Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 10
Capítulo 10 - Acidente




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— Então senhor, como foi o dia? – Daniel perguntou assim que cheguei em casa.

— Nada muito ruim, foi até divertido – Respondi indo em direção as escadas – Alguma novidade?

— Sim para falar a verdade, a câmera da casa de Damien finalmente pegou algo que pode tirá-lo de sua escola – Falou. Eu me virei e desci as escadas, então joguei minha bolsa no sofá – Vamos nessa! – Chamei.

— Ah não – Ele falou me fazendo rir, então fomos ao banheiro e de lá para o laboratório subterrâneo.

— Muito bem, me mostre o que viu – Pedi sentando-me na cadeira em frente ao computador central e Daniel me mostrou a gravação que realmente poderia tira-lo dali e a melhor parte é que eu acabei o ajudando e descobrindo porque ele é o bad-boy. A culpa é da mãe, ou pelo menos parecia nesse momento, ela nem parece ser mais a pessoa que vi quando descobri onde era a casa dele, a mãe simpática que falou calmamente com o filho bad-boy.

— Você tem que parar de comer isso mãe, se a polícia pegar você é presa e se continuar morre – Damien falou assim que entrou na sala. Sua mãe estava deitada no sofá, com um pacote com um pó em mãos, sem dúvidas eram drogas.

— Você quem deveria comer isso filho, é tão bom – Ela falou se sentando, então entregou o saco para o filho, ele movimentou o braço rapidamente e tomou dela – Não não! – Ela falou tentando se levantar, mas cambaleava antes de conseguir. Ela viu Damien ir na cozinha e derramar a droga na pia – Tem noção do quanto isso é caro! – Ela berrou assim que ele chegou perto e deu um tapa nele.

— Pelo visto mais que você – Ele falou rápido e grosseiramente, então foi para o quarto dele, a mãe tentou se levantar novamente, mas cambaleou e caiu, ele apareceu de novo e a viu – Aprenda e pare, só aí vai poder ficar de pé de novo – Ele falou, então foi para o quarto novamente e ela retirou outro saco de drogas que estava escondido de baixo da mesa sorrindo.

— Garoto idiota – Ela falou, então sugou o um pouco do pó, guardou-o e deitou na cama sorrindo.

— Quando foi isso, Daniel? – Perguntei fitando-o.

— Foi ontem, senhor, logo depois de sua festa – Respondeu. A festa trouxe resultados, já que a hora em que ele chegou ele estaria dormindo.

— Muito bem, salve o arquivo em um pen drive e envie no meu e-mail – Pedi, ele acenou com a cabeça e fez isso rapidamente – Enquanto ao rato? – Perguntei.

— Estamos quase terminando uma escultura igual a ela, enquanto ao livro?

— Vou começar e lê-lo depois de pega-la, nosso objetivo principal é ela – Falei apontando para a imagem da estátua de cristal que estava na tela do computador – Agora, eu preciso sair.

— Vai para onde, senhor?

— Falar com um bad-boy – Falei indo para o elevador, assim que cheguei no mesmo Daniel ficou ao meu lado e me entregou o pen drive, ele iria para cima comigo. Chegando lá eu peguei minha bicicleta e saí para a casa de Damien. Hoje era segunda, provavelmente a essa hora a mãe dele deve estar trabalhando já que ainda é de manhã... ela trabalha? Eu não vou poder simplesmente entrar pela porta da frente, isso pode acabar dando mal para mim, eu tenho que falar com Damien sem me encontrar com ela, entrarei diretamente pelo quarto dele, através da janela.

A imagem dele brigando com a mãe, pelo fato de saber que a droga faria mal a ela. Eu rodeava essa imagem centenas e centenas de vezes na minha cabeça, ele querendo fazer o melhor para a mãe e foi aí que errei, não prestei atenção o suficiente para enxergar, só pude ouvir.

— Novato! – Ela gritou, então senti uma força sobre meu corpo me jogando para fora da rua, então ouvi o som do carro colidindo no corpo dela, atropelar minha bicicleta e seguir adiante. Arregalei meus olhos ao ver o estado da vampira, mas por sorte ela estava protegida do sol, tanto por causa da nuvem que o escondia quanto pela roupa que ainda cobria todo o corpo.

— Ambulância! Preciso ligar para a ambulância! – Falei procurando meu celular que lembrei de ter deixado em casa, fitei o lugar de onde vim e notei que realmente estava longe de casa então chequei o corpo dela, mas não encontrei seu celular. A fitei desesperado, ela estava desmaiada, mas respirando. Me acalmei um pouco e a pus no colo, então a carreguei até o hospital mais próximo correndo que por sorte não era tão longe de onde estávamos. As pessoas me fitavam assustados quando me viam, carregando uma garota de minha idade coberta de sangue. Chegando perto do hospital eu notei algo preso na nuca dela e eu conhecia muito bem o que era aquilo, eu retirei e guardei em meu bolso rapidamente, então a cobri mais apesar de ainda estarmos na sombra da nuvem. Entrando no hospital eu a coloquei em uma das camas enquanto todos me fitavam – Ela foi atropelada! Por favor façam alguma coisa! – Pedi, logo médicos ou enfermeiros apareceram e a levaram para fazer uma cirurgia, eu não pude acompanha-la, então fui ao banheiro para limpar o sangue em minhas mãos e limpar o chip que estava no pescoço dela para ver a marca. Realmente era dos meus pais, o nome deles estava ali.

Meus pais conheciam essa vampira, somente eles sabiam instalar um chip como esse. Esse chip é o que estou usando agora para escrever. Tudo o que penso ele transmite para um computador e escreve, por isso está tudo em itálico. Sim, eu realmente mal digo meu nome como deve estar pensando e ela também possui um desses, o que quer dizer que todos os pensamentos dela antes desse acidente estão em minhas mãos. Dei de ombros e joguei o chip fora. Não preciso saber dessas coisas, ela não me odeia e isso já é mais que suficiente. Liguei para Daniel e pedi para que ele informasse no grupo da sala que a encrenqueira sofreu um acidente e insisti que dissesse que a culpa foi minha. Não demorou muito para que Damien, Vivi e Riley aparecessem, as pessoas que mais gostam dela. Quando chegaram a cirurgia já havia sido feita e ela estava dormindo em um quarto, embora que ainda seja aquele desmaio de antes.

— Como foi que isso aconteceu? – Vivi perguntou, pela voz notava-se o desespero dela.

— Em primeiro lugar, não faça muito barulho, por favor, ela ficará bem, apenas precisa descansar, segundo, como já disse, a culpa foi minha, eu atravessei a rua e não vi o bêbado em alta velocidade.

— Esse cara estava bêbado? – Damien perguntou, de braços cruzados desviando o olhar dela para mim.

— A julgar que ele não parou o carro após tê-la atropelado e saiu na contramão creio eu que sim.

— Então a culpa não foi totalmente sua, para começar – Vivi falou.

— Se eu tivesse prestado atenção isso não teria acontecido – Comentei, apontando para ela, dessa vez eu quem berrei.

— Não importa se isso foi culpa sua ou não idiota, importa o que você fez depois – Riley falou, fazendo com que todos a fitassem – O garoto estranho que carregou a amiga até o hospital, porque simplesmente não ligou para a ambulância.

— Estava sem o celular, eu pedi para Daniel enviar a mensagem depois que ela foi para a sala de cirurgia, onde eu não podia entrar – Respondi.

— De qualquer forma você fez o certo, esse não foi único acidente hoje, várias ambulâncias estavam ocupadas pois estavam atrás de outros feridos. Esse cara bêbado que você falou, ele continuou dirigindo, atropelou mais algumas pessoas e sofreu um acidente, não tenho certeza se ele está vivo ou não, mas isso não importa. O que importa é, se você tivesse ligado e esperado por uma ambulância, ela poderia morrer na espera, ou seja, você foi um herói, mesmo que sem querer – Explicou – Obrigada por salvar nossa amiga – Ela falou por fim, então ela ficou ao lado da encrenqueira e segurou a mão dela, logo Vivi ficou ao lado dela também, Damien se levantou, mas eu segurei o braço dele e ele me fitou sem falar nada.

— Preciso falar com você – Falei, ele fitou ela, então me fitou e acenou positivamente com a cabeça, então nós saímos do quarto e fomos para o corredor.

— O que é? – Ele falou grosseiramente virando-se para mim e cruzando os braços.

— Eu encontrei um vídeo na internet em que você está – Menti fazendo-o arregalar os olhos – Eu hackiei e tirei da internet, mas achei melhor te mostrar.

— O que ele mostra? – Perguntou descruzando os braços.

— Mostra você tomando as drogas da sua mãe e depois ela pegando mais e te chamando de idiota – Falei e ele arregalou os olhos novamente – Eu baixei o vídeo e fiz duas cópias e vim te entregar uma – Falei entregando a ele o pen drive – Cabe a você decidir o que fazer com você, confesso que fiquei rodando essa cena na minha cabeça surpreso, por isso não prestei muita atenção no caminho enfim, me desculpe.

— Tudo bem, mas porque você queria me entregar isso? – Ele perguntou.

— Se isso continuasse na internet sua mãe seria pega e bem... o que aconteceria com você? te entregando você mesmo pode fazer isso acontecer, mas planejar o que acontecer ou esconder e tentar ajuda-la.

— Entendi, bem eu vou ver isso, se for verdade eu mostrarei para a polícia e irei viver com minha tia, se não...

— Você terá um bom motivo para me socar – Falei e o vi sorrir, então ele voltou para o quarto dela e assim que abriu a porta ele parou, consegui ver sua expressão de surpresa e fitei o quarto. Ela estava sentada na cama, acordada, com a mão na cabeça, ela viu Damien e sorriu.

— Olá querido – Ela falou e Damien foi para perto dela, feliz.

— O que foi, amor? – Ele perguntou, então a porta foi fechada, Riley e Vivi saíram.

— Perca de memória, ela não se lembra de você, sinto muito – Riley falou.

— Tudo bem, é melhor que ela não se lembre de mim por enquanto, obrigado – Falei, então me virei para sair do hospital. Nunca havia visto uma recuperação assim tão rápido, isso provavelmente se deve ao fato dela ser uma vampira, assim eu me tranquilizo pelo fato dela ter se machucado por culpa minha já que não prestei atenção no caminho. É bem provável que Damien não mostre a polícia a gravação já que ele está namorando de novo e com a garota que sempre amou, claro que estou triste pelo fato dela ter me esquecido, mas isso não importa contanto que ela esteja bem.

 


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