessei pra você e você me jogou num riacho depois de mentir dizendo que aceitava ficar comigo.

— Desculpe sobre isso.

— Não tem problema.

— Eu estou sem lentes não estou? – Perguntou olhando para baixo.

— Está sim.

— Você sabe o que as cores querem dizer? – Perguntou sem me fitar.

— Sei sim – Respondi, ela abraçou as pernas e deu um pequeno grito, afinal os olhos dela estavam verdes novamente.

— Poxa, mano, desse jeito você a deixa envergonhada – Jacob falou aparecendo.

— Pode ver ele?

— Eu te falei do livro, lembra? Foi ele quem me disse dele.

— Muito bem, Jacob, preciso que me responda uma coisa, sabe o que isso quer dizer? – Perguntei apontando para as letras na estátua.

— É um código, mas não sei dizer o que é e julgando que isso tinha sido feito agora, já que eu sabia onde a senhora estava antes, eu creio que isso seja a resposta.

— Porque você acha isso?

— Porque a frase que você falou para me ver também é um código e diz o nome do Não-Satã, mas esse código não é feito da mesma forma que o outro, infelizmente eu não posso ajudar com isso e, garota, seu pai está preocupado com você – Falou e ela bateu a palma na cabeça.

— Pode leva-la, senhor, eu tentarei resolver – Daniel falou, então fomos para o elevador e subimos para a casa.

— Damien me contou que foi ideia sua, uma idiotice sua, eu salvei você e você me carregou para o hospital e quando acordei eu havia perdido a memória e pensava que nunca havia terminado com Damien, ele também pediu desculpas pelo que fez, então você falou com todos pedindo para fazer com que parecesse que nós nunca nos falamos, que somos apenas vizinhos de cadeira, Vivi, Riley, Mistério, todos, tudo isso porque?

— Eu não queria a possibilidade de ver você se machucar por minha causa de novo – Falei e o elevador abriu e eu a levei para a porta.

— Você não devia ter feito isso, mas mesmo assim, obrigada – Ela falou, então me deu um beijo na bochecha e saiu, em direção a sua casa e eu entrei.

— Acho que sei o que quer dizer – Respondi, antes mesmo que Jacob perguntasse.

 


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